Taquiarritmias - parte 2

Question 1

TV monomorfica - paciente instável com pulso - conduta

Answer 1

CVES imediata

Question 2

Taquicardiomiopatia - definição

Answer 2

Alteração miocárdica que pode se dar com qualquer taquicardia que se mantenha cronicamente e sobre a insuficiência cardíaca por falha da diástole devido a frequência elevada

Question 3

Síndrome de Wolff- Parkinson-White - 4 alterações de pré-excitação ao ECG

Answer 3

Encurtamento do intervalo PR (<0,12s);
QRS habitualmente estreito (mas pode ser encontrado acima de 0,12s);
Presença de um entalhe entre a onda P e o QRS (onda delta);
Alterações do segmento ST e da onda T (alteração de repolarização)

Question 4

V ou F: QRS largo = taquicardia ventricular

Answer 4

Falso: a exceção está nos bloqueios de ramo que podem exibir QRS alargado por aberrância de condução mesmo na origem supraventricualr (já que o QRS já é alargado de base)

Question 5

Principais causas de QT longo

Answer 5

Hipocalemia, hipocalcemia, quetiapina, macrolideos, triciclicos, organofosforados

Question 6

Síndrome de Wolff-Parkinson-White - definição e risco principal

Answer 6

Síndrome de reentrada atrioventricular que se dá por uma via acessória (feixe de Kent) - pré-excitação + TSV

Feixe de Kent traz risco de desenvolver fibrilação atrial com alta resposta ventricular (via acessória supera o bloqueio imposto pelo AV)

Question 7

FA estável com mais de 48 horas de evolução - abordagem terapêutica

Answer 7

Controle de frequência (beta-bloq), anticoagulação plena por 3 semanas e cardioversão elétrica (ECO sem trombo atrial) ou química (amiodarona). Em seguida, anticoagulação por mais 4 semanas.

Ablação pode ser indicada em casos de palpitações frequentes

Question 8

Cardiodesfibrilador implantável (CDI) - indicação

Answer 8

Profilaxia primária de morte súbita em grupos com alto risco para fibrilação ventricular: cardiopatia não isquêmica ou isquêmica (após 40 dias do evento), com fração de ejeção <35%, e classe funcional NYHA II ou III, mesmo após otimização do tratamento clínico

Question 9

Arritmias por mecanismo de reentrada - fatores que predispõem aparecimento

Answer 9

Quaisquer alterações cicatriciais no tecido cardíaco, presença de via acessória (feixe de Kent, taquicardia por reentrada atrioventricular) ou presença de dupla via nodal (taquicardia por reentrada nodal)

Question 10

Mecanismo de reentrada - tipos de arritmia predispostas

Answer 10

Taquicardias tanto ventriculares quanto supraventriculares

Question 11

Intoxicação digitálica - manifestação

Answer 11

Paciente em uso de digital, com um bloqueio AV, náuseas, bigeminismo

Question 12

Propedêutica na intoxicação digitálica

Answer 12

Avaliar fatores de risco para intoxicação digitálica como disfunção renal: solicitar dosagem de potássio e creatinina plasmáticos, administrar antieméticos (e suspender a digoxina, sempre, e avaliar uso de anticorpo específico)

Question 13

Flutter - sentido típico e frequência atrial típica

Answer 13

Anti-horário (mais comum)

Frequência atrial variando entre 240 a 340 (o mais comum é 300 bpm)

Question 14

Flutter - bloqueio típico

Answer 14

O mais comum é BAV 2:1, logo se a frequência do átrio é de 300 bpm, a do ventrículo será 150 bpm, porém graus variados podem ocorrer, como 3:1 (frequência do ventrículo fica em 100 bpm) e 4:1 (75 bpm).

Question 15

Flutter - ausculta típica e aparição da onda P segundo derivações

Answer 15

Ausculta geralmente regular, a não ser em situações de bloqueio AV variável

Presença de ondas F em serrilhado na linha de base, geralmente negativas nas derivações inferiores e positivas em V1

Question 16

Síndrome de Wolff-Parkinson-White - drogas que não devem ser usadas

Answer 16

Qualquer antiarritmico que leve ao bloqueio do nó AV (beta-bloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio, amiodarona) deve ser evitado quando identificada pré-excitação ao ECG (pois favorecem condução pela via anômala e aumentam o risco de morte súbita)

Nos resta então, a CVES ou a procainamida/propafenona (antiarritmico classe I bloqueador dos canais de sódio).

Question 17

Flutter - tratamento de escolha

Answer 17

Ablação por radiofrequência

Opcional - CVES (má resposta à cardioversão química)

Question 18

Ablação por radiofrequência - indicação

Answer 18

Tratamento ambulatorial de causas de taquicardia com causa estrutural identificada - flutter, FA, feixe de Kent, dupla via nodal

Question 19

Como diferenciar TRN e TAV

Answer 19

Após reversão da TSV com adenosina, buscar sinais de pré-excitação ao ECG, o que indicam TAV (taquicardia por reentrada atrioventricular.

• TRN pode apresentar pseudo R em V1
• TRN é a causa mais comum em pacientes sem cardiopatia estrutural

Question 20

Arritmia mais frequente em jovens com coração estruturalmente normal

Answer 20

Taquicardia por reentrada nodal