Epilepsia 2 Flashcards
(258 cards)
Qual é a nova nomenclatura da epilepsia de Panayiotopoulos desde 2021?
SeLEAS – Self-Limited Epilepsy with Autonomic Seizures.
Em qual faixa etária ocorre a SeLEAS?
De 1 a 14 anos, com média de idade de 5 anos.
Qual é a manifestação mais comum da SeLEAS?
Vômitos, presentes em 75–85% dos casos.
Quais manifestações autonômicas podem ocorrer na SeLEAS?
Miose, palidez, incontinência urinária, tosse, hipersalivação, taquicardia.
Qual porcentagem dos pacientes apresenta crises semelhantes a síncope?
Cerca de 50%.
Quais são as manifestações neurológicas que podem acompanhar as crises da SeLEAS?
Aura visual, perda progressiva da consciência, parada comportamental, desvio de cabeça e olhos, clonias focais ou bilaterais.
Quando costumam ocorrer as crises na SeLEAS?
Predominantemente à noite.
Qual é a duração típica das crises na SeLEAS?
Mais de 5 minutos. Em 1/3 dos casos, mais de 30 minutos (estado de mal epiléptico não convulsivo).
O que caracteriza as epilepsias generalizadas idiopáticas?
Crises generalizadas, neuroimagem e exame neurológico normais, bom prognóstico e provável caráter genético.
Quais são os principais tipos de epilepsias generalizadas idiopáticas?
• Epilepsia de ausência da infância
• Epilepsia mioclônica juvenil
• Crises tônico-clônicas generalizadas da infância ou juventude
Qual é a chance de um filho desenvolver epilepsia se um dos pais for epiléptico?
5–10%.
As epilepsias generalizadas idiopáticas costumam ter múltiplos casos familiares?
Nem sempre, apesar da base genética.
Como é o prognóstico das epilepsias generalizadas idiopáticas?
Bom, especialmente com tratamento adequado.
Em que faixa etária costuma surgir a epilepsia de ausência da infância?
Por volta dos 6 a 7 anos de idade.
Quanto tempo dura, em média, uma crise de ausência?
5 a 30 segundos.
Quais são as características clínicas das crises de ausência?
Olhos abertos, irresponsividade, sem perda de tônus, podendo ter mioclonias palpebrais. Retorno rápido da consciência, sem confusão pós-ictal.
O que pode desencadear uma crise de ausência?
Hiperventilação.
Qual é o achado típico no EEG da epilepsia de ausência da infância?
Descargas generalizadas, síncronas, com padrão ponta-onda de 3 Hz.
Como costuma estar a neuroimagem (ex: RM) nesses pacientes?
Normal, sendo geralmente dispensável na investigação.
Quais são os tratamentos de primeira linha para epilepsia de ausência infantil?
Ácido valproico e etossuximida.
Quais são opções adicionais de tratamento, além das drogas de primeira linha?
Lamotrigina e topiramato.
Como é o prognóstico da epilepsia de ausência da infância?
Excelente, com alta taxa de remissão na adolescência.
Qual é o diagnóstico mais provável em uma criança de 6 anos com episódios abruptos de olhar fixo, interrupção da atividade, duração de 15 segundos, várias vezes ao dia?
Epilepsia de ausência da infância.
Qual achado de EEG reforça o diagnóstico de epilepsia de ausência da infância?
Descargas ponta-onda de 3 Hz, bilaterais, síncronas, que aumentam com hiperventilação.