Epilepsia Flashcards

(98 cards)

1
Q

Definição de crise epiléptica

A

Eventos de descargas neuronais anormais de qualquer local do cérebro

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Q

Definição de crise convulsiva

A

Manifestações motoras decorrentes da descarga neuronal cerebral anormal

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3
Q

Droga de escolha na epilepsia neonatal

A

Fenobarbital

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4
Q

Epidemiologia das crises epilépticas

A

Bimodal (predomínio crianças e idosos)

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5
Q

Principal causa de crises epilépticas entre 6 meses a 5 anos de idade

A

Convulsão febril

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6
Q

Principal causa de crises epilépticas entre 5 a 12 anos de idade

A

Genética (síndromes epilépticas primárias)

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7
Q

Principais causas de crises epilépticas no adulto jovem (3)

A
  • TCE;
  • Neurocisticercose;
  • Drogas
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8
Q

Principal causa de crises epilépticas no idoso

A

Doença cerebrovascular (AVE isquêmico)

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9
Q

Causas de crise convulsiva (6)

A
  • Crise epiléptica
  • Síncope
  • AIT
  • Migrânea (hemiplégica)
  • Psicogênico
  • Hipoglicemia
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10
Q

Principais diagnósticos diferenciais de crise convulsiva (2)

A

Síncope e convulsão psicogênica

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11
Q

Definição de síncope

A

Perda súbita e fugaz da consciência e tônus postural, com manifestações motoras

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12
Q

Como diferenciar síncope de crise epiléptica

A

História e exame físico

  • Crise epiléptica: Perda completa dos controles (incontinência urinária/fecal), pós-ictal sonolento/abobalhado, geralmente sem pródromos
  • Síncope: Sem perda do controle dos esfíncteres, pós-ictal despertando normal, apresenta sintomas prodrômicos
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13
Q

Como diferencial crise epiléptica de convulsão psicogênica

A
  • Crise epiléptica: Perda completa da consciência durante a crise
  • Psicogênica: Não perde a consciência (fala ou força ficar de olhos fechados durante a crise)
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14
Q

Definição de epilepsia

A

Duas ou mais crises não provocadas com intervalo > 24h entre elas ou lesão cerebral estrutural que justifique ou presença de síndrome epiléptica clássica, com alta probabilidade de novas crise no futuro

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15
Q

Definição de crise epiléptica provocada, isolada ou epilepsia e como diferenciar

A
  • Provocada: Algum fator que provoque a crise, cessando ao retirar a causa
  • Isolada: Uma única crise na vida da pessoa
  • Epilepsia: Duas ou mais crises não provocadas com intervalo > 24h entre elas
  • História clínica, exame físico, TC/RNM, eletroencefalograma, LCR
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16
Q

AVC é uma causa provocada ou não provocada de crise epiléptica?

A
  • < 7 dias após o evento: Provocada
  • > 7 dias após o evento: Não provocada / alteração estrutural definitiva (epilepsia)
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17
Q

Classificação das crises epilépticas

A
  • Focal/parcial: 1 hemisfério, simples (não perde consciência) ou complexa
  • Generalizada: 2 hemisférios, complexa (perda de consciência)
  • Secundariamente generalizada: Começou em um hemisfério e progrediu para os dois hemisférios
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18
Q

Tipos de manifestações de crise epiléptica generalizada (6)

A
  • Tônico (Enrijecido)
  • Clônico (Movimentos curtos e regulares)
  • Tônico-clônico
  • Mioclônica (movimentos curtos e irregulares)
  • Atônica (Sem tônus postural)
  • Ausência (Desconexão completa)
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19
Q

Área cerebral acometida na crise epiléptica focal

A

Um hemisfério cerebral

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20
Q

Área cerebral acometida na crise epiléptica generalizada

A

Dois hemisférios cerebrais

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21
Q

Manifestações clínicas dependendo do lobo acometido

A
  • Frontal: Manifestações motoras
  • Temporal: Manifestações olfativas, auditivas, deja vu
  • Parietal: Manifestações parestésicas
  • Occipital: Manifestações visuais
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22
Q

Exames diagnósticos de epilepsia (4)

A
  • EEG/Vídeo-EEG;
  • RMN (descartar lesões estruturais);
  • Punção lombar (se suspeita infecciosa);
  • Cariótipo (se quadro sindrômico)
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23
Q

Causas de crise epiléptica (6)

A
  • Metabólico (hipo/hipernatremia)
  • Sepse
  • AVE (principalmente hemorrágico)
  • Neoplasia
  • Meningite
  • Intoxicação
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24
Q

Conduta na crise convulsiva

A

Suporte: Proteção contra traumas e decúbito lateral esquerdo

Geralmente a epilepsia cessa em até 2 minutos (mecanismos de proteção neuronal)

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25
Quando medicamentar na crise convulsiva?
No caso de Status epiléptico
26
Sinônimo e definição de Status epiléptico
Mal-epiléptico Mais de 5 minutos de crise epiléptica ou crises repetidas sem recuperação do nível de consciência
27
Principal causa de Status epilepticus
Baixa adesão à terapia medicamentosa
28
Primeiro passo no tratamento de estado de mal epiléptico
- Avaliar via aérea e respiração - Tiamina IV + Glicose 50% - Diazepam 10 mg IV ou retal em 2 min (Não fazer IM – absorção errática) - Se não melhorar: repetir a dose de Diazepam após 3-5 min; - Se ainda assim não melhorar → passo 2.
29
Segundo passo no tratamento de estado de mal epiléptico
Fenitoína 20 mg/kg IV a 50 mg/min. - Se não melhorar: repetir com metade da dose; - Se ainda assim não melhorar → passo 3.
30
Terceiro passo no tratamento de estado de mal epiléptico
Fenobarbital 20 mg/kg IV a 50-70 mg/min. - Se não melhorar → repetir com metade da dose; - Se ainda assim não melhorar → passo 4.
31
Quarto passo no tratamento de estado de mal epiléptico
Anestesia com midazolam, propofol ou pentobarbital
32
Droga utilizada na manutenção do tratamento após mal-epiléptico
Fenitoína
33
Opções terapêuticas para epilepsia epiléptica focal (4)
- Carbamazepina (principal) - Lamotrigina - Levetiracetam - Valproato
34
Opções terapêuticas para epilepsia generalizada (3)
- Valproato - Lamotrigina - Levetiracetam (Não usar carbamazepina)
35
Opções terapêuticas para epilepsia mioclônica ou atônica (2)
- Valproato - Lamotrigina
36
Sinônimo de ausência típica (2)
- Ausência infantil - Pequeno mal
37
Características da epilepsia de ausência
- Crise generalizada (perde a consciência) sem sintomas motores por aproximadamente 10 segundos - Sem status pós-ictal
38
Epidemiologia da crise de ausência
Geralmente meninas, entre 3 a 12 anos
39
Fatores desencadeantes das crises de ausência (3)
Hiperventilação, hipoglicemia ou estresse
40
Diagnóstico de epilepsia de ausência
EEG: Espícula-onda 3Hz
41
Opções terapêuticas de epilepsia de ausência (3)
- Etossuximida - Valproato - Lamotrigina (Não usar carbamazepina ou fenitoína)
42
Quais medicações são efetivas para todas as formas epilépticas focais?
Valproato e lamotrigina Generalizadas e focais
43
Quando suspender tratamento medicamentoso para epilepsia?
≥ 2 anos sem crise E sem lesão estrutural (retirada gradual)
44
População que não pode usar valproato
Gestantes (teratogênico)
45
Efeitos adversos do valproato (3)
- ↑ peso - Plaquetopenia - Alopecia
46
Efeitos adversos da fenitoína (3)
- Hiperplasia gengival - Ataxia - Hirsutismo
47
Síndrome epiléptica mais comum do adulto
Epilepsia do lobo temporal (crises parciais complexas)
48
Causa mais comum de epilepsia do lobo temporal
Esclerose mesial temporal (esclerose hipocampal)
49
Característica das crises da epilepsia do lobo temporal
Crises parciais complexas recorrentes (olhar fixo + automatismos orais e manuais), durando de 1 a 2 minutos - (pode ser seguida de crises tonicoclônicas generalizadas)
50
Característica do automatismo da epilepsia do lobo temporal
Movimentos sem propósito, estereotipados e repetitivos - (mastigar, esfregar as mãos)
51
Exames diagnósticos de epilepsia do lobo temporal
RNM e EEG
52
Tratamento de epilepsia do lobo temporal (4)
- Carbamazepina (fármaco de escolha); - Fenitoína; - Valproato; - Se refrário: cirurgia (lobectomia temporal)
53
Síndromes epilépticas mais comuns na infância (4)
- Rolândica - Síndrome de West - Síndrome de Lennox Gastaut - Mioclonia juvenil
54
Forma mais comum de epilepsia na infância
Epilepsia parcial benigna da infânica (rolândica)
55
Sinônimo da epilepsia com pontas Rolândicas
Epilepsia parcial benigna da infância
56
Epidemiologia da epilepsia com pontas Rolândicas
Mais comum meninos entre 2 e 13 anos
57
Características da epilepsia com pontas Rolândicas
Crises parciais simples durante o dia (contração hemiface e MMSS, alteração de sensibilidade, sialorreia e engasgos) + convulsões generalizadas durante o sono
58
Diagnóstico da epilepsia com pontas Rolândicas
EEG Complexo de pontas bifásicas por onda lenta de localização rolândica (centroparietotemporal)
59
Tratamento da epilepsia rolândica
Nem sempre é necessário (Resolução espontânea após 13 anos) Quando indicado: Carbamazepina
60
Faixa etária da Síndrome de West
Lactentes de 3 a 6 meses
61
Doença associada a síndrome de West
Esclerose tuberosa
62
Tríade da Síndrome de West
Espasmos + Déficit neuropsicomotor + EEG hipsarritmia
63
Período do dia dos sintomas da Síndrome de West
Geralmente quando está sonolento ou despertando
64
Diagnóstico da Síndrome de West
EEG: Hipsarritmia (aspecto caótico / Polipontas)
65
Tratamento da síndrome de West
ACTH ou Vigabatrina
66
Complicação da síndrome de West
Pode virar síndrome de Lennox Gastaut
67
Epidemiologia da síndrome de Lennox Gastaut
Geralmente crianças que apresentaram Síndrome de West na primeira infância
68
Clínica da síndrome de Lennox Gastaut
Apresenta crises variadas (generalizadas, focal) e retardo mental
69
Diagnóstico da síndrome de Lennox Gastaut
EEG: Espícula-onda de 1,5 a 2,5 Hz
70
Tratamento de Síndrome de Lennox Gastaut
Valproato, canabidiol (difícil tratamento)
71
Principais causas de crises epilépticas no período neonatal (4)
- Doenças congênitas - Anóxia - Trauma - Desordens metabólicas
72
Epônimo de epilepsia miocônica juvenil
Síndrome de Janz
73
Faixa etária da mioclonia juvenil
13 a 20 anos
74
Características das crises mioclonia juvenil
Abalos musculares unilaterais, especialmente ao despertar, podendo evoluir para convulsões tônico-clônicas generalizadas
75
Fatores desencadeantes da mioclonia juvenil (3)
- Privação de sono (principal) - Fotossensibilidade - Álcool
76
Período do dia e local do corpo que predomina na mioclonia juvenil
Ao despertar (manhã) MMSS
77
Diagnóstico de mioclonia juvenil
EEG com ponta-onda de 4 a 6Hz
78
Opções de tratamento de mioclonia juvenil (2)
- Valproato - Lamotrigina
79
Definição de convulsão febril
Presença de crise convulsiva associada a elevação da temperatura, sem evidências de infecção intracraniana ou outra causa neurológica que justifique o quadro
80
Epidemiologia da convulsão febril simples
6 meses a 5 anos (pico incidência entre 12 a 24 meses)
81
Por que há pico de incidência de convulsão febril entre 1 a 2 anos?
Porque o córtex cerebral está em acelerado desenvolvimento, reduzindo limiar convulsivo, além de maior exposição a infecções e febre mais elevada
82
Tipo de crise convulsiva na convulsão febril
Tônico-clônico generalizada
83
Característica da crise convulsiva na convulsão febril
Perda da consciência, abalos em MMSS e MMII, virada dos olhos para cima e dificuldade de respiração
84
Duração da crise convulsiva na convulsão febril
Geralmente < 15 minutos (simples)
85
Classificação de convulsão febril
- Simples: Tônico-clônico generalizado durando < 15 minutos, sem recorrência em 24 horas, com período pós-ictal de até 30 minutos - Complexa: Outros tipos de convulsão, durando > 15 minutos ou apresentando recorrência em < 24 horas ou alterações neurológicas pós-ictais (paralisia transitória de Todd)
86
Exame físico do paciente com convulsão febril
Neurológico normal (apenas febre)
87
Exame complementares para paciente com convulsão febril
Apenas para investigar possível foco infeccioso (não precisa de exame neurológico específico)
88
Quando solicitar EEG na convulsão febril
Na presença de déficit neuropsicomotor ou déficit neurológico associado
89
Quando solicitar punção lombar na convulsão febril (3)
- < 12 meses (Afastar meninite) - Dúvida diagnóstica; - 6-12 meses se: ---- Não-vacinado para pneumococo ou HiB; ---- Já em uso de ATB (falseia o diagnóstico clínico de meningite)
90
Tratamento de convulsão febril (5)
- Tranquilizar os pais - Suporte (avaliar glicemia capilar) - Antitérmico - Diazepam retal (se necessário) - Antibiótico (se necessário)
91
Fatores de risco de convulsão febril se transformar em epilepsia (5)
- Convulsão febril complexa - Convulsão febril recorrente - Atraso de desenvolvimento - Doença neurológica - Epilepsia na família
92
Manifestação comum da neurocisticercose
Crises epilépticas
93
Tipo de tênia causadora e hospedeiro definitivo da neurocisticercose
Taenia solium – Porco
94
Como se contaminar com Taenia solium?
Ingestão de ovos em água ou alimentos contaminados
95
Diagnóstico de neurocisticersoce
TC/RNM de crânio + Eosinofilia + Testes imunológicos
96
Melhor exames para avaliar neurocisticercose em atividade
RNM (T1)
97
Achados da RNM de crânio compatível com neurocisticercose (3)
- Cavidades com lesões hipodensas no interior (escolex do parasita); - Parênquima em “queijo-suíço”; - Calcificações isoladas (na fase crônica)
97
Tratamento de neurocisticercose (3)
- Praziquantel e/ou Albendazol (associar se > 2 lesões); - Antiepiléptico (se houver crise convulsiva); - Corticoide (↓inflamação pela morte do parasita)