AVC Flashcards

1
Q

Acidente Vascular Encefálico (AVE)

A

Déficit neurológico súbito e focal, pode ser isquêmico ou hemorrágico

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2
Q

Definição de AVE

A

Déficit neurológico focal súbito

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3
Q

Tipos de AVE

A

Isquêmico (80%) e hemorrágico (20%)

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4
Q

Isquemia

A

Redução do fluxo sanguíneo para o cérebro, causando déficit neurológico

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5
Q

Hemorragia

A

Ruptura de vaso sanguíneo no cérebro, causando déficit neurológico

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6
Q

Anoxia

A

Falta de oxigênio no tecido cerebral

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7
Q

Déficit súbito

A

Manifestações clínicas que ocorrem de repente, como perda de função motora ou de fala

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8
Q

Déficit neurológico focal

A

Perda de função específica devido a uma área do cérebro afetada

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9
Q

Trombo

A

Coágulo de sangue que pode causar isquemia

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10
Q

Acidente Isquêmico Transitório (AIT)

A

Déficit neurológico transitório, geralmente melhora em 15 minutos, sem infarto neuronal identificado por neuroimagem

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11
Q

Diagnóstico de AIT

A

Necessidade de neuroimagem para confirmar ausência de infarto neuronal

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12
Q

Tratamento de déficit neurológico focal com mais de 10-15 minutos

A

Tratar como AVE

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13
Q

Exame inicial para diferenciar AVE isquêmico de hemorrágico

A

TC de crânio sem contraste

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14
Q

Objetivo da TC de crânio

A

Afastar hemorragia

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15
Q

Achados na TC para AVE hemorrágico

A

Lesão HIPERdensa

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16
Q

Achados na TC para AVE isquêmico

A

Lesão HIPOdensa em 24-72h, pode ser normal no início

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17
Q

Importância da TC

A

Afastar diagnóstico de AVE hemorrágico

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18
Q

Repetição de neuroimagem

A

Recomendada entre 24-72 horas após o evento inicial

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19
Q

Vantagens da RM em relação à TC

A

Melhor identificação de AVE precoce, infartos lacunares e de fossa posterior

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20
Q

Técnicas de RM para AVE

A

Difusão (DWI) e perfusão (PWI)

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21
Q

Penumbra cerebral

A

Áreas de tecido cerebral em risco de infarto que podem ser visualizadas por técnicas de perfusão

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22
Q

Objetivo da abordagem na fase aguda do AVE isquêmico

A

Minimizar déficits e salvar a penumbra isquêmica

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23
Q

Penumbra isquêmica

A

Área de neurônios viáveis que podem ser salvos se a perfusão for otimizada rapidamente

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24
Q

Estabilização clínica no AVE isquêmico

A

Controlar temperatura, sódio, glicemia e permitir hipertensão permissiva

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25
Importância de checar glicemia capilar
Hipoglicemia pode causar déficit neurológico focal
26
Quando reduzir a pressão arterial no AVE isquêmico
Se outra emergência hipertensiva ou se PA > 220 x 120 (sem trombólise) ou PA > 185 x 110 (com trombólise)
27
Medicamentos para reduzir PA no AVE isquêmico
Labetalol (escolha) e nitroprussiato
28
Estratégia de hipertensão permissiva
Permitir hipertensão para melhorar perfusão cerebral na penumbra isquêmica, mas com limites
29
Limites de PA na hipertensão permissiva
Reduzir se PA > 220 x 120 (não candidato à trombólise) ou PA > 185 x 110 (candidato à trombólise)
30
Terapia antitrombótica no AVE isquêmico
AAS (160-300mg) + heparina profilática nas primeiras 48h, aguardar 24h se fez trombolítico
31
Principal tratamento do AVE isquêmico
Considerar trombólise com rTPA (0,9mg/kg, máx 90mg) até 4,5 horas após início dos sintomas
32
Critérios para trombólise
PA < 185 x 110, ausência de contraindicações, delta-T < 4,5h, neuroimagem sem hemorragia
33
Contraindicações para trombólise
TCE, AVE ou cirurgia intracraniana nos últimos 3 meses, história de hemorragia intracraniana, dissecção aórtica conhecida ou suspeita, coagulopatia, plaquetas < 100.000, PTT > 40s, INR > 1,7, TP > 15s, sintomas leves (NIHSS 0-5), sangramento gastrointestinal nos últimos 21 dias
34
Prevenção de recorrência de AVE isquêmico
Iniciar antiagregação plaquetária com AAS nas primeiras 24-48h
35
Uso de AAS após trombólise
Aguardar 24h para iniciar AAS
36
Endovascular: Trombectomia mecânica
Considerar se delta-T até 24h (ideal até 6h), oclusão de grande artéria (carótida interna, segmento inicial da cerebral média) e NIHSS > 6
37
Tempo ideal para trombectomia por Stent
Idealmente nas primeiras 6h dos sintomas de isquemia
38
Relação entre trombectomia e trombólise
Trombólise é prioritária e não deve ser adiada, mas trombectomia pode ser feita adicionalmente, se necessário
39
Tratamento crônico e prevenção secundária do AVE isquêmico
Abordagem depende da causa. Exames necessários: ECG, ECO e DUPLEX-SCAN de carótidas e vertebrais.
40
Principal causa de AVE aterotrombótico
Aterosclerose (35%). Evento gradual que piora ao longo das horas.
41
Principal fator de risco para AVE aterotrombótico
Hipertensão arterial sistêmica (HAS).
42
Tratamento do AVE aterotrombótico
AAS, estatina, anti-hipertensivo. Controlar fatores de risco.
43
Indicação de endarterectomia
Placa culpada na carótida com oclusão > 70%.
44
Exemplo de indicação de endarterectomia
Hemiplegia à esquerda + obstrução de 75% na carótida direita e 85% na carótida esquerda = endarterectomia à direita.
45
Principal causa de AVE cardioembólico
Fibrilação atrial (FA) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Evento súbito e máximo desde o início.
46
Tratamento do AVE cardioembólico
Anticoagulação plena. Se AVEI extenso, aguardar 14 dias devido ao risco de transformação hemorrágica.
47
Passos na abordagem do AVE isquêmico
1) Achar o lado da lesão (plegia ou olhar conjugado). 2) Achar o vaso culpado (avaliar a síndrome).
48
Critérios para identificar o lado da lesão
Plegia é cruzada (contralateral à lesão). Desvio do olhar é para o lado da lesão (ipsilateral à lesão).
49
Síndrome da artéria cerebral média
Déficit motor e sensitivo em face e braço, afasia, desvio do olhar.
50
Síndrome da artéria cerebral anterior
Déficit motor e sensitivo em pé e perna, abulia (falta de vontade).
51
Síndrome da cápsula interna (lenticulo-estriadas)
Déficit motor completo (face, braço, perna).
52
Síndrome vértebro-basilar
Diplopia, disfagia, ataxia (tronco e cerebelo).
53
Síndrome da artéria cerebral posterior
Déficit visual.
54
Definição de Ataque Isquêmico Transitório (AIT)
Isquemia cerebral transitória sem comprovação de infarto.
55
Amaurose fugaz
Subtipo de AIT com pequenos êmbolos transitoriamente na artéria oftálmica.
56
Importância do AIT na conduta
Não deve atrasar a conduta. Importante investigar a causa e prevenir um episódio de AVE.
57
Escore ABCD2
Avalia o risco de evolução para AVC isquêmico subsequente. Critérios: idade > 60 anos, PA > 140/90, distúrbio da fala/paresia, duração 10-59min ou >60min, diabetes.
58
Interpretação do escore ABCD2
0-3 pontos: baixo risco (1%). 4-5 pontos: moderado risco (4,1%). 6-7 pontos: alto risco (8,1%).
59
Hospitalização após AIT
Pacientes com escore ABCD2 > 3 pontos devem ser hospitalizados até 72h após o evento.
60
Exames indicados na internação após AIT
USG Doppler de carótidas e vertebrais, ECG, ecocardiograma. Eventualmente Doppler transcraniano, eco transesofágico, angio-TC/RNM, angiografia.
61
Tratamento do AIT cardioembólico
Anticoagulação crônica.
62
Tratamento do AIT aterotrombótico
AAS 50-325mg/dia ou clopidogrel 75mg/dia. Dupla antiagregação benéfica nos primeiros 21 dias em pacientes com ABCD2 > 4.
63
Tratamento do AIT aterotrombótico carotídeo
AAS (ou clopidogrel) + endarterectomia (preferencialmente nas primeiras 2 semanas) em casos de estenose entre 70-99% da carótida envolvida com o déficit neurológico.
64
O que é AVE Hemorrágico?
"O AVE Hemorrágico é uma condição caracterizada por sangramento no cérebro
65
Quais são as principais causas de AVE Hemorrágico?
"As principais causas de AVE Hemorrágico incluem a ruptura de aneurisma sacular e malformação arteriovenosa (MAV)."
66
Quais são os sintomas de uma cefaleia intensa relacionada ao AVE Hemorrágico?
"Os sintomas de uma cefaleia intensa relacionada ao AVE Hemorrágico incluem cefaleia intensa ('pior da vida')
67
Qual a característica do sangue na TC de crânio sem contraste em caso de AVE Hemorrágico?
"Na TC de crânio sem contraste
68
Como é a aparência do espaço subaracnóide em uma TC de crânio sem contraste em caso de AVE Hemorrágico?
"O espaço subaracnóide é visto hiperdenso (branco) na TC de crânio sem contraste."
69
Quais são os sintomas de AVE Hemorrágico após um trauma?
"Sintomas de AVE Hemorrágico após um trauma incluem cefaleia forte e a possibilidade de lesões que podem evoluir em minutos a horas."
70
Qual é o exame de escolha para investigar AVE Hemorrágico?
"O exame de escolha para investigar AVE Hemorrágico é a TC de crânio sem contraste."
71
Como a punção lombar é utilizada no diagnóstico de AVE Hemorrágico?
"A punção lombar pode ser usada para detectar a presença de sangue no líquor
72
Quais são os achados típicos na angiografia cerebral em caso de MAV?
"A angiografia cerebral em caso de MAV geralmente revela uma rede de vasos anormais que podem estar associadas ao sangramento."
73
Quais são os sinais de alarme em uma cefaleia que podem indicar AVE Hemorrágico?
"Sinais de alarme em uma cefaleia que podem indicar AVE Hemorrágico incluem cefaleia intensa (pior da vida)
74
TC DE CRÂNIO SEM CONTRASTE
"Primeira linha de investigação para AVC; mostra sangramento como área hiperdensa."
75
ACHADO NA TOMOGRAFIA: 'ORELHA DO MICKEY'
"Indica hemorragia subaracnoide quando o mesencéfalo se destaca devido ao contraste entre sangue e líquor."
76
TC NORMAL
"Punção lombar se houver suspeita clínica de hemorragia subaracnoide; presença de >1000.000 hemácias ou xantocromia confirma HSA."
77
ESCALA DE FISHER (Grau 1)
"Sem sangue detectado; diagnóstico feito por punção lombar."
78
ESCALA DE FISHER (Grau 2)
"Lâmina de sangue fina (< 1mm)."
79
ESCALA DE FISHER (Grau 3)
"Lâmina de sangue > 1mm."
80
ESCALA DE FISHER (Grau 4)
"Hemorragia intracerebral ou intraventricular."
81
PRÓXIMO PASSO APÓS DIAGNÓSTICO
"Procurar a artéria culpada via ANGIO-TC
82
RESSANGRAMENTO
"Ocorre nos primeiros 7 dias (normalmente nas primeiras 24h); prevenir com intervenção precoce."
83
VASOESPASMO
"Ocorre de 3-14 dias; monitorar com Doppler transcraniano e tratar com hipertensão induzida e normovolemia."
84
TRATAMENTO DO VASOESPASMO
"Indução da hipertensão
85
COMPLICAÇÃO DO VASOESPASMO
"Pode induzir isquemia e transformar um AVC hemorrágico em AVC isquêmico."
86
DOPPLER TRANSCRANIANO
"Avalia o fluxo sanguíneo e identifica o vasoespasmo antes de manifestações isquêmicas."
87
TRATAMENTO
"É de SUPORTE! Os vasos que rompem são microscópicos
88
ANEURISMA DE CHARCOT-BOUCHARD
"Principal causa é microscópico e localizado no meio do parênquima
89
SUPORTE AO PACIENTE
"Evitar que o paciente morra pela complicação e esperar que o próprio organismo reabsorva o sangue."
90
SUSPENSÃO DE ANTI-HEMOSTÁTICOS
"Suspender AAS
91
CONTROLE DA PA
"Manter PAS em torno de 140 mmHg."
92
ATENTAR PARA PIC
"Manter PIC < 20 e PPC entre 60-70 com cabeceira elevada
93
CABEÇA ELEVADA
"Ajuda na drenagem do líquor
94
HIPERVENTILAÇÃO
"Aumentar a frequência respiratória para reduzir a PCO2 e a PIC."
95
MANITOL
"Reduz a PIC."
96
CIRURGIA
"Apenas se hematoma cerebelar > 3 cm."
97
DRENAGEM DE HEMATOMA
"Possível apenas para hematomas cerebelares maiores que 3 cm; não é correção de aneurisma."
98
PACIENTE ANTICOAGULADO
"Reverter anticoagulação."
99
REVERSÃO DE VARFARINA
"Com complexo protrombínico e vitamina K IV; se não disponível
100
REVERSÃO DE HEPARINA
"Com protamina
101
REVERSÃO DE DABIGATRANA
"Com idarucizumabe."
102
REVERSÃO DE RIVAROXABANA
"Com andexanet alfa (não disponível no Brasil)."
103
INGESTÃO RECENTE
"Pode ser feito carvão ativado."
104
SÍNDROME CRUZADA
"Lesão na ponte."
105
SÍNDROME DE FOVILLE
"Fraqueza em braço e perna contralateral
106
ACOMETIMENTO DO NERVO ABDUCENTE IPSILATERAL
"Diplopia e estrabismo convergente."
107
DESVIO DO OLHAR CONJUGADO
"Para o lado da hemiplegia
108
OFTALMOPLEGIA INTERNUCLEAR CONTRALATERAL
"Lesão no mesencéfalo."
109
SÍNDROME DE WEBER
"Fraqueza em face
110
ACOMETIMENTO DE NERVO OCULOMOTOR
"Estrabismo divergente
111
SÍNDROME DE CLAUDE OU BENEDIKT
"Lesão no núcleo rubro + substância negra; ataxia cerebelar + tremores grosseiros
112
SÍNDROME DO II PAR
"Estrabismo divergente
113
SÍNDROME DE DEJERINE-ROUSSY
"Lesão no tálamo dorsolateral; acometimento exclusivamente sensitivo de face
114
Lesão no BULBO LATERAL
"SÍNDROME DE WALLENBERG: - HEMIANESTESIA TERMOÁLGICA CONTRALATERAL - Paralisia do V par sensitivo: ANESTESIA DA HEMIFACE IPSILATERAL - Paralisia do IX e X pares: DISFAGIA E DISFONIA - Síndrome vestibular: VERTIGEM
115
Lesão no BULBO MEDIAL
"SÍNDROME DE DEJERINE: - HEMIPLEGIA FLÁCIDA CONTRALATERAL
116
Macetes
"(1) SÍNDROME CRUZADA = LESÃO DE TRONCO! (2) LESÕES PONTINAS ou BULBARES cursam com SÍNDROME VESTIBULAR ou CEREBELAR. (3) LESÕES PONTINAS = DESVIO DO OLHAR PARA O LADO DA HEMIPLEGIA! Diferente dos AVEs de artéria cerebral média."
117
Nervos Cranianos
"Olfatório (I) - Optico (II) - Oculomotor (III) - Troclear (IV) - Abducente (VI) - Vestibulococlear (VIII) - Hipoglosso (XII) - Acessório (XI) - Trigêmeo (V) - Facial (VII) - Glossofaríngeo (IX) - Vago (X). Mesencéfalo: III