FESS (Acesso do Frontal) Flashcards
(30 cards)
Qual a filosofia empregada para abordagem do frontal?
- “TUDO OU NADA”
Como ele tem uma tendência de cicatrização anômala, com obstrução do recesso do frontal, é melhor remover completamente as células obstruindo ou não tocar no recesso.
Cite os limites do recesso do seio frontal:
- ANTERIOR
- POSTERIOR
- MEDIAL
- LATERAL
- Anterior = Frontal beak (e Agger Nasi).
- Posterior = Bula etmoidal
- Medial = Porção vertical da concha média
- Lateral = Lâmina Papirácea
Cite um sinônimo para Frontal Beak
Processo nasal do osso frontal.
Sobre a drenagem do frontal:
-Qual o tipo de drenagem mais comum do recesso do frontal?
- Onde o processo uncinado se insere quando temos esse tipo de drenagem?
- Quais as outras 2 inserções clássicas do PU e para onde o RF drena nesses casos?
Inserção na LÂMINA PAPIRÁCEA:
- 70% dos casos (mais comum)
- Frontal drena para MEATO MÉDIO (70% dos casos).
Inserção na BASE DO CRÂNIO OU CONCHA MÉDIA:
- Menos frequente.
- Frontal drena para INFUNDÍBULO ETMOIDAL.
Não é incomum inserções duplas ou triplas.
Cite o conceito de que é recesso terminal.
É um fundo cego (asterisco na imagem) formado pela inserção do PU na lâmina papirácea (situação mais prevalente). A drenagem do frontal se dá no meato médio.
Cite o conceito de Agger Nasi e Bula Etmoidal.
- Agger Nasi: célula etmoidal mais anterior, situada na inserção anterior da concha média na parede lateral (forma a axila da concha média).
- Bula Etmoidal: maior célula etmoidal anterior (mas pode estar subdesenvolvida ou ausente em até 8% dos casos). Lateralmente tem a lâmina papirácea e posteriormente o recesso retrobular. Superiormente pode ter a fóvea etmoidal ou recesso suprabular.
Cite o conceito de Recesso Retrobular.
Recesso Retrobular (seio lateral)
- Espaço que fica posterior à bula etmoidal (número 4 abaixo).
Cite o conceito de Recesso Suprabular.
- Recesso Suprabular
Quando a bula não chega superiormente até a fóvea etmoidal, o espaço formado acima dela recebe esse nome.
Qual o conceito e importância da barra vertical?
- REMANESCENTE SUPERIOR DO UNCINADO + PAREDE MEDIAL DO AGGER NASI (após uncifectomia e abertura do agger).
- É a chave para acesso ao recesso frontal. A drenagem do frontal estará localizada logo POSTERIOR ou MEDIAL À BARRA VERTICAL.
Cite conceito das 4 células frontoetmoidais ANTERIORES ao recesso do frontal.
ABAIXO DO FRONTAL BEAK (acima do agger nasi):
- Kuhn I = CÉLULA ÚNICA.
- Kuhn II = MAIS DE 1 CÉLULA.
ACIMA DO FRONTAL BEAK:
- Kuhn III = atinge ATÉ 50% da altura do frontal
- Kuhn IV = atinge MAIS DE 50% da altura do frontal
Cite conceito das 2 células frontoetmoidais POSTERIORES ao recesso do frontal.
- SUPRABULAR
(Acima da bula , no recesso suprabular, conectada à base do crânio. Ela pode atingir o recesso do frontal mas NÃO ENTRA no seio frontal).
- FRONTALBULAR
(Acima da bula , conectada à base do crânio, passa pelo recesso e ATINGE O INTERIOR DO SEIO FRONTAL).
Cite conceito das células frontoetmoidais LATERAIS ao recesso do frontal.
- SUPRAORBITÁRIAS
(Única ou múltiplas, pneumatizam o teto da órbita, próximo á artéria etmoidal anterior, ficam posterior e também LATERAIS ao seio frontal, mimetizando um seio frontal septado).
Cite conceito das célula frontoetmoidal MEDIAL ao recesso do frontal.
- INTERFRONTAL
(Pneumatiza o septo interssinusal frontal, geralmente relacionadas a apenas um RF, mas pode drenar dois RF. Podem associar-se a pneumatização da Crista galli. Identificada em cortes coronais ou axiais).
O que são células frontais de Boyer?
Algumas células etmoidais podem apresentar expansão tardia para o assoalho do seio frontal estabelecendo algumas proeminências dentro dele, conhecidas como células ou bolhas frontais de Boyer.
Sobre a Classificação de Keros:
- Cite o significado.
- Cite como é feita a medida.
- Cite os 3 tipos
- Cite qual é a mais comum.
- Cite quais tem maior risco de iatrogenia.
Significado:
- Altura da fossa olfatória (base de crânio)
Medida:
- Pela altura da LAMELA LATERAL da lâmina cribiforme.
Tipos:
- Tipo 1 (rasa): 1-3mm (30% dos casos).
- Tipo 2 (intermediária): 4-7mm (49%, MAIS COMUM)
- Tipo 3 (profunda): 8-16mm (21% dos casos)
Iatrogenia:
- Tipo 3 (muito profunda, fácil de lesionar).
- Tipo 1 (subestimada pelo cirurgião).
- Se lamelas assimétricas ou muito anguladas.
Qual a classificação de Keros da imagem?
Keros tipo 1 (1-3mm)
Qual a classificação de Keros nessa imagem?
Keros tipo 3 (8-16mm)
Qual o nome da estrutura apontada abaixo e ela é limite de qual região?
ARTÉRIA ETMOIDAL ANTERIOR
- FORMA O LIMITE PÓSTERO-INFERIOR DO RECESSO DO FRONTAL (no teto do etmóide).
- Sai da órbita pelo canal ósseo e vai em direção á lamela lateral da lâmina cribiforme.
Todo cuidado deve ser tomado com a artéria etmoidal anterior medialmente, porque as paredes ósseas ali são muito finas e a dura-máter muito aderida a elas (risco de fístula). E o limite lateral do canal ósseo dela penetra na órbita (risco de lesar lamina papirácea).
Sobre a Técnica da Bula Etmoidal Intacta para a cirurgia do seio frontal:
- Qual sua premissa (propósito)?
- Cite outras outras 2 vantagens.
- O ideal é abordar o frontal no início ou final do procedimento?
Preconizada por Louri em 1993. Premissa:
- Recesso frontal está na frente da parede anterior da bula. Mantendo-se essa estrutura intacta e seguindo superiormente, podemos encontrar a drenagem desse seio paranasal.
Além disso, essa técnica:
- Protege base do crânio
- Protege artéria etmoidal anterior
Recomendação:
- Acessar o seio frontal no início do ato cirúrgico, quando o cirurgião está mais descansado e menos propenso a falhas.
Quais as óticas indicadas para abordagem endoscópica do seio frontal?
Anguladas, de 45 ou 70 graus.
Cite os 4 tipos de abordagens endoscópicas do seio frontal sistematizada pelo professor Wolfgang Draf (em ordem de agressividade) e suas palavras chaves.
Técnicas (e palavras chave):
- DRAF I (Recesso do frontal)
- DRAF IIA (Corneto médio)
- DRAF IIB (Septo nasal)
- DRAF III (Lâmina papirácea)
O DRAF III é chamado de Lothrop modificado.
Sobre o DRAF I:
- Descreva a técnica.
- Cite sua indicação.
DRAF I:
- Etmoidectomia simples anterior.
- Abertura do RECESSO DO FRONTAL.
- Preservação da parede superior do agger nasi
Indicação:”
- Doença MÍNIMA do seio frontal (procedimento mais conservador).
Sobre o DRAF IIA:
- Descreva a técnica.
- Descreva seu limite.
- Explique o que é “Uncapping the Egg”.
- Cite sua indicação.
DRAF IIA:
- Etmoidecomia anterior (como no passo anterior)
- Aborda espaço entre papirácea e CONCHA MÉDIA.
- O agger nasi é abordado agressivamente (a barra vertical é removida com movimento “UNCAPPING THE EGG” com o seeker em direção ANTERIOR e LATERAL).
Indicação:
- DOENÇA EXTENSA DO SEIO FRONTAL (pólipos, tumores, mucoceles) ou falha no Draf I.
Sobre o DRAF IIB:
- Descreva a técnica.
- Descreva seu limite.
- Explique o que é “Uncapping the Egg”.
- Cite sua indicação.
DRAF IIB:
- Etmoidectomia e remoção da barra vertical
- Aborda espaço entre papirácea e SEPTO NASAL
- Resseca o frontal beak (ganho anteroposterior)
Indicação:
- Doenças NÃO-INFLAMATÓRIAS (osteomas, por exemplo).
- Se diâmetro obtido no Draf II A for pequeno
Há risco de intensa NEO-OSTEONEOGÊNESE com fechamento do recesso, principalmente em doenças inflamatórias, sendo contraindicado nesses casos.