FESS (Acesso do Frontal) Flashcards

1
Q

Qual a filosofia empregada para abordagem do frontal?

A
  • “TUDO OU NADA”

Como ele tem uma tendência de cicatrização anômala, com obstrução do recesso do frontal, é melhor remover completamente as células obstruindo ou não tocar no recesso.

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2
Q

Cite os limites do recesso do seio frontal:

  • ANTERIOR
  • POSTERIOR
  • MEDIAL
  • LATERAL
A
  • Anterior = Frontal beak (e Agger Nasi).
  • Posterior = Bula etmoidal
  • Medial = Porção vertical da concha média
  • Lateral = Lâmina Papirácea
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3
Q

Cite um sinônimo para Frontal Beak

A

Processo nasal do osso frontal.

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4
Q

Sobre a drenagem do frontal:

-Qual o tipo de drenagem mais comum do recesso do frontal?

  • Onde o processo uncinado se insere quando temos esse tipo de drenagem?
  • Quais as outras 2 inserções clássicas do PU e para onde o RF drena nesses casos?
A

Inserção na LÂMINA PAPIRÁCEA:

  • 70% dos casos (mais comum)
  • Frontal drena para MEATO MÉDIO (70% dos casos).

Inserção na BASE DO CRÂNIO OU CONCHA MÉDIA:

  • Menos frequente.
  • Frontal drena para INFUNDÍBULO ETMOIDAL.

Não é incomum inserções duplas ou triplas.

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5
Q

Cite o conceito de que é recesso terminal.

A

É um fundo cego (asterisco na imagem) formado pela inserção do PU na lâmina papirácea (situação mais prevalente). A drenagem do frontal se dá no meato médio.

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6
Q

Cite o conceito de Agger Nasi e Bula Etmoidal.

A
  • Agger Nasi: célula etmoidal mais anterior, situada na inserção anterior da concha média na parede lateral (forma a axila da concha média).
  • Bula Etmoidal: maior célula etmoidal anterior (mas pode estar subdesenvolvida ou ausente em até 8% dos casos). Lateralmente tem a lâmina papirácea e posteriormente o recesso retrobular. Superiormente pode ter a fóvea etmoidal ou recesso suprabular.
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7
Q

Cite o conceito de Recesso Retrobular.

A

Recesso Retrobular (seio lateral)

  • Espaço que fica posterior à bula etmoidal (número 4 abaixo).
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8
Q

Cite o conceito de Recesso Suprabular.

A
  • Recesso Suprabular

Quando a bula não chega superiormente até a fóvea etmoidal, o espaço formado acima dela recebe esse nome.

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9
Q

Qual o conceito e importância da barra vertical?

A
  • REMANESCENTE SUPERIOR DO UNCINADO + PAREDE MEDIAL DO AGGER NASI (após uncifectomia e abertura do agger).
  • É a chave para acesso ao recesso frontal. A drenagem do frontal estará localizada logo POSTERIOR ou MEDIAL À BARRA VERTICAL.
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10
Q

Cite conceito das 4 células frontoetmoidais ANTERIORES ao recesso do frontal.

A

ABAIXO DO FRONTAL BEAK (acima do agger nasi):

  • Kuhn I = CÉLULA ÚNICA.
  • Kuhn II = MAIS DE 1 CÉLULA.

ACIMA DO FRONTAL BEAK:

  • Kuhn III = atinge ATÉ 50% da altura do frontal
  • Kuhn IV = atinge MAIS DE 50% da altura do frontal
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11
Q

Cite conceito das 2 células frontoetmoidais POSTERIORES ao recesso do frontal.

A
  • SUPRABULAR

(Acima da bula , no recesso suprabular, conectada à base do crânio. Ela pode atingir o recesso do frontal mas NÃO ENTRA no seio frontal).

  • FRONTALBULAR

(Acima da bula , conectada à base do crânio, passa pelo recesso e ATINGE O INTERIOR DO SEIO FRONTAL).

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12
Q

Cite conceito das células frontoetmoidais LATERAIS ao recesso do frontal.

A
  • SUPRAORBITÁRIAS

(Única ou múltiplas, pneumatizam o teto da órbita, próximo á artéria etmoidal anterior, ficam posterior e também LATERAIS ao seio frontal, mimetizando um seio frontal septado).

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13
Q

Cite conceito das célula frontoetmoidal MEDIAL ao recesso do frontal.

A
  • INTERFRONTAL

(Pneumatiza o septo interssinusal frontal, geralmente relacionadas a apenas um RF, mas pode drenar dois RF. Podem associar-se a pneumatização da Crista galli. Identificada em cortes coronais ou axiais).

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14
Q

O que são células frontais de Boyer?

A

Algumas células etmoidais podem apresentar expansão tardia para o assoalho do seio frontal estabelecendo algumas proeminências dentro dele, conhecidas como células ou bolhas frontais de Boyer.

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15
Q

Sobre a Classificação de Keros:

  • Cite o significado.
  • Cite como é feita a medida.
  • Cite os 3 tipos
  • Cite qual é a mais comum.
  • Cite quais tem maior risco de iatrogenia.
A

Significado:

  • Altura da fossa olfatória (base de crânio)

Medida:

  • Pela altura da LAMELA LATERAL da lâmina cribiforme.

Tipos:

  • Tipo 1 (rasa): 1-3mm (30% dos casos).
  • Tipo 2 (intermediária): 4-7mm (49%, MAIS COMUM)
  • Tipo 3 (profunda): 8-16mm (21% dos casos)

Iatrogenia:

  • Tipo 3 (muito profunda, fácil de lesionar).
  • Tipo 1 (subestimada pelo cirurgião).
  • Se lamelas assimétricas ou muito anguladas.
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16
Q

Qual a classificação de Keros da imagem?

A

Keros tipo 1 (1-3mm)

17
Q

Qual a classificação de Keros nessa imagem?

A

Keros tipo 3 (8-16mm)

18
Q

Qual o nome da estrutura apontada abaixo e ela é limite de qual região?

A

ARTÉRIA ETMOIDAL ANTERIOR

  • FORMA O LIMITE PÓSTERO-INFERIOR DO RECESSO DO FRONTAL (no teto do etmóide).
  • Sai da órbita pelo canal ósseo e vai em direção á lamela lateral da lâmina cribiforme.

Todo cuidado deve ser tomado com a artéria etmoidal anterior medialmente, porque as paredes ósseas ali são muito finas e a dura-máter muito aderida a elas (risco de fístula). E o limite lateral do canal ósseo dela penetra na órbita (risco de lesar lamina papirácea).

19
Q

Sobre a Técnica da Bula Etmoidal Intacta para a cirurgia do seio frontal:

  • Qual sua premissa (propósito)?
  • Cite outras outras 2 vantagens.
  • O ideal é abordar o frontal no início ou final do procedimento?
A

Preconizada por Louri em 1993. Premissa:

  • Recesso frontal está na frente da parede anterior da bula. Mantendo-se essa estrutura intacta e seguindo superiormente, podemos encontrar a drenagem desse seio paranasal.

Além disso, essa técnica:

  • Protege base do crânio
  • Protege artéria etmoidal anterior

Recomendação:

  • Acessar o seio frontal no início do ato cirúrgico, quando o cirurgião está mais descansado e menos propenso a falhas.
20
Q

Quais as óticas indicadas para abordagem endoscópica do seio frontal?

A

Anguladas, de 45 ou 70 graus.

21
Q

Cite os 4 tipos de abordagens endoscópicas do seio frontal sistematizada pelo professor Wolfgang Draf (em ordem de agressividade) e suas palavras chaves.

A

Técnicas (e palavras chave):

  • DRAF I (Recesso do frontal)
  • DRAF IIA (Corneto médio)
  • DRAF IIB (Septo nasal)
  • DRAF III (Lâmina papirácea)

O DRAF III é chamado de Lothrop modificado.

22
Q

Sobre o DRAF I:

  • Descreva a técnica.
  • Cite sua indicação.
A

DRAF I:

  • Etmoidectomia simples anterior.
  • Abertura do RECESSO DO FRONTAL.
  • Preservação da parede superior do agger nasi

Indicação:”

  • Doença MÍNIMA do seio frontal (procedimento mais conservador).
23
Q

Sobre o DRAF IIA:

  • Descreva a técnica.
  • Descreva seu limite.
  • Explique o que é “Uncapping the Egg”.
  • Cite sua indicação.
A

DRAF IIA:

  • Etmoidecomia anterior (como no passo anterior)
  • Aborda espaço entre papirácea e CONCHA MÉDIA.
  • O agger nasi é abordado agressivamente (a barra vertical é removida com movimento “UNCAPPING THE EGG” com o seeker em direção ANTERIOR e LATERAL).

Indicação:

  • DOENÇA EXTENSA DO SEIO FRONTAL (pólipos, tumores, mucoceles) ou falha no Draf I.
24
Q

Sobre o DRAF IIB:

  • Descreva a técnica.
  • Descreva seu limite.
  • Explique o que é “Uncapping the Egg”.
  • Cite sua indicação.
A

DRAF IIB:

  • Etmoidectomia e remoção da barra vertical
  • Aborda espaço entre papirácea e SEPTO NASAL
  • Resseca o frontal beak (ganho anteroposterior)

Indicação:

  • Doenças NÃO-INFLAMATÓRIAS (osteomas, por exemplo).
  • Se diâmetro obtido no Draf II A for pequeno

Há risco de intensa NEO-OSTEONEOGÊNESE com fechamento do recesso, principalmente em doenças inflamatórias, sendo contraindicado nesses casos.

25
Q

Sobre o DRAF III (Lothrop Modificado):

  • Descreva a técnica.
  • Descreva seus limites (laterolateral)
  • Descreva seus limites (anterior e posterior)
A

DRAF III (Lothrop modificado):

  • Remove porção anterior da concha média, barra vertical, frontal beak de ambos os lados, septo intersinsusal e parte superior do septo, ligando os dois seios frontais em ASPECTO DE FERRADURA.

Limites:

  • LÂMINAS PAPIRÁCEAS (laterolateral)
  • PRIMEIRA FIBRA OLFATÓRIA (posterior)
  • PELE (anterior).

Indicação

  • DOENÇA INFLAMATÓRIA EXTENSA
  • FALHA DO DRAF IIA OU IIB
  • NEO-OSTEOGÊNESE
  • TUMORES
  • AERD, ASMA, DOENÇAS CILIARES, GENÉTICAS
26
Q

Sobre o DRAF III (Lothrop Modificado):

  • Cite o nome e diferença
A
  • INSIDE-OUT (dentro do recesso para fora do seio)

(Desbloqueia o RF, remove frontal beak, resseca septo intersinusal e realiza janela septal, IDENTIFICANDO POR ÚLTIMO A PRIMEIRA FIBRA OLFATÓRIA, limite posterior da disseção).

  • OUTSIDE-IN (fora do recesso para dentro do seio)

(Incisão em U invertido anterior à axila da concha média, descola mucosa posterior e JÁ ACHA A PRIMEIRA FIBRA OLFATÓRIA NO INÍCIO. Confecciona a janela septal, resseca com broca o teto do nariz, disseca para laterais identificando as LP e formando a ferradura, abre frontal beak e seio frontal).

27
Q

Na imagem está sendo realizado um Draf III. Qual estrutura foi identificada?

A

Primeira fibra do nervo olfatório (limite posterior da dissecção).

28
Q

Para quais Drafs são recomendados uso de tamponamento?

A
  • DRAF IIB
  • DRAF III (Lothrop)

Para facilitar reepitelização de grande área de osso exposto na parede anterior do RF. Deve ser tampão não absorvível por 2-7 dias.

29
Q

Quais drafs são recomendados o uso de splints nasais?

A
  • DRAF III apenas

Coloca-se superiormente como um U invertido, recobrindo área desnuda, com tampão inferior a ele comprimindo contra o osso.

Pode ser feita bolgerização da concha média para facilitar ainda mais a drenagem.

30
Q

Como é feito o debridamento pós-operatório para:

  • Draf I e IIA ?
  • Draf IIB e III ?
A
  • DRAF I e IIA: lavagens nasais e debridamentos frequentes habituais.
  • DRAF IIB e III: cuidados mais intensos (devido risco de osteoneogênese), com primeiro debridamento entre 7-10 dias e depois conforme evolução (intervalos maiores que 1 semana, inferiores a esse período não tem relato de benefício adicional). Pós-operatório é mais prolongado.