Epilepsia 1 Flashcards
(615 cards)
Qual a duração da maioria das crises epilépticas?
Em 99% das vezes, a duração de uma crise epiléptica é inferior a 2 minutos.
O que geralmente ocorre com o estado do paciente entre as crises epilépticas?
Entre as crises, o paciente volta ao seu estado normal.
O que significa o termo ictal?
Refere-se ao que ocorre durante a crise epiléptica.
O que é o período pós-ictal?
É o período que vem imediatamente após a crise epiléptica.
Como é chamado o intervalo entre duas crises epilépticas sucessivas?
Período interictal.
Por que, durante o período ictal, geralmente não há déficits neurológicos?
Porque há aumento da descarga de neurônios corticais, o que não gera perda de função na maioria das crises.
Que manifestações motoras podem ocorrer durante o período ictal?
Contrações musculares rítmicas ou isométricas, incluindo posturas distônicas devido à contração simultânea de músculos agonistas e antagonistas.
Contrações musculares durante uma crise epiléptica devem ser consideradas déficits neurológicos?
Não. Contrações não são consideradas déficits e isso ajuda a diferenciar crises epilépticas de AVC.
O que pode ocorrer no período pós-ictal em relação à função neurológica?
O paciente pode apresentar déficits neurológicos temporários, como consequência do gasto excessivo de energia pelos neurônios.
Qual é a explicação para os déficits neurológicos no período pós-ictal?
Os neurônios gastam muita energia durante a crise, e até que a energia seja reposta, a atividade elétrica pode estar comprometida, gerando déficits clínicos.
Qual fenômeno pode ocorrer após crises focais motoras e ser confundido com AVC?
Paralisia de Todd – uma hemiparesia transitória no período pós-ictal.
Por que a paralisia de Todd pode ser confundida com um AVC?
Porque ocorre déficit motor focal súbito, o que é característico de eventos neurovasculares.
Quais são os três principais períodos temporais relacionados às crises epilépticas?
- Período ictal – durante a crise
- Período pós-ictal – após a crise
- Período interictal – entre duas crises sucessivas
O que caracteriza o período interictal?
É o intervalo de tempo entre duas crises epilépticas sucessivas, no qual o paciente está em estado normal.
O que ocorre com os neurônios corticais durante o período ictal?
Há aumento da descarga elétrica dos neurônios corticais.
Por que o paciente geralmente não apresenta déficit neurológico durante o período ictal?
Porque a crise está associada à hiperatividade neuronal, e não à perda de função.
O que são posturas distônicas e como se formam durante a crise?
São posturas anormais causadas por contração simultânea de músculos agonistas e antagonistas, resultando de contrações isométricas durante a crise.
O que diferencia contrações motoras de um déficit neurológico?
Contrações representam atividade motora excessiva, não ausência de função; déficits refletem perda de função neurológica.
Qual a importância clínica de saber que não há déficit durante a maioria das crises epilépticas?
Isso ajuda a diferenciar uma crise epiléptica de um AVC, onde há perda súbita de função (déficit).
Qual é o achado motor que pode surgir no pós-ictal e ser confundido com AVC?
A paralisia de Todd, que é uma hemiparesia transitória.
Como a paralisia de Todd se relaciona com o gasto energético dos neurônios?
Após a crise, os neurônios estão temporariamente hipofuncionantes por exaustão energética, o que causa déficit clínico.
Como interpretar um déficit neurológico após crise em um paciente epiléptico?
Deve-se suspeitar de paralisia de Todd, mas também considerar AVC como diagnóstico diferencial.
Que atitude clínica é recomendada diante de uma hemiparesia pós-crise epiléptica?
Avaliar tempo de duração, lateralidade e padrão dos sintomas, além de considerar neuroimagem para afastar AVC.
Que cuidado o médico deve ter ao observar déficit motor após uma crise?
Não assumir automaticamente que é paralisia de Todd, pois pode ser sinal de evento vascular agudo.