Saúde da Mulher - SUA Flashcards

(113 cards)

1
Q

O que é considerado sangramento uterino anormal (sua)?

A

O que foge do NORMAL:
- - Duração ≤ 8d;

  • Volume determinado pela mulher
  • Intervalo
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Q

Além dos parâmetros objetivos, como o sua pode impactar a mulher?

A

Pode afetar a qualidade de vida de forma física, emocional, social e econômica — mesmo que os valores mensuráveis não estejam claramente alterados.

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3
Q

Como o sua pode se manifestar quanto ao tempo?

A

Crônico:
- duração ≥ 6 meses
Agudo

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4
Q

O que significa o mnemônico palm-coein?

A

Classificação da etiologia do SUA:
- PALM

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5
Q

O que representa o “p” de palm?

A

Pólipo endometrial - Proliferação focal da mucosa endometrial;
pode causar SUA intermenstrual ou prolongado.

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6
Q

O que representa o “a” de palm?

A

Adenomiose - Presença de tecido endometrial no miométrio;
cursa com SUA e dismenorreia.

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7
Q

O que representa o “l” de palm?

A

Leiomioma (mioma uterino) - Tumores benignos do miométrio. Os tipos submucosos são os mais relacionados ao SUA.

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8
Q

O que representa o “m” de palm?

A

Malignidade e hiperplasia endometrial - Inclui câncer de endométrio, hiperplasia com ou sem atipias, e outras neoplasias.

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9
Q

O que representa o “c” de coein?

A

Coagulopatias - Ex:
- Doença de Von Willebrand;
causas hematológicas que levam a sangramento excessivo.

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10
Q

O que representa o “o” de coein?

A

Ovulatórias (distúrbios) - Alterações na ovulação que causam sangramentos irregulares, como SOP, anovulação da adolescência ou perimenopausa.

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11
Q

O que representa o “e” de coein?

A

Endometriais (alterações locais) - Anormalidades na hemostasia do endométrio com ovulação normal (ex:
- deficiência de prostaglandinas).

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12
Q

O que representa o “i” de coein?

A

Iatrogênicas - Relacionadas ao uso de medicamentos (anticoagulantes, ACO, DIU), procedimentos cirúrgicos etc

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13
Q

O que representa o “n” de coein?

A

Não classificadas - Causas raras que não se enquadram nos grupos anteriores (ex:
- malformações uterinas).

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14
Q

Qual é a primeira linha de tratamento para sua em mulheres jovens com ciclos anovulatórios?

A

Anticoncepcionais hormonais combinados (ACO) — regulam o ciclo e reduzem o sangramento.

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15
Q

Qual a conduta inicial no sua agudo com sangramento intenso em mulher hemodinamicamente estável?

A

Anticoncepcional oral combinado em dose contínua (ex:
- 1 cp a cada 6 horas por 24- 48h), conforme protocolo da FEBRASGO.

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16
Q

Qual é o tratamento de escolha para sua em paciente com contraindicação hormonal e desejo de manter útero?

A

Ablação do endométrio, ácido trannexêmico ou AINES.

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17
Q

Em quais casos está indicado o uso de ácido tranexâmico?

A

Em casos de SUA ovulatório com contraindicação a hormônios ou como adjuvante para reduzir o fluxo — principalmente em mulheres que desejam engravidar.

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18
Q

Qual o tratamento indicado para sua em paciente com distúrbio de coagulação (ex: doença de von willebrand)?

A

Ácido tranexâmico ou desmopressina (em casos específicos). ACO pode ser considerado se não houver contraindicação.

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19
Q

Em que situação a histeroscopia cirúrgica é o tratamento de escolha?

A

SUA por pólipo endometrial ou mioma submucoso tipo 0 a 2 com repercussão clínica significativa.

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20
Q

Qual a indicação da histerectomia no contexto de sua?

A

A histerectomia está indicada no contexto de SUA quando:
- O tratamento clínico e conservador (como ablação endometrial) falhou ou é contraindicado;

A paciente não deseja mais gestar;

E o sangramento causa prejuízo importante na qualidade de vida.

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21
Q

Quais medidas devem ser tomadas no sus em caso de sua agudo com instabilidade hemodinâmica?

A

Acesso venoso + volume expansor

Internação

Investigação da causa

Tratamento medicamentoso imediato (hormonal ou ácido tranexâmico)

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22
Q

Quando considerar ablação endometrial como opção terapêutica?

A

Em pacientes com SUA crônico, que não desejam gestação futura, falharam tratamento clínico e têm contraindicação a histerectomia.

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23
Q

Qual fármaco hormonal isolado pode ser usado no controle do sua e é opção no sus?

A

Acetato de medroxiprogesterona (progesterona oral ou injetável) — especialmente útil em anovulação crônica.

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24
Q

Qual o método padrão-ouro para diagnóstico e tratamento de pólipos endometriais?

A

Polipectomia histeroscópica — eficaz, segura, com rápida recuperação e retorno precoce às atividades.

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25
Qual o tratamento indicado para pólipo endometrial <0,5 cm em paciente assintomática?
Pode ser removido ambulatorialmente com histeroscopia, sem necessidade de internação.
26
Qual a técnica recomendada para pólipos >0,5 cm segundo a febrasgo?
Ressecção da base de implantação com eletrodo monopolar ou bipolar em centro cirúrgico, sob visão direta.
27
Por que a histeroscopia é preferida para polipectomia endometrial?
Permite diagnóstico e tratamento simultâneos, visualização direta, menor risco de perfuração e remoção completa da lesão.
28
Pólipo endometrial em mulher com sua: qual a conduta inicial recomendada?
Histeroscopia diagnóstica com possível polipectomia na mesma sessão, se tecnicamente viável.
29
Qual a origem dos leiomiomas uterinos?
Tumores benignos originados do músculo liso do miométrio (por isso são chamados de leiomiomas).
30
Qual o principal hormônio relacionado ao crescimento dos leiomiomas?
Estrogênio (e em menor grau, a progesterona).
31
Quais são os tipos anatômicos de leiomioma uterino?
Subseroso Intramural Submucoso
32
Qual tipo de leiomioma mais se associa a sangramentos uterinos anormais?
Leiomioma submucoso, por distorcer a cavidade endometrial.
33
Leiomiomas aumentam ou reduzem com a menopausa?
Tendem a regredir, pois são hormônio-dependentes.
34
Mioma é considerado fator de risco para malignidade?
Não. A transformação maligna (leiomiossarcoma) é rara e controversa — geralmente surge de novo, não a partir de miomas.
35
Quais são os sintomas mais comuns dos leiomiomas?
Sangramento uterino anormal (SUA) Dor pélvica Massa abdominal Infertilidade (em alguns casos)
36
Como é feita a avaliação inicial de um possível mioma uterino?
Ultrassonografia transvaginal, podendo ser complementada por histeroscopia ou ressonância magnética em casos selecionados.
37
Quais fatores aumentam o risco de desenvolvimento de leiomiomas?
Menarca precoce Nuliparidade Obesidade História familiar Afrodescendência
38
Qual é o mitógeno primário responsável pelo crescimento dos leiomiomas?
Progesterona - estimula atividade mitótica e inibe apoptose nas células do leiomioma.
39
Qual o papel do estrogênio no crescimento dos leiomiomas?
Suprarregula os receptores de progesterona, potencializando a ação proliferativa da progesterona.
40
Por que os leiomiomas são considerados tumores hormônio-dependentes?
Porque requerem um ambiente hiperestrogênico e respondem à ação da progesterona.
41
Como os próprios leiomiomas contribuem para um ambiente hiperestrogênico?
Aumentam receptores de estrogênio Produzem menos estradiol → estrona Possuem mais aromatase P450
42
Qual o efeito do tabagismo no risco de desenvolver leiomiomas?
Reduz o risco — o tabagismo altera o metabolismo do estrogênio e reduz seus níveis ativos.
43
Por que a obesidade é fator de risco para leiomiomas?
Aumenta a conversão de androgênios em estrogênios pelo tecido adiposo e reduz SHBG hepática → mais estrogênio livre.
44
O que acontece com os leiomiomas após a menopausa?
Geralmente regridem, pois há queda nos níveis de estrogênio e progesterona.
45
Qual a relação entre sop e risco para leiomioma?
Na SOP há exposição prolongada a estrogênio sem oposição da progesterona, o que favorece o crescimento do tumor.
46
Quais são os principais sintomas dos leiomiomas submucosos?
Sangramento uterino anormal (metrorragia) Infertilidade
47
Por que os leiomiomas submucosos causam sangramento?
Devido a erosões na superfície do nódulo por atrito com o endométrio, causando isquemia e sangramento.
48
Por que os leiomiomas submucosos podem causar infertilidade?
Por distorção da cavidade uterina e ambiente inflamatório hostil ao embrião.
49
Quais são os sintomas mais comuns dos leiomiomas intramurais?
Menorragia Hipermenorreia (aumento da intensidade e duração do fluxo)
50
Por que os leiomiomas intramurais causam aumento do fluxo menstrual?
Aumentam a cavidade uterina Prejudicam a contratilidade das fibras miometriais Provocam estase venosa endometrial Aumentam prostaciclinas (vasodilatação, dificultando trombose)
51
Quais sintomas podem ocorrer com leiomiomas subserosos muito volumosos?
Lombossacralgia Comprometimento da função renal Em geral, não causam sangramentos
52
Por que os leiomiomas subserosos podem afetar a função urinária ou renal?
**Por compressão extrínseca**: - retêm urina, causam noctúria, incontinência ou obstrução ureteral.
53
O que a ultrassonografia transvaginal permite avaliar em relação ao útero?
Morfologia e dimensões uterinas, espessura e padrão do endométrio, presença e localização de nódulos, vascularização tecidual (Doppler colorido), análise espectral das artérias uterinas (Doppler espectral).
54
Como os miomas costumam se apresentar na ultrassonografia?
Como nódulos hipoecogênicos, podendo ter calcificações ou reforço acústico posterior (degeneração cística).
55
O que define os contornos do mioma na usg?
A pseudocápsula formada por edema e compressão do miométrio adjacente.
56
Qual é o padrão de vascularização dos miomas ao doppler?
Vascularização predominantemente periférica, característica dos tumores de musculatura lisa.
57
Como diferenciar miomas de adenomiomas na ultrassonografia?
Os miomas têm vascularização periférica, enquanto os adenomiomas mostram vascularização mais central ou difusa.
58
Quando o tratamento clínico dos miomas é indicado?
Como controle inicial de sangramento e dor pélvica. A longo prazo em pacientes com risco cirúrgico elevado. Quando há recusa ou contraindicação à cirurgia.
59
Qual o mecanismo de ação do ácido tranexâmico (transamin)?
Inibe a fibrinólise na superfície endometrial, reduzindo o sangramento.
60
Qual o benefício dos aines no tratamento dos miomas?
Reduzem a síntese de prostaciclinas → diminuem em até 30% o sangramento menstrual e aliviam a dor.
61
Qual contraceptivo intrauterino pode ser usado para tratar miomas?
DIU com levonorgestrel (LNG-IUS) - melhora sangramentos e anemia, mas pode ter menor eficácia se a cavidade estiver distorcida.
62
Qual o efeito dos agonistas de gnrh sobre os miomas?
Reduzem os níveis de esteroides sexuais → causam amenorreia e reduzem em até 50% o volume dos miomas e do útero.
63
Quando os agonistas do gnrh são usados nos miomas?
Como preparo pré-operatório de miomectomia (2 a 3 meses antes), para reduzir o sangramento intraoperatório e melhorar níveis de hemoglobina.
64
Qual a principal limitação dos agonistas de gnrh no tratamento de miomas?
**O efeito é temporário**: - após 8- 12 semanas de uso há melhora, mas os miomas retornam ao tamanho original após a suspensão.
65
Quais os efeitos colaterais dos agonistas do gnrh?
Hipoestrogenismo, fogachos, ressecamento vaginal, alterações de humor e perda de densidade óssea.
66
Qual o tratamento para sua crônico?
**Objetivo é reduzir o volume menstrual**: - 1. DIU- LNG (Minerna) - reduz 90%; 2. Ácido tranexâmico - reduz 50%; 3. AINE - reduz 25% ## Footnote Não há estudos com o Kyleena
67
Qual é o critério de tempo mínimo para se considerar um sangramento uterino como crônico?
Quando o sangramento uterino anormal persiste na maior parte dos últimos 6 meses.
68
Após quanto tempo de sangramento uterino anormal deve-se iniciar investigação, mesmo antes de completar o tempo para diagnóstico de sua crônico?
A partir de 3 meses de sintomas persistentes, já se indica iniciar a investigação.
69
Adolescente com ciclo menstrual regular, mas sangramento intenso: quais hipóteses?
**Causa endometrial (mais comum) Coagulopatia (até 20%; ex**: - doença de von Willebrand) Causa estrutural (rara, mas deve ser investigada se falha clínica) ## Footnote Mesmo com ovulação normal, o volume anormal justifica investigação. Exame de imagem
70
Quando pedir tsh em adolescente com sangramento uterino regular?
**Apenas se houver**: - História pessoal de doença autoimune História familiar de distúrbio tireoidiano ➡️ Caso contrário, não é rotina.
71
Adolescente com sangramento irregular e menarca há ≤ 2 anos: qual hipótese e conduta?
**Imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário (HHO) ✅ Conduta**: - acompanhamento clínico sem exames hormonais de rotina 🕑 A tendência é regularizar com o tempo.
72
Adolescente com sangramento irregular e menarca há > 2 anos: o que fazer?
**Investigar causas de anovulação**: - ✅ Pedir
73
Quais exames hormonais são indicados para investigar anovulação em adolescentes com menarca > 2 anos?
TSH Prolactina (PRL) FSH ➡️ Avaliam função tireoidiana, hiperprolactinemia e possível falência ovariana precoce.
74
Qual exame de imagem deve ser solicitado em adolescentes com sangramento uterino cíclico, porém intenso?
**→ Ultrassonografia pélvica (ou transvaginal se aplicável) 🎯 Avaliar**: - espessura endometrial, presença de pólipos, miomas ou alterações anatômicas.
75
Qual a causa mais comum de sangramento uterino irregular em adolescentes até 2 anos da menarca?
Imaturidade do eixo HHO (hipotálamo-hipófise-ovário) ➡️ Causa fisiológica e transitória de anovulação.
76
Mulher em idade reprodutiva com sangramento uterino cíclico e regular, mas intenso: o que investigar?
**Causa endometrial (mais comum) Coagulopatia (ex**: - von Willebrand, menos comum que na adolescência) Causas estruturais (mioma submucoso, pólipo) ## Footnote Solicitar ultrassonografia transvaginal (USTV)
77
Mulher com sangramento irregular (não cíclico): quais hipóteses principais?
**Anovulação crônica (ex**: - SOP, hiperprolactinemia, falência ovariana) Distúrbios endócrinos (tireoidopatias, hiperprolactinemia) Medicações (AUB- I) ## Footnote Investigar
78
Quais exames hormonais devem ser solicitados em mulher com sangramento irregular?
**TSH Prolactina (PRL) FSH ## Footnote ➕ Considerar androgênios se suspeita de SOP (ex**: - testosterona total, SDHEA)
79
Quando indicar biópsia de endométrio em mulher com sua crônico?
**Idade ≥ 45 anos Fatores de risco para hiperplasia/endométrio (ex**: - obesidade, anovulação crônica, história familiar de câncer de endométrio) Sangramento persistente e sem resposta ao tratamento clínico
80
Qual o exame de imagem de primeira linha na investigação de sua em mulheres adultas?
Ultrassonografia transvaginal (USTV) ## Footnote ➡️ Avalia endométrio, miométrio, pólipos e miomas 🧪 Pode ser complementada por sonohisterografia ou histeroscopia em casos selecionados
81
Mulher com sua e ciclo regular, sem fator clínico de risco e sem sinais estruturais ao us: o que suspeitar?
Causa endometrial funcional (AUB-E) ## Footnote ➡️ Excluir coagulopatia se sangramento for muito intenso ou desde a menarca ✅ Tratar empiricamente após investigação básica
82
Mulher com sangramento uterino agudo: quando considerar internar?
**Instabilidade hemodinâmica Hemoglobina muito baixa (< 7-8 g/dL sintomática) Falha no controle com tratamento ambulatorial Suspeita de causa estrutural grave (ex**: - câncer, mioma volumoso)
83
Em quais situações não se deve pedir tsh rotineiramente em casos de sangramento uterino anormal?
**Quando a paciente tem**: - ✅ Ciclo menstrual regular ✅ Sem sinais de disfunção tireoidiana ✅ Sem história pessoal de doença autoimune ✅ Sem história familiar de disfunção tireoidiana 🛑 Nessas condições, não é necessário pedir TSH de rotina.
84
# verdadeiro ou falso uso de contraceptivos combinados, primiparidade precoce e tabagismo são considerados fatores protetores.
Verdadeiro
85
# verdadeiro ou falso multiparidade, idade entre 40 e 50 anos e presença de cicatriz uterina são considerados fatores de risco
Verdadeiro
86
Qual o tecido de origem do leiomioma?
Músculo liso do miométrio.
87
Qual o tecido de origem da adenomiose?
Glândulas endometriais ectópicas no miométrio.
88
Como é o útero ao exame físico no leiomioma?
Aumentado, firme, nodular e não doloroso.
89
Como é o útero ao exame físico na adenomiose?
Aumentado, difusamente amolecido e doloroso.
90
Quadro clínico clássico do leiomioma?
SUA (menorragia) + massa abdominal + compressão pélvica (em casos grandes); geralmente sem dor.
91
Quadro clínico clássico da adenomiose?
Menorragia + dismenorreia intensa e progressiva.
92
Como aparece o leiomioma na ultrassonografia transvaginal?
Nódulos hipoecoicos bem delimitados com sombreamento posterior.
93
Como aparece a adenomiose na ultrassonografia transvaginal?
Miométrio heterogêneo com áreas císticas difusas e espessamento da zona juncional.
94
Qual a faixa etária mais comum para leiomioma?
Mulheres entre 30-50 anos (principalmente >35 anos).
95
Qual a faixa etária mais comum para adenomiose?
Mulheres entre 35-50 anos, especialmente multíparas.
96
Qual tratamento definitivo para ambas as condições quando há falha do tratamento clínico?
Histerectomia.
97
Como pode haver sangramento uterino anormal em ciclos anovulatórios, especialmente em mulheres acima dos 45 anos?
* Na anovulação, não há corpo lúteo, logo, não há progesterona. * O ovário, porém, ainda produz estrogênio de forma contínua, que estimula o crescimento do endométrio. * Sem a ação organizadora da progesterona, o endométrio se torna espesso, frágil e instável. * Isso leva a sangramentos irregulares e imprevisíveis, chamados de SUA anovulatório. * Esse sangramento ocorre por desestabilização espontânea da mucosa endometrial.
98
Qual o tratamento de escolha para pólipo endometrial causador de SUA?
Ressecção cirúrgica, geralmente por histeroscopia.
99
Qual o tratamento do SUA causado por adenomiose?
Histerectomia (definitivo), adenomiectomia (casos selecionados) ou tratamento clínico com progestagênios e DIU-LNG.
100
Como tratar o SUA por leiomioma (mioma)?
Miomectomia ou histerectomia. Pode-se usar tratamento clínico com ACO, DIU-LNG ou análogos de GnRH em casos selecionados.
101
Qual o manejo do SUA por malignidade (hiperplasia ou câncer)?
Cirurgia, uso de altas doses de progestágenos (em hiperplasia), quimioterapia ou tratamento paliativo conforme o estágio.
102
Como é tratado o SUA por coagulopatia?
Uso de antifibrinolíticos como ácido tranexâmico. Casos de deficiência específica podem usar desmopressina (ex: doença de von Willebrand).
103
Qual o tratamento do SUA de origem ovulatória (ciclo regular)?
Corrigir causa de base (ex: Cabergolina para hiperprolactinemia, Levotiroxina para hipotireoidismo), além de mudanças no estilo de vida.
104
Como manejar o SUA de causa endometrial (disfunção primária de hemostasia)?
Terapia específica conforme a suspeita, podendo incluir anti-inflamatórios não hormonais e antibióticos em casos de infecção associada.
105
Qual a conduta no SUA de causa iatrogênica?
Suspender ou ajustar o fator causal (medicamento, dispositivo, etc).
106
Como tratar o SUA de causa não classificada?
Embolização para malformação arteriovenosa ou conduta específica conforme o achado (ex: istmocele pode exigir correção cirúrgica).
107
Qual é o objetivo inicial no manejo do sangramento uterino anormal agudo?
Controlar o sangramento ativo e estabilizar a paciente, evitando necessidade cirúrgica.
108
Quais são as opções de tratamento medicamentoso VO no SUA agudo?
Anticoncepcional oral combinado (ACO com 50 mcg EE) de 6/6h; Progestagênio isolado em altas doses (ex: acetato de medroxiprogesterona); Ácido tranexâmico 3–4x/dia.
109
Quando considerar tratamento cirúrgico no SUA agudo?
Quando houver falha no controle do sangramento com tratamento clínico.
110
O estrogênio conjugado IV (EV) está disponível no SUS?
Não. No Brasil, o estrogênio conjugado EV não é amplamente disponível na rede pública.
111
Qual a alternativa ao estrogênio EV no Brasil para controle rápido do SUA agudo?
Progestagênios orais em dose alta + ácido tranexâmico.
112
O que fazer após o controle do sangramento agudo?
Manter tratamento hormonal por pelo menos 3 meses para evitar recidiva.
113
A ultrassonografia é a técnica de imagem de maior disponibilidade e menor custo para diferenciar miomas de outras doenças. Porém, a ressonância magnética possibilita avaliação mais precisa do número, do tamanho e da posição dos miomas. (V ou F?)
Verdadeiro ## Footnote A ultrassonografia transvaginal é o exame de escolha inicial para avaliação de miomas por ser amplamente disponível e barata. Já a ressonância magnética é indicada para casos complexos, planejamento cirúrgico ou quando há dúvida diagnóstica, pois fornece melhor definição anatômica.