Hipotireoidismo e hipertireoidismo Flashcards

(111 cards)

1
Q

Fisiologia da tireoide

A
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Fisiologia do eixo hipotálamo-hipófise-tireoide

A
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

V ou F: O excesso de TSH pode estimular outros eixos hormonais

A

Falso

O excesso de TRH (hipotireoidismo primário) pode estimular outros eixos

Exemplo: Hiperprolactinemia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Transportadores dos hormônios tireoidianos

A

A maioria do T4 e T3 é ligada a TBG (proteína transportadora dos hormônios tireoidianos) ou a albumina → Porção inativa dos hormônios tireoidianos

A minoria é livre no plasma → É a porção ativa dos hormônios tireoidianos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Fatores que levam ao aumento da produção de globulina ligadora de tiroxina (TBG) (4)

A

1) Hepatite aguda
2) Gravidez
3) Uso de estrógeno oral
4) Drogas (fluorouracil, clofibrato e metadona)

↑ T4 total e ↓ T4 livre (eutireoidismo)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Proteínas que converte T4 em T3

A

Desiodase I e II

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Proteína que converte T4 em T3 reverso e inibe desiodase I

A

Desiodase III

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Substância liberada pelas Células parafoliculares (células C) da tireoide

A

Calcitonina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Definição do Efeito Wolff-Chaikoff

A

Iodo induzindo hipotireoidismo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Definição do Efeito Jod-Basedow

A

Iodo induzindo hipertireoidismo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Definição de hipotireoidismo

A

Síndrome decorrente da deficiência de hormônio tireoidiano

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Epidemiologia do hipotireoidismo

A

Predomínio feminino (devido prevalência de doença autoimune) e aumenta com a idade

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Classificação e causas de hipotireoidismo (3)

A

1) Primária → Defeito na glândula tireoide (95% casos)
— Tireiodite de Hashmioto (mais frequente)
— Radioterapia cervical
— Medicamentos

— Secundária (Central) → Defeito na hipófise
— Terciária (Central) → Defeito no hipotálamo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Causas de hipotireoidismo central (3)

A
  • Tumores hipofisários
  • Craniofaringioma (crianças)
  • Síndrome de Sheehan
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Como diferenciais hipotireoidismo secundário do terciário?

A

Neuroimagem e teste do TRH:
1. TSH se eleva? Terciário (disfunção hipotalâmica);
2. TSH não se eleva? Secundário (disfunção hipofisária)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Medicamentos que podem provocar hipotireoidismo (2)

A

1) Lítio
2) Iodo (Amiodarona, contrastes) → Efeito Wolff-Chaikoff

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Características da tireoidite de Hashimoto (4)

A
  • 90% dos casos apresentam bócio
  • Há atrofia da glândula, devido destruição pelos autoanticorpos
  • Presença de AntiTPO e AntiTG
  • USG → Glândula hipoecoica / Pseudonódulos / Aumento ou não da vascularização
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Causa mais comum de hipotireoidismo central

A

Adenoma de hipófise

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Fatores de risco para hipotireoidismo (5)

A
  • Sexo feminino
  • História familiar
  • Doença autoimune (anemia perniciosa, DM1, doença celíaca)
  • Anticorpos (antiTPO, antiTG)
  • História de tireoidite
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Quadro clínico de hipotireoidismo (10)

A

1) ↓ do metabolismo basal
2) Edema mixedematoso
3) Intolerância ao frio
4) Pele seca, ↓ sudorese
5) Queda de cabelo e unhas quebradiças
6) Constipação
7) Mialgia, câimbras
8) Fadiga, fraqueza, letargia
9) Irregularidade menstrual
10) Derrames cavitários

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Quadro clínico de hipotireoidismo no idoso

A

Quadro atípico:
Depressão ou demência

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Quadro clínico de hipotireoidismo em criança em idade escolar (5)

A

1) Parada de crescimento
2) Idade óssea atrasada
3) Ganho de peso
4) Mau desempenho escolar
5) Atraso puberal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Alterações cardiovasculares mais graves do hipotireoidismo (6)

A

1) Diminuição do cronotropismo e inotropismo cardíaco
2) Diminuição do débito cardíaco
3) Aumento da resistência vascular periférica
4) Aumento da permeabilidade vascular
5) Redução de PAS e aumento da PAD → PA convergente
6) Pode apresentar derrame pericárdico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Indicações e exame de escolha para rastreamento de hipotireoidismo

A
  • Doenças autoimunes
  • História familiar
  • História de radiação cervical
  • Exame físico anormal
  • Doenças psiquiátricas ou demência

TSH

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Achados laboratoriais de hipotireoidismo (6)
1. Anemia macrocítica; 2. ↑Colesterol; 3. ↑Triglicerídeos; 4. ↑Prolactina; 5. ↓Glicemia; 6. ↓Na+
26
Diagnóstico de hipotireoidismo
Primário: TSH ↑↑↑ e T4 livre ↓ Central: TSH ↓/NL e T4 livre ↓
27
Diagnóstico de hipotireoidismo subclínico
TSH ↑ e T4 livre normal (Confirmar após 3 a 6 meses)
28
Quando tratar hipotireoidismo subclínico?
- TSH maior que 10 mUI/L. - Sintomas típicos do hipotireoidismo. - Anticorpos anti-tireoidianos (Anti-TPO e/ou anti-tireoglobulina) positivos. - Doença cardiovascular estabelecida ou alto risco cardiovascular. - Achados ultrassonográficos sugestivos de tireoidite crônica. - Gestantes ou mulheres que planejam engravidar.
29
Quando NÃO tratar hipotiroeoidismo subclínico?
- > 65 anos - < 65 anos sem comorbidades
30
Tratamento de hipotireoidismo
Levotiroxina T4, 30 a 60min antes do café Dose inicial: 1,6 a 1,8 mcg/kg de peso ideal
31
Tratamento de hipotireodismo subclínico
Levotiroxina T4: 25 a 50mcg em jejum (Idosos / coronariopatas → Iniciar com 12,5 a 25 mcg e progredir aos poucos)
32
Valores de referência de TSH em idosos
Entre 4,5 e 6,6 (Aumento fisiológico)
33
Quando tratar hipotireoidismo em idosos?
- TSH entre 7 e 9,9, se doença cardiovascular ou sintomáticos - TSH > 10 em todos os casos
34
Apresentação clínica do hipotireoidismo congênito (7)
(Nos primeiros dias de nascido): - Icterícia prolongada - Atraso fechamento das fontanelas - Hipotonia - Atraso da queda do coto umbilical - Sonolência - Choro rouco - Dificuldade de alimentação
35
Exame de rastreamento para hipotireoidismo congênito
Teste do pezinho (entre 2º e 5º dia)
36
Diagnóstico de hipotireoidismo congênito
TSH e T4 livre sérico na 1ª ou 2ª semana → Se alterados → Solicitar anticorpos, tireoglobulina e cintilografia
37
Tratamento de hipotireoidismo congênito
Levotiroxina T4 10 a 15mcg/kg/dia
38
Complicação mais grave do hipotireoidismo
Coma mixedematoso
39
Tríade clássica do coma mixedematoso
Evento precipitante + hipotermia + alteração do nível de consciência
40
Quadro clínico e laboratorial do coma mixedematoso
Igual ao do hipotireoidismo, porém em parâmetros extremos
41
Tratamento do coma mixedematoso (3)
1) Tratar causa precipitante (aquecimento passivo → Cobertores) 2) Hidrocortisona 50 a 100 mg IV 6/6h 3) Levotiroxina Ataque: 500 mcg + Manutenção: 100 -175 mcg/dia
42
Definição de tireotoxicose
Excesso de hormônio tireoidiano (independente da origem)
43
Definição de hipertireoidismo
Excesso de hormônio tireoidiano proveniente da tireoide
44
Causas de tireotoxicose com hipertireoidismo primário (8)
- Doença de Graves (Bócio difuso tóxico) - Bócio Multinodular Tóxico - Adenoma tóxico (Doença de Plummer) - Iodo-induzido (Fenômeno de Jod-Basedow) - Tumores trofoblástico produtor de HCG - Hipertireoidismo familiar não-imune - Hipertireoidismo neonatal transitório
45
Causas de tireotoxicose sem hipertireoidismo primário (3)
- Tireoidite subaguda/aguda - Tireotoxicose factícia (uso do hormônio → emagrecer / TTO hipotireoidismo)) - Tecido tireoidiano ectópico
46
Causa de tireotoxicose com hipertireoidismo secundário
Tumor hipofisário produtor de TSH
47
Diagnóstico de Hipertireoidismo secundário
TSH ↑ ou NL + T4 Livre ↑ + TC/RN de sela túrcica (Adenoma de hipófise
48
Tratamento de hipertireoidismo secundário
Hipofisectomia transesfenoidal
49
Fármaco que pode levar a hipertireoidismo
Altas doses de iodo (Contraste, amiodarona, xarope) (Fenômeno de Jod-Basedow)
50
Quando manter e quando suspender amiodarona no caso de alteração da função tireoidiana?
- Tireotoxicose: Suspender - Hipotireoidismo: Pode manter
51
Tipos de tireotoxicose induzida pela amiodarona:
- Tipo 1: Indivíduos com alguma doença auto-imune tireoidiana prévia → Ocorre por produção excessiva de hormônios tireoidianos - Tipo 2: Tireoidite destrutiva, sem doença tireoidiana prévia → Liberação de T3 e T4 pré-formados (Efeitos da amiodarona podem demorar anos para manifestar e dura muito tempo após retirada da medicação)
52
Como diagnosticar ou descartar hipertireoidismo em uma tireotoxicose?
Índice de captação de iodo radioativo (RAIU) - Uma “cintilografia quantitativa” da tireoide, avaliando a % de captação de contraste iodado após 24h, diferente da avaliação imediata para distinguir nódulos quentes de frios
53
Interpretação do RAIU 24h
- < 5% Hipotireoidismo (confundido com tireoidites e tireotoxicose factícia) - 5 a 30%: Normal - 35 a 95%: Hipertireoidismo
54
Causa mais comum de hipertireodismo e seus sinônimos
Doença de graves Bócio difuso tóxico Doença de Basedow / Basedow-Graves (70-80% dos casos)
55
Epidemiologia da Doença de Graves
Predomina em mulheres (doença autoimune), entre 20 a 40 anos
56
Fisiopatologia da Doença de Graves
Infiltrado linfocitário tireoidiano → predomínio TH2 →Resposta autoimune humoral → Produz IgG contra receptores de TSH (TRAB) → mimetiza ação estimuladora de TSH → Hipertrofia e hiperplasia da tireoide → Hipersecreção hormonal autônoma (não depende dos níveis de T3/T4, depende dos níveis de TRAB)
57
Anticorpos e bócio na Doença de Graves (2)
Anticorpos (não é fundamental): TRAB (é fator prognóstico) e anti-TPO Bócio difuso, com leve/moderado aumento de volume e ↑ vascularização, pode ter sopro e frêmito
58
Reação autoimune extra-tireoide na Doença de Graves (2)
- Órbita ocular → Oftalmia de Graves - Tecido celular subcutâneo → Dermatopatia / Mixedema de Graves
59
Fatores de pior prognóstico na doença de Graves (7)
- TRAB muito elevado - T3 total elevado (>500) - Bócios volumosos - Homens - Tabagistas - Crianças - Tireoides muito vascularizadas ao Doppler
60
Epidemiologia do Bócio multinodular tóxico
Mulheres, > 50 anos, deficientes de iodo
61
Fisiopatologia do Bócio multinodular tóxico
Inicia com bócio multinodular atóxico (eutireoidismo) → Depois os nódulos se tornam autônomo dos níveis de T3/T4 → Tireotoxicose
62
Características do bócio no Bócio multinodular tóxico
Bócio irregular, volumoso e mergulhante (grave)
63
Sinal típico do Bócio multinodular tóxico
Sinal de Pemberton (Congestão facial por ↓ retorno venoso da cabeça e pescoço mediante elevação de MMSS)
64
Exame diagnóstico para Bócio Multinodular Tóxico
Cintilografia tireoidiana (Múltiplos nódulos hipercaptantes)
65
Tratamento do Bócio Multinodular Tóxico (2)
- Tireoidectomia subtotal - Radioiodo se alto risco cirúrgico
66
Sinônimos de Bócio uninodular tóxico
Adenoma folicular tóxico Doença de Plummer
67
Epidemiologia do Bócio uninodular tóxico
Jovens (30 a 40 anos) Provocados por mutações ativadoras no gene do receptor TSH
68
Bócio e anticorpos no Bócio uninodular tóxico
- Tireotoxicose + bócio com nódulos > 3cm - Sem detecção de anticorpos antitireoidianos
69
Exame diagnóstico de Adenoma folicular tóxico
Cintilografia (Nódulo hipercaptante)
70
Tratamento do ademona folicular tóxico
- Padrão: Tireoidectomia parcial - Se paciente jovem ou grandes nódulos: Lobectomia com istmectomia + injeção de etanol guiado por USG
71
Principais causas de Bócio difuso atóxico
- No mundo: Deficiência de iodo - No Brasil: Tireoidite de Hashimoto e Bócio esporádico simples
72
Quando e como tratar Bócio Difuso Atóxico
- Sintomas compressivos e/ou razões estéticas - Levotiroxina (Suprime TSH)
73
Características das tireoidites agudas e subagudas ocasionando tireotoxicose
- Transitórias - Decorre de infecção ou inflamação (Ruptura dos folículos tireoidianos) - Bócio difuso e ↑ vascularizado
74
Causas de tireoidites subagudas e como diferenciá-las?
- Indolor → Medicamento ou autoimunidade (linfocítica subaguda) - Dolosoras (De Quervain) → Infecção
75
Causas das tireotoxicoses factícias
Excesso de hormônio tireoidiano exógeno - Ingestão acidental ou proposital (Emagrecer) - Tratamento de hipotireoidismo
76
Características das tireotoxicoses factícias
Sem bócio Dosagem baixa de tireoglobulina
77
Tecidos tireoidianos ectópicos
- Teratomas (struma ovarii → Tumor ovariano produtor de hormônios tireoidianos) - Metástase de tumores malignos da tireoide
78
Alterações da pele/anexos relacionados a tireotoxicose
- Pele quente, macia e com sudorese profusa - Unhas fracas, com onicólise distal - Cabelos fino e esparso
79
Alterações dos olhos relacionados a tireotoxicose
- Retração palpebral e olhar fixo - “Lid lag” → Retardo na descida palpebral superior
80
Alterações cardiorrespiratória relacionados a tireotoxicose
- Taquicardia, palpitação - ↑ PAS e ↓ PAD (PA divergente) → Devido vasodilatação - Intolerância ao exercício (Mais precoce) - Arritmias (taquicardia sinusal ou fibrilação atrial)
81
Alterações neuropsiquiátricas relacionados a tireotoxicose
- Nervosismo, insônia, irritabilidade - Taquicinese - Tremores finos - Psicose - ↑ apetite + perda ponderal
82
Alterações musculoesqueléticas relacionados a tireotoxicose
Osteoporose (↑ reabsorção óssea) Hipercalciúria Miopatia Paralisia periódica tireotóxica
83
Alterações musculoesqueléticas relacionados a tireotoxicose
Hiperdefecação Poliúria e polidipsia Ginecomastia Amenorreia
84
Quadro clínico relacionado à Doença de Graves (5)
- Mixedema pré-tibial - Pele com aspecto de "casca de laranja" - Exoftalmia (proptose ocular) - Quemose (hiperemia e edema conjuntival) - Paralisia periódica hipocalêmica
85
Fatores de risco para oftalmopatia de Graves
- Idade mais avançada - Sexo masculino - Ancestralidade caucasiana - TRAB elevado - Tabagismo -Radioiodoterapia
86
Quadro clínico de hipertireoidismo em idosos
Hipertireoidismo apático Alterações cardiovasculares (FA) e perda de peso
87
Diagnóstico laboratorial de hipertireoidismo
TSH ↓ ou indetectável + T4 livre ↑
88
Diagnóstico de hipertireoidismo subclínico
TSH ↓ e T4 livre normal (Repetir após 3 a 6 meses)
89
Quando indicar tratamento no hipertireodismo subclínico?
- TSH < 0,1 - TSH entre 0,1 e 0,44, se: --- > 65 anos --- < 65 anos com risco cardiovascular aumentado --- Osteoporose ou mulher na pós-menopausa
90
Indicações de solicitação da dosagem de TRAB (4)
- Dúvida diagnóstica - Gestante com história de doença de Graves - Diagnóstico diferencial da Tireotoxicose gestacional (1º trimestre) - Indivíduos eutireoideos com acometimento ocular sugestivo de oftalmopatia de Graves Confirma Doença de Graves
91
Tratamento de sintomas adrenérgicos do hipertireodismo
1ª opção: Betabloqueador 2ª opção: BCC não-diidropiridínicos (verapamil / diltiazem)
92
Opções de tratamento de hipertireoidimo
Tionamidas - Propiltiuracil - Metimazol (Tapazol)
93
Alternativa farmacológica para alérgicos a tionamidas
Lítio
94
Droga anti-tireoidiano de escolha para grávidas/lactentes
Propiltiuracil
95
Toxicidade das drogas anti-tireoidianas
- Propiltiuracil (independente da dose): Vasculite e hepatite citocóxica aguda (Trocar para MMZ) - Metimazol (Depende da dose): Neurite em MMII e hepatite colestática aguda (trocar para PTU)
96
Contraindicações às drogas anti-tireoidianas
- Neutrófilos < 500 (Agranulocitose grave) - ↑ transaminases > 5x o LSN (hepatotoxicidade) - Síndrome lúpus-like - Vasculite ANCA positivo - Anemia aplástica e trombocitopenia - Teratogenicidade
97
Monitorização do tratamento de hipertireoidismo
- Tireoide: T4 livre e T3 total em 4 a 6 semanas → Depois só com TSH - Fígado: TGO e TGP no início do tratamento e após troca da dose da medicação - Células: Hemograma se febre e/ou odinofagia
98
Tempo de tratamento da Doença de Graves com tionamidas
1 a 2 anos (50% têm remissão)
99
Definição de remissão do hipertireoidismo
Manutenção de eutireoidismo após um ano após a suspensão das drogas anti-tireodianas
100
Indicações de radioterapia para tireotoxicose
- Doença de Plummer ou Bócio multinodular tóxico - Refratários às tionamidas - Contraindicação a cirurgia - Obter controle rápido ou gestar após um ano - Paciente muito grave, porém estáveis
101
Contraindicações de radioterapia para tratamento de tireotoxicose (2)
- Gestação e lactação - Oftalmopatia grave em atividade
102
Técnica cirúrgica indicada para tireotoxicose
Tireoidectomia total ou quase total
103
Indicações de cirurgia para tireotoxicose
- Câncer de tireoide / Nódulos suspeitos - Não obtiveram controle com demais terapêuricas - Bócio muito volumoso com sintomas compressivos - Associação com Hiperparatireoidismo com indicação cirúrgica - Gestantes (casos específicos) - Mulheres que pretendem engravidar no ano seguinte - Escolha do paciente
104
Cuidados pré e pós-operatório para cirurgia em tireotoxicose
Pré-operatório: Administrar iodeto de potássio ou lugol (↓ vascularização e sangramento) Pós-operatório: - Levotiroxina prontamente (1,6 mcg/kg/dia) - Monitorar metabolismo do cálcio (Trousseau e Chvostek)
105
Definição de crise tireotóxica
(Tempestade tireoidiana) Síndrome clínica caracterizada por hormônio tireoidiano em quantidade muito excessivas provenientes da tireoide
106
Fatores de risco da tempestade tireodiana
- Infecção - Tireotoxicose não tratada - Cetoacidose diabética - ICC - Trauma
107
Quadro clínico da tempestade tireoidana
- Temperatura > 38,5ºC - Taquicardia sinusal/supraventricular desproporcional a febre → ICC de alto débito e edema agudo de pulmão - Náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal (ICTERÍCIA É SINAL DE GRAVIDADE) - Agitação psicomotora, labilidade emocional, delirium e psicose - Diaforese, hipotensão postural, PA divergente
108
Diagnóstico de tempestade tireodiana
Índice de Burch e Wartfosky (≥ 45 é muito sensível, mas é pouco específica)
109
Tratamento da tempestade tireoidana
- Propiltiuracil doses altas (pode associar solução iodada) - Betabloqueadores e corticoides (dose alta) - Coloides se hipotensão - Soro glicosado se ↓ massa magra (catabolismo proteico)
110
Definição da síndrome do eutireoidiano doente
Liberação de citocinas em doenças sistêmicas graves induzindo ao aumento da conversão de T4 em T3 reverso (rT3), uma forma inativa de hormônio tireoidiano, reduzindo a progressão do catabolismo
111
Achados laboratoriais da síndrome do eutireoidiano doente (3)
1. ↑T3 reverso (T3r); 2. ↓T3; 3. ↓TSH