Imunobiológicos (Guidelines) Flashcards

1
Q

Sobre a RSCcPN:

  • Qual a prevalência de RSCcPN na cidade de SP em 2021?
  • Qual a taxa de recidiva?
  • Quais os fatores associados a recidiva?
  • Qual a importância de imunobiológicos?
A
  • 500 mil pessoas com polipose nasossinusal na cidade de SP (2021).
  • Cerca de 35% dos pacientes com RSCcPN tem recorrência após 6 meses a tratamentos diversos.
  • Cirurgia tardia (quanto mais for adiada, maior recidiva) e resposta inflamatória tipo 2 (pólipos ricos em eosinófilos).
  • Terapia para reduzir a recidiva desses pacientes e evitar múltiplas cirurgias.
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2
Q

Sobre o EPOS 2020:

  • Como ele subdivide as doenças que causam RSC?
  • Quais os casos que se beneficiariam do uso de imunobiológicos?
A
  • Classificação envolve a existência de uma doença de base (primária ou secundária), a distribuição anatômica (localizada ou difusa), o endótipo dominante (resposta tipo 2 ou não) e a apresentação fenotípica.
  • Imunobiológicos agem na resposta imune ADAPTATIVA e são indicados apenas para pacientes com RESPOSTA INFLAMATÓRIA TIPO 2.
  • A resposta tipo 2 poderia ser vista através de ENDOTIPAGEM E BIOMARCADORES.
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3
Q

Segundo o EPOS 2020:

  • Cite 4 causas primárias de RSC que podemos usar imunobiológicos.
  • Cite 2 causas secundárias de RSC que podemos usar imunobiológicos.
A

RSC Primárias:

  • RS Fúngica Alérgica
  • RSC c/ Polipose
  • RSC Eosinofílica
  • Doença Atópica do Compartimento Central.

RSC Secundárias:

  • Wegener (Granulomatose com Poliangeíte)
  • Churg-Strauss (Granulomatose Eosinofílica com Poliangeíte).

Não vamos usar nos casos de sinusite isolada unilateral e RSC não eosinofílicas (primárias), nem em fístulas bucossinusais, bola fúngica, tumores, doenças ciliares e imunodeficiências primárias (secundárias).

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4
Q

Sobre a Rinossinusite Crônica com Polipose (RSCcPN):

  • Qual idade predomina?
  • Costuma afetar olfato?
  • Associa-se a asma na infância ou vida adulta?
  • Tem boa resposta a corticoide?
A

Perfil:

  • Pacientes de 30-50 anos

Quadro:

  • Exarcebações agudas
  • OLFATO GERALMENTE ALTERADO
  • ASMA TARDIA
  • BOA RESPOSTA E CORTICOIDE.
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5
Q

Sobre a Doença Respiratória Exarcebada pela Aspirina (DREA):

  • É um subtipo de qual doença?
  • Qual faixa etária predomina?
  • Qual sexo predomina?
  • Existe histórico de atopia?
  • Qual sua tríade?
  • Quais exames auxiliam no diagnóstico?
A

Perfil:

  • Subtipo da RSCcPN
  • > 35 anos
  • Sexo feminino
  • SEM HISTÓRICO DE ATOPIA

Tríade:

  • Polipose
  • Intolerância a aspirina ou AINE
  • Asma (grave após ingestão de aspirina).

Pode haver sintomas do TGI ou urticária (30%).

Auxiliam no diagnóstico:

  • Testes de provocação oral com aspirina/AINE e/ou espirometria.
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6
Q

Sobre a Doença Atópica do Compartimento Central (DACC):

  • Qual idade predomina?
  • Existe relação com atopia?
  • Asma está presente desde infância ou vida adulta?
  • Como está o olfato?
  • Onde predominam os pólipos?
  • Como é a resposta a corticoterapia?
A

Perfil:

  • > 18 anos
  • Rinite, dermatite (FORTE relação com atopia)
  • ASMA DESDE INFÂNCIA
  • OLFATO GERALMENTE NORMAL.
  • Pólipos no COMPARTIMENTO CENTRAL (septo posterior, conchas e meatos médios e superiores), poupando seios paranasais.
  • BOA RESPOSTA COM CORTICOIDE TOPICO E ORAL.
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7
Q

Sobre a Rinossinusite Fúngica Alérgica (RSFA):

  • Qual a idade dos pacientes?
  • Sao imunocodeficientes?
  • Quais os 5 critérios para diagnóstico?
  • Como é tratada?
A

Perfil:

  • Adolescentes e adultos jovens
  • Imuocompetentes
  • FORTE HISTÓRICO DE ATOPIA

Critérios (Bent e Kuhn):

  • RSCcPN
  • IgE específica para fungos
  • Mucina eosinofílica (cristais Charcot-Leyden)
  • Ausência de invasão
  • Alterações radiológicas típicas de fungo (hipodensidades metálicas).

Tratada com corticoterapia oral e tópica, antibióticos e múltiplas cirurgias.

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8
Q

Sobre a Granulomatose Eosinofílica com Poliangeíte (GEPA):

  • Qual seu sinônimo?
  • Quando ocorre manifestações nasais?
  • Quais achados laboratoriais?
  • Qual ANCA é positivo (e em quantos pacientes)?
  • Cite seus 6 critérios diagnósticos.
A

Conceitos:

  • Doença de Churg-Strauss
  • Vasculite de pequenos vasos
  • Asma grave e eosinófilos (sérico e locais) extremamente elevados.
  • Manifestações nasais logo na PRIMEIRA FASE da doença (prodrômica ou eosinofílica), com Rinite Alérgica, Rinossinusites de repetição ou RSCcPN.
  • Eosinofilia > 10% ou mais de 1.000 células/uL, IgE elevada, aumento de VHS e PCR, FR e FAN.
  • Alterações renais e neuropatias associadas.
    -p-ANCA(+) em apenas 30-40%.

Critérios (precisa 4 de 6):

  • 1) Asma
  • 2)Eosinofilia > 10%
  • 3) Mono ou polineuropatia
  • 4) Opacidade pulmonar MIGRATÓRIA
  • 5) Alteração de seios da face
  • 6) Biópsia com infiltrado perivascular e eosinófilos.
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9
Q

Sobre a Granulomatose Eosinofílica com Poliangeíte (GPA):

  • Qual seu sinônimo?
  • Quando ocorre manifestações nasais?
  • Quais achados laboratoriais?
  • Qual ANCA é positivo (e em quantos pacientes)?
  • Cite seus 6 critérios diagnósticos.
A

Conceito:

  • Granulomatose de Wegener
  • Gatilho (infecção, fatores ambientais, genétticos)

Tríade:

  • Vasculite de pequenos e médios vasos
  • Granuloma necrosante VAS
  • Glomerulonefrite

Laboratório

-c-ANCA (altamente específico e sensível).

Forma complexos autoimunes e lesão endotelial direta.

Critérios (precisa 2 de 4):

  • 1) EAS (hematúria ou cilindros hemáticos)
  • 2) Alteração de radiografia pulmonar (nódulos, cavidades, infiltrados)
  • 3) Úlceras orais ou rinorreia
  • 4) Biópsia com inflamação granulomatosa
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10
Q

Sobre os tipos de resposta inflamatória:

  • Cite quais citocinas e antígenos estão geralmente relacionados a resposta tipo 1, 2 e 3.
  • Cite os 2 tipos celulares que geram resposta imunológica (diga qual gera resposta lenta e rápida).
A

Quando ocorre uma lesão da barreira mucosa uma resposta imunológica autolimitada é gerada. Ela pode ser:

  • Tipo 1 (virus): INF-γ.
  • Tipo 2 (alérgenos): IL 4, 5, 13.
  • Tipo 3 (bactérias, fungos): IL 17, 22.

Geralmente a tipo 1 é estimulada mais por vírus, a 2 por alérgenos e parasitas e a 2 por bactérias e fungos (mas pode variar).

Cada resposta imunológica utiliza uma via RÁPIDA através das células linfoides inatas (ILC1, 2 ou 3) e outra LENTA gerada pelos linfócitos T auxiliares (Th1, TH2 ou Th17).

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11
Q

Sobre a inflamação tipo 2:

  • Quais os principais estímulos antigênicos?
  • Quais os dois tipos de células importantes nessa resposta?
  • Quais doenças predomina?
A

Estímulos:

  • Parasitas (helmintos), alérgenos, infecções bacterianas e vírus.

Células da resposta tipo 2:

  • Células T auxiliares 2 (Th2) produz interleucinas IL-4, IL-5, IL-9 e IL-13, tendo EOSINÓFILO como principal marcador celular, além de ELEVADA IGE LOCAL ou circulante.
  • Células linfóides inatas (ILC2) produzem IL-5, IL-9 e IL-13 antes mesmo da resposta alergênica. Sua ATIVAÇÃO INDEPENDE DA PRODUÇÃO DE IGE E LIGAÇÃO COM O ANTÍGENO.

Doenças associadas a resposta tipo 2:

  • Rinite alérgica, conjuntivite e dermatite atópica, asma e maioria das formas de RSC (RSCcPN), Doença Respiratória Exarcebada pela Aspirina (DREA) e Granulomatose Eosinofílica com Poliangeíte (Churg-Strauss).
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12
Q

Sobre a inflamação tipo 2:

  • Cite o mecanismo passo-a-passo desde a captação do antígeno pelas células dendríticas até degranulação dos mastócitos nas respostas alérgicas.
A

Resposta tipo 2:

  • Células dendrítica capta antígenos
  • Apresenta a linfócitos T
  • Th0 diferencia em Th2
  • Produz IL 4 e 13
  • Induz linfócito B a virar plasmócitos
  • Plasmócitos produzem IgE específico
  • IgE circulante se lia a receptores de mastócitos e basófilos.
  • Mastócitos e basófilos ao entrar uma segunda vez em contato com o mesmo antígeno, sofrem desgranulação (histamina, prostaglandinas, IL 4, 5, 13).
  • Produção de muco, broncoconstrição, congestão, prurido nasal e reverberação de eosinófilos circulantes para órgão periférico.
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13
Q

Cite o efeito das interleucinas:

  • IL-4
  • IL-5
  • IL-13
A
  • IL-4: diferencia linfocitos Th0 em Th2, induz linfócitos B para produzir IgE, quimiotaxia para eosinófilos e recrutamento de mastócitos e basófilos.
  • IL-5: diferenciação de eosinófilos na medula óssea, ativasção e aumento da sobrevida tecidual deles. Reduzem grau de apoptose.
  • IL-13: quimiotaxia para eosinófilos, ativam linfócitos B para produzir IgE e ativam mastócitos e basófilos. Produção de muco e hiperplasia de células caliciformes. Produção de colágeno.
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14
Q

Qual outra interleucina também é vista nas respostas tipo 2 e está relacionada a infeções por S.aureus?

A
  • A IL-33 também é vista nas respostas tipo 2 se ligando a quase todos os tipos celulares, fomentando esse tipo de reposta.
  • Está relacionada a infecções pelo S.aureus.
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15
Q

Cite as citocinas-alvo das seguintes drogas:

  • Omalizumabe
  • Mepolizumabe
  • Dupilumabe

Quais deles foram aprovados pela ANVISA?

A

Imunobiológicos em RSCcPN:

  • Omalizumabe (anti IgE)
  • Mepolizumabe (anti IL- 5)
  • Dupilumabe (anti IL-4 e anti L-13)

No BRASIL foi aprovado Omalizumabe e Dupilomabe para RSCcPN!

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16
Q

Sobre o Omalizumabe:

  • Qual sua importância?
  • Quais seus 2 efeitos?
  • Quais suas 3 indicações?
  • Qual via de admnistração?
  • Qual intervalo de aplicação?
  • A dosagem depende de quais 2 fatores?
  • Qual seu tempo de meia-vida?
  • Após quantas semanas vemos benefício?
  • Devemos interromper corticoide assim que começar seu uso?
A

Conceitos:

  • Primeiro a ser usado para doenças com inflamação tipo 2.
  • Anvisa aprovou para RSCcPN recentemente (pólipos nasais são ricos em IgE e diminuem).
  • Associada a melhora significativa de escores para desconforto nasal e olfato, inclusive em asma não alérgica, rinite e GEPA.

Efeitos:

  • Efeito anti-IgE (se liga no receptor que o IgE se encaixa nas diversas células inflamatórias).
  • Também tem um efeito secundário reduzindo a expressão desses receptores.

Indicações:

  • Asma alérgica persistente moderada a grave e refratária a partir de 06 anos (é o uso clínico clássico dessa droga).
  • Urticária crônica refratária (em > 12 anos).
  • RSCcPN (> 18 anos e que já estejam em uso de CT intranasal, sem melhora).

Posologia:

  • Uso subcutâneo a cada 2-4 semanas
  • Dosagem conforme IgE sérico medido antes do início do tratamento e peso corpório (Kg)
  • Pico de concentração com 7-8 dias
  • Meia-vida de 26 dias
  • Beneficios vistos após 4 semanas de tratamento.
  • Administrado em clínica (risco de 0,2% de anafilaxia).

Corticoterapia inalatória ou sistêmica:

  • NÃO DEVE SER INTERROMPIDA imediatamente após início da terapia, e sim reduzida gradualmente ao longo de várias semanas (o omalizumabe não se liga a IgE que já está ligada nos receptores de céluals efetoras, por isso o efeito é lento).

Segurança:

  • Boa segurança clínica
  • Efeitos adversos incluem reações locais e IVAS.
  • Deve ser acompanhado para infecções oportunidades com herpes zóster e helmínticas (risco teórico).

Obs: tanto o Omalizumabe quanto todas os imunobiológicos dos guidelines NÃO FORAM ASSOCIADOS A AUMENTO NO RISCO DE MALIGNIDADE.

17
Q

Sobre o Mepolizumabe (Reslizumabe e Benralizurnabe):

  • Qual o mecanismo de ação?
  • Quais os resultados na asma e RSC?
  • Cite as indicações de cada uma das 3 drogas.
  • Qual delas é endovenosa?
A

Efeito:

  • Anti-IL5 (atua principalmente contra diferenciação, ativação, quimiotaxia e sobrevivência de EOSINÓFILOS). Se liga diretamente á molecula IL-5 e inibe seu efeito. RESLIZUMABE e BENRALIZUMABE com efeitos semelhantes.
  • Na asma teve impacto modesto na qualidade de vida. Zerou eosinófilos séricos porém sem corresponência direta com a clínica do paciente. Provas de função pulmonar obtiveram melhoas mas SEMPRE < 60%. Considerada em asma eosinofílica de difícil manejo.
  • Na RSC teve melhoras significativas (induziu apoptose de eosinofilos nos pólipos) com melhora clínica-radiológica importante.

Indicações do Mepolizumabe:

  • Asma grave eosinofílica a partir de 6 anos (40-100mg SC 4/4 semanas)
  • GEPA (Churg-Strauss) recidivante ou refratária (300mg SC 4/4 semanas).

Indicações do Reslizumabe:

  • Asma grave eosinofílica a partir de 12 anos (3mg/Kg ENDOVENOSO 4/4 semanas).

Indicações do Benralizumabe:

  • Asma grave em > 18 anos, como adjuvante (30mg EC 4/4 semanas nas primeiras 4 doses e depois 8/8 semanas)
18
Q

Sobre o Dupilumabe:

  • É uma droga mais antiga ou recente?
  • Qual seu mecanismo de ação?
  • Qual a indicação?
  • Qual a via e posologia?
  • Deve ser em ambiente controlado ou pode ser feita em casa?
A

Droga recente:

  • FDA aprovou em 2017 e Anvisa em 2020.

Mecanismo de ação:

  • É um anti-IL4 (contra o receptor dessa interleucina, impedindo transformação do Th0 em Th2). Seu bloqueio impede também a sinalização com a IL-13 (possuem as mesmas vias).
  • Isso leva a bloqueio da produção de Th2, redução da síntese de IgE pelo linfócito B, de eosinófilos, secreção de muco e remodelação de vias aéreas e deposição de colágeno.

Indicações:

  • RSCcPN (tratamento complementar em > 118 anos que falharam a tratamentos prévios, que ssão intolerantes ou com contraindicação a corticoterapia oral e/ou cirurgia).

Não pode ser usado para tratar pacientes com broncoespasmo agudo, estado de mal asmático ou infecções helmínticas (tratar antes esses pacientes).

Posologia:

  • 300mg SC 2/2 semanas.
  • Pode ser domiciliar.
19
Q

Sobre os estudos recentes com imunobiológicos:

  • Cite 2 novas perspectivas futuras para uso delas.
  • Cite quais drogas são usadas para GEPA e GPA.
A
  • Enquanto os imunobiológicos citados atuam na resposta tipo 2 (adaptativa), novas drogas tem sido estudadas para atuar na resposta inata (alvos terapêuticos IL33 e TSLP).
  • Também estão sendo desenvolvidas novas drogas para RSC não eosinofílicas e vasculites (GEPA e GPA).

GPA e GEPA:

  • O único imunobiológico aprovado para GEPA é o mepolizumabe (como visto anteriormente).
  • Para GPA (wegener), o imunobiológico de escolha é o Rituximabe (anticorpo anti-CD20), que tem boas respostas mas maior chance de efeitos adversos (como infecções graves).
20
Q

Sobre Olfato e Imunobiológicos:

  • Por qual método deve ser avalido o olfato dos pacientes pensando em indicar essas drogas?
  • Cite dois métodos de avaliação validados para olfato e explique como são realizados (e pontuados).
A

Para pensar

  • A perda do olfato (pensando em imunobiológicos) diagnosticada com TESTES OBJETIVOS VALIDADOS (PSICOFÍSICOS) e não somente por questionários (subjetivos).

Testes validados:

  • UPSIT (Pensilvânia): usa 40 odores presentes em 4 bloquetos de 10 páginas. O paciente raspa um odor no final de uma página e responde uma pergunta de múltipla escolha de qual é o cheiro. O número de odores corretamente identificados é o escore no teste e a função olfatória pode ser classificada em normal a alterada (ver foto abaixo).
  • CCRC (Connecticut): dividido em teste de limiar limiar olfativo e teste de identificação de odores (avaliação quantitativa e qualitativa). Também avalia cada cavidade nasal de modo independente.

(CCRC) Teste de limiar :

  • Frascos 1-7 com Butanol (álcool n-butílico), de maior para menor concentração.
  • Frasco 8 com água destilada
  • Teste iniciado comparando a menor concentração (frasco 7) com água (frasco 8). Caso diferencie, o escore de limiar corresponde ao frasco (no caso 7). Caso não identifique, vai-se apresentando maiores concentrações (6…5…4…) sempre alternando com água. Se não diferenciar nenhum o escore final é 0. O teste é repetido do outro lado.

(CCRC) Teste de identificação:

  • 8 substâncias (café em pó, canela em pó, talco de bebê, paçoca, chocolate em pó, sabonete neutro e naftalina)
  • Indivíduos recebem uma lista com 16 substâncias (sendo 8 delas verdadeiras).
  • Testa-se todos os frascos em uma narina e depois na outra, de forma aleatória.
  • A última substância é Mentol (Vick) para testar o nervo trigêmeo, mas ela não entra no escore final, que varia de 0-7 em cada narina.

O escore final do CCRC é uma média aritmética do valor do limiar olfatório e do teste de identificação, variando de 0-7 pontos.

21
Q

Sobre Olfato e Imunobiológicos:

  • Quais escores eu vou indicar imunobiológicos?
A

Para que o paciente preencha o critério de perda de olfato para a indicação dos imunobiológicos, é necessário que seja classificado como HIPOSMIA GRAVE (2-3,75) OU ANOSMIA (0-1,75) pelo CCCRC ou (isso também é valido para os valores correspondentes do UPSIT).

22
Q

Sobre Olfato e Imunobiológicos:

  • Porque não indico essas drogas para hiposmias leves e moderadas?
  • Qual imunobiológico teve melhores repostas na melhora do quadro de hiposmia?
A
  • Quadros de hiposmia leve a moderada tendem a boa resolutividade com o uso de corticoterapia tópica e sistêmica.
  • DUPILUMABE É O QUE TEM MAIOR EFICÁCIA PARA MELHORA OLFATIVA (teve melhora de 14 pontos no UPSIT e retorno de alguns pacientes á normosmia segundo os estudos).

Omalizumabe também teve melhora (3,8 pontos no UPSIT, porém não foi relatado melhora pelos próprios pacientes). Mepolizumabe apresentou melhoras muito discretas.

23
Q

Sobre Critérios para Indicação de Imunobiológicos na RSCcPN:

  • Cite os dois critérios obrigatórios.
  • Eles são pautados em quais requisitos?
A

Precisa atender dois critérios:

  • INFLAMAÇÃO TIPO 2 (tabela 7)
  • DOENÇA GRAVE DESCONTROLADA (tabela 8).

Para fechar esses dois critérios, precisa atender aos requisitos abaixo (decorar):

24
Q

Sobre a avaliação da resposta aos imunobiológicos na RSC:

  • A resposta ao tratamento deve ser avaliada de quanto em quanto tempo?
  • Existe algum parâmetro para redizer resposta a essas drogas?
  • Qual a taxa de ausência de resposta?
  • Cite os critérios para considerar resposta positiva tratamento.
A
  • Reavaliar a resposta ao tratamento a cada 4 a 6 meses.
  • Até o presente momento, não existem parâmetros que podem ser utilizados para predizer a resposta individual de um paciente a quaisquer imunobiológicos, nem tampouco indicar o imunobiológico mais adequado para
    cada paciente.
  • Em 25-50% dos casos pode haver ausência de melhora (a depender do tipo de imunobiológico).
  • Deve haver pelo menos 2 critérios da tabela abaixo para considerar melhora.
25
Q

Sobre as estratégias após terapia com imunobiológicos:

  • Qual a conduta se resposta positiva?
  • Qual a conduta se resultado não-positivo ou não aceitável pelo paciente?
  • Quando considero um paciente não respondedor e qual seria a conduta?
A

Boa resposta:

  • Se o grau de resposta for aceitável, a continuação do medicamento É RECOMENDADA e continua-se reavaliando.

Resultado não-positivo ou não-aceitável:

  • Se resultado não for aceitável pelo paciente, podemos associar CORTICOIDE ORAL por um curto período para otimizar controle dos sintomas, ou PROCEDIMENTO CIRÚRGICO para reduzir pólipos. Em ambos os casos, a continuidade do imunobiológico está justificada.
  • Se persistência dos sintomas após estratégias acima, passa a ser considerado NÃO RESPONDEDOR, e a opção seria trocar de imunobiológico ou nova cirurgia.

A decisão compartilhada e planejamento terapêutico é fundamental, por exemplo, ao definir por cirurgias mais extensas como Draf III ou remover toda mucosa nasossinusal (“Reboot Surgery”).