Saúde da Mulher - Vulvovaginites Flashcards

(66 cards)

1
Q

Quais são as causas mais comuns de corrimento vaginal patológico?

A

Vaginose bacteriana, candidíase vulvovaginal e tricomoníase.

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2
Q

Qual é a principal função dos lactobacilos na vagina?

A

Produzem ácido lático, mantendo o pH ácido e inibindo a proliferação de patógenos.

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3
Q

Como o estrogênio influencia o ecossistema vaginal?

A

Estimula a produção de glicogênio nas células vaginais, que serve de substrato para os lactobacilos.

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4
Q

Qual a fisiopatologia da vaginose bacteriana?

A

Desequilíbrio da flora vaginal com redução de lactobacilos e crescimento de Gardnerella vaginalis e anaeróbios com formação de biofilme.

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5
Q

Quais são os fatores de risco para vaginose bacteriana?

A

Múltiplos parceiros sexuais, nova parceria, ducha vaginal, tabagismo, ausência de preservativo.

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6
Q

Quais as possíveis complicações da vaginose bacteriana?

A

Doença inflamatória pélvica, parto prematuro, aborto, endometrite e maior risco de aquisição de ISTs.

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7
Q

Qual o agente etiológico mais comum da candidíase vulvovaginal?

A

Candida albicans.

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8
Q

Explique a fisiopatologia da candidíase vulvovaginal.

A

Desequilíbrio da flora vaginal, geralmente por queda de lactobacilos ou imunossupressão, permite proliferação da Candida com invasão do epitélio vaginal.

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9
Q

Quais são os fatores de risco para candidíase vulvovaginal?

A

Uso recente de antibióticos, diabetes, gravidez, imunossupressão, roupas apertadas e calor local.

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10
Q

Quando a candidíase é considerada complicada?

A

Quando há episódios recorrentes (≥ 4/ano), infecção por Candida não albicans, imunossupressão, ou sintomas graves.

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11
Q

Qual é o agente etiológico da tricomoníase e seu modo de transmissão?

A

Trichomonas vaginalis; transmissão sexual.

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12
Q

Quais as complicações da tricomoníase?

A

Parto prematuro, aumento do risco de HIV, inflamação persistente e infertilidade.

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13
Q

Quais as características clínicas mais típicas da tricomoníase?

A

Corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso, prurido, dispareunia, colpite em framboesa ao exame especular.

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14
Q

Como é feito o diagnóstico diferencial entre as principais vulvovaginites pelo pH vaginal?

A

Candidíase: pH ≤ 4,5; Vaginose bacteriana e tricomoníase: pH > 4,5.

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15
Q

Qual a importância da microscopia no diagnóstico das vulvovaginites?

A

Permite identificação de clue cells (VB), pseudohifas (Candida) e protozoários móveis (tricomoníase).

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16
Q

Quando está indicado o tratamento da parceria sexual na vaginose bacteriana?

A

Somente em casos de recorrência, com parceiro fixo, principalmente se sintomático.

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17
Q

Qual a conduta nas vulvovaginites na gestação?

A

Tratar candidíase e tricomoníase sempre; vaginose bacteriana se sintomática ou risco obstétrico.

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18
Q

Como tratar vaginose bacteriana recorrente?

A

Repetir o esquema antibiótico e considerar uso de probióticos vaginais ou orais como adjuvantes.

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19
Q

O que é colpite atrófica e como se trata?

A

Inflamação vaginal por hipoestrogenismo na menopausa; trata-se com reposição local de estrogênio.

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20
Q

Qual a importância do diagnóstico da vaginose citolítica?

A

Evita o uso incorreto de antifúngicos. O tratamento é com alcalinização vaginal, não antifúngico.

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21
Q

Qual o tratamento de escolha para candidíase vulvovaginal não complicada?

A

Fluconazol 150 mg VO dose única ou miconazol creme vaginal 2% por 7 dias.

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22
Q

Como deve ser tratado um caso de candidíase vulvovaginal recorrente?

A

Fase de indução com fluconazol 150 mg VO a cada 72h por 3 doses, seguida de manutenção com 150 mg 1x/semana por 6 meses.

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23
Q

Quando a candidíase é considerada recorrente?

A

Quando há 4 ou mais episódios sintomáticos em 12 meses.

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24
Q

Qual o tratamento indicado para candidíase na gestante?

A

Miconazol ou clotrimazol via vaginal por 7 a 14 dias. Fluconazol oral deve ser evitado, especialmente no primeiro trimestre.

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25
Por que o fluconazol oral deve ser evitado na gestação?
Porque está associado a risco teratogênico, especialmente no primeiro trimestre.
26
Qual a conduta frente a candidíase vulvovaginal por Candida não-albicans?
Tratamento tópico prolongado (10 a 14 dias) com antifúngico vaginal; fluconazol pode não ser eficaz.
27
Qual a principal diferença clínica entre Candida albicans e não-albicans?
C. albicans responde melhor a fluconazol; C. glabrata tende a ser mais resistente e menos sintomática.
28
Quais são os cuidados no tratamento da candidíase em adolescentes?
Preferência por tratamento tópico e reforço da adesão. Considerar vulnerabilidade emocional e evitar exposição desnecessária a antifúngicos sistêmicos.
29
Teste das aminas positivo: hipóteses (2)
Vaginose bacteriana ou triconomíase
30
Quais são as enzimas proteolíticas que positivam o teste das aminas?
Putrecina, cadaverina e trimelamina.
31
Qual é o quadro clínico clássico da vaginose bacteriana?
Corrimento vaginal homogêneo, branco-acinzentado, com odor fétido (tipo peixe), especialmente após relação sexual. Entre 50% e 70% dos casos são assintomáticos.
32
Quais são os principais agentes etiológicos da vaginose bacteriana?
Gardnerella vaginalis (mais comum), Mobiluncus spp., Prevotella spp., Peptostreptococcus spp., Outros anaeróbios facultativos que substituem os lactobacilos.
33
Por que há a piora do odos durante a menstruação e a relação sexual nos casos de vaginoses bacteriana?
Sangue e o sÊmem elevam o pH.
34
Vaginoses devem ser sempre tratadas?
Não. ❌ Não tratar Mulheres assintomáticas, fora da gestação e fora de procedimentos ginecológicos Parcerias sexuais assintomáticas — não precisam de tratamento de rotina
35
Quais os critérios de Amsel para diagnóstico de vaginose bacteriana?
Pelo menos 3 critérios.
36
Quando a vaginose bacteriana deve ser tratada?
Em pacientes sintomáticas, gestantes mesmo assintomáticas, e antes de procedimentos ginecológicos como inserção de DIU.
37
Qual é a primeira opção de tratamento para vaginose bacteriana segundo o Ministério da Saúde (MS)?
Metronidazol 250 mg, 2 cp, VO, de 12/12h por 7 dias; OU Metronidazol gel vaginal 100 mg/g, um aplicador cheio, via vaginal, à noite por 5 dias.
38
Qual é a segunda opção de tratamento para vaginose bacteriana segundo o MS?
Clindamicina 300 mg, 1 cp, VO, de 12/12h por 7 dias.
39
Qual o tratamento da vaginose bacteriana recorrente?
Metronidazol 250 mg VO 12/12h por 10–14 dias OU metronidazol gel vaginal 100 mg/g por 10 dias, seguido de esquema supressivo com ácido bórico intravaginal 600 mg por 21 dias e metronidazol gel 2x/semana por 4–6 meses.
40
Há diferença de eficácia entre via oral e via vaginal no tratamento da vaginose bacteriana?
Não. Ambas são igualmente eficazes.
41
É necessário tratar parceiros sexuais em casos de vaginose bacteriana?
Não há necessidade de tratamento das parcerias sexuais, exceto em casos específicos e recorrentes.
42
Que cuidado deve ser tomado com o uso de metronidazol oral?
Orientar abstinência de álcool por 24h após a última dose devido ao risco de efeito antabuse (reação semelhante ao dissulfiram).
43
O metronidazol pode ser usado na gravidez e na lactação?
Sim. Categoria B. ## Footnote A FEBRASGO também indica como terceira alternativa o Tinidazol que NÂO pode ser usado na gravidez e na gestação.
44
O que caracteriza a vaginose recorrente?
3 ou mais episódios por ano.
45
Qual o tratamento da vaginose recorrente?
Metronidazol extendido ( 10 a 14 dias) e depois duas vezes por semana durante 6 meses, além do ácido bórico (para quebrar biofilme).
46
Deve-se tratar o parceiro no caso da tricomoníase?
Sim, mesmo assintomático por ser uma IST.
47
O uso de ACO combinado é fator de risco para candidíase?
Sim, quando há o aumento do estrogênio.
48
Qual é o tratamento de primeira linha para condilomas acuminados em gestantes?
Ácido tricloroacético 80% aplicado no consultório; alternativa: crioterapia. Imiquimode e podofilina são contraindicados.
49
Quais são os principais tratamentos para condilomas acuminados em pacientes não gestantes?
Ácido tricloroacético, crioterapia, eletrocauterização, imiquimode 5% e podofilotoxina 0,5%.
50
Quais são os critérios para tratamento ablativo de condilomas?
Lesões grandes, resistentes ou localizadas em áreas de difícil acesso; pode-se usar eletrocauterização ou laser CO₂.
51
O que é Imiquimode e como é usado no tratamento de HPV?
É um imunomodulador tópico; aplica-se 3x/semana à noite por até 16 semanas. Indicado apenas em não gestantes.
52
Qual a conduta frente a uma lesão intraepitelial de alto grau (CIN 2 ou 3)?
Excisão com alça de alta frequência (LEEP) ou conização cervical; alternativa: crioterapia se colposcopia satisfatória.
53
Quais são os tratamentos indicados para NIC 1 (lesão intraepitelial de baixo grau)?
Acompanhamento com citologia e colposcopia periódicas, pois a maioria regride espontaneamente, especialmente em <25 anos.
54
HPV tem cura com antivirais?
Não. O tratamento visa apenas as manifestações clínicas. O vírus pode ser controlado pelo sistema imune, mas pode persistir latente.
55
Quais cuidados devem ser tomados com o uso de podofilotoxina?
Contraindicado na gravidez; não deve ser usado em mucosas; aplicação pelo próprio paciente em ciclos de 3 dias de uso e 4 de descanso.
56
Qual a conduta indicada em cisto de Bartholin assintomático?
Conduta expectante com orientação. Não é necessário tratamento imediato.
57
Qual a conduta recomendada para cisto de Bartholin sintomático ou recorrente?
Marsupialização, que cria um novo óstio permanente e reduz recidivas.
58
Qual a conduta frente a um abscesso agudo da glândula de Bartholin?
Incisão e drenagem, com ou sem antibióticos conforme gravidade, sinais sistêmicos e risco de IST.
59
Quando está indicada a bartolinectomia (retirada cirúrgica da glândula)?
Apenas em casos de recidivas múltiplas, refratários ao tratamento conservador, e fora da fase aguda.
60
Por que a punção simples do cisto de Bartholin não é recomendada?
Porque há alta taxa de recidiva, não promove drenagem contínua e não trata a causa obstrutiva.
61
Quando está indicada a biópsia da glândula de Bartholin?
Em mulheres com mais de 40 anos com lesões persistentes, para afastar neoplasia.
62
Como tratar a candidíase vulvovaginal complicada em pacientes imunossuprimidas (ex: HIV+, diabéticas)?
Clotrimazol 1% creme vaginal por 7 a 14 dias OU Fluconazol 150 mg VO a cada 72h, total de 3 doses A candidíase complicada exige esquema prolongado devido ao risco de menor resposta ao tratamento.
63
Quais causas de corrimento vaginal cursam com muitos leucócitos no exame microscópico?
Candidíase vulvovaginal, tricomoníase, vaginite bacteriana inflamatória e DIP (colpite mucopurulenta).
64
Quais causas de corrimento vaginal cursam com poucos leucócitos no exame microscópico?
Vaginose bacteriana, vaginose citolítica e corrimento fisiológico.
65
Na candidíase, o que se observa ao exame microscópico além de muitos leucócitos?
Presença de pseudohifas ou esporos (Candida) e pH vaginal geralmente ≤ 4,5.
66
Na vaginose bacteriana, o que se observa ao microscópio?
Clue cells, poucos leucócitos, pH > 4,5 e teste das aminas geralmente positivo.