p3-HPV ATUALIZADO Flashcards

(113 cards)

1
Q

Qual é a estrutura do HPV?

A

Vírus pequeno, não envelopado, com cápside proteica e genoma de DNA circular de 8 kb.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quais são as proteínas estruturais do HPV e suas funções?

A

L1 (principal, forma a cápside e é usada na vacina) e L2 (secundária, auxilia na infectividade).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

O que é uma partícula semelhante ao vírus (VLP) usada na vacina do HPV?

A

É uma cápside formada por L1 recombinante, sem DNA viral, que induz resposta imune protetora.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Como o HPV penetra nas células do epitélio?

A

Através de microlesões epiteliais, infectando células basais via ligação com proteoglicanos de heparam sulfato.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual é a célula-alvo primária do HPV?

A

Células-tronco da camada basal do epitélio escamoso.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Por que o ciclo do HPV depende da diferenciação epitelial?

A

Porque a expressão dos genes virais ocorre em etapas conforme a célula infectada progride na diferenciação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Quais genes virais são expressos nas camadas superficiais do epitélio?

A

L1, L2 e E4 – para montagem da cápside e empacotamento do genoma viral.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Como os novos vírus são liberados para infectar outras células?

A

São liberados junto com a descamação das células epiteliais superficiais que contêm vírus maduros.

Essa estratégia de liberação passiva do HPV — junto com a descamação fisiológica das células epiteliais superficiais — é crucial para evitar a ativação do sistema imune. Ao não causar lise celular ou inflamação, o HPV mantém-se “invisível”, favorecendo infecção persistente e silenciosa. Essa evasão imunológica é um dos pilares que permite a progressão do HPV para lesões precursoras e, eventualmente, câncer.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Qual a função dos genes E6 e E7 do HPV de alto risco?

A

Inativam p53 e pRb, respectivamente, promovendo proliferação celular e risco de transformação maligna.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual a relação entre a persistência do HPV e câncer?

A

A infecção persistente por tipos oncogênicos pode levar à inativação de genes supressores de tumor e indução da carcinogênese.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

O que ocorre com a maioria das infecções por HPV, mesmo as causadas por genótipos carcinogênicos?

A

Elas se resolvem espontaneamente em até 12 meses, sem causar lesões permanentes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

O que indica uma infecção por HPV que persiste por mais de 12 meses?

A

Maior risco de progressão para lesões pré-cancerosas ou câncer, embora nem toda infecção persistente progrida.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Quanto tempo após o início da vida sexual, em média, surgem lesões cervicais pré-cancerosas detectadas citologicamente?

A

Aproximadamente 10 anos após a idade média da primeira relação sexual.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

O HPV pode entrar em latência? Qual a relevância disso?

A

Sim. Pode permanecer inativo e, em alguns casos, ser reativado, especialmente em imunossuprimidos, mulheres mais velhas ou com história de displasia cervical.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Todos os HPV entram em latência e têm risco de reativação cancerígena?

A

Não se sabe se todos os tipos entram em latência nem se toda reativação representa risco oncológico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais HPV são associados a verrugas cutâneas?

A

HPV 1, 2, 3, 4, 7 e 10 – associados a verrugas plantares, comuns, planas e ‘butcher’s warts’.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Quais HPV são responsáveis pelas verrugas genitais (condiloma acuminado)?

A

HPV 6 e 11 – são tipos de baixo risco, não oncogênicos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Quais HPV são considerados de alto risco oncogênico?

A

Cerca de 15 tipos, sendo o HPV 16 o mais comum e o de maior risco para progressão a câncer.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Quais locais podem ser infectados por HPV oncogênico além do colo uterino?

A

Vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe (HPV 16), e mucosa respiratória (em crianças com tipos 6 e 11).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Por que a infecção por HPV pode ocorrer mesmo após histerectomia?

A

Porque o vírus pode infectar a mucosa vaginal, mesmo na ausência da zona de transformação cervical.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Quais são os dois principais tipos de HPV de alto risco mais associados ao câncer de colo do útero?

A

HPV 16 e 18.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Qual subtipo de HPV está mais associado ao carcinoma escamoso invasor do colo uterino?

A

HPV 16.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Qual subtipo de HPV está mais associado ao adenocarcinoma endocervical?

A

HPV 18.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Cite quatro outros subtipos de HPV de alto risco, além do 16 e 18.

A

HPV 31, 33, 35 e 45.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Quais são os subtipos de HPV considerados de baixo risco, frequentemente associados a verrugas genitais?
HPV 6 e 11.
26
Por que o HPV 16 é considerado mais oncogênico que os demais?
Porque é o **mais frequente** e possui **alta afinidade por genes supressores de tumor** como **p53 e pRb**, aumentando o risco de transformação maligna.
27
O que diferencia HPV de baixo risco dos de alto risco em termos de integração genômica?
HPVs de alto risco tendem a se integrar ao DNA da célula hospedeira, enquanto os de baixo risco geralmente permanecem episomais.
28
O que significa um HPV ser “oncogênico”?
Significa que ele tem capacidade de causar alterações genéticas na célula hospedeira que favorecem o desenvolvimento de câncer.
29
A infecção por HPV oncogênico é suficiente para causar câncer?
Não. É necessária a persistência da infecção associada a outros fatores cofatores (como imunossupressão, tabagismo, coinfecções).
30
Qual é a importância de classificar os subtipos de HPV em termos de risco?
Essa classificação orienta estratégias de **rastreamento**, **vacinação** e **manejo clínico** das lesões cervicais e outras neoplasias associadas ao HPV.
31
Qual é o exame de rastreamento mais utilizado para detectar lesões precursoras do câncer do colo uterino?
Citologia oncótica (Papanicolau).
32
Quais são os achados citopatológicos típicos da infecção por HPV na citologia?
Coilocitose, discariose e disceratose.
33
O que é coilocitose?
É uma alteração celular característica da infecção por HPV, com núcleo irregular e **halo claro perinuclear**.
34
O que significa NIC I na citologia oncótica?
Neoplasia intraepitelial cervical de grau 1, correspondente à lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LIEBG ou LSIL).
35
O que significam NIC II e III?
Neoplasias intraepiteliais de alto grau, correspondentes a HSIL (lesão intraepitelial escamosa de alto grau).
36
Qual a conduta frente a um resultado de NIC I em paciente imunocompetente com ≥25 anos?
Repetir a citologia em 6 meses.
37
Quando está indicado fazer colposcopia após citologia alterada?
Quando há HSIL, ASC-H, ou persistência de LSIL. ## Footnote Atypical Squamous Cells – cannot exclude HSIL (Células escamosas atípicas – não se pode excluir lesão intraepitelial escamosa de alto grau)
38
Qual é o objetivo principal da citologia oncótica no rastreamento do HPV?
Identificar alterações celulares precursoras do câncer cervical antes da invasão.
39
O que diferencia lesão de baixo grau (LSIL) de lesão de alto grau (HSIL) na citologia?
A LSIL envolve alterações epiteliais leves (geralmente limitadas ao terço inferior), enquanto a HSIL indica alterações mais profundas e risco aumentado de progressão para câncer.
40
Por que a presença de HPV pode não indicar doença ativa?
Porque a maioria das infecções por HPV é transitória e regredirá espontaneamente em até 12 meses, especialmente em mulheres jovens.
41
Qual a conduta frente a NIC I em mulher imunocompetente ≥25 anos?
Repetir citologia em 6 meses.
42
Qual a conduta frente a NIC I persistente após 2 exames consecutivos alterados?
Encaminhar para colposcopia.
43
Qual a conduta em paciente com NIC II ou III na citologia?
Encaminhar para colposcopia com biópsia dirigida.
44
Qual a conduta em caso de colposcopia insatisfatória ou lesão de alto grau em zona de transformação não totalmente visível?
Conização diagnóstica.
45
Qual a conduta frente a citologia com ASC-US (atipias de células escamosas de significado indeterminado)?
Repetir citologia em 6 meses (se ≥25 anos) ou realizar teste de DNA-HPV.
46
Em gestantes com citologia alterada (ex: HSIL), qual o manejo inicial?
Colposcopia. Biópsia apenas se houver suspeita de invasão.
47
Quando está indicada a conização em lesões intraepiteliais?
Em casos de HSIL com colposcopia insatisfatória ou suspeita de invasão. ## Footnote ⚠️ Suspeita de invasão * Vasos atípicos * Ulceração profunda * Irregularidade de contorno * Sangramento ao toque
48
O que fazer se a colposcopia mostrar lesão de aspecto suspeito de invasão?
Realizar biópsia dirigida imediatamente.
49
Qual a conduta em paciente jovem (<25 anos) com NIC I?
Aguardar, pois há alta taxa de regressão espontânea – repetir citologia em 12 meses.
50
Quando a lesão deve ser tratada imediatamente, sem necessidade de repetir exames?
Em casos de NIC III confirmada por biópsia ou lesão invasiva. ## Footnote ⚠️ Suspeita de invasão * Vasos atípicos * Ulceração profunda * Irregularidade de contorno * Sangramento ao toque
51
Quais são os quatro subtipos de HPV incluídos na vacina quadrivalente disponível no SUS?
HPV 6, 11, 16 e 18.
52
A partir de qual idade meninas e meninos devem iniciar a vacinação contra HPV segundo o PNI (2024)?
A partir de 9 anos de idade, para ambos os sexos.
53
Qual é o esquema de doses da vacina contra HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos no SUS?
Duas doses, com intervalo de 6 meses (0 e 6 meses).
54
Qual é a principal contraindicação da vacina contra HPV?
Gravidez.
55
A vacina contra HPV pode ser aplicada em pessoas que já iniciaram a vida sexual?
Sim, embora a eficácia preventiva seja maior em quem ainda não teve exposição ao vírus.
56
A vacina contra HPV pode ser aplicada em pacientes imunossuprimidos?
Sim, é recomendada para pacientes imunossuprimidos (PVHIV, transplantados, oncológicos) de 9 a 45 anos, com três doses (0, 2 e 6 meses), segundo diretrizes do SUS.
57
A vacinação contra HPV está associada à cura de infecções já existentes?
Não. A vacina é profilática, não terapêutica.
58
Por que a vacinação em meninos também é importante?
Reduz a transmissão viral e previne câncer de pênis, ânus e orofaringe.
59
Qual o tipo de vacina usada contra HPV (estrutura)?
É uma **vacina de partículas semelhantes** ao vírus (VLP), produzidas com a **proteína L1** recombinante, **sem DNA viral**.
60
Qual é o principal objetivo da vacinação contra HPV em saúde pública?
Reduzir a incidência de cânceres associados ao HPV e verrugas genitais, por meio da imunização antes da exposição sexual.
61
Qual é o principal tipo histológico de câncer cervical associado ao HPV?
Carcinoma de células escamosas.
62
Qual tipo de HPV está mais associado ao adenocarcinoma endocervical?
HPV 18.
63
Qual é o principal fator de risco para progressão da infecção por HPV para câncer?
Persistência da infecção por subtipos oncogênicos (especialmente HPV 16 e 18).
64
A infecção pelo HPV é suficiente para causar câncer cervical?
Não. A progressão depende da persistência viral e da inativação de genes supressores como p53 e pRb.
65
Quais locais, além do colo do útero, podem desenvolver cânceres associados ao HPV?
Vagina, vulva, pênis, ânus e orofaringe.
66
Qual subtipo de HPV está fortemente associado ao câncer de orofaringe?
HPV 16.
67
O que caracteriza a zona de transformação cervical e por que ela é relevante na infecção por HPV?
É a região entre o epitélio colunar e o escamoso, local mais vulnerável à infecção oncogênica.
68
O câncer cervical pode surgir mesmo após histerectomia? Por quê?
Sim, porque o HPV também pode infectar a mucosa vaginal, especialmente se ainda houver coto vaginal.
69
Quais exames são utilizados para estadiamento do câncer cervical?
Estadiamento clínico: toque vaginal e retal, exame especular, biópsia, colposcopia; exames complementares (ex: cistoscopia, retossigmoidoscopia) quando indicados.
70
Qual o papel da colposcopia no contexto de estadiamento de lesões HPV-induzidas?
Permite a visualização direta da lesão, aplicação de ácido acético e biópsia de áreas suspeitas para diagnóstico e estadiamento.
71
Qual solução é utilizada durante a colposcopia para realce das lesões HPV-induzidas?
Ácido acético a 3–5%.
72
Qual o achado colposcópico clássico após aplicação de ácido acético em área infectada por HPV?
Epitélio acetobranco (pálido, esbranquiçado), indicando possível lesão intraepitelial.
73
Para que serve a colposcopia no contexto da infecção por HPV?
Para localizar e classificar lesões cervicais, orientar biópsias e decidir condutas terapêuticas.
74
Qual solução é usada para o tratamento das verrugas genitais e deve ser diferenciada do ácido acético?
Ácido tricloroacético (ATA) – usado no tratamento, não na colposcopia.
75
Qual a principal indicação da biópsia durante a colposcopia?
Presença de lesões sugestivas de neoplasia (epitélio acetobranco, mosaico, pontilhado, vasos atípicos).
76
O que fazer em caso de colposcopia insatisfatória em paciente com HSIL?
Indicar conização diagnóstica, pois não é possível avaliar a zona de transformação. A biópsia dirigida não é viável nesse cenário, e a conização permite avaliar histologicamente toda a área de risco e excluir invasão.
77
Quais são os métodos físicos possíveis para tratar condilomas acuminados?
Crioterapia, eletrocauterização, ácido tricloroacético, excisão cirúrgica.
78
Quais são os métodos imunomoduladores ou tópicos para tratar verrugas genitais?
Imiquimode, podofilotoxina, sinecatequinas (usados principalmente em consultório).
79
Em gestantes com verrugas genitais, qual o tratamento preferencial?
Ácido tricloroacético (seguro na gravidez).
80
É necessário tratar todas as verrugas genitais?
Não. Lesões assintomáticas, pequenas e sem risco de malignização podem ser apenas acompanhadas, especialmente em pacientes imunocompetentes.
81
Qual evento molecular está associado ao início da transformação maligna em infecções persistentes por HPV de alto risco?
Integração do DNA viral ao genoma da célula hospedeira, levando à superexpressão de E6 e E7.
82
O que ocorre quando o gene E2 do HPV é interrompido pela integração genômica?
Perda do controle sobre E6 e E7, favorecendo a oncogênese.
83
Como a proteína E6 do HPV interfere na apoptose celular?
Promove degradação da p53, impedindo a parada do ciclo e a ativação de genes pró-apoptóticos.
84
Como a proteína E7 do HPV favorece a entrada descontrolada no ciclo celular?
Liga-se à proteína pRb, liberando E2F, que ativa genes necessários à fase S do ciclo celular.
85
Em qual fase do ciclo celular a ação da E7 é especialmente relevante?
Transição da fase G1 para S.
86
Quais são as duas principais proteínas celulares inativadas pelos oncogenes virais do HPV?
p53 (via E6) e pRb (via E7).
87
Em infecções por HPV de baixo risco (ex: 6 e 11), o genoma viral tende a permanecer em qual forma?
Forma episomal (não integrado ao DNA da célula hospedeira).
88
Qual proteína reguladora normalmente bloqueia o fator de transcrição E2F?
pRb (proteína do retinoblastoma).
89
A imortalização celular causada pelo HPV depende de quais alterações moleculares?
Supressão da apoptose (via E6) e perda de controle do ciclo celular (via E7).
90
Qual o papel dos fatores E2F no ciclo celular, e como o HPV interfere nisso?
E2F ativa genes da fase S; E7 do HPV libera E2F ao inativar pRb.
91
Em uma biópsia classificada como CIN 2, qual o papel da coloração imunohistoquímica para p16?
Se p16 for positivo, a lesão deve ser considerada de alto grau (CIN 3); se negativo, é classificada como baixo grau (CIN 1).
92
Qual a principal utilidade da coloração p16 em casos de metaplasia escamosa imatura?
Evitar o diagnóstico falso-positivo de HSIL, pois metaplasia imatura pode mimetizar lesões de alto grau.
93
Quando o teste duplo p16/Ki-67 é indicado na citologia?
Quando há achados citológicos intermediários ou discordantes, para definir a necessidade de colposcopia.
94
Qual a vantagem do teste p16/Ki-67 em relação à citologia convencional?
Maior sensibilidade e especificidade não inferior na detecção de lesões intraepiteliais de alto grau.
95
A coloração positiva para p16 em biópsia de vulva ou ânus tem o mesmo significado que no colo uterino?
Sim. p16 positivo em biópsias anogenitais também indica lesão de alto grau associada ao HPV.
96
O teste p16/Ki-67 é considerado método de triagem primária para HPV?
Não. Ele é um teste auxiliar, utilizado junto com citologia ou HPV-DNA para definir condutas.
97
O teste p16/Ki-67 é aprovado para uso clínico nos EUA?
Sim, é aprovado pela FDA para rastreamento de lesões cervicais.
98
O que significa a coexpressão de p16 e Ki-67 na mesma célula?
Uma célula com proliferação ativa (Ki-67) e alteração de checkpoint (p16) → indicativa de lesão HPV-induzida de alto grau.
99
O teste de p16 sozinho é suficiente para decisão clínica em todas as biópsias de CIN 2?
Não. Ele ajuda na classificação, mas deve ser interpretado no contexto histológico completo.
100
Qual é a lógica fisiopatológica por trás da associação entre E7 → pRb → p16?
A perda de função de pRb desinibe E2F e ativa vias compensatórias, entre elas, a hiperexpressão de p16, como tentativa celular de conter a progressão.
101
O que é coilocitose e com qual tipo de lesão ela é classicamente associada?
É uma alteração citopática causada por HPV, caracterizada por halo perinuclear claro e núcleo irregular; associada a LSIL (Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau).
102
O que caracteriza morfologicamente a coilocitose?
Núcleo aumentado, hipercromático e irregular, com **halo claro perinuclear** (“coilócito”).
103
O que é discariose e com que lesões pode estar associada?
É uma alteração nuclear atípica (aumento de volume, hipercromasia, irregularidade), podendo estar presente tanto em LSIL quanto em HSIL, dependendo da gravidade.
104
O que é disceratose e qual sua importância diagnóstica na citologia?
Queratinização anormal de células escamosas, indicativa de maturação epitelial desorganizada; pode estar presente em LSIL ou HSIL.
105
Entre coilocitose, discariose e disceratose, qual é o achado mais específico para infecção por HPV?
Coilocitose.
106
Quais achados citológicos sugerem lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL)?
Alterações nucleares intensas (discariose acentuada), disceratose mais grave e ausência de características típicas de coilocitose.
107
Quando coilocitose aparece isoladamente em um Papanicolau, qual é a classificação mais provável?
LSIL.
108
A presença de discariose leve sem coilocitose é suficiente para classificar uma lesão como LSIL?
Sim, se houver atipias compatíveis com infecção viral ou displasia leve.
109
O que diferencia discariose em LSIL versus HSIL?
No HSIL, a discariose é mais intensa, com maior relação núcleo/citoplasma e desorganização da arquitetura epitelial.
110
A presença simultânea de coilocitose, discariose e disceratose em citologia sugere que tipo de lesão?
Lesão intraepitelial escamosa associada ao HPV, geralmente LSIL, mas requer correlação com o grau das alterações.
111
112
Qual é a região mais vulnerável à infecção pelo HPV no colo uterino e por quê?
A junção escamocolunar (JEC), localizada na zona de transformação do colo uterino, é a região mais vulnerável à infecção pelo HPV. Isso ocorre porque ali há intensa proliferação celular, presença de células metaplásicas imaturas e maior suscetibilidade à integração do DNA viral, fatores que favorecem a infecção persistente e a transformação neoplásica.
113
Quais são os desfechos possíveis da colposcopia em gestantes com citologia alterada e como conduzi-los?
* Normal/satisfatória sem invasão → repetir colposcopia trimestral. * Suspeita de invasão → fazer biópsia imediata. * Insatisfatória → avaliar necessidade de biópsia ou seguimento intensivo. * NIC II/III confirmado → acompanhar até o parto; tratar no puerpério.