OBSTETRÍCIA 1 - SANGRAMENTOS NA GESTAÇÃO Flashcards

(176 cards)

1
Q

Três principais causas de sangramento no 1º trimestre de gestação?

A

Abortamento (anomalias cromossômicas - aneuploidia)
Doença trofoblástica gestacional
Gravidez ectópica

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2
Q

Definição de abortamento?

A

Interrupção da gestação com feto <500 g ou IG < 22s

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3
Q

Qual a anomalia cromossômica mais frequente de causa de abortamento?

A

Trissomia do cromossomo 16

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4
Q

O que é abortamento precoce?

A

<12 SEMANAS

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5
Q

O que é abortamento tardio?

A

> 12 semanas

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6
Q

O que é abortamento habitual?

A

Ocorrência de três ou mais abortamentos em sequência

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7
Q

Qual a sequência de abortamento? (6)

A
1 - Ameaça de abortamento 
2 - Inevitável
3 - Incompleto
4 - Completo
5 - Infectado
6 - Retido
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8
Q

Ameaça de Abortamento

A

Sangramento PEQUENO + colo FECHADO + tamanho uterino = IG

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9
Q

Abortamento inevitável

A

Sangramento PEQUENO + colo ABERTO + tamanho uterino = IG

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10
Q

Abortamento Incompleto

A

Sangramento GRANDE (Restos ovulares) + colo aberto + USG mostrando restos ovulares

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11
Q

Abortamento completo

A

Sangramento GRANDE + colo FECHADO + tamanho uterino < IG

USG: espessura endometrial < 15 mm****

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12
Q

Abortamento Infectado

A

Presença de febre, útero amolecido, odor fétido, leucocitose + desvio à esquerda, secreção purulenta + colo aberto

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13
Q

Agentes mais comuns do abortamento infectado?

A

Anaeróbios e GN (E. Coli, enteroccocus)

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14
Q

Quais os graus de abortamento infectado?

A

Grau 1 - Infecção limitada ao conteúdo da cavidade
Grau 2 - Infecção atinge a pelve
Grau 3 - Sepse

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15
Q

Abortamento retido?

A

Sangramento ou não + colo FECHADO + USG sem vitalidade

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16
Q

O que fazer em casos de abortamento retido?

A

Repetir o USG em 2 semanas (geralmente o conteúdo é eliminado sozinho)

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17
Q

Conduta Ameaça de Abortamento.

A

Expectante

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18
Q

Conduta abortamento inevitável/abortamento incompleto?

A

Esvaziamento uterino

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19
Q

Conduta abortamento completo?

A

Acompanhamento ambulatorial

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20
Q

Conduta abortamento infectado?

A

Atb (gentamicina + Clindamicina) + Esvaziamento uterino

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21
Q

O que sempre deve ser feito em casos de abortamento, como prevenção?

A

Rhogam (imunoglobulina anti-RH 300 mg nos pacientes RH negativos)

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22
Q

Métodos de esvaziamento uterino cirúrgico?

A

1 - Aspiração Manual Intra-uterina (AMIU)
—-> Melhor em < 12s (abortamento precoce)

2 - Aspiração a vácuo

3 - Curetagem uterina (c/ ou sem misoprostol)

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23
Q

Até quantas semanas pode se usar apenas os métodos de esvaziamento uterino cirúrgico?

A

IG = 12 semanas

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24
Q

Como age o misoprostol?

A

É uma versão sintética de PGE1, exercendo ação nos receptores de progesterona, favorecendo o amolecimento e maturação do colo uterino.

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25
Quando não utilizar o misoprostol? (contraindicações absolutas) (6)
``` Gravidez ectópica Doença trofoblástica gestacional Alto risco de rotura (cesárea prévia) Presença de DIU Alergia a prostaglandinas ```
26
O que fazer para a indução de parto em pacientes com contraindicação ao uso do misoprostol?
Método de Krause (inflar balão de SV) Ocitocina IV
27
Quando indicar o tratamento clínico para abortamento?
> 12 semanas
28
Tratamento clínico para abortamento?
(SEMPRE ASSOCIAR CURETAGEM) 1 - Ocitocina IV - > 16 semanas 2 - Misoprostol VG 200 mcg a cada 4h
29
O número de receptores para ocitocina _______ (aumenta/diminui) com a idade gestacional, por isso é necessário usar doses ________ (maiores/menores) do fármaco para a expulsão fetal
Aumenta, maiores
30
Definição de insuficiência istmo-cervical? | Até quantas semanas o abortamento costuma ocorrer?
Falência do sistema que mantém o colo uterino fechado, de tal forma que o colo se abre, impossibilitando a retenção fetal até o final da gravidez, o que geralmente culmina com a expulsão fetal após 16 semanas de idade gestacional.
31
Diagnóstico da incompetência istmo-cervical?
Fora da gravidez: HSG ou histerossonografia Na gravidez: dilatação do colo na USG-TV + hx de abortamentos de repetição
32
Fatores de risco para incompetência istmo-cervical?
Lacerações, Conizações, cauterizações (geralmente iatrogenias)
33
********************* | Tratamento da incompetência istmo-cervical?
Circlagem uterina pela técnica de McDonald | sutura a nível da JEC + bolsa de tabaco
34
******************** | Contraindicações à circlagem uterina? (4)
1 - Dilatação > 4 cm 2 - Malformações incompatíveis com a vida 3 - Ruptura de membranas 4 - Infecção cervical
35
Qual o melhor período para se fazer a circlagem uterina? Quando retirá-la?
12 - 16 semanas Retirar com 36 semanas (ou se ruptura de membranas, a qualquer momento)
36
Critérios CLÍNICOS de Síndrome Anti-fosfolipídeo? (4)
1 - 1 ou mais episódios de trombose (comprovado por imagem) 2 - Pelo menos uma morte intrauterina após 10 semanas gestacionais 3 - Pelo menos um parto prematuro de fetos normais com IG < 34s em decorrência de eclâmpsia ou pré-eclâmpsia 4 - Três ou mais abortamentos espontâneos com menos de 10 semanas
37
Critérios LABORATORIAIS de Síndrome Anti-fosfolipídeo? (3)
Anti-IgG ou IgM aumentados em duas situações (com 12 semanas de diferença) Anticorpo lúpico anticoagulante em duas situações Anticorpo anti-beta2 IgG em duas ocasiões
38
Tratamento da Síndrome Anti-fosfolipídeo?
Só tratar se altos níveis de anticorpos. Tto: AAS 100 mg/dia + heparina (só se hx de trombose)
39
Para realizar um abortamento legal, o que é necessário?
Relato escrito por dois médicos e notificação à Comissão de Ética onde o procedimento será feito
40
Até qual idade gestacional pode se fazer o abortamento por casos de violência sexual?
20 semanas
41
Qual o segundo local mais comum de gravidez ectópica?
Istmo
42
V ou F - DIU é fator de risco para gestação ectópica
Verdadeiro
43
V ou F - Levonorgestrel de emergência é fator de risco para gestação ectópica
Verdadeiro
44
V ou F - O sangramento quase sempre está presente na gestação ectópica
Falso (dor abdominal é mais frequente + sangramento vaginal discretox)
45
************ | Sinais da gestação ectópica?
Descompressão brusca >>>> Sinal de Laffon (dor no ombro pela irritação do nervo frênico) Sinal de Cullen >>>> Sinal de Proust (dor a mobilização do colo e dor no fundo de saco)
46
Diagnóstico de gestação ectópica?
Clínica + Beta-HCG positivo + USG-TV sem nada no útero
47
******************** | Qual o nível de Beta-HCG para diagnosticar a gestação etópica?
> 1500 mUI/mL | que é quando o saco gestacional pode ser visualizado, mas obviamente não é visto nada no útero
48
********** | O que fazer para a conduta, em relação ao Beta-HCG, em gestações ectópicas?
Não se observa duplicação dos valores a cada 48h.
49
O que é o sinal do halo?
Anel com centro anecoico e com ecogenicidade aumentada
50
O que é o pseudossaco gestacional? Como diferenciar do saco gestacional verdadeiro?
Acúmulo de líquido entre as camadas do endométrio, sem gestação verdadeira. Saco gestacional verdadeiro: localiza-se completamente dentro do endométrio.
51
Como é o doppler uterino em casos de saco gestacional verdadeiro?
Aumento do fluxo à artéria tubária (implantação verdadeira do trofoblasto)
52
O que é a reação de Arias-Stella? | É específica da gestação ectópica?
Hipertrofia das glândulas endometriais, causado por estímulos hormonais da gestação. Não é específica da gestação ectópica (pode ser encontrada em gestações tópicas e ciclos de clomifeno)
53
Quais as opções de tratamento para gestação ectópica (paciente estável e sem rotura uterina)?
Salpingectomia (se não houver desejo de gravidez)
54
********************** | Quando fazer o tratamento clínico com metotrexate na gestação ectópica?
1 - Desejo reprodutivo futuro 2 - Beta HCG < 5.000 mUI/mL 3 - Feto sem atividade cardíaca 4 - Saco gestacional < 3,5 cm
55
Como fazer o acompanhamento da gestação após a injeção de metotrexate?
Dosar o Beta--HCG de forma seriada
56
Quais os exames que são sempre necessários antes do tratamento com metotrexate na gestação ectópica?
Hemograma, função hepática, função renal e coagulograma
57
Qual o hormônio produzido em excesso na doença trofoblástica gestacional?
Beta-HCG
58
Qual a forma BENIGNA e a MALIGNA da Doença Trofoblástica Gestacional?
Benigna: Mola hidatiforme (completa ou incompleta) | Maligna: Tumor Trofoblástico Gestacional mola invasora, coriocarcinoma ou tumor do sítio placentário
59
3 fatores de risco para Doença Trofoblástica Gestacional?
Idade > 40a Intervalo interpartal curto SOP * Mola anterior
60
Fator de PROTEÇÃO da Doença Trofoblástica Gestacional?
Filho anterior normal
61
************************ | Clínica da mola hidatiforme
Sangramento vaginal intermitente, com aspecto de SUCO DE AMEIXA útero amolecido, indolor e MAIOR DO QUE A IG Níveis de Beta-HCG muito altos Formação de vesículas em cacho de uvas ou em tempestade de neve
62
************** | V ou F - A ocorrência de toxemia gravídica (pré-eclâmpsia ou eclâmpsia) antes de 24 semanas sugere mola.
Verdadeiro
63
Qual a diferença da mola completa para a mola incompleta?
Completa: 46 XX (+ comum) ou XY Incompleta: 69XXX, XXY ou XYY
64
V ou F - A imagem em cacho de uvas é mais característica da mola incompleta.
Falso | mais característico da mola COMPLETA
65
Em qual tipo de mola é mais comum a ocorrência de hipertireoidismo?
``` Mola completa (por causa da semelhança estrutural do Beta-HCG com TSH) ```
66
Qual o tipo de mola que mais comumente evolui para Neoplasia Trofoblástica Gestacional?
Mola completa
67
Qual a imagem característica de mola incompleta no USG?
Ecos dispersos (cistos placentários) + feto
68
Como se forma a mola completa?
Fertilização de óvulo com núcleo ausente por espermatozoide normal (23 X) (ocasionalmente, um óvulo sem núcleo e 2 espermatozoides)
69
V ou F - Na mola completa a carga genética vem completamente do pai.
Verdadeiro
70
Como se forma a mola INcompleta?
Fertilização de um óvulo por 2 espermatozoides | por isso há um tecido fetal viável e outro em degeneração
71
Qual o nível máximo de Beta-HCG numa gestação? Em qual Semana? Quais os níveis de Beta-HCG na mola?
Gestação normal: 100.000 UI/mL na 10ª semana Mola: > 400.000 UI/mL
72
Como diagnosticar a mola?
USG-TV
73
*********** | Tratamento da mola?
1 - Avaliar comorbidades (pré-eclâmpsia) 2 - Esvaziamento uterino 3 - Rhogan 4 - Mandar pro AP
74
************************ | O que fazer com os cistos ovarianos decorrentes da mola hidatiforme?
NADA!!!!!! | São decorrentes do estímulo exagerado pelo Beta-HCG e são autolimitados!
75
O que fazer após o tratamento da mola (seguimento)? | 3
Dosagem seriada de Beta-HCG por 6 meses (risco de malignização) Raio X de tórax (risco de embolização das vesículas) ACO
76
Sinais sugestivos de malignização da mola hidatiforme?
1 - Elevação por 2 semanas do Beta-HCG ou estabilização em 4 dosagens 2 - Sem negativação após 6 meses de seguimento 3 - Metástases para a vagina ou pulmões 4 - USG mostrando imagem endometrial mista (em olhos de coruja)
77
A mola invasora também é chamada...
Neoplasia trofoblástica gestacional persistente | principal tipo histológico
78
Qual o 2º tipo mais comum de tumor trofoblástico?
Coriocarcinoma | GERALMENTE NÃO ESTÁ LIGADO A MOLA!!!!!!
79
Principal local de metástase dos tumores trofoblásticos?
Pulmão
80
Qual o principal marcador do tumor trofoblástico do sítio placentário?
Lactogênio placentário (não produz beta-hcg)
81
O que fazer em casos de metástase por tumores trofoblásticos?
Quimioterapia
82
**************************** | Estadiamento dos tumores trofoblásticos?
I - Confinado ao útero II - Invasão de anexos, vagina ou ligamentos III - Extensão pulmonar ou genital IV - Outros sítios de doença metastática
83
Conduta em tumor trofoblástico estágio I
monoQT + Metotrexate + Ácido folínico
84
Conduta em tumor trofoblástico estágio II
Baixo risco = estágio I | Alto risco = PoliQT
85
Conduta em tumor trofoblástico estágio III
PoliQT
86
Conduta em tumor trofoblástico estágio IV
PoliQT + cx adjuvante
87
Quais os três principais diagnósticos de sangramento no 2º trimestre?
DPP Placenta prévia Roturas (uterinas, vasa prévia e rotura do seio marginal)
88
Quais os tipos de implantação placentária?
Tópica Heterotrópica (inserção em local anômalo no útero) Ectópica (inserção fora do útero)
89
Quais os principais tipos de implantação placentária heterotrópica?
Angular (ou cornual): nos ângulos da cavidade uterina Baixa (ocupa o segmento inferior, SEM ALCANÇAR O ORIFÍCIO INTERNO) Cervical: localizado na cavidade do colo
90
*************************** | Quais os três tipos de placenta prévia?
Marginal Prévia parcial Prévia total
91
Quando é possível firmar o diagnóstico de placenta prévia?
Depois de 28 semanas | antes disso a placenta ainda pode migrar
92
**************************** | Fatores de risco de placenta prévia (5)
``` Idade > 35a Multiparidade Endometrite Curetagem prévia ou cicatrizes (principal!!!! - Cesarianas) Tabagismo ```
93
**************************** | Clínica da Placenta prévia?
Sangramento vaginal VERMELHO VIVO, ESPONTÂNEO, INDOLOR, E *****AUTOLIMITADO*****
94
Quais os cuidados relativos ao exame físico em suspeita de placenta prévia?
NUNCA FAZER TOQUE VAGINAL Fazer exame especular COM CUIDADO!
95
Conduta (exame físico e complementares) da Placenta prévia? (6)
``` 1 - Sinais vitais 1,5 - Exame físico abdominal e especular 2 - BCF 3 - CTG 4 - USG-TV ou abdominal 5 - Labs ```
96
Labs da placenta prévia? (3)
Hematócrito e hemograma Tipagem ABO/RH Coagulograma
97
************************** | Qual o nível máximo de localização da placenta em relação ao Orifício interno para permitir o parto vaginal?
Bordo anterior da placenta até 2 cm do OI. | mostrado no USG
98
V ou F - Margem da placenta a <4cm do OI prenuncia hemorragia expressiva no pós-parto
Verdadeiro!
99
************************ | Conduta de placenta prévia em gestação PRÉ-termo?
Expectante (se estável) - Não ter relação sexual nem atividades físicas - CTC pulmonar se < 34s - Tocolítico, se em trabalho de parto prematuro (terbutalina)
100
Conduta de placenta prévia com instabilidade hemodinâmica?
Interrupção da gestação
101
Conduta de placenta prévia em gestação a termo?
Interrupção da gestação
102
*************** | Quando fazer o parto vaginal em placenta prévia? (3)
SOMENTE na placenta prévia BAIXA OU MARGINAL: Borda placentária a > 2 cm do OI Bordas placentárias FINAS Apresentação cefálica
103
V ou F - A amniotomia precoce (método de Puzos) pode melhorar o sangramento na placenta prévia
Verdadeiro
104
O que é o acretismo placentário?
Qualquer aderência anormalmente firme à parede uterina
105
Quais os três tipos de acretismo placentário?
Placenta acreta: penetração até a camada ESPONJOSA do endométrio Placenta increta: Penetração até o miométrio Placenta percreta: até a serosa
106
Conduta na placenta acreta
Retirada manual da placenta, seguida de curetagem. | fail? ---> histerectomia
107
Conduta na placenta increta e percreta
Histerectomia (parcial ou total)
108
Fatores de risco acretismo placentário (4)
Idade > 35a Multiparidade Defeitos endometriais (ex: síndrome de Asherman) Leiomiomas submucosos
109
Achados da placenta prévia acreta ao doppler? (4)
Fluxo lacunar intraparenquimatoso Perda de sinais vasculares subplacentários Lagos placentários de aspecto irregular Protrusão de tecido placentário para dentro da bexiga
110
O que fazer se incerteza de acretismo placentário À USG?
Solicitar RNM com contraste
111
**************************** | Quais os graus de DPP?
Grau 0: assintomático (feito pelo histopatológico, com hematoma em placenta) Grau I: Sangramento sem dor Grau II: Sangramento + cólica + alterações posturais de pressão + feto OK Grau III: Sangramento importante + hipertonia uterina + hipotensão + óbito fetal - ----- IIIA: Sem coagulopatia - ----- IIIB: Com coagulopatia
112
********************** | Fatores de risco para DPP (5)
Não traumáticas - HAS materna (principal) - Tabagismo e cocaína Traumáticas: - Brevidade do cordão - Versão fetal externa (procedimento para mudar a apresentação fetal) - Polidramnia com retração intensa após parto do 1º gemelar
113
É inevitável a morte fetal quando, no DPP, há descolamento de mais de ______ da área placentária
50%
114
****************************** | Clínica do DPP (4)
Sangramento vaginal de coloração ESCURA + DOR +/- hemoâmnio +/- Hipertensão (pode estar chocada)
115
O que é o útero de Couvelaire?
Útero com superfície arroxeada e com sufusões hemorrágicas (na peça do AP) após DPP
116
********************** | Conduta DPP
1 - MOV + ABC 2 - Ressuscitação volêmica 3 - Palpação uterina + manobras de Leopold 4 - BCF + CTC (diagnóstico é CLÍNICO!)
117
Teste clínico para identificação rápida de coagulopatia (útil em caso de DPP)?
Teste de Weiner (esperar a coagulação em 8mL de sangue) Coágulo que permanece depois de 15 minutos --> sem coagulopatia Coágulo em 10 minutos com lise parcial em 1h --> fibrinogênio entre 100 e 150 mg% Coágulo mole e frouxo, que se desfaz completamente em 1h --> fibrinogênio entre 60 - 100 mg% Coágulo não se forma ---> fibrinogênio < 60 mg%
118
V ou F - A USG é indispensável no DPP
Falso, papel muito limitado (não visualiza direito o coágulo) -É BOA PRA AFASTAR PLACENTA PRÉVIA
119
V ou F - Na DPP sempre deve-se proceder à cesarea.
Falso (se contrações efetivas e parto iminente, pode-se tentar o parto vaginal, assim como em feto morto)
120
V ou F - É sempre necessário fazer a amniotomia no DPP
Verdadeiro (melhora prognóstico)
121
Qual o local mais comum de ruptura uterina?
Fundo do útero
122
************************ | Fatores de risco para rotura uterina? (7)
Trauma (pós curetagem ou aborto provocado) >>>Cirurgias do miométrio (principal: cesareana) >>>Indução no parto com ocitocinas e PG Adenomiose DTG Sobredistensão (gestação gemelar e poliidraminio)
123
************************** Contraindicações absolutas à indução de parto em pacientes com cesariana prévia (5)
. Cesariana anterior com incisão corporal. • Ausência de dados sobre a vitabilidade fetal. • Apresentações anômalas. • Qualquer outra contraindicação para parto vaginal, como: placenta prévia total, rotura uterina prévia, múltiplas incisões uterinas e desproporção fetopélvica
124
Tipos de rotura uterina?
``` Rotura parcial (ou incompleta): ---preserva a serosa, associada à deiscência de cicatriz ``` ``` Rotura total (ou completa): --- rompimento de toda a parede uterina, incluindo a serosa ```
125
************************ | Clínica da rotura uterina (5)
``` Dor súbita e muito forte Parada súbita de contratilidade uterina Sangramento Sinais de hipovolemia Bradicardia ou BCF ausente <<<< ```
126
O que é a Síndrome de Bandl-Frommel?
Sinais de iminência de rotura uterina: Sinal de Bandl: --Distensão do segmento inferior, fazendo o útero parecer uma ampulheta Sinal de Frommel: ---Estiramento dos ligamentos redondos, desviando o útero anteriormente
127
O que é o sinal de Clark?
Enfisema subcutâneo
128
O que é o sinal de Reasens?
Subida da apresentação fetal | feto sai do útero e cai na cavidade abdominal
129
O que são os vasos prévios?
Os vasos prévios descrevem os vasos fetais das membranas que atravessam a região do orifício interno do canal cervical e ocupam uma posição à frente da apresentação. Vasos laterais não são protegidos pela geleia de Wharton.
130
Fatores de risco para vasa prévia?
Inserções marginais do cordão umbilical, placentas bilobadas
131
Quando ocorre o sangramento da vasa prévia?
Somente após amniorrexe ou amniotomia.
132
Como saber se o sangue é proveniente da vasa prévia?
Método de Wright (esfregaço de sangue coletado, com pesquisa de hemácias nucleadas - presentes apenas no sangue do cordão, não no sangue materno)
133
O que é a placenta bilobada e sucenturiada?
Bilobada = dois lobos Suscenturiada = lobos adicionais (Fatores de risco para vasa prévia)
134
Como fazer o diagnóstico PRÉ-PARTO da vasa prévia?
Eco-doppler no pré-natal
135
Principal fator de risco para vasa prévia?
Placenta de localização baixa
136
Clínica da vasa prévia?
Sangramento vermelho vivo após amniorrexe ou amniotomia INDOLOR Bradicardia fetal <<<<<<<
137
Prognóstico da vasa prévia?
Óbito fetal quase invariavelmente, risco alto de hemorragia materna fatal
138
Conduta vasa prévia?
Cesareana eletiva com 36 semanas
139
O que é o seio marginal?
Extrema periferia do espaço interviloso (borda da placenta)
140
Quando pensar em rotura do seio marginal?
Clínica clássica de vasa prévia + laudo de USG de placenta normoinserida
141
Qual a maior causa de sangramento na gravidez avançada?
Rotura do seio marginal
142
Como fazer o diagnóstico de rotura do seio marginal?
Análise histopatológica pós-parto da placenta.
143
Conduta rotura do seio marginal
Monitorização maternofetal e repouso
144
Qual o antígeno eritrocitário determina o fator Rh?
Antígeno D | D = demônio
145
Na doença hemolítica, é necessário mãe ____ e filho _______
Mãe Rh (-), filho (+)
146
Para a doença hemolítica, o pai deve ser necessariamente ....
Rh (+)
147
Quais são os anticorpos na incompatibilidade sanguínea maternofetal
Anti-D IgG
148
Quando é mais provável a sensibilização materna dos anticorpos anti-Rh?
Máximo perto do parto
149
Qual o tipo de IgG anti-D que causa maior gravidade nos casos de doença hemolítica fetal?
Tipo 1
150
Qual o teste para detectar sensibilzação anti-D na mãe?
Coombs indireto
151
Como é feito o teste de Coombs indireto?
Coloca-se o PLASMA da mãe em contato com sangue Rh +. Depois, é adicionado anti-Hu IgG, que causa aglutinação entre as hemácias. Se houver aglutinação, o teste é positivo e a mãe possui anti-D.
152
****************** | V ou F - IgG não atravessa a barreira placentária, apenas IgM
Falso! | IgM não atravessa a barreira placentária, apenas IgG
153
Quais os dois quadros mais graves da doença hemolítica fetal?
Hidropsia fetal e kernicterus
154
O que é a hidropsia fetal?
Extravasamento de líquido para o terceiro espaço, com anasarca.
155
Por que ocorre hipertensão portal e hipoproteinemia na doença hemolítica fetal?
Por causa da hemólise, que gera anemia e necessidade de repor eritrócitos, que é suprida pelo fígado.
156
**************************** | Quando fazer o teste de Coombs na gestante?
1ª consulta no pré natal, Depois: IG = 28, 32, 36, 40 s e pós parto imediato (7 momentos, no total)
157
Conduta caso Coombs indireto positivo e > 1:8.
Repetir o teste mensalmente até o parto + testes para o bebê (dopplervelocimetria)
158
Conduta caso Coombs indireto positivo e MENOR OU IGUAL a 1:8.
Repetir mensalmente, apenas
159
Como avaliar a presença de anemia fetal?
CTC (alterações tardias) USG (alterações tardias) Dopplervelocimetria
160
********************** | Qual a alteração na CTC que indica anemia fetal?
Padrão sinusoide | fases avançadas
161
********************* | Quais os achados na dopplervelocimetria que indicam anemia fetal?
Valores de velocidade máxima do pico sistólico acima do limite esperado para a IG (sangue espesso)
162
Onde é feito preferencialmente a dopplervelocimetria?
ACM
163
Quais as duas curvas que mostram os valores normais da dopplervelocimetria?
Curva de Mari (valores da Vmax) Curva de Mari modificada (valores da mediana da Vmax do pico sistólico)
164
****************** | O que fazer em cada um dos 4 pontos da curva de Mari da dopplervelocimetria?
Zona A Cordocentese imediata. Zona B Repetir exame em 5 a 10 dias. Zona C Repetir exame em 5 a 10 dias. Zona D Repetir exame em 2 a 3 semanas.
165
Quais as três faixas da curva de Mari modificada?
Mediana e valores acima (Zona A e B) Zona A = entre 1,29 - 1,50 múltiplos da mediana? Zona B = > 1,50
166
O que fazer se valores da Vmax menores que a mediana?
Repetir o exame em 3s
167
O que fazer se valores da Vmax entre a mediana e a zona A?
Repetir o exame em 5 a 10 dias | risco de anemia
168
O que fazer se valores da Vmax entre a zona B e a zona B?
Cordocentese | hematócrito < 30%
169
``` V ou F - Em gestantes com gestação anterior com feto acometido, a gestação subsequente não deve ser acompanhada através do Coombs indireto, pois o mesmo já não é mais preditivo do grau de anemia fetal. ```
Verdadeiro (acompanhar só com o doppler)
170
Qual o padrão ouro para a determinação de anemia fetal?
Cordocentese
171
Quando interromper o parto por causa da anemia fetal?
Proximidade com o parto (> 34s) ou hematócrito > 30% | Lembrar de fazer o tratamento após o nascimento com fototerapia e etc
172
Quando fazer o tratamento com transfusão intrauterina?
Paciente < 24s ou com hematócrito < 30% (grave)
173
Quais as indicações de exsanguineotransfusão em recém-nascidos?
Hemoglobina < 12g E bilirrubina > 4 - 5 mg
174
****************************** | Como é feita a prevenção da doença hemolítica do recém nascido?
Imunoglobulina anti-D a partir da 28ª semana e até 72h após o parto ou sempre que houver sangramento na gestação (Repetir a dose se parto for feito após 40s)
175
* | Cada ______ mcg de de imunoglobulina são capazes de neutralizar 1mL de sangue fetal
10 mcg
176
O que é o teste de Kleihauer? | Para que ele serve?
identifica e quantifica hemácias fetais na circulação materna (Coloca-se ácido em amostra de soro materno, que desnatura apenas as hemácias da mãe, deixando as fetais intactas) --->Serve para avaliar se houve contaminação de sangue fetal durante sangramento. (NÃO SERVE PARA DETERMINAR ALOIMUNIZAÇÃO MATERNA)