Príncipios Flashcards

(71 cards)

1
Q

O que é o Direito Penal?

A

É conjunto de normas jurídicas que define as infrações penais e suas respectivas penas, mas que serve de limite ao poder punitivo do Estado.

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2
Q

Qual a função do Direito Penal?

A

A principal função do Direito Penal é a proteção de bens jurídicos.

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3
Q

O que são bens jurídicos?

A

São valores ou interesses reconhecidos pelo Direito e imprescindíveis à satisfação do indivíduo ou da sociedade (Masson, 2020).

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4
Q

O que é o Princípio da Legalidade?

A

É a exigência de lei, em sentido estrito, para a criação de infrações penais (crimes ou contravenções) e cominação de penas.

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5
Q

O princípio da legalidade tem previsão expressa?

A

SIM, no art. 5º, XXXIX, da Constituição Federal e no art. 1º do Código Penal.

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6
Q

O que é lei em sentido estrito?

A

É a espécie normativa que preenche, cumulativamente, o critério material e critério formal da lei.

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7
Q

O que é o critério material?

A

É o aspecto da lei que está relacionado ao seu conteúdo, portanto, trata-se de uma norma abstrata que disciplina relações jurídicas.

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8
Q

O que é o critério formal?

A

É o aspecto da lei que está relacionado ao processo legislativo que deverá ser observado durante a sua elaboração.

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9
Q

Qual tipo de lei utilizada para a criação de tipos penais?

A

Em regra, a lei ordinária.

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10
Q

Pode lei complementar criar tipos penais?

A

SIM, nada impede que o legislador opte por processo legislativo mais exigente, tal como o previsto para a lei complementar.

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11
Q

O que são medidas provisórias?

A

São espécies de normas editadas pelo Presidente da República, quando preenchidos os requisitos constitucionais de urgência e relevância. Apesar de possuírem força de lei, não são leis em sentido estrito.

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12
Q

Medidas provisórias podem tratar sobre Direito Penal?

A

Depende. Se o tratamento ao réu for benéfico, admite-se. Caso contrário, se o tratamento for gravoso, não se admite.

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13
Q

O que é analogia em Direito Penal?

A

É uma espécie de integração legislativa, que, em face da ausência de lei específica para o caso concreto, é necessário recorrer a uma lei aplicável para uma situação semelhante.

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14
Q

Admite o uso da analogia em Direito Penal?

A

Depende. Se o tratamento ao réu for benéfico, admite-se. Caso contrário, se o tratamento for gravoso, não se admite.

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15
Q

A extensão da tipificação do crime de preconceito para atingir condutas homofóbicas e transfóbicas é analogia in malam partem?

A

NÃO. Entende-se que não se trata de analogia, mas de interpretação conforme a constituição fundamentada em mandado de criminalização.

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16
Q

O que é mandado de criminalização?

A

É o dever incumbido pela Constituição ao legislador infraconstitucional de criminalizar condutas que configurem violações aos preceitos constitucionais.

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17
Q

O que são costumes?

A

Fonte mediatas do Direito Penal, os costumes são regras de comportamento adotadas pelas pessoas como se fossem obrigatórias.

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18
Q

Costumes podem criar crimes?

A

NÃO, mas podem ser utilizados como elementos de interpretação do tipo penal.

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19
Q

É possível revogar crimes por meio de costumes?

A

NÃO. Por simetria, a revogação de uma lei depende de outra lei.

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20
Q

O que é o Princípio da Taxatividade?

A

É a exigência de que, além de previsão em lei, o tipo penal deve ser claro e compreensível de forma a evitar que o indivíduo não consiga alcançar o seu sentido. Decorre do próprio Princípio da Legalidade.

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21
Q

O que é o Princípio da Anterioridade?

A

É a exigência de lei anterior ao fato para que seja possível a aplicação do Direito Penal.

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22
Q

O Princípio da Anterioridade tem previsão expressa?

A

SIM, no art. 5º, XXXIX, da Constituição Federal e no art. 1º do Código Penal.

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23
Q

O que é o Princípio da Personalidade (ou da Pessoalidade, ou da Intranscendência da Pena)?

A

É a exigência de que a pena não pode passar da pessoa do condenado.

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24
Q

O Princípio da Personalidade tem previsão expressa?

A

SIM, no art. 5°, XLV, da Constituição Federal.

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25
O Princípio da Personalidade alcança a esfera cível?
NÃO. Os efeitos cíveis de uma condenação penal podem atingir terceiros.
26
O que é o Princípio da Individualização da Pena?
É a exigência de que cada condenado deva ter a exata e justa punição pelo ilícito praticado.
27
O que é o Princípio da Intervenção Mínima?
É a exigência de que o direito penal somente seja utilizado em face dos ataques mais graves aos bens jurídicos mais relevantes (Alves, 2020).
28
O que é o Princípio da Subsidiariedade?
Subprincípio da Intervenção Mínima, é a exigência de que o Direito Penal seja o último recurso (última ratio), utilizado apenas quando as sanções previstas nos demais ramos do Direito não forem suficientes.
29
O que é o Princípio da Fragmentariedade?
Subprincípio da Intervenção Mínima, é a exigência de que o Direito Penal não trate de todas as condutas, mas apenas daquela pequena porção (fragmentos) capaz de causar lesões aos bens jurídicos.
30
O que é o Princípio da Adequação Social?
É aquele que considera que uma conduta, apesar de tipificada, não será considerada criminosa, em razão de ser socialmente adequada.
31
Quais são as funções da Adequação Social?
Restringir a interpretação do tipo penal para excluir condutas socialmente aceitas e orientar o legislador na criação de tipos penais e descriminalização de condutas.
32
É típica a conduta de expor à venda DVDs piratas?
SIM (Súmula n° 502/STJ): Apesar da comercialização de DVDs piratas ser tolerada pelo Estado e sociedade, o princípio da adequação social não pode ser utilizado para revogar tipos penais.
33
O que é o Princípio da Ofensividade (ou Lesividade)?
É a exigência de que apenas condutas que causem efetiva lesão ou perigo de lesão a bem jurídico podem ser objeto de repressão penal (Alves, 2020).
34
É possível a criminalização de pensamentos?
NÃO. Pelo Princípio da Ofensividade, é vedada a criminalização de atitudes internas.
35
O que é o Princípio da Alteridade?
É a exigência de que o Direito Penal não pode ser aplicado contra alguém que cause mal apenas para si próprio.
36
É possível a criminalização de condutas que prejudiquem somente o agente?
NÃO. Pelos Princípios da Ofensividade e da Alteridade, é vedada a criminalização de atitudes que afetem somente o próprio autor.
37
O que é o Princípio da Culpabilidade?
É a exigência de que ninguém poderá ser punido se não tiver agido com dolo ou, ao menos, culpa.
38
É admitida no Direito Penal a responsabilização objetiva?
NÃO, pelo princípio da Culpabilidade, ao contrário dos outros ramos do Direito, não é admissível a responsabilidade penal objetiva.
39
O que é o Princípio do Ne Bis In Idem?
É aquele que estabelece que ninguém poderá ser julgado e punido pelo mesmo fato mais de uma vez.
40
Há alguma exceção ao Princípio do Ne Bis In Idem?
SIM, no caso da extraterritorialidade incondicionada, prevista no art. 7°, §1°, CP.
41
O que é o Princípio da Insignificância (ou Bagatela)?
É aquele que permite uma interpretação restritiva da lei penal, pois determinadas condutas, apesar de formalmente previstas em lei como infrações penais, não serão reprimidas diante de sua ínfima lesão ao bem jurídico.
42
O Princípio da Insignificância pode ser aplicado pela autoridade policial?
NÃO. Pelo entendimento majoritário, somente o Poder Judiciário possui tal competência.
43
Qual a natureza jurídica do Princípio da Insignificância?
Ele tem natureza jurídica de causa de exclusão de tipicidade material.
44
Quais são os requisitos objetivos para reconhecimento da insignificância?
Mnemônico MARI: Mínima ofensividade da conduta; Ausência de periculosidade social; Reduzido grau de reprovabilidade; Inexpressividade da lesão jurídica.
45
É possível a aplicação do Princípio da Insignificância para o reincidente?
SIM. A reincidência, por si só, não exclui a aplicação do princípio da insignificância.
46
É possível a aplicação do Princípio da Insignificância para o criminoso habitual?
NÃO, para aquele que faz do delito seu meio de vida, não se aplica o princípio.
47
É possível a aplicação do Princípio da Insignificância para o agente que tenha antecedentes criminais patrimoniais?
SIM. Conforme o STF, a depender das peculiaridades do caso concreto, é possível a aplicação do princípio.
48
Aspectos subjetivos da vítima podem interferir na aplicação do Princípio da Insignificância?
SIM. A suposta irrelevância da conduta deve ser avaliada também no contexto da vítima.
49
O que é Insignificância Própria?
É aquela em que o fato já nasce irrelevante para o Direito Penal.
50
O que é Insignificância Imprópria?
É aquela em que o fato é penalmente relevante, entretanto a pena se torna desnecessária.
51
Há previsão legal expressa para o Princípio da Insignificância?
NÃO. Por isso, sua aplicabilidade dependerá sempre da análise do caso concreto.
52
O furto famélico (praticado para saciar necessidade urgente e relevante) admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, SIM.
53
O furto qualificado admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO.
54
O furto de bem com valor superior a 10% do salário-mínimo admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO.
55
O furto durante o repouso noturno admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO.
56
Crimes praticados mediante violência ou grave ameaça admitem a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO.
57
A receptação admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO, por se tratar de crime pluriofensivo.
58
Os crimes praticados contra a Administração Pública EM GERAL admitem a incidência do Princípio da Insignificância?
NÃO (Súmula 599/STJ). PORÉM, o STF admite, excepcionalmente.
59
O descaminho admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, SIM.
60
Existe limite máximo de tributo não pago para a incidência do Princípio da Insignificância?
SIM, R$ 20.000,00, para tributos federais: Tal montante corresponde, hoje, ao valor mínimo para ajuizamento de ação de execução fiscal.
61
O contrabando admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO.
62
A apropriação indébita previdenciária e a sonegação de contribuição previdenciária admitem a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO.
63
O estelionato praticado contra entidades ou benefícios de interesse público e social (FGTS ou seguro-desemprego) admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO.
64
O crime de moeda falsa e outros crimes contra a fé pública admitem a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO.
65
O tráfico de drogas admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO, por se tratar de crime de perigo abstrato (saúde pública).
66
O porte ilegal de drogas para consumo admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO.
67
A posse ou porte de arma de fogo admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, NÃO, por se tratar de crime de perigo abstrato (incolumidade pública).
68
O tráfico internacional de arma de fogo admite a incidência do Princípio da Insignificância?
NÃO, por não ser possível reconhecer a mínima ofensividade da conduta ou a ausência de periculosidade da ação.
69
Os crimes ambientais admitem a incidência do Princípio da Insignificância?
Em regra, SIM. Porém no caso da pesca ilegal, a regra é NÃO.
70
Os crimes que envolvem violência doméstica contra a mulher admitem a incidência do Princípio da Insignificância?
NÃO (Súmula 589/STJ).
71
A transmissão clandestina de sinal de internet admite a incidência do Princípio da Insignificância?
Conforme STJ, NÃO (Súmula 606/STJ). Todavia, o STF tem admitido sua aplicação.