Locomoção - Parkinson Flashcards
(29 cards)
Qual é o sintoma motor obrigatório para o diagnóstico de Parkinson idiopático?
Bradicinesia.
Cite 3 sintomas não motores comuns no Parkinson idiopático precoce
Hiposmia, constipação, distúrbio do sono REM.
Segundo o Ministério da Saúde, quais são os dois achados clínicos que devem estar presentes para o diagnóstico da Doença de Parkinson?
Bradicinesia obrigatória + tremor de repouso ou rigidez.
Quais são as principais causas de parkinsonismo secundário a serem descartadas?
Uso de neurolépticos, AVE, TCE, encefalite, exposição a toxinas (ex: manganês, monóxido de carbono), hidrocefalia de pressão normal.
Quais são os 3 principais grupos de medicamentos associados ao parkinsonismo secundário?
Antipsicóticos, antieméticos dopaminolíticos e bloqueadores de canais de cálcio (flunarizina e cinarizina).
Qual o principal cuidado ao iniciar levodopa em pacientes idosos?
Iniciar com doses baixas, monitorar efeitos colaterais (discinesias, alucinações, hipotensão) e ajustar progressivamente.
Qual é o medicamento de primeira escolha para Doença de Parkinson em pacientes com mais de 60 anos, segundo o Ministério da Saúde?
Levodopa associada a um inibidor de descarboxilase periférica (benserazida ou carbidopa).
Qual o mecanismo da levodopa e por que é associada à benserazida ou carbidopa?
A levodopa é um precursor da dopamina que atravessa a barreira hematoencefálica. Ela é associada a um inibidor da descarboxilase periférica para evitar sua conversão precoce em dopamina fora do SNC, reduzindo efeitos colaterais e aumentando a eficácia central.
Como a idade influencia na escolha inicial do tratamento da Doença de Parkinson, segundo o MS?
Em pacientes ≥60 anos, a levodopa é preferida por sua eficácia. Em pacientes <60 anos com sintomas leves, podem ser usados agonistas dopaminérgicos ou inibidores da MAO-B, para postergar o uso de levodopa e reduzir risco de discinesias precoces.
Qual é o papel dos inibidores da MAO-B (ex: selegilina) no tratamento da Doença de Parkinson?
São usados como monoterapia em fases iniciais leves ou como coadjuvantes da levodopa para prolongar seu efeito. Não substituem a levodopa em pacientes com sintomas funcionais relevantes.
Quando considerar agonistas dopaminérgicos (ex: pramipexol, ropinirol) na Doença de Parkinson?
Em pacientes jovens (<60 anos) com sintomas leves a moderados, para retardar o uso da levodopa. Associam-se mais a efeitos psiquiátricos (alucinações, compulsões).
O que são flutuações motoras na Doença de Parkinson?
Oscilações entre períodos de bom controle dos sintomas (‘on’) e piora dos sintomas (‘off’), relacionadas ao uso prolongado da levodopa.
O que são discinesias induzidas por levodopa?
Movimentos involuntários anormais (geralmente coreiformes) que ocorrem nos picos de ação da levodopa, principalmente após anos de tratamento.
Por que ocorrem as flutuações motoras e discinesias após uso prolongado de levodopa?
“Pela perda de neurônios dopaminérgicos e a meia-vida curta da levodopa, o cérebro passa a receber dopamina em picos, sem capacidade de regular de forma estável. Além disso, ocorre hipersensibilidade dos receptores dopaminérgicos pós-sinápticos, intensificando as respostas motoras e favorecendo o surgimento de discinesias
Qual é a primeira medida para reduzir flutuações motoras em pacientes com Parkinson?
Dividir a levodopa em doses menores e mais frequentes ou usar formulação de liberação prolongada.
Quais fármacos podem ser associados à levodopa para suavizar flutuações motoras?
Inibidores da COMT (entacapona), inibidores da MAO-B (rasagilina) e agonistas dopaminérgicos (pramipexol, ropinirol).
Quando considerar estimulação cerebral profunda (DBS) na Doença de Parkinson?
Em pacientes com flutuações motoras e discinesias refratárias ao tratamento medicamentoso otimizado, sem demência ou instabilidade postural grave.
Qual é o medicamento mais eficaz no tratamento da Doença de Parkinson?
Levodopa, associada a um inibidor da descarboxilase periférica (benserazida – prolopa®, ou carbidopa – sinemet®).
Mecanismo: Precursor da dopamina, atravessa a BHE e repõe dopamina no cérebro.
Quais fármacos ativam diretamente receptores dopaminérgicos no Parkinson?
Pramipexol e ropinirol.
Mecanismo: Agonistas dos receptores D2/D3.
Indicado: Pacientes mais jovens (<60 anos), fases iniciais, para postergar levodopa.
Qual o papel dos inibidores da MAO-B na Doença de Parkinson?
Selegilina e rasagilina inibem a enzima que degrada dopamina.
Mecanismo: Aumentam tempo de ação da dopamina endógena.
Para que servem os inibidores da COMT no tratamento do Parkinson?
Entacapona (comtan®) e tolcapona prolongam o efeito da levodopa.
Mecanismo: Inibem a degradação periférica da levodopa.
Indicado: Monoterapia em estágios leves ou como adjuvante da levodopa.
Qual é o papel da amantadina no Parkinson?
Antiviral com ação antiparkinsoniana modesta.
Mecanismo: Libera dopamina e antagoniza receptores NMDA.
Indicado: Redução de discinesias e sintomas leves.
Quando os anticolinérgicos são indicados no Parkinson?
Biperideno (akineton®) é usado apenas para tremor isolado em pacientes jovens.
Mecanismo: Inibe acetilcolina → melhora equilíbrio dopaminérgico.
Cuidado: Contraindicado em idosos por risco de confusão e demência.
Dica: “Biperideno dá branco no cérebro dos idosos.”
Quais são os principais grupos de diagnósticos diferenciais da Doença de Parkinson?
Parkinsonismo secundário (fármacos, AVE, TCE, intoxicação) e parkinsonismos atípicos (PSP, AMS, DCB, demência com corpos de Lewy).