Cefaleias 2 Flashcards

(250 cards)

1
Q

Quais são os dois tipos principais de tratamento da enxaqueca?

A

O tratamento da enxaqueca pode ser classificado em profilático (prevenção das crises) e sintomático (alívio da dor e dos sintomas durante a crise).

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2
Q

Qual é o objetivo do tratamento sintomático da enxaqueca?

A

O objetivo é aliviar os sintomas da crise de enxaqueca, especialmente a dor, náuseas e vômitos.

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3
Q

Qual é a primeira orientação que deve ser dada ao paciente sobre o tratamento sintomático da enxaqueca?

A

O paciente deve ser bem orientado quanto à automedicação, incluindo doses máximas e risco de abuso, para evitar cefaleia crônica diária por uso excessivo de analgésicos.

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4
Q

Quais são as principais classes de medicamentos usados no tratamento sintomático da enxaqueca?

A

As classes são: 1. Analgésicos simples (dipirona, paracetamol) 2. AINEs (cetoprofeno, naproxeno, diclofenaco, piroxicam) 3. Ergotamínicos (di-hidroergotamina) 4. Triptanos (sumatriptano, eletriptano, zolmitriptano, etc.) 5. Agonista 1F de serotonina (lasmiditan, indisponível no Brasil) 6. Antagonistas do CGRP (ubrogepant e rimegepant, indisponíveis no Brasil) 7. Antipsicóticos (clorpromazina e haloperidol).

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5
Q

Quais medicamentos são mais indicados para crises leves de enxaqueca?

A

Para casos leves, os mais indicados são os analgésicos simples (como dipirona e paracetamol) e os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).

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6
Q

Quais medicamentos são preferidos para crises de enxaqueca de intensidade moderada a intensa?

A

São preferidos os triptanos (como sumatriptano) e os ergotamínicos, embora esses últimos, no Brasil, só estejam disponíveis em apresentações associadas a outros fármacos.

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7
Q

Por que os triptanos são considerados eficazes no tratamento sintomático da enxaqueca?

A

Porque são medicações desenvolvidas especificamente para tratar a migrânea, embora tenham maior frequência de efeitos colaterais do que analgésicos e AINEs.

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8
Q

Por que o uso excessivo de analgésicos pode ser prejudicial no tratamento da enxaqueca?

A

Porque pode levar à cefaleia crônica diária, uma complicação evitável com orientação adequada sobre uso racional de medicamentos.

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9
Q

O que deve ser considerado na escolha da via de administração dos medicamentos sintomáticos da enxaqueca?

A

Se o paciente apresentar náuseas e vômitos, o esvaziamento gástrico estará comprometido, devendo-se evitar a via oral e optar por vias alternativas (nasal, subcutânea ou sublingual).

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10
Q

É necessário que o paciente com enxaqueca com náuseas vá ao pronto-socorro?

A

Não necessariamente. Existem medicamentos que podem ser auto administrados por vias não orais, como nasal, subcutânea ou sublingual.

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11
Q

Qual é a relação entre o momento da administração do medicamento sintomático e sua eficácia?

A

Quanto mais precocemente o medicamento é usado, maior é a chance de eficácia, mas há um dilema porque a dor pode ainda estar leve e o uso precoce pode não ser necessário.

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12
Q

Qual protocolo nacional orienta o tratamento sintomático da enxaqueca no Brasil?

A

O Consenso Brasileiro de Tratamento da Migrânea da Academia Brasileira de Neurologia.

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13
Q

Qual o ambiente ideal para manter um paciente com enxaqueca com dor há menos de 72 horas?

A

O paciente deve ser mantido em repouso sob penumbra, em ambiente tranquilo e silencioso, como os leitos de observação.

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14
Q

Qual antiemético deve ser administrado em pacientes com vômitos ou uso prévio de medicação?

A

Pode-se usar dimenidrinato 30 mg EV com SF 0,9% 100 ml, ou dimenidrinato 50 mg IM.

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15
Q

O que deve ser feito caso haja sinais de desidratação em paciente com enxaqueca aguda?

A

Deve-se manter o paciente em jejum e administrar SF 0,9% por via endovenosa (EV).

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16
Q

Qual a primeira linha de analgesia para dor de enxaqueca com menos de 72h?

A

Dipirona 1 g EV associada a cetoprofeno 100 mg EV ou IM.

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17
Q

Após quanto tempo o paciente deve ser reavaliado após o tratamento sintomático inicial da enxaqueca?

A

O paciente deve ser reavaliado em 1 hora.

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18
Q

O que fazer se não houver melhora após 1 hora do tratamento inicial da enxaqueca?

A

Prescrever sumatriptano 6 mg por via subcutânea, podendo repetir a dose em 2 horas, se necessário.

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19
Q

Qual deve ser o primeiro passo no tratamento do estado de mal enxaquecoso (dor > 72h)?

A

Repetir o tratamento inicial usado para dor < 72h.

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20
Q

Qual hidratação e corticosteroide devem ser utilizados no estado de mal enxaquecoso?

A

Soro fisiológico 0,9% 500 ml em aberto associado a dexametasona 10 mg EV.

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21
Q

Qual medicamento pode ser usado em casos refratários de estado de mal enxaquecoso?

A

Clorpromazina na dose de 0,1–0,25 mg/kg em infusão venosa lenta, diluída em 250 a 500 ml de soro fisiológico.

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22
Q

Quantas vezes pode ser repetida a dose de clorpromazina em estado de mal enxaquecoso?

A

A dose pode ser repetida por até 3 vezes.

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23
Q

Quais cuidados devem ser tomados ao administrar clorpromazina em pacientes com enxaqueca?

A

Deve-se ter cuidado com hipotensão e efeitos extrapiramidais induzidos pela clorpromazina.

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24
Q

Que tipo de medicamento deve ser evitado no estado de mal enxaquecoso?

A

Não prescrever opioides.

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25
Qual é o mecanismo de ação dos triptanos no tratamento da migrânea?
Os triptanos são agonistas seletivos dos receptores serotoninérgicos 5-HT1B/1D, promovendo vasoconstrição e inibição da transmissão da dor trigêmino-vascular.
26
Quais tipos de enxaqueca contraindicam o uso de triptanos?
Enxaqueca hemiplégica e enxaqueca com aura de tronco encefálico.
27
Em quais condições clínicas os triptanos são contraindicados?
AVC isquêmico prévio, insuficiência coronariana, hipertensão arterial sistêmica (HAS) mal controlada e gravidez.
28
Quais são os principais triptanos utilizados no tratamento da migrânea?
Sumatriptano, naratriptano, rizatriptano, zolmitriptano e eletriptano (nem todos disponíveis no Brasil).
29
Qual é a recomendação de frequência de uso dos triptanos para evitar cefaleia crônica diária?
No máximo 10 dias por mês.
30
O que é o lasmiditan e qual seu mecanismo de ação?
O lasmiditan é um agonista seletivo do receptor serotoninérgico 5-HT1F, sem efeito vasoconstritor significativo, indicado para crises de migrânea.
31
Em qual situação o lasmiditan é particularmente útil no tratamento da migrânea?
Em pacientes com contraindicação ao uso de triptanos, como aqueles com doenças vasculares.
32
Qual peptídeo está envolvido na fisiopatologia da enxaqueca e foi alvo de novos tratamentos?
O CGRP (peptídeo relacionado ao gene da calcitonina), que estimula a dor no sistema trigemino-autonômico.
33
Quais foram os primeiros antagonistas de CGRP aprovados pelo FDA para tratamento da migrânea?
Ubrogepant e rimegepant.
34
Qual a eficácia dos antagonistas CGRP no tratamento da migrânea?
Aliviam sintomas dolorosos e sintomas associados como náuseas, fotofobia e fonofobia.
35
Qual é o mecanismo de ação dos derivados do ergot usados na migrânea?
Possuem ação de bloqueio alfa-adrenérgico, promovendo vasoconstrição fraca e venoconstrição forte.
36
Qual ergotamínico é mais utilizado no Brasil e em que forma está disponível?
Diidroergotamina, disponível apenas em associação com outros analgésicos.
37
Qual o papel da dexametasona no tratamento agudo da enxaqueca?
Reduz a recorrência de crises em 24-72 horas, mas não tem efeito analgésico isolado em crises com duração <72h.
38
Quando a dexametasona é indicada no tratamento da enxaqueca?
Em crises com duração superior a 72h (estado de mal enxaquecoso), geralmente associada a outros medicamentos.
39
Qual outra medicação já foi aceita por bancas como alternativa correta ao uso de dexametasona no estado de mal enxaquecoso?
Metilprednisolona.
40
Quando antipsicóticos são indicados no tratamento da migrânea?
Em casos refratários, especialmente no estado de mal enxaquecoso, quando outras medicações não surtiram efeito.
41
Quais antipsicóticos são usados no tratamento da migrânea refratária?
Clorpromazina e haloperidol.
42
Quais os principais efeitos adversos dos antipsicóticos usados para tratar migrânea?
Hipotensão ortostática e efeitos extrapiramidais.
43
Quais opções não farmacológicas existem para tratamento da crise de enxaqueca?
Estimulador vagal não invasivo, estimulação supraorbital transcutânea do trigêmeo, bloqueio anestésico do nervo occipital maior e infusão intranasal de lidocaína (bloqueio do gânglio esfenopalatino).
44
Qual classe de medicamentos está contraindicada no tratamento das crises de enxaqueca?
Opioides.
45
Qual é o principal objetivo do tratamento profilático da enxaqueca?
Reduzir a frequência, intensidade e duração das crises de dor, além de melhorar a resposta ao tratamento sintomático.
46
Quais são os benefícios adicionais do tratamento profilático da enxaqueca?
Melhora funcional, redução da incapacidade, prevenção da cronificação da doença e redução do risco de lesões neurológicas em enxaqueca hemiplégica, com aura de tronco encefálico ou infarto migranoso.
47
Quando está indicado iniciar tratamento profilático em pacientes com enxaqueca, mesmo com uso adequado de analgésicos?
Quando há impacto significativo na qualidade de vida, apesar do uso adequado de medicamentos sintomáticos e mudanças no estilo de vida.
48
Qual frequência de crises justifica a profilaxia da enxaqueca?
Mais de três crises por mês sem boa resposta aos sintomáticos, ou mais de 8 dias com cefaleia ao mês, mesmo com boa resposta (risco de uso excessivo de analgésicos).
49
É possível indicar tratamento profilático para crises infrequentes de enxaqueca?
Sim, se forem crises limitantes (ex.: duração > 12h ou enxaqueca hemiplégica), de acordo com a avaliação médica ou preferência do paciente.
50
O tratamento profilático está indicado quando há intolerância ou contraindicação ao uso de sintomáticos?
Sim, mesmo em casos esporádicos, a profilaxia pode ser indicada se o paciente não puder usar medicamentos sintomáticos específicos.
51
Quais beta-bloqueadores são eficazes na profilaxia da enxaqueca?
Metoprolol, propranolol e timolol.
52
Quais antidepressivos são utilizados na profilaxia da enxaqueca?
Amitriptilina e venlafaxina.
53
Quais anticonvulsivantes têm eficácia na profilaxia da enxaqueca?
Valproato e topiramato.
54
Quais medicamentos são utilizados na profilaxia da enxaqueca?
Metoprolol, propranolol e timolol.
55
Quais são os principais antagonistas do CGRP utilizados na profilaxia da enxaqueca?
Erenumab, fremanezumab e galcanezumab.
56
Quais fármacos profiláticos reduzem as crises de enxaqueca em mais de 50% dos pacientes?
Amitriptilina, venlafaxina, propranolol, metoprolol e topiramato.
57
Qual é a profilaxia mais indicada para mulheres em idade fértil com enxaqueca?
Verapamil ou flunarizina.
58
Qual a profilaxia preferida para pacientes com HAS, idade < 60 anos e não fumantes?
Beta-bloqueadores.
59
Qual profilático é mais indicado para pacientes com HAS > 60 anos ou fumantes?
Verapamil ou flunarizina.
60
Quais profiláticos são preferidos para pacientes com depressão ou transtornos de humor?
Amitriptilina ou venlafaxina.
61
Em pacientes com epilepsia, quais profiláticos para enxaqueca são preferidos?
Topiramato ou valproato.
62
Qual é o tratamento profilático preferido para pacientes com insônia e enxaqueca?
Amitriptilina.
63
Qual fármaco profilático é preferido para pacientes com enxaqueca e obesidade?
Topiramato.
64
Qual medicação é preferida para pacientes com enxaqueca e fenômeno de Raynaud?
Verapamil ou flunarizina.
65
Como deve ser iniciada a dose do tratamento profilático da enxaqueca?
Com a menor dose possível, aumentando gradualmente (“start low, go slow”) até obter resposta terapêutica ou surgirem efeitos colaterais.
66
Após quanto tempo geralmente se observa o efeito inicial da profilaxia da enxaqueca?
Após 4 semanas, com melhora progressiva ao longo de 3 a 6 meses.
67
Como deve ser feita a interrupção da medicação profilática da enxaqueca?
Através de desmame gradual, e nunca de forma abrupta.
68
Por que é importante explicar ao paciente a diferença entre profilático e sintomático?
Para evitar que o paciente use o profilático apenas durante as crises ou use sintomáticos todos os dias de forma errada.
69
Por que o valproato deve ser evitado em mulheres em idade fértil?
Pelo alto risco de malformações fetais maiores (até 10%).
70
Qual é o impacto do topiramato em contraceptivos orais?
Pode reduzir a eficácia dos anticoncepcionais em doses ≥ 100 mg/dia.
71
Quais condições contraindicam ou exigem cautela no uso de beta-bloqueadores na enxaqueca?
Asma, DPOC, bradiarritmias, hipotensão arterial e depressão.
72
Quais são os principais efeitos colaterais dos tricíclicos como a amitriptilina?
Sedação, boca seca, constipação, taquicardia, ganho de peso, visão turva, retenção urinária, hipotensão ortostática.
73
Quais são os efeitos adversos da venlafaxina?
Hipertensão arterial, insônia e ganho de peso.
74
Quais efeitos colaterais estão associados ao topiramato?
Parestesias, fadiga, anorexia, perda de peso, amnésia, afasia, litíase renal, disgeusia, diarreia, náuseas e dificuldade de concentração.
75
Quais são os principais efeitos colaterais do valproato?
Náuseas, sonolência, tremores, tontura, epigastralgia, perda de cabelo e ganho de peso. Também é altamente teratogênico.
76
Quais outros anti-hipertensivos além dos beta-bloqueadores podem ser usados na profilaxia da enxaqueca?
Inibidores da ECA (ex: lisinopril) e bloqueadores dos receptores de angiotensina (ex: candesartana).
77
Quais são os antagonistas do CGRP usados no tratamento profilático da migrânea?
Erenumab, fremanezumab e galcanezumab.
78
Qual é a via de administração dos antagonistas do CGRP usados na profilaxia da enxaqueca?
Subcutânea mensal para todos, exceto o erenumab, que pode ser administrado por via endovenosa (EV).
79
Qual é a principal contraindicação para o uso de antagonistas do CGRP na enxaqueca?
Gestantes.
80
Quais efeitos colaterais importantes foram observados com os antagonistas do CGRP usados como profiláticos?
Nenhum efeito colateral importante foi identificado até o momento.
81
Em qual tipo de enxaqueca a toxina botulínica A é indicada?
Enxaqueca crônica (≥15 dias de cefaleia por mês).
82
A toxina botulínica A é recomendada para enxaqueca episódica?
Não, ela não é recomendada para pacientes com menos de 15 crises de cefaleia por mês.
83
Qual medida não farmacológica apresentou algum grau de eficácia na profilaxia da enxaqueca?
Estimulação transcutânea do nervo supraorbital.
84
A acupuntura e o fechamento do forame oval patente são eficazes na profilaxia da migrânea?
Não, essas abordagens não apresentaram eficácia comprovada.
85
O tratamento cirúrgico com remoção de músculos em áreas de gatilho é recomendado para migrânea?
Não, pois ainda carece de evidência científica suficiente.
86
Quais são os medicamentos de primeira linha no tratamento da migrânea crônica?
Propranolol, amitriptilina, topiramato e valproato (restrito a homens ou mulheres fora da idade fértil).
87
Qual é a posição terapêutica da toxina botulínica A e dos antagonistas do CGRP no tratamento da migrânea crônica?
São considerados medicamentos de segunda linha.
88
Quais fármacos são considerados de eficácia incerta na migrânea crônica?
Verapamil, outros beta-bloqueadores, riboflavina, candesartana e nortriptilina.
89
O que é a miniprofilaxia no tratamento da migrânea menstrual?
É o uso de medicação sintomática por um período pré-determinado próximo ao ciclo menstrual, durante um número fixo de ciclos.
90
Quais fármacos podem ser usados no esquema de miniprofilaxia da migrânea menstrual?
Naproxeno, magnésio e naratriptano.
91
Qual é o tratamento mais eficaz para migrânea menstrual?
Anticoncepcional oral combinado em ciclo estendido ou suplementação de estrogênio por patch ou gel.
92
Quando o uso de estrogênio deve ser evitado no tratamento da migrânea menstrual?
Em pacientes com enxaqueca com aura.
93
Qual é a posição da cefaleia tipo tensão entre as doenças mais prevalentes do mundo?
É a segunda doença mais prevalente mundialmente, perdendo apenas para o transtorno de ansiedade.
94
Qual é a prevalência da cefaleia tipo tensão na faixa etária de 12 a 41 anos?
86%.
95
A cefaleia tipo tensão é mais comum em qual sexo?
É mais comum em mulheres (88%) do que em homens (69%).
96
Como é classificada a cefaleia tipo tensão segundo a frequência de crises?
Episódica infrequente: < 1 dia/mês (63,5% dos casos); Episódica frequente: 1–14 dias/mês (21,6% dos casos); Crônica: ≥ 15 dias/mês (0,9% dos casos).
97
Qual é o impacto social anual da cefaleia tipo tensão episódica?
Perda de 9 dias de trabalho e redução de 5 dias de efetividade.
98
Qual é o impacto social anual da cefaleia tipo tensão crônica?
Perda de 27 dias de trabalho e redução de 20 dias de efetividade.
99
Qual é a principal importância da cefaleia tipo tensão para provas de Residência Médica?
Servir como diagnóstico diferencial de outras cefaleias primárias, como a enxaqueca.
100
Em uma questão sem sinais de alarme e sem todos os critérios de cefaleia primária, qual o diagnóstico mais provável com base em epidemiologia?
Cefaleia tipo tensão, por ser a mais prevalente entre as cefaleias primárias.
101
Por que a cefaleia tipo tensão recebe esse nome?
Porque apresenta dor de caráter opressivo (em aperto), não pulsátil, geralmente associada à sensibilidade dolorosa pericraniana na cabeça, pescoço e ombros.
102
Qual é a localização mais comum da dor na cefaleia tipo tensão?
Posterior (occipital); menos comum na região frontal ou temporal.
103
Quantas crises são necessárias para o diagnóstico de cefaleia tipo tensão?
Pelo menos 10 crises que preencham os critérios de duração, características e sintomas associados.
104
Qual é a duração típica de uma crise de cefaleia tipo tensão sem tratamento eficaz?
De 30 minutos até 7 dias.
105
Quais são as características obrigatórias (mínimo 2) para o diagnóstico de cefaleia tipo tensão segundo o critério C?
1. Dor bilateral; 2. Dor em aperto ou pressão (não pulsátil); 3. Intensidade leve a moderada; 4. Não piora com atividade física.
106
Quais sintomas devem estar ausentes para o diagnóstico de cefaleia tipo tensão (critério D)?
1. Ausência de náuseas ou vômitos; 2. Ausência de fotofobia ou fonofobia.
107
Qual é a exigência do critério E para o diagnóstico de cefaleia tipo tensão?
A dor não pode ser explicada por nenhuma outra condição melhor estabelecida.
108
Qual o número mínimo de crises para diagnóstico de enxaqueca e cefaleia tipo tensão?
Enxaqueca: ≥ 5 crises; Cefaleia tipo tensão: ≥ 10 crises.
109
Qual a duração típica de uma crise de enxaqueca versus uma de cefaleia tipo tensão?
Enxaqueca: 4 a 72 horas; Cefaleia tipo tensão: 30 minutos a 7 dias.
110
Como se diferencia a localização da dor na enxaqueca e na cefaleia tipo tensão?
Enxaqueca: geralmente unilateral; Cefaleia tipo tensão: geralmente bilateral.
111
Como se diferencia o caráter da dor na enxaqueca e na cefaleia tipo tensão?
Enxaqueca: pulsátil; Cefaleia tipo tensão: em aperto ou pressão (não pulsátil).
112
Qual é a intensidade da dor nas cefaleias tipo tensão e na enxaqueca?
Enxaqueca: moderada a intensa; Cefaleia tipo tensão: leve a moderada.
113
Como a atividade física influencia a dor na enxaqueca e na cefaleia tipo tensão?
Enxaqueca: piora com atividade física; Cefaleia tipo tensão: não piora com atividade física.
114
Como os sintomas gastrointestinais e sensoriais diferenciam enxaqueca de cefaleia tipo tensão?
Enxaqueca: náuseas e/ou vômitos e fotofobia e fonofobia; Cefaleia tipo tensão: no máximo um dos dois (náuseas ou vômitos; fotofobia ou fonofobia).
115
A dor unilateral pode ocorrer na cefaleia tipo tensão?
Sim, mas é rara — ocorre em apenas 10% dos casos.
116
A dor da cefaleia tipo tensão é pulsátil?
Não. É não pulsátil em mais de 80% dos casos.
117
Pode um mesmo indivíduo apresentar enxaqueca e cefaleia tipo tensão?
Sim, é comum que ambas coexistam, e a enxaqueca pode desencadear ou agravar cefaleia tipo tensão.
118
O que significa o mnemônico “INSIPIDA” para sinais de alarme em cefaleia?
Início súbito (em “trovoada”); Neurológico: alterações no exame, convulsões; Sistêmico: toxemia, rigidez de nuca, rash, imunossupressão; Idade: início após 50 anos; Papiledema; Inédita (padrão novo de cefaleia); Despertar o paciente por dor; Anticoagulantes em uso.
119
O que é cefaleia cervicogênica?
É um tipo de cefaleia originada em estruturas ósseas e partes moles do pescoço.
120
Quais são os sintomas associados à toxemia?
Toxemia, rigidez de nuca, rash, imunossupressão.
121
Qual é a faixa etária em que os sintomas de toxemia geralmente começam?
Início após 50 anos.
122
O que é papiledema?
Inchaço do nervo óptico devido a aumento da pressão intracraniana.
123
O que caracteriza uma cefaleia inédita?
Um padrão novo de cefaleia.
124
Qual é um sinal de alerta em pacientes com cefaleia?
Despertar o paciente por dor.
125
Qual medicação pode estar em uso em pacientes com cefaleia?
Anticoagulantes.
126
Quais são os medicamentos indicados para o tratamento sintomático da cefaleia tipo tensão?
Analgésicos simples e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).
127
O que pode aumentar a eficácia dos analgésicos no tratamento da cefaleia tipo tensão?
A associação com cafeína.
128
Relaxantes musculares são eficazes no tratamento da cefaleia tipo tensão?
Não. Não há evidência de eficácia para essa indicação.
129
Qual é a dose recomendada de paracetamol para tratamento agudo da cefaleia tipo tensão?
750–1.000 mg a cada 6 horas, se necessário.
130
Qual a dose usual de dipirona para crises de cefaleia tipo tensão?
500–1.000 mg a cada 6 horas.
131
Quais são os AINEs recomendados para tratamento da cefaleia tipo tensão e suas doses?
• Ibuprofeno: 400–800 mg até 6/6h • Diclofenaco: 50 mg até 8/8h • Cetoprofeno: 50 mg até 6/6h • Naproxeno sódico: 500 mg dose inicial; manutenção de 250 mg até 6/6h
132
Qual é a droga de escolha para o tratamento profilático da cefaleia tipo tensão?
Amitriptilina.
133
Como deve ser feita a introdução da amitriptilina para cefaleia tipo tensão?
Deve ser iniciada em dose baixa e aumentada lentamente, com efeito máximo esperado após cerca de seis semanas.
134
Por quanto tempo o tratamento com amitriptilina deve ser mantido após melhora clínica?
Por três meses.
135
Quais outros antidepressivos podem ser utilizados na profilaxia da cefaleia tipo tensão, embora com menor evidência?
Nortriptilina, mirtazapina e venlafaxina.
136
Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são eficazes na cefaleia tipo tensão sem depressão associada?
Não. São comprovadamente ineficazes em pacientes sem depressão associada.
137
Quais anticonvulsivantes podem ser usados no tratamento profilático da cefaleia tipo tensão?
Gabapentina e topiramato.
138
Quais outras terapias têm efeito mínimo no tratamento profilático da cefaleia tipo tensão?
Tizanidina, bloqueio de pontos gatilho com lidocaína, toxina botulínica, terapia cognitivo-comportamental, acupuntura e fisioterapia.
139
A ciclobenzaprina é formalmente indicada para cefaleia tipo tensão?
Não. Não há evidência de eficácia, e seu uso não está formalmente indicado.
140
Qual foi o erro de examinadores em provas de residência relacionado à ciclobenzaprina?
Já houve questão que indicava ciclobenzaprina como correta para cefaleia tipo tensão e foi anulada após recurso, por falta de evidência.
141
O que é cefaleia em salvas e qual sua prevalência?
É uma cefaleia primária rara, com prevalência de 0,1%, mas frequentemente cobrada em provas de residência.
142
Em qual faixa etária é mais comum a cefaleia em salvas?
Entre 20 e 50 anos de idade.
143
Qual o sexo mais acometido pela cefaleia em salvas?
Homens, com razão de 4:1 em relação às mulheres.
144
Quais são os nomes alternativos para a cefaleia em salvas?
Cefaleia histamínica e cefaleia de Horton.
145
Como é o padrão de repetição da cefaleia em salvas?
Crises intensas que se repetem durante semanas (geralmente 6 a 12 semanas), com remissões de até um ano (forma episódica).
146
O que caracteriza a forma crônica da cefaleia em salvas?
Ausência de remissão; pode surgir desde o início ou evoluir a partir da forma episódica.
147
Quais são os principais desencadeantes da cefaleia em salvas?
Bebidas alcoólicas e substâncias voláteis.
148
Por que a cefaleia em salvas também é chamada de cefaleia histamínica?
Porque está associada à hiperatividade parassimpática e comprometimento simpático, levando a sintomas autonômicos como rinorreia e hiperemia conjuntival.
149
Quais sintomas autonômicos são comuns durante a crise de cefaleia em salvas?
Rinorreia, hiperemia conjuntival, lacrimejamento, e sinais da síndrome de Horner.
150
O que é a síndrome de Horner e qual sua relação com a cefaleia em salvas?
Conjunto de sintomas (miose, semiptose palpebral e anidrose) causados por lesão simpática, frequentemente presentes durante as crises de cefaleia em salvas, do lado ipsilateral à dor.
151
Quantas crises são necessárias para o diagnóstico de cefaleia em salvas segundo a ICHD-3?
Pelo menos 5 crises que preencham os critérios de intensidade, localização, duração, sintomas associados e frequência.
152
Qual é a intensidade típica da dor na cefaleia em salvas?
Dor forte a muito forte.
153
Qual é a localização típica da dor na cefaleia em salvas?
Região orbitária, supraorbitária e/ou temporal unilateral.
154
Qual é a duração da crise de cefaleia em salvas, se não tratada?
De 15 a 180 minutos.
155
Quais são os sintomas autonômicos ipsilaterais que podem estar presentes em cefaleia em salvas (critério C)?
a) Hiperemia conjuntival e/ou lacrimejamento b) Congestão nasal e/ou rinorreia c) Edema palpebral d) Sudorese frontal e facial e) Miose e/ou ptose palpebral
156
Qual outro sintoma importante pode estar presente na cefaleia em salvas além dos autonômicos?
Sensação de inquietude ou agitação.
157
Qual é a frequência típica das crises na cefaleia em salvas?
De uma crise a cada 2 dias até 8 crises por dia.
158
O que é exigido pelo critério E para o diagnóstico de cefaleia em salvas?
Que não haja outra explicação melhor para a dor.
159
Qual região anatômica está relacionada à dor na cefaleia em salvas e qual nervo está envolvido?
A dor ocorre na região orbitária, supraorbitária ou temporal unilateral, correspondente à divisão oftálmica (V1) do nervo trigêmeo (V par craniano).
160
Por que a cefaleia em salvas é considerada uma cefaleia trigêmino-autonômica?
Porque envolve ativação do nervo trigêmeo (V NC) e manifestações autonômicas, como lacrimejamento, rinorreia e síndrome de Horner.
161
Quais localizações da dor excluem o diagnóstico de cefaleia em salvas?
Localização hemicraniana, bilateral ou difusa.
162
Qual é a intensidade da dor na cefaleia em salvas?
Sempre grave, considerada uma das dores mais intensas descritas na medicina.
163
Qual mnemônico pode ajudar a lembrar a duração mínima da cefaleia em salvas?
Luta de MMA com 5 rounds de 3 minutos = 15 minutos, que é a duração mínima de uma crise de cefaleia em salvas.
164
Quais manifestações autonômicas podem ser lembradas pela analogia com um lutador de MMA derrotado?
Lacrimejamento (chorar), edema palpebral (olho inchado), e síndrome de Horner (corner do ringue).
165
Qual é a duração típica da cefaleia em salvas e qual costuma ser a pegadinha nas provas?
Duração de 15 a 180 minutos. Provas costumam perguntar sobre a duração mínima (15 minutos).
166
Por que a ressonância magnética (RM) de crânio deve ser solicitada em pacientes com cefaleia em salvas?
Para descartar lesões estruturais como tumores de hipófise ou da fossa posterior que podem simular cefaleia em salvas.
167
Qual exame complementar deve ser realizado devido à alta associação entre cefaleia em salvas e distúrbios do sono?
Polissonografia, pois 85% dos pacientes com cefaleia em salvas também apresentam síndrome da apneia obstrutiva do sono.
168
Qual é a relação entre apneia obstrutiva do sono e o padrão de surgimento da cefaleia em salvas?
A apneia pode justificar o fato de muitos pacientes acordarem com a crise de dor durante a madrugada.
169
Qual é o tratamento sintomático de primeira linha para a cefaleia em salvas?
Oxigenioterapia a 100%.
170
Como deve ser administrado o oxigênio para ser eficaz na cefaleia em salvas?
Com máscara sem recirculação, com reservatório, a 10–12 L/min por 20 minutos.
171
Qual a eficácia da oxigenioterapia na cefaleia em salvas?
Aproximadamente 78%.
172
Qual é a dose de sumatriptano indicada para tratamento sintomático da cefaleia em salvas?
6 mg por via subcutânea.
173
Qual a eficácia do sumatriptano subcutâneo no tratamento da cefaleia em salvas?
Cerca de 75%.
174
Qual medicamento endovenoso pode ser usado como alternativa para tratamento da cefaleia em salvas, e qual sua eficácia?
Octreotide EV, com eficácia de aproximadamente 52%.
175
Analgésicos e opioides são eficazes no tratamento da cefaleia em salvas?
Não. São considerados ineficazes e não devem ser utilizados.
176
Qual medida não farmacológica deve ser incentivada para prevenção de crises de cefaleia em salvas?
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, que são conhecidamente desencadeantes das crises.
177
Por que a oxigenioterapia aparece com frequência em provas sobre cefaleia em salvas?
Porque parece menos intuitiva que outras opções mais conhecidas, sendo uma pegadinha comum, embora seja o tratamento mais eficaz.
178
Qual é a droga de escolha para o tratamento profilático da cefaleia em salvas?
Verapamil.
179
Como o verapamil deve ser administrado no tratamento da cefaleia em salvas?
Três vezes ao dia, com aumento de 1/3 da dose a cada 10–14 dias.
180
Qual exame deve ser realizado antes de aumentar a dose de verapamil?
ECG, para avaliar bradicardia e bloqueios atrioventriculares (BAV).
181
Quando costuma surgir o efeito terapêutico do verapamil na cefaleia em salvas?
A partir da 2ª semana de uso.
182
Qual é a taxa de resposta terapêutica ao verapamil na profilaxia da cefaleia em salvas?
Aproximadamente 80%.
183
Quais corticoides podem ser usados na profilaxia da cefaleia em salvas?
Prednisona e dexametasona.
184
Qual é a dose inicial e o esquema de desmame da prednisona na cefaleia em salvas?
60–100 mg/dia por 5 dias, com desmame reduzindo 10 mg/dia.
185
Por que o desmame de corticoides é importante após uso prolongado?
Para evitar insuficiência adrenal.
186
Quando o galcanezumab é indicado no tratamento profilático da cefaleia em salvas?
Em pacientes com salvas com duração > 1 mês e falha às medicações de primeira linha.
187
Qual é o mecanismo de ação do galcanezumab?
É um anticorpo monoclonal anti-CGRP.
188
Em que tipo de paciente o uso de carbonato de lítio é mais indicado na cefaleia em salvas?
Em pacientes com cefaleia em salvas crônica.
189
Qual a principal dificuldade no uso do carbonato de lítio para cefaleia em salvas?
Exige ajuste de dose com base nos níveis séricos.
190
O topiramato pode ser usado na profilaxia da cefaleia em salvas?
Sim, especialmente em associação ao verapamil.
191
A dose terapêutica do topiramato na cefaleia em salvas é semelhante à usada em epilepsia?
Não. A dose é menor do que a usada para epilepsia.
192
Quais fármacos têm menor evidência de eficácia na profilaxia da cefaleia em salvas?
Pizotifeno, valproato, capsaicina, naratriptano, ergotamina, melatonina.
193
A indometacina é eficaz na cefaleia em salvas?
Possui algum efeito, mas somente em doses muito elevadas.
194
O bloqueio anestésico do nervo occipital maior é eficaz na cefaleia em salvas?
Pode levar a melhora temporária das crises.
195
Qual é a eficácia da toxina botulínica e da câmara hiperbárica na cefaleia em salvas?
Falharam em demonstrar eficácia.
196
Quando o CPAP está indicado na cefaleia em salvas?
Em pacientes com diagnóstico confirmado de apneia obstrutiva do sono por polissonografia.
197
Qual é a prevalência estimada da enxaqueca na população geral?
Entre 10% e 20%.
198
Qual é a cefaleia primária mais prevalente?
Cefaleia tipo tensão (80%).
199
Qual é a cefaleia primária menos prevalente?
Cefaleia em salvas (0,1%).
200
Qual cefaleia primária tem predomínio no sexo feminino?
Enxaqueca e cefaleia tipo tensão.
201
Qual cefaleia primária é mais comum em homens?
Cefaleia em salvas.
202
Qual é a localização da dor típica na enxaqueca?
Unilateral (hemicraniana), podendo alternar os lados.
203
Como é a localização da dor na cefaleia tipo tensão?
Bilateral, geralmente em faixa (região frontal e occipital).
204
Qual a localização da dor na cefaleia em salvas?
Periorbitária, supraorbitária ou temporal unilateral.
205
Como é a intensidade da dor na enxaqueca?
Moderada a intensa.
206
Como é a intensidade da dor na cefaleia tipo tensão?
Leve a moderada.
207
Como é a intensidade da dor na cefaleia em salvas?
Muito intensa, considerada uma das dores mais severas.
208
Quais sintomas costumam acompanhar a enxaqueca?
Náuseas, vômitos, fotofobia e fonofobia.
209
A cefaleia tipo tensão tem sintomas autonômicos ou sistêmicos?
Geralmente não. Pode haver fotofobia ou fonofobia, mas não ambas, e sem náuseas ou vômitos importantes.
210
Quais sintomas acompanham a cefaleia em salvas?
Lacrimejamento, hiperemia conjuntival, rinorreia, edema palpebral e sinais de síndrome de Horner (miose, ptose, anidrose).
211
Qual é a duração típica de uma crise de enxaqueca?
De 4 a 72 horas.
212
Qual é a duração da cefaleia tipo tensão?
De 30 minutos a 7 dias.
213
Qual é a duração de uma crise de cefaleia em salvas?
De 15 a 180 minutos.
214
A cefaleia em salvas pertence a qual grupo de cefaleias primárias?
Ao grupo das cefaléias trigêmino-autonômicas (TACs), caracterizadas por manifestações autonômicas parassimpáticas durante as crises.
215
Quais são as principais cefaleias trigêmino-autonômicas (TACs)?
1. Cefaleia em salvas 2. Hemicrania paroxística 3. Hemicrania contínua 4. SUNCT (Short-lasting Unilateral Neuralgiform headache with Conjunctival injection and Tearing)
216
A hemicrania paroxística é mais comum em qual sexo?
Mulheres (ao contrário da cefaleia em salvas, mais comum em homens).
217
Como diferenciar cefaleia em salvas de hemicrania paroxística em prova, com base no sexo do paciente?
Se os sintomas forem típicos de salvas, mas o paciente for do sexo feminino, pense em hemicrania paroxística como diagnóstico mais provável.
218
Qual é a duração típica das crises de hemicrania paroxística?
De 2 a 30 minutos.
219
Qual é a pegadinha comum em provas envolvendo duração da cefaleia em salvas e hemicrania paroxística?
Examinadores colocam duração < 15 minutos, o que exclui cefaleia em salvas e aponta para hemicrania paroxística.
220
Qual fármaco tem resposta diagnóstica positiva em casos de hemicrania paroxística?
Indometacina – resposta completa e característica da hemicrania paroxística.
221
A cefaleia em salvas responde à indometacina?
Não. Somente a hemicrania paroxística tem resposta típica à indometacina.
222
A hemicrania contínua é mais comum em qual sexo?
Mulheres.
223
Como é a intensidade da dor na hemicrania contínua comparada à cefaleia em salvas?
Geralmente menos intensa do que na cefaleia em salvas.
224
Qual é a localização da dor na hemicrania contínua?
A dor acomete todo o hemicrânio, de forma unilateral.
225
Qual é a principal característica temporal da hemicrania contínua?
Dor contínua com duração superior a 3 meses, sem períodos de remissão.
226
Qual é a resposta terapêutica típica da hemicrania contínua?
Resposta magnífica à indometacina, sendo critério diagnóstico essencial.
227
O que significa a sigla SUNCT?
Short-lasting Unilateral Neuralgiform headache with Conjunctival injection and Tearing (cefaleia unilateral de curta duração com hiperemia conjuntival e lacrimejamento).
228
Qual é a duração típica das crises de SUNCT?
De 1 a 600 segundos (menos de 10 minutos).
229
SUNCT é mais comum em homens ou mulheres?
Homens.
230
Quais sintomas autonômicos são comuns na SUNCT?
Hiperemia conjuntival, lacrimejamento, rubor frontal/facial ipsilateral e sensação de plenitude auricular.
231
Qual é a frequência típica das crises de SUNCT?
Cerca de uma vez ao dia, podendo ser mais frequente em alguns casos.
232
A SUNCT responde à indometacina?
Não. A resposta à indometacina é negativa.
233
Qual cefaleia trigêmino-autonômica é mais comum em homens?
Cefaleia em salvas e SUNCT.
234
Qual cefaleia trigêmino-autonômica é mais comum em mulheres?
Hemicrania paroxística e hemicrania contínua.
235
Quantas crises são necessárias para o diagnóstico de cefaleia em salvas?
Pelo menos 5.
236
Quantas crises são necessárias para diagnóstico de hemicrania paroxística ou SUNCT?
Pelo menos 20.
237
Como é a intensidade da dor nas cefaleias trigêmino-autonômicas?
• Salvas: forte a muito forte • Paroxística: forte • Contínua: moderada a grave • SUNCT: moderada a grave
238
Qual é a duração típica da cefaleia em salvas?
15 a 180 minutos.
239
Qual é a duração da hemicrania paroxística?
2 a 30 minutos.
240
Qual é a duração da hemicrania contínua?
Mais de 3 meses (contínua).
241
Qual é a duração das crises de SUNCT?
1 a 600 segundos.
242
Qual é a localização da dor nas TACs?
• Salvas e paroxística: orbitária, supraorbitária e/ou temporal • Contínua: unilateral estrita • SUNCT: orbitária, supraorbitária, temporal e/ou outra área trigeminal
243
Quais sintomas autonômicos podem acompanhar as TACs?
• Hiperemia conjuntival/lacrimejamento • Congestão nasal/rinorreia • Edema palpebral • Sudorese frontal/facial • Miose/ptose
244
Quais sintomas adicionais são comuns em cefaleia em salvas, hemicrania contínua e SUNCT?
• Salvas: inquietude ou agitação • Contínua: inquietude ou agitação, piora com movimento • SUNCT: flushing facial ipsilateral e sensação de congestão auricular
245
Qual é a frequência típica das crises de cefaleia em salvas?
1 a cada 2 dias até 8 vezes ao dia.
246
Qual é a frequência das crises de hemicrania paroxística?
Mais de 5 por dia em mais da metade dos dias do período ativo.
247
Qual é a frequência típica das crises de SUNCT?
Aproximadamente uma vez ao dia.
248
Qual cefaleia trigêmino-autonômica responde de forma positiva à indometacina?
Hemicrania paroxística.
249
Qual cefaleia trigêmino-autonômica tem resposta brilhante à indometacina?
Hemicrania contínua.
250
Quais TACs não respondem à indometacina?
Cefaleia em salvas e SUNCT.