31 Obstetricia Flashcards
(120 cards)
2005ME2anual. A dor durante o segundo estágio do trabalho de parto envolve os seguintes dermátomos:
A. T11 e T12
B. T10 e L1
C. S2 a S4
D. T10 a S4
E. T12 a L1
D
A dor da primeira fase do trabalho de parto é primariamente visceral e pertence às raízes de T10 a L1.
A dor da segunda fase do trabalho de parto envolve a dor visceral de T10 a L1, acrescida da dor somática de vagina e períneo (S2-S4).
Quais as alteracoes dos fatores de coagulação durante a gravidez?
Todos aumentam exceto:
- Inalterados: Fatores II e V (inalterados)
- Reduzidos: Fatores XI e XIII, anti-trombina III e Ativadores do plasminogenio (tPA)
2003TSA
Propriedade aplicada aos agentes que se difundem lentamente pela placenta:
A. baixa ligação às proteínas maternas
B. baixo peso molecular
C. alta lipossolubilidade
D. alto grau de ionização
E. elevada baricidade
D: alto grau de ionização
As concentrações fetais e a taxa de difusão dependem dos seguintes fatores:
Quais favorecem ou dificultam a transferência materno-fetal através da placenta?
Favorecem a transferencia:
- Gradiente de concentracao
- Peso molecular menor
- Lipossolubilidade
Dificultam a transferencia
- ligacao proteica materna
- peso molecular alto
- Grau de ionização do farmaco
2020ME1anual
Mulher 28 anos, 75kg e 1,63m, com 40 semanas de gestação será submetida à cesariana a pedido. Após inúmeras tentativas da realização de bloqueio espinhal, o anestesiologista optou por anestesia geral e realizou indução em sequência rápida com intubação traqueal sem intercorrências. Foram utilizados 500mcg de fentanil, 150mg de propofol e 70mg de succinilcolina até o nascimento da criança (tempo estimado de 320 segundos). O recém-nascido apresentou Apgar de 5 no primeiro minuto, 7 no quinto minuto e 7 no décimo minuto. Apesar de hemodinamicamente estável com oxigenação adequada, a criança mostrava-se com tônus bastante diminuído. A causa provável dessa diminuição do tônus é:
A. o efeito do fentanil no sistema nervoso central imaturo.
B. o longo tempo entre a incisão da pele e a extração do concepto.
C. a succinilcolina pela sua rápida transferência através da barreira placentária.
D. a alcalose respiratória materna decorrente de ansiedade durante a realização da anestesia.
A: fentanyl
Medicações como a lidocaína e o fentanil atravessam a placenta e expõem o feto. Dessa maneira, o Miller recomenda que sejam aplicados depois do nascimento do concepto. Uma ressalva de que, nas situações em que a estabilidade hemodinâmica é particularmente importante, o remifentanil seja utilizado na dose de 1 a 2 microgramas por quilo.
Bloqueadores neuromusculares não despolarizantes são ionizados, têm alto peso molecular e baixa lipossolubilidade, resultando em transferência placentária mínima. A succinilcolina, por sua vez, tem baixo peso molecular, mas é altamente ionizada e, portanto, não atravessa facilmente a placenta, a menos que seja administrado em doses muito acima da habitual.
Alcalose respiratória extrema pode acontecer ocasionalmente, na presença de hiperventilação materna estimulada pela dor do trabalho de parto. A consequência dessa hiperventilação é uma redução do fluxo sanguíneo para o útero, com subsequente e hipoxemia e acidose fetal. Todavia, não é esperada alcalose ventilatória durante anestesia geral sobre ventilação controlada.
2012TSA. O achado ecocardiográfico que incide em mais de 90% das gestantes a termo é:
A. efusão pericárdica
B. regurgitação mitral
C. regurgitação pulmonar
D. aumento do átrio esquerdo
C
Na gestação a termo ocorre aumento do diâmetro anular das valvas mitral, tricúspide e pulmonar (a valva aórtica não altera o seu diâmetro anular). Em virtude dessas alterações é comum encontrar regurgitação pulmonar e tricúspide em mais de 90% das pacientes.
2008ME2anual Causa(s) do aumento da velocidade de dessaturação da oxi-hemoglobina durante períodos de apnéia na gestante a termo, comparada com mulheres não gestantes:
V ou F
1- Diminuição da capacidade residual funcional (CRF)
2- Aumento do consumo de oxigênio
3- Diminuição da relação entre a CRF e a capacidade de fechamento
4- Edema de mucosa respiratória
VVVF
A progesterona faz com que a mucosa respiratória das vias aéreas superiores esteja mais edemaciada e friável, o que dificulta a LARINGOSCOPIA e ventilação (e justificando a necessidade do uso de tubos traqueais menores, como 6,0 e 6,5 cm). Mas esta não é uma causa da rápida dessaturação da gestante.
2011TSA
A condição que possibilita maior grau de difusão placentária de um fármaco é:
A. alto grau de ionização;
B. baixa lipossolubilidade;
C. baixa ligação proteica;
D. alto peso molecular.
C: baixa ligacao proteica
De um modo geral devemos imaginar a barreira placentária como análoga à barreira hematoencefálica, permeável a drogas lipossolúveis, não ionizadas, com grande fração livre (não ligada a proteínas). Dessa maneira, fármacos que atingem o sistema nervoso central também atingirão o feto, como é o caso dos anestésicos voláteis, benzodiazepínicos, anestésicos locais e opioides.
2016TSA. Mulher de 26 anos, 70 Kg e 1,65 m foi submetida a parto cesariano sob anestesia espinhal há 12 horas tendo evoluído inicialmente sem complicações. Nas últimas horas vem apresentando fadiga e letargia com PA de 79x51 mmHg, FC de 118 bpm, temperatura de 37,1°C, FR de 22 irpm e SpO2 de 94% em ar ambiente, além de extremidades frias e edemaciadas com hemoglobina de 9 g.dL . Um bolus de fluidos foi administrado sem melhora dos sinais vitais tendo sido optado pela inserção de cateter venoso central e linha arterial que revelaram PVC de 21 mmHg e débito cardíaco diminuído pela análise da forma da onda arterial. O diagnóstico mais provável nesta situação é:
A. sepse.
B. hipovolemia.
C. cardiomiopatia.
D. embolia pulmonar.
C: Cardiomiopatia
Fatores de risco para ocorrência são: etnia africana, multiparidade, pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional uso de tocolíticos, abuso de cocaína e idade superior a 30 anos. A manifestação clínica é a de uma insuficiência cardíaca esquerda com fração de ejeção reduzida.
A conduta é realizar o parto tão logo seja conveniente e anestesia usual é a raquianestesia, haja vista que reduz pré-carga e pós carga, minimizando o estresse sobre o miocárdio. É particularmente importante ficar atento à autotransfusão que acontece logo após o parto, mediada pela contração uterina e que pode ser da ordem de 500 ml. Com a regressão da anestesia pré-carga e pós-carga volta a aumentar e o médico deve estar preparado para gerenciar este evento.
- Porque não TEP?
Um TEP de magnitude suficiente para provocar hipotensão deveria se associar a queda da saturação (TEP grande = espaço morto grande + shunt grande), que não observamos no caso da paciente, que permanece saturando 94%.
2021ME2anual. Mulher, 30 anos, 80 kg e 1,65 m, primigesta com 39 semanas de gestação, em trabalho de parto (TP) há duas horas, apresentou rotura espontânea da bolsa amniótica há uma hora e solicita analgesia de parto. A obstetra informa que o grau de dilatação é de 4 cm. A parturiente relata que sente dor intensa na região lombar e abdominal (na região do umbigo) e no baixo ventre. Nesse caso:
A. A analgesia só deverá ser instituída quando houver pelo menos 5 cm de dilatação do colo uterino.
B. Será necessário um bloqueio sensitivo em T8 para aliviar a dor da parturiente até o período expulsivo.
C. A paciente está no primeiro estágio do TP e o uso de métodos não farmacológicos será suficiente para o alívio da dor.
D. Essa dor é de origem predominantemente visceral, cujos estímulos aferentes são resultantes de isquemia e reações inflamatórias locais.
D: dor predominantemente visceral
A. Nao esperar determinado grau de dilatação para se indicar a analgesia epidural. A indicação deve ser sempre individualizada e deve levar seriamente em conta a vontade da paciente, que no caso em tela já havia solicitado a intervenção.
B. Durante o primeiro estágio do trabalho de parto anestesia efetiva deve abranger os dermátomos de T10 a L1 (não T8 como sugerido na alternativa). Ao se progredir para o segundo estágio (período expulsivo), faz-se necessário o envolvimento das raízes S2-S4.
A dor durante a primeira fase do trabalho de parto é visceral ou em cólica. Origina-se no útero e no colo do útero e é produzida pela distensão dos mecanorreceptores uterinos e cervicais e pela isquemia destes tecidos. O sinal de dor adentra a medula espinhal após atravessar os ramos comunicantes brancos de T10, T11, T12 e L1. Além do útero, a dor do parto pode ser referida para a parede abdominal, região lombossacral, cristas ilíacas, regiões glúteas e coxas.
Como é a dor da primeira fase do trabalho de parto, como se origina e quais as raizes nervosas?
- A dor durante a primeira fase do trabalho de parto é visceral ou em cólica.
- Origina-se no útero e no colo do útero e é produzida pela distensão dos mecanorreceptores uterinos e cervicais e pela isquemia destes tecidos.
- O sinal de dor adentra a medula espinhal após atravessar os ramos comunicantes brancos de T10, T11, T12 e L1. Além do útero, a dor do parto pode ser referida para a parede abdominal, região lombossacral, cristas ilíacas, regiões glúteas e coxas.
2021concurso Logo após uma raquianestesia em uma gestante a termo, ocorre hipotensão súbita com taquicardia.
A conduta imediata a ser instituída é
A. Adrenalina em bolus.
B. Administração de 500 ml de cristaloides.
C. Fenilefrina em infusão contínua.
D. Deslocamento uterino para esquerda.
D: deslocamento uterino
Quando a gestante assume o decúbito dorsal e apresenta sinais de baixo débito e hipotensão arterial, esse quadro chama-se habitualmente de síndrome de hipotensão supina. Se mantida, acarretará inevitavelmente hipoxemia e acidose fetais. Por definição, ocorre um aumento da FC maior que 20 batimentos por minuto e queda da pressão arterial média maior que 15 mmHg (apesar de não termos os valores na questão, a paciente fez taquicardia e hipotensão). Dessa forma, todas as gestantes devem assumir decúbitos e posturas que minimizem esse risco. Essa síndrome pode ser evitada com o DECÚBITO LATERAL ESQUERDO.
No intraoperatório, isto pode ser alcançado elevando-se o quadril direito ( com coxins ou cunhas posicionadas sob o quadril e a região lombar direitos da paciente, elevando-o em 10 a 15 cm e lateralizando o útero gravídico para a esquerda) , ou inclinando-se a mesa para a esquerda, em pelo menos 15 graus.
Na verdade, não devemos nem esperar que a hipotensão supina aconteça. A gestante deve já ser posicionada desta maneira. Esta questão nos pergunta a conduta IMEDIATA, que deve ser a melhoria do posicionamento. Caso ela mantenha este quadro, iremos usar vasopressores (como a fenilefrina) além de administração de cristaloide, sempre baseados naquele conceito de tolerância zero.
2018ME2anual Mulher de 27 anos, 80 kg e 1,60 m, com 12 semanas de gestação, apresenta-se para colecistectomia de urgência. Em relação ao planejamento cirúrgico-anestésico:
A. A monitorização da frequência cardíaca fetal no intraperatório é indispensável para o melhor desfecho fetal.
B. É contraindicada a realização de videolaparoscopia pelos riscos fetais associados ao pneumoperitônio com insuflação de CO2.
C. O propofol ou etomidato utilizado na indução anestésica atravessa a barreira placentária, porém, não há evidências de teratogenicidade em humanos.
D. A efedrina é o vasopressor mais seguro e eficaz pela sua baixa passagem placentária e pela capacidade de manter o estado acidobásico fetal inalterado.
C
O propofol é o agente mais utilizado para a indução de anestesia geral em cesarianas. Sua administração não altera o escore de Apgar com doses de até 2,5 mg⋅kg−1. Entretanto, doses repetidas ou doses cumulativas estão associadas à depressão neonatal significativa. O etomidato é um agente de rápida ação e, diferentemente do propofol, apresenta mínimo efeito hemodinâmico, mas doses maiores associam-se com náuseas e vômitos e podem aumentar o risco de convulsões em pacientes predispostas. Nenhuma dessas drogas possui efeito teratogênico.
A. O monitoramento da FCF somente é possivel apos 18semanas.
B. Nao existe contraindicacao de laparoscopia.
D. A fenilefrina está associada a menor incidência de náuseas e vômitos intraoperatórios e a um pequeno, mas estatisticamente significativo, aumento do pH arterial umbilical ao nascimento, enquanto a efedrina pode estar associada à elevação da acidose fetal. Além disso, a efedrina também tem um início de ação mais lento, em comparação com a fenilefrina, que pode resultar em períodos mais prolongados de hipotensão.
2012ME2anual No trabalho de parto a dor somática está associada:
A. distensão do cérvix uterino
B. contração do corpo uterino
C. tração de anexos
D. distensão do assoalho pélvico, vagina e períneo
D
A dor, durante a primeira fase do trabalho de parto, é visceral. Origina-se no útero e no colo do útero e é produzida pela distensão dos mecanorreceptores uterinos e cervicais e pela isquemia destes tecidos. O sinal de dor entra na medula espinhal através dos ramos comunicantes brancos de T10, T11, T12 e L1. Além do útero, a dor do parto pode ser referida na parede abdominal, região lombossacra, cristas ilíacas, regiões glúteas e coxas. Entre 7 e 10 cm de dilatação, ocorre maior aferência nociceptiva, à medida que a parturiente começa a sentir também dor somática, por distensão vaginal.
A dor no segundo estágio do trabalho de parto é mais intensa e abrange uma combinação de dor visceral por contrações uterinas e estiramento cervical e dor somática por distensão dos tecidos vaginais e perineais. O sinal somático da dor é transmitido à medula espinhal através do nervo pudendo (S2, S3 e S4). A parturiente também experimenta pressão retal e um desejo de realizar os “puxos”.
2013TSA. Na cesariana de gestante obesa, a diminuição da dose de anestésico local necessária para promover bloqueio espinhal se deve a:
A. diminuição do metabolismo hepático
B. menor fração de anestésico ligada a proteínas
C. diminuição do volume do líquido cefalorraquidiano
D. aumento da afinidade do anestésico local ao canal de sódio
C. diminuicao do volume LCR
Muitos anestesiologistas usam doses reduzidas de anestésico local em obesas devido ao receio de dispersão imprevisível e exagerada, levando a bloqueio espinhal alto. A razão para a menor necessidade de anestésico local é a diminuição no volume do líquido cefalorraquidiano com a pressão abdominal elevada.
Qual o antihipertensivo de escolha na gestante conforme a situacao:
- Hipertensao aguda na paciente com pre-eclampsia
- EAP
- Isquemia coronariana
- eclampsia
- Labetalol ± Nifedipina
Embora a hidralazina seja o agente hipotensor mais utilizado em nosso meio para o controle pressórico na gestante hipertensa e também considerado o medicamento de primeira escolha para muitos outros grupos, o labetalol e a nifedipina figuram na atualidade como medicamentos ideais para o tratamento dessa complicação, ja que apresentam menos efeitos colaterais.
- Nitroprussiato de Sodio 0,25mg/kg/min (max 5mg/kg/min)
- Nitroglicerina 5-100mg/min
- MgSO4: O magnésio não é usado no tratamento da hipertensão e sim no manejo da convulsão.
2005TSA Durante a gestação normal:
V ou F
A. a gasometria revela aumento da PaCO2
B. o aumento do metabolismo aumenta a necessidade dos halogenados
C. ligeira elevação na creatinina plasmática é indicativo de função renal normal
D. o desenvolvimento de hipóxia é rápido, pelo aumento da capacidade residual funcional
E. desenvolve-se um estado de hipercoagulabilidade, conseqüente do aumento de fibrinogênio e do fator VII
FFFFV
Letra A) Errada! A gasometria de uma gestante saudável revela redução da PaCO2 devido à hiperventilação da gestante . A PaCO2 cai para, aproximadamente, 30 mmHg, a partir da 12a semana.
Letra B) Errada! A CAM dos halogenados está diminuída em 30 a 40% em gestantes. O mecanismo básico da reduzida CAM na gestação permanece obscuro; provavelmente é multifatorial e muitos estudos sugerem que a progesterona possa ter uma participação.
Letra C) Errada! Durante a gestação, ocorre aumento do fluxo plasmático renal e do ritmo de filtração glomerular, que leva a aumento da depuração de creatinina. Níveis de creatinina ligeiramente elevados são indicativos de disfunção renal.
Letra D) Errada! O aumento do metabolismo e a diminuição da capacidade residual funcional predispõem a gestante ao desenvolvimento precoce de hipoxemia.
Letra E) Correta! A gestação é um período de hipercoagulabilidade. Ocorre aumento da maioria dos fatores de coagulação, inclusive do fator I e do fator VII.
Quais fatores de coagulação estao reduzidos na gestante?
- Fatores XI e XIII,
- anti-trombina III e
- Ativadores do plasminogenio (tPA)
Permanecem inalterados os Fatores II e V. Os demais aumenta,
2005ME2. Gestante em uso de agente agonista 2-adrenérgico para terapia tocolítica, apresenta como fator de risco para a anestesia:
A. vasoconstrição uterina
B. hipoglicemia
C. edema pulmonar
D. bloqueio cardíaco
E. débito cardíaco reduzido
C: edema pulmonar
Os agentes tocolíticos, geralmente são utilizados em trabalhos de parto que se iniciam antes das 35 semanas de gestação, para que haja tempo de realizar terapia com corticóides a fim de se conseguir promover um amadurecimento dos pulmões.
Os tocolíticos que são mais comumente utilizados são os agonistas β2-adrenérgicos, e o magnésio.
A Ritodrina e terbutalina,também têm alguma atividade de receptor β1-adrenérgico, que é responsável por alguns de seus efeitos colaterais, que incluem a taquicardia, arritmias, isquemia miocardíaca, hipotensão leve, hiperglicemia,hipocalemia e, raramente, edema pulmonar.
Principal vantagem da fenilefrina em relacao a efedrina na profilaxia ou tratamento da hipotensão induzida por raquianestesia na Gestante.
A fenilefrina determina menor ocurrencia de acidose fetal do que a efedrina.
2016TSA Qual dos agentes abaixo relacionados tem menor transferência útero-placentária?
A. Fentanil
B. Propofol
C. Cisatracúrio
D. Succinilcolina
C: cisatracurio
Bloqueadores neuromusculares não despolarizantes são altamente ionizado e pouco lipossolúveis e por isso tem baixa probabilidade de atravessar a placenta.
É uma alteração fisiológica induzida pela gravidez:
A. O aumento da ureia e da creatinina plasmática.
B. O aumento da atividade da pseudocolinesterase plasmática.
C. A aumento da P50 na curva de dissociação de hemoglobina pelo oxigênio
D. O aumento da concentração de todos os fatores da coagulação, com exceção do fator XI.
C: aumento da p50
Letra A): ERRADA! Ureia e creatinina estão reduzidas durante a gestação em função da maior taxa de filtração glomerular nas gestantes.
Letra B): ERRADA! A atividade da colinesterase plasmática (pseudocolinesterase) está reduzida em aproximadamente 25% a 30% a partir da décima semana da gestação até 6 semanas após o parto.
Letra C): CORRETA! A curva de dissociação da Hb materna está desviada para a DIREITA, com a P50 (pressão parcial de O2 em que a Hb está 50% saturada com oxigênio) aumentando de 27 para aproximadamente 30 mmHg. A maior P50 na mãe e menor P50 no feto significam que o sangue fetal tem maior afinidade ao O2 e o descarregamento de O2 através da placenta é facilitado.
Letra D): ERRADA! Na gestação ocorre um estado de hipercoagulabilidade com aumento da maioria dos fatores que participam da coagulação, porém alguns classicamente tem os seus níveis reduzidos: fator XI, fator XIII, anti-trombina III e tPA. Logo a afirmativa que consta na letra D está incompleta, pois temos mais fatores reduzidos além do XI.
2022ME2trim
Gestante com 25 semanas de idade gestacional, 30 anos de idade, 70kg de peso e 150 cm de altura, será submetida à anestesia geral para correção de mielomeningocele fetal intraútero. Nesta situação:
V ou F
a) A incidência de náuseas e vômitos pós-operatórios é menor com o sevoflurano.
b) O óxido nitroso é considerado teratogênico nesta idade gestacional; logo, está contraindicado.
c) Todos os agentes inalatórios halogenados potencializam o bloqueio neuromuscular adespolarizante.
d) A manutenção anestésica caracteriza-se por altas concentrações de agentes halogenados para relaxamento uterino.
e) O aumento do débito cardíaco facilita a captação e retarda o equilíbrio entre a FA (fração alveolar) e a FI (fração inspirada).
FFVVV
A. O desflurano, o isoflurano e o sevoflurano aparentemente têm incidência semelhante de náuseas e vômitos pós-operatórios. O motivo pelo qual o sevo é preferido não é este!
B. no primeiro trimestre o óxido nitroso deve ser evitado sob o risco de induzir defeitos de fechamento do tubo neural, como a mielomeningocele, porque interfere na ação da cianocobalamina (vitamina B12) e do ácido fólico e, por este motivo, associa-se a defeitos de fechamento do tubo neural.
C. Os anestésicos voláteis produzem relaxamento muscular e intensificam a atividade dos bloqueadores neuromusculares (desflurano > sevoflurano > isoflurano > halotano) de modo dose-dependente, provavelmente por efeito direto nos receptores da placa motora. Doses elevadas de sulfato de magnésio sao utilizadas para tocólise e este também potencializa os bloqueadores neuromusculares adespolarizantes!
D. A manutenção da anestesia é feita com anestésicos inalatórios, preferencialmente o sevoflurano, que, devido sua baixa solubilidade, o permite controle mais rápido e preciso das concentrações do anestésico no sítio efetor; além disso, os halogenados são potentes tocolíticos (efeito é proporcional à CAM). Geralmente usamos até 2 CAM e complementamos a tocólise com doses suplementares de sulfato de magnésio e infusão contínua de nitroglicerina, conforme necessário.
E. Durante a gestação ocorre aumento do débito cardíaco (40%), frequência cardíaca (15%) e volume intravascular (40%), ao passo que a resitência vascular sistêmica diminui (15%). Estas alerações cardiovasculares alteradas também interferem no comportamento da captação alveolar de anestésico inalatório: como o débito cardíaco aumenta, o equilíbrio FA/FI é mais lento. Pense assim: o débito aumentando também aumenta o aporte sanguíneo alveolar de forma a expor mais o anestésico alveolar à captação pelo sangue… Isto requer um tempo maior para o equilíbrio FA/FI.
O efeito do débito cardíaco na elevação da concentração alveolar (FA) do anestésico em relação à concentração inspirada (FI) é mais pronunciado com os anestésicos mais solúveis.
2019ME2trim Na analgesia de parto:
V ou F
a) os impulsos da dor são conduzidos pelas fibras aferentes do tipo B viscerais que acompanham os nervos simpáticos.
b) na primeira fase do trabalho de parto, necessita-se de bloqueio das fibras nervosas entre T10 a L1 e S2 a S4.
c) os métodos mais frequentemente escolhidos para aliviar a dor do parto são psicoprofilaxia, medicação sistêmica e analgesia regional.
d) a dor pode aumentar o fluxo sanguíneo uterino.
e) a analgesia peridural pode converter um padrão de trabalho anteriormente disfuncional em normal.
FFVFV
A. As fibras que conduzem impulsos dolorosos são as fibras tipo A delta e Tipo C. fibras do tipo B são fibras do sistema nervoso autônomo. Alternativa falsa.
B. Na primeira fase do trabalho de parto é necessário bloqueio das fibras de T10 a L1. na fase expulsiva (segunda fase) devemos bloquear também as fibras sacrais de S2-S4. Slternativa falsa.
D. A dor pode desencadear hiperventilação, que por sua vez leva a hipocapnia. hipocapnia extrema é uma causa de vasoconstrição da artéria uterina, reduzindo o fluxo sanguíneo do útero. Alternativa falsa.
E. Vamos pegar como exemplo a distócia de ombros. Neste caso o Miller diz que a analgesia peridural pode proporcionar condições superiores para o resgate do concepto, uma vez que o relaxamento muscular e alívio da dor torna mais fácil a realização das manobras necessárias.