CLM/CIR: DII, SII, dç celíaca, Whipple Flashcards
Qual a causa mais comum de diarreia aguda?
- Qual a conduta?
Infecção
- Vírus
- Bactéria
—–
- Hidratação
-
ATB - ciprofloxacino (quinolona) se (sinais de alarme):
- febre alta,
- disenteria,
- > 7 dias de evolução
- Antidiarreico, desde que não haja disenteria
Quais as características de diarreia de origem intestinal alta?
Delgado
- Alto volume
- 3-5 evacuações/24h
- Restos alimentares
Baixa frequência, sem tenesmo
Quais as características de diarreia de origem intestinal baixa?
Cólon
- Baixo volume
- 8-10 evacuações/24h
- Tenesmo/urgência
Como guiar (passos) a abordagem diagnóstica de diarreia?
- Anamnese e exame físico
- Confirmar disabsorção
- SUDAN III (qualitativo: se positivo, pede o quantitativo)
-
Gordura fecal quantitativa
> 7g/dia
→ padrão ouro - Esteatócrito (teste semi-quantitativo)
- Tem disabsorção! É problema na absorção ou na digestão?
-
Teste da D-xilose urinária
- > 5g: absorção preservada (mucosa intestinal íntegra), problema na digestão
- < 5g: NÃO houve absorção, pode ser por lesão da mucosa OU crescimento bacteriano
-
Teste da D-xilose urinária
SUDAN III é corante jogado em qualquer amostra de fezes que reage com gordura
- Primeiro pede SUDAN III para “triagem”, se positivo, pede gordura fecal quantitativa
Qual a epidemiologia da dç de Whipple?
- Agente etiológico
- Quadro clínico
- Achado histopatológico
- Tratamento
- Homens
- 30 - 60 anos
- Exposição ao solo/animais
- Trabalhadores de saneamento
——
Tropheryma whipplei (gram +)
——
Síndrome disabsortiva + Artralgia/artrite + Miorritmia oculomastigatória
——
Biópsia de duodeno (delgado): macrófagos com citoplasma espumoso PAS +
——
Ceftriaxone IV (2 semanas) + SMZ/TMP - Bactrim (1 ano)
Sulfametoxazol + trimetoprim
Qual o quadro clínico sub-clínico da dç celíaca?
- Fatores predisponentes
- Doenças associadas
- Aumenta o risco de qual outra doença
Reação imunomediada à GLIADINA do glúten: trigo, centeio, cevada. Clínica de esteatorreia / diarreia alta
——
- Osteopenia + emagrecimento (atrofia/hipotrofia de glúteos)
- Anemia ferropriva REFRATÁRIA
- Menarca tardia, menopausa precoce, infertilidade, abortos de repetição
——
Fatores predisponentes
- HLA-DQ2 (2.5) / DQ8+
- Sd de Down
- Sd de Turner
——
- DMI, Hashimoto
- Dermatite herpetiforme
- Risco aumentado de linfoma não hodking intestinal
Quais as principais causas de anemia ferropriva refratária?
- Tratamento inadequado
- Doença celíaca
- Síndrome nefrótica
Quais as doenças associadas à dç celíaca?
- DM I
- Hashimoto
- Hepatite auto-imune
- Deficiência de IgA (8 - 10%)
- Dermatite herpetiforme
Como é feito o diagnóstico padrão ouro da dç celíaca?
- Dosar IgA total + Antitransglutaminase IgA positivo
⇨ se antitransglutaminase IgA+, realizar EDA com BIÓPSIA DUODENAL
(Marsh 2 e 3) → positiva = provável dç celíaca
- Hiperplasia de criptas
- Linfócitos intraepiteliais
- Atrofia de vilosidades (MARSCH 2 ou 3)
↓
diagnóstico provável
+
Iniciar dieta sem glúten → melhora clínica + anticorpo negativo
= diagnóstico de doença celíaca
OBS.: ⇨ se IgA deficiente, dosagem de anti-gliadina deaminada IgG = anti-DGP
—-
Se ainda houver dúvida diagnóstica, pode pedir HLA-DQ2 // HLA-DQ8 → negativos EXCLUEM dç celíaca
——————-
Atualmente:
- Se
anticorpo positivo + biópsia positiva = doença celíaca
(não é mais necessário fazer dieta e confirmar queda de anticorpo para fechar o diagnóstico, então não tem mais aquela história de dx provável para só depois dar o dx)
—————–
Diagnóstico sem EDA
-
Antitransglutaminase IgA ≥ 10x
+ SINTOMÁTICO
=
Pedir em 2ª amostra o Anti-ENDOMÍSIO
- Se positivo, NÃO PRECISA da EDA
Como fazer o diagnóstico de dç celíaca sem EDA no adulto?
Antitransglutaminase IgA ≥ 10x
+ SINTOMÁTICO
=
Pedir em 2ª amostra o Anti-ENDOMÍSIO
- Se positivo, NÃO PRECISA da EDA
Criança pode ser assintomática
Quais as manifestações extraintestinais da RCU e DC?
Resposta imune: febre, leucocitose, ↑PCR
Colangite esclerosante (RCU)
Uveíte
Eritema nodoso e pioderma gangrenoso (+ comum: pré-tibial)
Dor articular/espondilite anquilosante
Cálculos renais e biliares (DC)
Cutâneas
- Eritema nodoso - DC - acompanha atividade da doença
- Pioderma Gangrenoso - RCU - independe da atividade da doença
Hapatobiliares
- Colangite esclerosante - RCU
Articulares
- Artrite periférica - Crohn: marca atividade da doença
Urológicas
- Nefrolitíase
- Fístulas
Quais os marcadores de inflamação intestinal utilizado para acompanhamento de RCU e DC?
- Lactoferrina
- Calprotectina fecal
Qual o tratamento clínico do pct com RCU/DC?
Indução de remissão: + no “ataque” → EVITAR na manutenção
-
Corticoide EV
(NÃO é pulsoterapia!!)- (metil)prednisolona
- budesonida
Manutenção ou ataque de doença leve
-
Derivados do ASA
→ age bem em doença distal: melhores para RCU- Mesalazina → RCU
- Sulfassalazina (+ folato) → DC
Manutenção doença moderada - grave
-
Imunomoduladoras
- Azatioprina
- Metotrexate
- Ciclosporina: só para RCU
-
Anti TNF-alfa (biológicos)
-
Infliximab (
fazer PPD e RX de tórax
)
-
Infliximab (
-
Anti Integrinas
- Vedolizumab
Qual tipo de cirurgia é a mais clássica na DC?
Lesão < 7 cm
- Ressecção do segmento + anastomose primária
Lesão > 7cm
- Estricturoplastia (estenoplastia) → + utilizada tipo Heinneke-Mikulicz
Ressecção segmentar
Qual tipo de cirurgia é a mais clássica na RCU?
Eletiva:
-
(Procto1)Colectomia2 + íleoanastomose com
reto2
ouânus1
Urgência:
- Colectomia à Hartmann
Protocolectomia com IPAA = bolsa íleo-anal
- proctocolectomia - tira o reto, anastomose no ânus
- colectomia - deixa o reto, anastomose no reto
- A bolsa mais simples e fácil é
em J
, realizada utilizando 2 segmentos de 15cm do íleo terminal. Essa bolsa pode ser grampeada no reto distal ou costurada à mão após a realização de uma mucosectomia de 2cm. Busca-se preservar 1 - 2cm de mucosa acima da linha denteada, pela importância na sensibilidade retal / funcionalidade pós op.