Malformações (EAP & AC) Flashcards

1
Q

Sobre a Estenose da Abertura Piriforme:

  • Qual sua causa?
  • Qual sinal é comumente associado?
  • Quando se manifesta?
A
  • É uma malformação incomum. Resultado de um DESENVOLVIMENTO DEFICIENTE DO PALATO PRIMÁRIO e CRESCIMENTO ÓSSEO EXCESSIVO DO PROCESSO NASAL DA MAXILA.
  • MEGAINCISIVO CENTRAL está presente em 60% dos casos.
  • Manifesta-se geralmente nas primeiras semanas de vida.
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2
Q

Sobre a Estenose da Abertura Piriforme:

  • Porque estenose nessa região pode ter grande repercussão respiratória?
  • Como é feito o diagnóstico?
  • Qual cuidado devemos ter se houver associação com megaincisivo central?
A
  • RESPIRAÇÃO DO NEONATO É PREDOMINANTEMENTE NASAL e a ABERTURA PIRIFOME É A PARTE MAIS ESTREITA da cavidade nasal (pequenas alterações na área de secção transversal afetam de forma significativa o fluxo de ar aumentando a resistência da via aérea nasal).
  • Diagnóstico = Exame físico e TC (suficiente para confirmar).
  • Pode associar-se também a malformações cerebrais. Se megaincisivo central presente, é necessário investigar, incluindo imagens específicas para a avaliação de malformações do SNC como RM, análises cromossômicas e testes das funções hipofisárias.
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3
Q

Sobre a Estenose da Abertura Piriforme:

  • Existe a opção de não operar?
  • Qual o acesso quando indicada cirurgia?
A
  • Das malformações do tratado, é a única que NEM SEMPRE TRATAMENTO CIRÚRGICO É NECESSÁRIO.
  • O tratamento paliativo, através de sondas nasais e medicamentos vasoconstrictores em gotas tópicas pode ser suficiente até que ocorre também alargamento da via aérea nasal conforme o paciente cresce.
  • Nos pacientes que exigem cirurgia, ACESSO SUBLABIAL, expondo a abertura piriforme lateral e inferiormente (broca otológica é usada para alargar as margens ósseas laterais e inferiores).
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4
Q

Sobre a Atresia de Coana:

  • Qual a incidência?
  • É mais comum no sexo masculino ou feminino?
  • É mais comum bilateral ou unilateral?
  • Se unilateral, qual lado predomina?
  • Cite os 4 limites da coana.
A

A atresia de coana é uma anomalia rara (1:5000 a 1:8000 nascidos vivos).

  • 2 vezes mais comum no sexo FEMININO.
  • A forma mais comum é a unilateral (60-70%).
  • Se unilateral, é mais à DIREITA.

Limites da Coana:

  • Corpo do Esfenóide (Superior)
  • Lâmina Pterigóide Medial (Lateral)
  • Septo/Vômer (Medial)
  • Porção Horizontal do Osso Palatino (Inferior)
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5
Q

Sobre a Atresia de Coana:

  • Quais as 3 alterações anatômicas observadas?
  • Cite as 3 possíveis constituições da placa atrésica e qual a mais comum.
  • Cite 5 teorias para sua formação.
A

Alterações vistas:

  • Medialização das lâminas pterigóideas mediais.
  • Alargamento do vômer no 1/3 posterior
  • Obstrução uni ou bilateral da coana

Constituição:

  • Óssea
  • Membranosa
  • Misa (70%, mais comum)
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6
Q

Sobre a Atresia de Coana:

  • Cite 5 teorias para sua formação.
A

Erro na embriogênese entre a 4-11° semana de idade gestacional que pode ocorrer por:

  • (1°) Persistência da MEMBRANA NASOBUCAL DE HOCHSTETTER (ou falta de reabsorção da membrana bucofaríngea).
  • (2°) ALTERAÇÃO NA ORIENTAÇÃO DE CÉLULAS MESODÉRMICAS (proposto por Hengerer e Strome)
  • (3°) FUSÃO DOS PROCESSO PALATINOS COM O SEPTO E BASE DO OSSO ESTENOIDE, levando a aspecto em delta.
  • (4°) Distúrbio do METABOLISMO DA VITAMINA A. O ácido retinóico é metabolizado a partir da vitamina-A pela retinoaldeído desidrogenase e é indispensável para a ontogênese de diversos tecidos.
  • (5°) Mães com hipertireoidismo tratadas com TIONAMIDA. Tanto o elevado nível de tireotrpina quanto fatores angiogênicos (medicação). Alteração na expressão do fator de crescimento de fibroblasto (FGF) causando malformação.
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7
Q

Sobre a Atresia de Coana:

  • Qual a sua associação com outras malformações congênitas?
  • O que significa Síndrome CHARGE?
  • Quais outras síndromes pode se associar?
A

Associação com outras malformações em 41-72% dos casos. Síndrome CHARGE:

  • 1- Coloboma (no olho)
  • 2- Heart (anomalia cardíaca)
  • 3- Atresia (de coana)
  • 4- Retarded (atraso de cresc.e desenv.)
  • 5- Genital (hipoplasia genital)
  • 6- Ear (surdez e alt. da orelha)

Pode se associar também com SÍNDROME DE DOWN, Treacher-Collins, Apert, Crouzon, entre outras.

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8
Q

Sobre a Atresia de Coana:

  • Qual o exame de escolha?
  • Qual o sinal visto nos casos bilaterais, e em qual incidência ele é visto?
A

TC é o exame de escolha (deve ser realizada limpeza da cavidade nasal antes do exame). Identifica a natureza e gravidade da obstrução anatômica.

  • Se BILATERAL, apresenta ASPECTO EM DELTA observado em CORTES AXIAIS.
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9
Q

Sobre a Atresia de Coana:

  • Qual o quadro clínico se unilateral?
  • Qual o quadro se bilateral (e como diagnosticar nesses casos)?
A
  • UNILATERAL pode passar despercebida durante toda a infância. Apenas leves sintomas de obstrução nasal e rinorreia persistentes no lado atrésico.
  • BILATERAL É QUADRO EMERGENCIAL COM ASFIXIA E CIANOSE QUE MELHORAM AO CHORAR, PODENDO EVOLUIR PARA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA. Neonatos são respiradores nasais obrigatórios até a 3° semana de vida. Nesses casos, o diagnóstico pode ser feito por passagem de cateter nasal, espelho de glatzel, gotas de azul de metileno e/ou nasofibroscópio flexível e o tratamento deve ser rápido.
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10
Q

Sobre a Atresia de Coana:

  • Qual a diferença entre o tratamento dos casos unilaterais e bilaterais?
  • Cite 2 técnicas cirúrgicas.
  • Cite 3 inovações de técnicas cirúrgicas que ainda estão em estudo.
  • Cite 3 tratamentos alternativos que ainda estão em estudo.
A

Tratamento em casos unilaterais é por cirurgia eletiva. Bilateral tem tratamento emergencial. Maioria evolui para insuficiência respiratória grave.

  • Abordagem emergencial significa giarantir a via aérea. Seja com cânula de Guedel, chupeta de McGovern até IOT. É preciso tempo para avaliar a malformação e programar a cirurgia.

São técnicas cirúrgicas utilizadas:

  • TRANSPALATAL: pode provocar alterações do crescimento do maxilar e repercussões na oclusão. CONTRAINDICADA EM CRIANÇAS < 6 ANOS DE IDADE.
  • TRANSNASAL: tem bons resultados, já que permite visão direta do campo operatório, menor tempo cirúrgico, mínimo sangramento, além de não comprometer o crescimento facial. PRINCIPAL COMPLICAÇÃO É A REESTENOSE COANAL. As vezes é necessário mais de uma abordagem.

Inovações em estudo, sobre as técnicas operatórias:

  • Uso de retralhos: benefício ainda sem consenso, mas aparentemente melhoram a cicatrização.
  • Laser KTP: sem evidência na prevenção de reestenose.
  • Fresa para ressecção óssea ou cautério: risco de aquecimento tecidual (necrose de mucosas, osteítes, sinéquias, reestenose).

São tratamentos alternativos em estudo:

  • MOLDES: sem dados convincentes para orientar sua utilização. Acumula secreções e crostas.
  • DILATAÇÕES: necessário utilizar várias vezes até obtenção da permeabilidade coanal satisfatória.
  • MITOMICINA C: Intuito de minimizar proliferação fibroblástica e reduzir possibilidade de falha cirúrgica. Mas pesquisas demonstram que não há vantagem e tem potencial oncogênico.

A investigação da obstrução nasal ou pós-nasal no neonato deve levar em consideração os diagnósticos diferenciais como hipertrofia adenoideana, corpo estranho e desvio do septo nasal, assim como stuffy nose syndrome, encefalocele e tumores (cisto dermoide, hamartoma, glioma, cordoma e rabdomiossarcoma). Deve-se lembrar também das alterações laríngeas, como a laringomalacia.

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