Doenças Exantemáticas Flashcards
(42 cards)
Sarampo - etiologia e forma de transmissão
Doença viral aguda causada pelo morbilivírus (família paramixoviridae). Transmissão ocorre através de aerossóis respiratórias
Sarampo - grupo etário
Todos. Pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença são suscetíveis
Sarampo - quadro clínico
Febre acima de 38,5°C, exantema maculopapular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de koplik (enantema patognomônico de aspecto esbranquiçado localizado na mucosa bucal, antecedendo o exantema). As manifestações clínicas são divididas em três períodos.
Sarampo - período de infecção
Dura cerca de 7 dias, iniciando com período prodrômico, quando surge a febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2° ao 4° dia desse período surge o exantema, quando se acentuam os sintomas iniciais. O paciente apresenta prostração, exantema cutâneo maculopapular de coloração vermelha, iniciando na região retro auricular
Sarampo - período toxêmico
A ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana é facilitada pelo comprometimento da resistência do hospedeiro à doença. São frequentes as complicações, principalmente nas crianças até dois anos, especialmente as desnutridas e os adultos jovens
Sarampo - remissão
Diminuição dos sintomas com declínio da febre, o exantema torna-se escurecido, em alguns casos surge descamação fina lembrando farinha furfurácea
Sarampo - transmissibilidade
De 4 a 6 dias antes do exantema, o períodode maior transmissibilidade ocorre entre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível
Sarampo - laboratorial
Sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em amostra controlada até 28 dias após o início do exantema
Sarampo - prevenção e tratamento
Não há tratamento específico, sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a sintomatologia e a terapêutica adequada. A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência de casos.
(Doença de notificação compulsória)
Rubéola - etiologia e forma de transmissão
Doença exantemática aguda causada pelo Rubivirus, apresenta curso benigno e importância epidemiológica relacionada à síndrome de rubéola congênita.
Quando a infecção ocorre durante a gestação pode causar aborto, natimorfo e malformações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez.
Rubéola - transmissão
Contato com secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas
A transmissão indireta é pouco frequente (contato com objetos contaminados com secreções de nasofaringe nas fezes, sangue e urina)
Rubéola - grupo etário
São suscetíveis todas as pessoas não vacinadas e/ou que não tiveram a doença
Rubéola - quadro clínico
É caracterizado por exantema maculopapular e puntiniforme difuso, com início na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se posteriormente para tronco e membros. Febre baixa e linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical posterior também são possíveis. Geralmente antecedem o exantema, no período de 5 a 10 dias, e podem perdurar por algumas semanas. Formas inaperantes são frequentes em crianças. Adolescentes e adultos podem apresentar um período prodrômico com febre baixa, cefaleia, dores generalizadas (artralgias e mialgias), conjuntivite, coriza, tosse. A leucopej8a é comum e raramente ocorrem manifestações hemorrágicas.
Rubéola - diagnóstico laboratorial
Sorologia para anticorpos específicos em amostra, coletada até 28 dias após o início do exantema
Rubéola - prevenção e tratamento
Não há tratamento específico. Sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com sintomatologia e terapêutica adequada. A vacina é a única forma de prevenir a ocorrência de casos.
(Doença de notificação compulsória)
Escarlatina - etiologia e forma de transmissão
Causada pelo streptococcus pyogenes, uma bactéria beta hemolítica do grupo A, produtora de toxina eritrogênica. A transmissão ocorre através do contato com secreções respiratórias.
Escarlatina - grupo etário
Acomete principalmente crianças de 2-10 anos de idade
Escarlatina - quadro clínico
Período de incubaçãonde 2-5 dias. Concomitante ou após faringoamigdalite membranosa, apresenta-se com febre alta e mal-estar, exantema eritematoso puntiniforme (pele áspera como uma lixa), palidez peribucal (sinal de filatov), linhas marcadas nas sobras de flexão (sinal de pastia) e língua em framboesa. Descamação extensão em mãos e pés (em dedos de luva), inicia após uma semana. Transmissibilidade de 10-21 dias em pacientes não tratados e sem complicações. Complicações podem ocorrer dentro de 1-5 semanas e incluem glomerulonefrite aguda e febre reumática. Complicações tardias incluem Coreia de sydenham e cardiopatia reumática
Escarlatina - diagnóstico laboratorial
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado através do teste rápido (aglutinação de látex) em secreção colhida de orofaringe
Escarlatina - prevenção e tratamento
Tratamento específico com antibióticos. Não há vacina. Contactantes portadores devem ser tratados)
Mononucleose infecciosa - etiologia e a forma de transmissão
Doença viral causada pelo vírus epstein-barr, um herpesvírus. A transmissão ocorre principalmente de pessoa por meio de contato com saliva de pessoas infectadas. Crianças pequenas podem infectar-se por contato com saliva em objetos ou mãos. Em adultos, o beijo facilita a transmissão.
Mononucleose infecciosa - grupo etário
Atinge crianças e adolescentes
Mononucleose infecciosa - quadro clínico
Em 50% dos casos a infecção é sub-clínica ou assintomática. Em pacientes com a forma clínica, o pródromo é muito discreto ou ausente. O quadro clínico característico é de febre, linfadenopatia, amigdalite membranosa e esplenomegalia. Pode apresentar exantema variável e inconstante que está associado ao uso de antibióticos (penicilina, cefalosporina e seus derivados). O período de incubação é de 4-6 semanas. O período de transmissibilidade é prolongado, podendo estender-se por um ano ou mais
Mononucleose infecciosa - diagnóstico laboratorial
Sorologia para detecção de IgM anti-cápside viral (anti-VCA) em sangue coletado em fase aguda ou IgG antiantígeno nuclear (anti-EBNA) em sangue da fase convalescente