Epilepsia 2 Flashcards

(258 cards)

1
Q

Qual é a nova nomenclatura da epilepsia de Panayiotopoulos desde 2021?

A

SeLEAS – Self-Limited Epilepsy with Autonomic Seizures.

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2
Q

Em qual faixa etária ocorre a SeLEAS?

A

De 1 a 14 anos, com média de idade de 5 anos.

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3
Q

Qual é a manifestação mais comum da SeLEAS?

A

Vômitos, presentes em 75–85% dos casos.

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4
Q

Quais manifestações autonômicas podem ocorrer na SeLEAS?

A

Miose, palidez, incontinência urinária, tosse, hipersalivação, taquicardia.

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5
Q

Qual porcentagem dos pacientes apresenta crises semelhantes a síncope?

A

Cerca de 50%.

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6
Q

Quais são as manifestações neurológicas que podem acompanhar as crises da SeLEAS?

A

Aura visual, perda progressiva da consciência, parada comportamental, desvio de cabeça e olhos, clonias focais ou bilaterais.

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7
Q

Quando costumam ocorrer as crises na SeLEAS?

A

Predominantemente à noite.

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8
Q

Qual é a duração típica das crises na SeLEAS?

A

Mais de 5 minutos. Em 1/3 dos casos, mais de 30 minutos (estado de mal epiléptico não convulsivo).

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9
Q

O que caracteriza as epilepsias generalizadas idiopáticas?

A

Crises generalizadas, neuroimagem e exame neurológico normais, bom prognóstico e provável caráter genético.

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10
Q

Quais são os principais tipos de epilepsias generalizadas idiopáticas?

A

• Epilepsia de ausência da infância
• Epilepsia mioclônica juvenil
• Crises tônico-clônicas generalizadas da infância ou juventude

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11
Q

Qual é a chance de um filho desenvolver epilepsia se um dos pais for epiléptico?

A

5–10%.

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12
Q

As epilepsias generalizadas idiopáticas costumam ter múltiplos casos familiares?

A

Nem sempre, apesar da base genética.

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13
Q

Como é o prognóstico das epilepsias generalizadas idiopáticas?

A

Bom, especialmente com tratamento adequado.

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14
Q

Em que faixa etária costuma surgir a epilepsia de ausência da infância?

A

Por volta dos 6 a 7 anos de idade.

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15
Q

Quanto tempo dura, em média, uma crise de ausência?

A

5 a 30 segundos.

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16
Q

Quais são as características clínicas das crises de ausência?

A

Olhos abertos, irresponsividade, sem perda de tônus, podendo ter mioclonias palpebrais. Retorno rápido da consciência, sem confusão pós-ictal.

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17
Q

O que pode desencadear uma crise de ausência?

A

Hiperventilação.

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18
Q

Qual é o achado típico no EEG da epilepsia de ausência da infância?

A

Descargas generalizadas, síncronas, com padrão ponta-onda de 3 Hz.

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19
Q

Como costuma estar a neuroimagem (ex: RM) nesses pacientes?

A

Normal, sendo geralmente dispensável na investigação.

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20
Q

Quais são os tratamentos de primeira linha para epilepsia de ausência infantil?

A

Ácido valproico e etossuximida.

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21
Q

Quais são opções adicionais de tratamento, além das drogas de primeira linha?

A

Lamotrigina e topiramato.

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22
Q

Como é o prognóstico da epilepsia de ausência da infância?

A

Excelente, com alta taxa de remissão na adolescência.

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23
Q

Qual é o diagnóstico mais provável em uma criança de 6 anos com episódios abruptos de olhar fixo, interrupção da atividade, duração de 15 segundos, várias vezes ao dia?

A

Epilepsia de ausência da infância.

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24
Q

Qual achado de EEG reforça o diagnóstico de epilepsia de ausência da infância?

A

Descargas ponta-onda de 3 Hz, bilaterais, síncronas, que aumentam com hiperventilação.

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25
Por que a epilepsia de Panayiotopoulos foi descartada nesse caso?
Porque ela cursa com crises autonômicas (vômitos, palidez, taquicardia), e não com olhar fixo e perda de contato com o ambiente.
26
Qual é a principal manifestação da epilepsia mioclônica da infância e por que foi descartada?
Crises com abalo mioclônico rápido, sem perda de consciência. Foi descartada porque o caso descreve interrupção da atividade e comprometimento da consciência.
27
O que caracteriza a epilepsia rolândica (com pontas centrotemporais) e por que não se encaixa neste caso?
Início entre 3–13 anos, crises noturnas, com paralisia ou contrações faciais e dificuldade para falar. O caso apresentado tem crises diurnas, com olhar fixo e ausência de resposta, o que é típico de crise de ausência.
28
Qual o fator desencadeante clássico que pode ser utilizado como teste provocativo na epilepsia de ausência?
Hiperventilação — pode induzir a crise durante o EEG.
29
Qual a faixa etária de início típica da epilepsia mioclônica juvenil (EMJ)?
Entre 13 e 20 anos de idade.
30
Como é o estado neurológico dos pacientes com EMJ fora das crises?
Normal, sem alterações neurológicas intercríticas.
31
Quais são os dois tipos principais de crises na EMJ?
• Mioclonias generalizadas arrítmicas • Crises tônico-clônicas generalizadas
32
Durante as crises mioclônicas da EMJ, o paciente perde a consciência?
Não, porque são eventos muito breves.
33
Quais fatores podem desencadear crises na EMJ?
• Período matinal • Privação de sono • Fotoestimulação • Consumo de álcool
34
Qual é o padrão típico do EEG na epilepsia mioclônica juvenil?
Descargas generalizadas e síncronas de 4,5 Hz.
35
Como costumam ser os exames de neuroimagem na EMJ?
Normais; em geral, a imagem é dispensável.
36
Qual é a droga de escolha para tratar a epilepsia mioclônica juvenil?
Ácido valproico.
37
Quais drogas devem ser evitadas na EMJ por agravarem as crises mioclônicas?
Carbamazepina e oxcarbazepina.
38
Qual antiepiléptico é uma boa alternativa para mulheres em idade fértil com EMJ?
Levetiracetam.
39
O tratamento da EMJ deve ser por tempo limitado ou indeterminado?
Por tempo indeterminado, pois há alto risco de recidiva após a suspensão da medicação.
40
Qual é o achado clínico clássico da epilepsia mioclônica juvenil (EMJ)?
Abalos musculares rápidos (mioclonias), geralmente pela manhã, sem perda de consciência, que podem levar à queda de objetos.
41
Qual alternativa está incorreta na questão do HUPD UFMA 2017 sobre EMJ?
A) A Carbamazepina é a medicação de escolha no tratamento.
42
Por que a carbamazepina não deve ser usada na epilepsia mioclônica juvenil?
Porque piora as mioclonias, podendo agravar as crises.
43
Quais são os fatores desencadeantes clássicos de crises na EMJ?
Privação de sono, estresse, álcool e fotoestimulação repetitiva.
44
Qual é a droga de primeira linha no tratamento da EMJ?
Ácido valproico.
45
Qual medicação pode ser usada em mulheres com risco teratogênico com o valproato?
Levetiracetam, por ter menor risco de malformações e ser compatível com anticoncepcionais.
46
Qual é a faixa etária de maior prevalência da epilepsia mioclônica juvenil?
Adolescência, especialmente entre 12 e 18 anos, com pico aos 15 anos.
47
Qual é a forma mais comum de epilepsia em adultos?
Epilepsia do lobo temporal.
48
Qual é a principal causa de epilepsia em idosos (>65 anos)?
Sequelas de AVCs, representando mais de 50% dos casos.
49
O que caracteriza uma epilepsia de difícil controle medicamentoso?
Falha em controlar as crises com três ou mais drogas, sendo duas em doses máximas, sem redução ≥ 50% na frequência basal de crises.
50
Qual outra causa estrutural importante de epilepsia refratária além da ELT?
Displasias corticais (defeitos de migração neuronal).
51
Qual é a história natural típica da epilepsia do lobo temporal?
Início com crises febris complicadas na infância, seguido de um período de latência e posterior surgimento de crises focais perceptivas/disperceptivas, podendo evoluir para crises tônico-clônicas bilaterais.
52
O exame neurológico costuma ser alterado nos pacientes com ELT?
Não, geralmente é normal.
53
Quais achados são esperados no EEG de pacientes com epilepsia do lobo temporal?
Paroxismos uni ou bilaterais na região temporal.
54
Qual é a alteração mais típica da ressonância magnética na epilepsia do lobo temporal?
Esclerose de hipocampo (ou esclerose mesial temporal).
55
Quais medicamentos costumam compor o esquema inicial na ELT?
Carbamazepina, lamotrigina e clobazam.
56
Em que percentual dos casos o tratamento medicamentoso não é eficaz na ELT?
Em cerca de 40% dos pacientes.
57
Quais são as opções terapêuticas quando o tratamento clínico falha na ELT?
• Cirurgia: córtico-amígdalo-hipocampectomia • Estimulador do nervo vago
58
Qual a taxa de sucesso da cirurgia na epilepsia do lobo temporal?
Cerca de 60% de eficácia.
59
Qual é a forma mais comum de epilepsia em adultos?
Epilepsia do lobo temporal (ELT).
60
O que caracteriza uma epilepsia de difícil controle medicamentoso?
Quando são necessárias três ou mais drogas antiepilépticas, sendo pelo menos duas em doses máximas toleradas, para alcançar redução ≥ 50% no número basal de crises.
61
Além da ELT, qual é uma causa estrutural importante de epilepsia refratária?
Displasias corticais, decorrentes de defeitos na migração neuronal.
62
Qual é a principal causa de epilepsia em pacientes idosos (>65 anos)?
Sequelas de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), responsáveis por mais de 50% dos casos.
63
Como é a história natural típica da epilepsia do lobo temporal?
1. Início com crises febris complicadas na infância 2. Período de latência de vários anos 3. Evolui com crises focais perceptivas ou disperceptivas 4. Pode evoluir para crises tônico-clônicas bilaterais
64
O exame neurológico interictal de pacientes com ELT apresenta alterações?
Geralmente, é normal.
65
Como se apresentam os achados do EEG em pacientes com epilepsia do lobo temporal?
Presença de paroxismos uni ou bilaterais na região temporal.
66
Qual é a alteração clássica vista na ressonância magnética na epilepsia do lobo temporal?
Esclerose de hipocampo, também chamada de esclerose mesial temporal.
67
Qual é o esquema de tratamento medicamentoso mais comum na ELT?
Combinação de carbamazepina, lamotrigina e clobazam.
68
Qual é o percentual estimado de pacientes com ELT que não respondem bem ao tratamento medicamentoso?
Aproximadamente 40% dos pacientes.
69
Quais são as opções terapêuticas em casos de epilepsia do lobo temporal refratária ao tratamento medicamentoso?
• Cirurgia de ressecção: córtico-amígdalo-hipocampectomia • Estimulação do nervo vago (VNS – Vagus Nerve Stimulation)
70
Qual é a taxa de eficácia da cirurgia na epilepsia do lobo temporal?
Aproximadamente 60% dos pacientes apresentam melhora significativa.
71
O tratamento cirúrgico das epilepsias elimina completamente a necessidade de uso de medicamentos?
Não. O paciente continua usando as medicações habituais até que as crises diminuam e só então o tratamento pode ser progressivamente reduzido. Nem sempre será possível suspender completamente os fármacos.
72
Qual é a principal indicação para o tratamento cirúrgico na epilepsia?
Epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso otimizado, ou seja, com falha ao uso de três ou mais fármacos antiepilépticos.
73
Em que tipo de epilepsia o tratamento cirúrgico é mais frequentemente indicado?
Principalmente nas epilepsias focais.
74
Qual é a porcentagem de pacientes epilépticos que são refratários ao tratamento clínico?
Cerca de 20 a 30% dos pacientes.
75
Qual é a principal causa de epilepsia refratária em adultos?
Esclerose mesial temporal (esclerose do hipocampo).
76
Qual é a cirurgia mais utilizada em casos de epilepsia por esclerose mesial temporal?
Córtico-amígdalo-hipocampectomia.
77
Qual a taxa de sucesso da córtico-amígdalo-hipocampectomia na redução da frequência das crises?
Aproximadamente 60% dos casos têm redução ≥ 50% na frequência das crises.
78
Qual outra modalidade de tratamento tem sido usada com bons resultados em epilepsia refratária, além da cirurgia ressectiva?
O estimulador vagal (VNS – Vagus Nerve Stimulation), com resultados cada vez melhores em pacientes selecionados.
79
O tratamento cirúrgico da epilepsia elimina a necessidade de fármacos antiepilépticos?
Falso. O paciente continua usando a medicação, que pode ser reduzida progressivamente, mas nem sempre pode ser suspensa.
80
Qual é a porcentagem estimada de pacientes com epilepsia que não respondem ao tratamento medicamentoso e podem ser candidatos à cirurgia?
20 a 30% dos pacientes com epilepsia.
81
Quantos pacientes com epilepsia do lobo temporal ficam livres de crises após a cirurgia?
Cerca de 2/3 dos pacientes, ou seja, aproximadamente 60% conseguem uma redução ≥ 50% nas crises.
82
Qual é a resposta correta da questão da PUC RS 2020?
C) II e III, apenas.
83
Qual é a principal cirurgia realizada em epilepsia do lobo temporal refratária?
Córtico-amígdalo-hipocampectomia.
84
A cirurgia está indicada em que tipo de epilepsia?
Epilepsias focais refratárias, principalmente a epilepsia do lobo temporal com esclerose mesial.
85
Qual tecnologia adjunta à cirurgia tem ganhado espaço como alternativa para alguns casos?
Estimulação do nervo vago (VNS – Vagus Nerve Stimulation).
86
Qual é a duração da maioria das crises epilépticas?
Até 2 minutos em 99% dos casos.
87
Por que a maioria das crises epilépticas se encerra espontaneamente?
Devido a mecanismos protetores intracelulares que interrompem a hiperatividade neuronal, evitando lesão e morte celular.
88
O que ocorre quando os mecanismos de autorregulação neuronal falham durante uma crise?
A crise se prolonga, podendo evoluir para estado de mal epiléptico.
89
A partir de quanto tempo de atividade epiléptica contínua há risco elevado de dano neuronal?
30 minutos.
90
Como é definida a condição de estado de mal epiléptico?
Crise epiléptica que dura mais de 30 minutos ou duas ou mais crises sem recuperação completa da consciência entre elas, com alto risco de lesão neuronal.
91
O estado de mal epiléptico é mais comum em crises de qual tipo?
Pode ocorrer com crises focais ou generalizadas.
92
Por que o estado de mal epiléptico é considerado uma emergência neurológica?
Porque pode levar a complicações clínicas graves e risco de morte, exigindo intervenção imediata.
93
Qual é a relevância do tema “estado de mal epiléptico” para provas de residência médica?
Extremamente alta. É tema frequente nas principais bancas do país.
94
Qual é o tempo mínimo atual, do ponto de vista operacional, para se considerar um estado de mal epiléptico?
≥ 5 minutos de crise contínua.
95
Por que o critério operacional do estado de mal epiléptico foi reduzido para 5 minutos?
Porque procedimentos iniciais (monitorização, acesso venoso, exames e medicações) tomam tempo, e aguardar 30 minutos aumenta o risco de lesão cerebral irreversível.
96
A definição clássica de estado de mal epiléptico com base em lesão neuronal ainda é válida?
Sim, mas a conduta não deve esperar os 30 minutos — o diagnóstico clínico e início do tratamento são feitos aos 5 minutos.
97
O que motivou a mudança na abordagem temporal do estado de mal epiléptico?
O entendimento de que lesões cerebrais podem ocorrer precocemente, e que esperar demais compromete o prognóstico.
98
Qual é a definição clássica de estado de mal epiléptico adotada pela maioria das bancas de residência?
1. Crise convulsiva ≥ 5 minutos 2. Duas ou mais crises sem recuperação da consciência entre elas.
99
O que é o tempo t1 no estado de mal epiléptico?
É o tempo a partir do qual a crise é considerada prolongada, improvável de cessar espontaneamente e exige início imediato do tratamento.
100
O que é o tempo t2 no estado de mal epiléptico?
É o tempo a partir do qual a crise em andamento representa risco elevado de lesão cerebral permanente ou morte neuronal.
101
Quais são os valores de t1 e t2 para crises tônico-clônicas generalizadas?
• t1 = 5 minutos • t2 = 30 minutos
102
Quais são os valores de t1 e t2 para crises focais com alteração da consciência (disperceptivas)?
• t1 = 10 minutos • t2 > 60 minutos
103
O que é o estado de mal epiléptico não convulsivo?
Quadro de rebaixamento de consciência, sem manifestações motoras, associado a padrões epileptiformes no EEG compatíveis com crise em andamento.
104
Em qual situação clínica o estado de mal não convulsivo deve sempre ser considerado?
Em pacientes com rebaixamento do nível de consciência, sem crises motoras óbvias, mas com alterações epileptiformes no EEG.
105
O que caracteriza o estado de mal epiléptico iminente?
Crise com duração ≥ 5 minutos, momento em que deve-se iniciar tratamento imediato para evitar progressão.
106
O que define o estado de mal epiléptico estabelecido?
Crise com duração ≥ 30 minutos, tempo em que lesão neuronal significativa pode já estar ocorrendo.
107
A partir de quanto tempo a crise é classificada como estado de mal epiléptico refratário?
Quando persiste por ≥ 60 minutos, apesar do uso de benzodiazepínico + segunda droga anticonvulsivante de linha.
108
O que é o estado de mal epiléptico superrefratário?
Quando a crise persiste por ≥ 24 horas, mesmo após anestesia e suporte intensivo.
109
Qual é a importância da classificação temporal do EME na prática clínica e em provas?
Guia a conduta por fases, ajuda a identificar falha terapêutica precoce e indica a necessidade de intervenções mais agressivas (como UTI, sedação e anestésicos).
110
Como é chamado o estado de mal epiléptico com duração de 30 minutos, independentemente da resposta parcial à medicação?
Estado de mal epiléptico estabelecido.
111
O estado de mal epiléptico é considerado estabelecido aos 30 minutos mesmo com ou sem tratamento medicamentoso?
Sim, a classificação depende da duração da crise, não da resposta ao tratamento até esse ponto.
112
Como é definido o estado de mal epiléptico superrefratário?
Quando há crises contínuas ou recorrentes por mais de 24 horas, mesmo com tratamento intensivo.
113
O que caracteriza o estado de mal epiléptico refratário?
Persistência da crise por mais de 60 minutos, mesmo após uso adequado de benzodiazepínico e fármaco de segunda linha.
114
Qual alternativa estava correta na questão?
E) Estado de mal epiléptico refratário = >60 minutos com falha terapêutica.
115
Em que percentual o estado de mal epiléptico pode ser a primeira manifestação de epilepsia em crianças?
Em cerca de 12% dos casos pediátricos.
116
Quais são as principais causas infecciosas de EME em crianças?
Neuroinfecções (ex: meningite, encefalite).
117
Que causas hipóxico-isquêmicas podem levar ao EME em pediatria?
Sofrimento fetal, parada cardiorrespiratória, asfixia neonatal.
118
Quais distúrbios metabólicos devem ser considerados na investigação de EME em crianças?
• Hipoglicemia • Erros inatos do metabolismo (ex: acidemias, aminoacidopatias)
119
Quais distúrbios hidroeletrolíticos são causas comuns de EME em pediatria?
Hiponatremia, hipocalcemia, hipomagnesemia, hipernatremia.
120
Quais causas traumáticas podem precipitar EME em crianças?
Traumatismo cranioencefálico (TCE).
121
Quais agentes exógenos podem causar EME pediátrico?
Drogas, intoxicações, e envenenamentos.
122
Qual condição febril comum pode desencadear EME em crianças?
Convulsão febril complicada ou prolongada.
123
Evento vascular cerebral pode causar EME em crianças?
Sim, embora mais raro que em adultos, o AVC pediátrico é causa potencial.
124
A abordagem das causas de EME em adultos depende de quê?
Se o paciente tem ou não tem diagnóstico prévio de epilepsia.
125
Em adultos com epilepsia prévia, quais são as principais causas de EME?
• Suspensão abrupta de medicação • Privação de sono • Álcool ou drogas • Interações medicamentosas
126
Em adultos sem epilepsia prévia, quais causas devem ser investigadas no EME?
• AVC (isquêmico ou hemorrágico) • Neuroinfecções • Tumores cerebrais • Distúrbios metabólicos ou tóxicos • Traumatismo craniano • Hipóxia cerebral aguda
127
Qual é a causa mais comum de EME em pacientes com epilepsia prévia?
Uso irregular de medicações antiepilépticas.
128
A evolução natural da epilepsia refratária pode desencadear EME?
Sim, é uma das causas reconhecidas.
129
Como uma intercorrência clínica pode precipitar EME em epilépticos?
Ao reduzir o limiar para crises (ex: infecção, febre, estresse metabólico).
130
Uma doença nova pode desencadear EME mesmo em epiléptico conhecido?
Sim, por exemplo, meningite ou outras infecções agudas do SNC.
131
Qual a causa mais frequente de EME em pacientes sem epilepsia prévia?
Acidente Vascular Cerebral (AVC).
132
O TCE pode ser causa inicial de EME em adultos sem epilepsia conhecida?
Sim, é causa frequente.
133
Neoplasias cerebrais podem causar EME mesmo na ausência de epilepsia anterior?
Sim, especialmente em tumores do SNC de crescimento rápido ou com edema associado.
134
Qual é a relação entre hipóxia/anóxia e EME?
A lesão cerebral hipóxico-isquêmica pode desencadear EME em indivíduos previamente hígidos.
135
Quais infecções do SNC são causas de EME em não epilépticos?
Meningoencefalite e abscessos cerebrais.
136
Como a intoxicação exógena pode levar ao estado de mal epiléptico?
Por ação neurotóxica direta, desbalanço neurotransmissor ou inibição de GABA.
137
Por que a abstinência de drogas sedativas (como benzodiazepínicos ou álcool) pode causar EME?
Porque gera hiperexcitabilidade do SNC após retirada abrupta do efeito depressor.
138
Como os distúrbios hidroeletrolíticos causam EME?
Desequilíbrios como hiponatremia ou hipocalcemia alteram a excitabilidade neuronal, favorecendo crises prolongadas.
139
Qual é a principal causa de estado de mal epiléptico em pacientes com epilepsia prévia?
Tratamento irregular (má adesão, interrupção ou troca inadequada de anticonvulsivantes).
140
Quais fatores relacionados à medicação podem precipitar EME em epilépticos?
• Suspensão abrupta • Troca de droga ou posologia • Interações medicamentosas • Esquecimento de doses • Falta de acesso ao medicamento
141
Em quantas fases é dividido o tratamento do estado de mal epiléptico?
Em três fases: 1. Suporte inicial 2. Tratamento farmacológico inicial 3. Drogas para profilaxia da recorrência
142
Quais são os objetivos principais da 1ª fase do tratamento do EME?
• ABC da reanimação (vias aéreas, ventilação, circulação) • Monitorização vital • Acesso venoso periférico • Coleta de exames (glicemia, eletrólitos, função renal, toxicológico) • Glicose EV se hipoglicemia, + tiamina se risco nutricional • Oxigenoterapia, controle térmico, punção venosa profunda se necessário
143
Qual é a droga de escolha na 2ª fase do tratamento do EME (fase aguda)?
Benzodiazepínicos – preferencialmente diazepam, lorazepam ou midazolam.
144
E se o benzodiazepínico não resolver completamente a crise?
Iniciar droga anticonvulsivante de segunda linha, como: • Fenitoína ou fosfenitoína • Valproato de sódio • Levetiracetam • Fenobarbital
145
O que é feito na 3ª fase do tratamento do EME?
• Introdução ou ajuste da medicação antiepiléptica de manutenção • Acompanhamento em ambiente hospitalar • Avaliação de causas e controle de gatilhos ou doenças associadas
146
Qual percentual de pacientes com EME será refratário ao tratamento inicial?
Cerca de 20%.
147
O que caracteriza um estado de mal refratário?
Persistência das crises mesmo após benzodiazepínico e anticonvulsivante de segunda linha.
148
Qual deve ser o primeiro passo na abordagem de um paciente com estado de mal epiléptico?
Suporte avançado de vida – ABC (vias aéreas, respiração, circulação).
149
O que deve ser avaliado na abordagem respiratória inicial?
• Permeabilidade das vias aéreas • Necessidade de oxigênio suplementar • Saturação de O₂
150
O que deve ser feito na avaliação circulatória do EME?
• Monitorização de pressão arterial (PA) • Monitor cardíaco contínuo
151
Qual tipo de acesso venoso deve ser realizado inicialmente?
Acesso venoso periférico (evitar puncionar acesso central na fase inicial).
152
Quais exames laboratoriais devem ser colhidos na fase inicial?
• Eletrólitos: sódio, potássio, cálcio, fósforo, magnésio • Glicemia plasmática • Função hepática • Hemograma completo • Exames toxicológicos • Níveis séricos de antiepilépticos
153
Se o paciente estiver em hipoglicemia, qual é a conduta imediata?
1. Administrar tiamina (vitamina B1) 2. Em seguida, glicose hipertônica IV
154
Por que a tiamina deve ser administrada antes da glicose em pacientes com risco nutricional?
Para prevenir encefalopatia de Wernicke-Korsakoff, especialmente em alcoolistas ou desnutridos.
155
Qual outro exame clínico fundamental deve ser feito rapidamente?
Avaliação neurológica inicial para identificar o tipo de EME e possíveis etiologias associadas.
156
O que define o EME refratário segundo a ILAE?
Crise não responsiva a pelo menos dois anticonvulsivantes de classes diferentes — verdadeiro (✔️ Assertiva I correta).
157
Qual é o tratamento de primeira linha do EME em qualquer idade?
Benzodiazepínicos, como diazepam EV ou midazolam IM — verdadeiro (✔️ Assertiva II correta).
158
O fenobarbital é o anticonvulsivante de segunda linha mais usado no Brasil?
Não como primeira escolha — geralmente, a fenitoína é usada antes do fenobarbital. Assim, (❌ Assertiva III é falsa).
159
Qual é a sequência de medicações no EME pediátrico conforme protocolos comuns?
1. Diazepam EV (0,15 mg/kg, máx. 10 mg) ou Midazolam IM 2. Fenitoína EV (20 mg/kg), podendo complementar até 30 mg/kg 3. Se falha, usar Fenobarbital (15 mg/kg EV)
160
O que é feito se mesmo com benzodiazepínico + fenitoína/fenobarbital não há resposta?
Considera-se EME refratário → iniciar sedação contínua, intubação orotraqueal, e uso de terceira droga antiepiléptica.
161
Qual a alternativa correta na questão da prova?
A) As afirmativas I e II são verdadeiras. A afirmativa III é falsa.
162
Qual a importância da precocidade no tratamento do EME na infância?
Reduz morbidade neurológica e mortalidade, tendo impacto direto no prognóstico funcional da criança.
163
Quando está indicada a intubação orotraqueal no EME?
Nos casos de estado de mal refratário, hipoxemia persistente, rebaixamento grave do nível de consciência ou necessidade de sedação contínua.
164
Quais fármacos podem ser usados para indução anestésica antes da intubação no EME?
• Etomidato • Propofol • Midazolam
165
Qual agente bloqueador neuromuscular é indicado na intubação em EME e por quê?
Succinilcolina, por ter ação rápida (4–6 minutos) e não mascarar sinais motores de crise epiléptica.
166
Por que é importante que o bloqueador neuromuscular não mascare a atividade motora epiléptica?
Para que o médico não tenha a falsa impressão de que a crise cessou, mantendo o monitoramento adequado e o tratamento ativo.
167
Após intubação em EME refratário, o que deve ser feito?
• Início de sedação contínua com drogas como midazolam, propofol ou pentobarbital • Monitoramento em UTI com EEG contínuo se possível • Associação de terceira droga antiepiléptica
168
Qual é a droga de escolha no Brasil para o tratamento inicial do EME?
Diazepam EV.
169
Quais benzodiazepínicos são eficazes no EME?
• Diazepam • Lorazepam (não disponível EV no Brasil) • Midazolam ## Footnote Todos têm eficácia semelhante com base em evidência científica.
170
Qual a dose de diazepam EV em adultos no EME?
0,15 mg/kg, com dose máxima de 10 mg por administração. Dose total não deve ultrapassar 20 a 30 mg, dependendo da banca.
171
Qual a dose de diazepam em crianças para EME?
0,2 mg/kg por dose, a cada 3 minutos, podendo repetir até atingir máximo de 8 mg.
172
O que fazer se não for possível obter acesso venoso rápido?
Utilizar midazolam por via intramuscular ou intranasal.
173
O início de ação do midazolam intramuscular é comparável a qual via de administração?
Ao diazepam endovenoso — ambos têm início de ação rápido, mas o efeito do midazolam dura menos.
174
Por que o midazolam IM é útil em pediatria e emergências pré-hospitalares?
Porque pode ser administrado sem acesso venoso, tem ação rápida e é seguro.
175
Qual o diagnóstico correto para um paciente com crise focal motora contínua há mais de 2 horas?
Estado de mal epiléptico focal motor.
176
Qual o primeiro passo na conduta medicamentosa para EME?
Benzodiazepínico EV, como midazolam ou diazepam.
177
Após o benzodiazepínico, qual anticonvulsivante é indicado na 2ª fase do EME?
Fenitoína EV, com dose de ataque e velocidade máxima de infusão de 50 mg/min.
178
A mortalidade por estado de mal epiléptico (EME) em crianças é inferior a 5%?
Sim, geralmente entre 3% a 9%. ## Footnote (Assertiva I – Correta)
179
O EME pode ser a primeira manifestação de epilepsia em crianças?
Sim, ocorre em até 12% dos casos pediátricos. ## Footnote (Assertiva II – Incorreta)
180
Quando o acesso venoso não é possível, qual é o benzodiazepínico de escolha por via IM?
Midazolam IM, com início de ação tão rápido quanto o diazepam EV. ## Footnote (Assertiva III – Correta)
181
Qual a alternativa correta na questão do HCPA RS 2018?
D) Apenas I e III.
182
Qual é o risco de mortalidade em casos de EME refratário (duração > 60 min) na infância?
17% a 32%, significativamente mais alto que em casos comuns de EME.
183
O que define o estado de mal epiléptico (EME)?
• Crise com duração ≥ 5 minutos • Ou 2 ou mais crises sem recuperação da consciência entre elas
184
Quando os benzodiazepínicos estão indicados no EME?
Apenas enquanto a crise estiver ocorrendo. Se o paciente estiver em período pós-ictal e sem sinais de EME não convulsivo, não devem ser administrados.
185
O que deve ser feito após a administração de benzodiazepínico, independentemente de a crise ter parado ou não?
Administrar a medicação de segunda linha (geralmente fenitoína) para: 1. Debelar crises residuais ou recorrentes, ou 2. Proteger o cérebro de novas crises.
186
Por que a fenitoína em doses habituais não é adequada para o manejo inicial do EME?
Porque ela demora para atingir níveis séricos terapêuticos quando administrada em doses padrão.
187
O que é a hidantalização?
É a administração de uma dose de ataque elevada de fenitoína, para atingir rapidamente o nível terapêutico ideal no sangue. O nome deriva do antigo nome comercial Hidantal® (difenil-hidantoína).
188
Qual o objetivo da hidantalização no EME?
Bloquear rapidamente novas descargas epileptiformes e prevenir recorrência, enquanto a ação dos benzodiazepínicos se dissipa.
189
Qual é a sequência racional de tratamento após controle inicial da crise com benzodiazepínico?
1. Avaliar se há EME não convulsivo 2. Se não houver: iniciar fenitoína EV (hidantalização) 3. Monitorar sinais vitais e ECG (devido ao risco de arritmias com a infusão)
190
O que é hidantalização?
É a administração de dose de ataque de fenitoína (20 mg/kg EV) para atingir rapidamente o nível terapêutico e controlar as crises convulsivas no EME.
191
Qual a dose de ataque da fenitoína na hidantalização?
20 mg/kg por via endovenosa, em acesso exclusivo para fenitoína.
192
Qual soro deve ser usado na diluição da fenitoína?
Soro fisiológico (SF 0,9%). Fenitoína precipita em soro glicosado.
193
Por que a fenitoína não pode ser administrada por via intramuscular?
Porque sua absorção por via IM é errática, lenta e dolorosa — inviável em emergências como o EME.
194
Qual é a velocidade máxima de infusão da fenitoína no EME?
50 mg/min. Velocidades maiores podem causar bradiarritmias e hipotensão.
195
Quais complicações podem ocorrer com a infusão rápida de fenitoína?
• Bradiarritmias (por prolongamento do intervalo QT) • Hipotensão arterial Por isso, o paciente deve estar monitorizado e em decúbito durante a infusão.
196
O que fazer se a crise persistir após a primeira dose de fenitoína?
Administrar uma segunda dose (reforço) de 10 mg/kg EV após 10 minutos do término da dose inicial.
197
Quais são as alternativas à fenitoína na segunda linha do EME, caso disponíveis?
• Ácido valproico (EV) • Levetiracetam (EV) Essas drogas são eficazes, mas não disponíveis em todas as instituições brasileiras.
198
O que considerar na escolha da droga de segunda linha no EME?
1. Disponibilidade no serviço 2. Perfil farmacológico 3. Medicamento não utilizado previamente pelo paciente.
199
Qual a dose de manutenção da fenitoína após estabilização?
200–300 mg/dia, dividida em 2 a 3 tomadas diárias, ajustando conforme nível sérico e resposta clínica.
200
Quais são as medicações de segunda e terceira linhas em caso de falha da hidantalização no estado de mal epiléptico?
Fenobarbital, lacosamida endovenosa (não disponível no Brasil) e topiramato (via sonda nasoenteral). A preferência é pelo fenobarbital.
201
Qual a via preferencial de administração do topiramato em estado de mal epiléptico refratário?
Via sonda nasoenteral.
202
Qual é a dose de ataque recomendada para o fenobarbital em estado de mal epiléptico?
15–20 mg/kg.
203
Qual a velocidade máxima de infusão do fenobarbital em estado de mal epiléptico?
100 mg/min (deve ser mais lento em idosos).
204
Por que frequentemente é necessário intubar pacientes que recebem dose de ataque de fenobarbital?
Devido à intensa sedação causada por essa dose.
205
Qual é a taxa de sucesso do fenobarbital no controle das crises epilépticas após falha da hidantalização?
Até 60% dos pacientes.
206
Para onde deve ser encaminhado o paciente após administração de fenobarbital no estado de mal epiléptico?
Unidade de terapia intensiva (UTI).
207
Qual deficiência pode tornar o tratamento do estado de mal epiléptico refratário em crianças?
Deficiência de piridoxina (vitamina B6).
208
O que deve ser feito em crianças com estado de mal epiléptico refratário e suspeita de deficiência de vitamina B6?
Reposição de piridoxina (vitamina B6).
209
Quais são os critérios diagnósticos para estado de mal epiléptico?
Duas ou mais crises convulsivas sem recuperação da consciência entre elas, ou crise contínua com duração ≥5 minutos.
210
Qual a primeira medicação indicada no tratamento do estado de mal epiléptico?
Diazepam 5–10 mg IV, podendo ser repetido a cada 3–5 minutos até o máximo de 30 mg.
211
Qual é a dose recomendada de fenitoína para tratar estado de mal epiléptico?
15–18 mg/kg IV em bomba de infusão, na velocidade máxima de 50 mg/min.
212
Em caso de refratariedade à primeira dose de fenitoína, o que deve ser feito?
Pode-se repetir a fenitoína com metade da dose. Se não houver resposta, administrar fenobarbital.
213
Qual é a dose do fenobarbital indicada no tratamento do estado de mal epiléptico refratário?
15–20 mg/kg IV, com velocidade máxima de infusão de 100 mg/min.
214
Quando está indicado o uso de tiamina e glicose no manejo de crises convulsivas?
Em pacientes com hipoglicemia ou etilistas crônicos, para prevenir encefalopatia de Wernicke.
215
O gluconato de cálcio faz parte do protocolo de tratamento do estado de mal epiléptico?
Não. O gluconato de cálcio não está incluído no protocolo padrão para tratamento do estado de mal epiléptico.
216
O que caracteriza epilepsia de difícil controle?
Falha no controle das crises com o uso concomitante de três ou mais fármacos antiepilépticos adequadamente escolhidos e administrados.
217
Qual a sequência correta de administração de diazepam e fenitoína no estado de mal epiléptico?
Primeiro o diazepam, seguido da fenitoína. A única exceção é quando o paciente chega após a crise ter cessado.
218
O que caracteriza o estado de mal epiléptico refratário?
É aquele que não responde ao tratamento com benzodiazepínicos, fenitoína e fenobarbital, necessitando de sedação contínua.
219
Qual é a porcentagem dos pacientes com estado de mal epiléptico que evoluem para refratariedade?
Cerca de 20% dos pacientes.
220
Qual é a mortalidade do estado de mal epiléptico refratário que exige sedação contínua?
Aproximadamente 48%.
221
Qual a dose de bolus e manutenção do midazolam na sedação contínua?
Bolus: 0,2 mg/kg (2 mg/min); Manutenção: 0,1 mg/kg/h.
222
Qual a dose de bolus e manutenção do propofol na sedação contínua?
Bolus: 1–2 mg/kg em 5 minutos; Manutenção: 10–12 mg/kg/h.
223
Qual a dose de bolus e manutenção do tiopental na sedação contínua?
Bolus: 5 mg/kg em 10 minutos; Manutenção: 1–5 mg/kg/h.
224
Qual fármaco entre midazolam, propofol e tiopental tem maior associação com hipotensão arterial?
Tiopental, com 77% de incidência de hipotensão (versus 34% dos outros).
225
Qual medicação mostra maior índice de sucesso na reversão do estado de mal refratário?
Tiopental — apenas 12% dos pacientes permanecem refratários após seu uso.
226
O que deve ser feito caso não haja melhora do estado de mal epiléptico após 45–60 minutos de sedação contínua com uma droga?
Trocar para outra medicação sedativa.
227
Quais são os efeitos do propofol além da sedação?
Efeito anticonvulsivante, antiemético, antiprurido e broncodilatador.
228
O propofol é seguro em quais condições clínicas específicas?
Em pacientes com insuficiência hepática e renal.
229
Quais são os principais efeitos adversos do propofol?
Hipotensão arterial e depressão respiratória.
230
Qual é a complicação mais comum associada ao uso de propofol?
Hipotensão arterial.
231
O propofol possui efeito analgésico?
Não. O propofol é um sedativo sem efeito analgésico.
232
O propofol pode ser usado para sedação contínua em qual condição neurológica grave?
Estado de mal epiléptico refratário.
233
Quais são os efeitos terapêuticos adicionais do propofol além da sedação?
Efeitos anticonvulsivante, antiemético, antiprurido e broncodilatador.
234
Pacientes com qual condição devem evitar o uso de propofol?
Pacientes com hipotensão arterial refratária.
235
O propofol pode causar taquiarritmias ou alterar significativamente a frequência cardíaca?
Não. Taquiarritmias e alterações significativas da frequência cardíaca não são comuns com propofol.
236
Como deve ser monitorada a profundidade da sedação contínua em pacientes com estado de mal epiléptico refratário?
Por meio de eletroencefalograma contínuo (EEG contínuo).
237
Qual o padrão eletroencefalográfico buscado durante a sedação contínua em estado de mal epiléptico refratário?
Padrão de surto-supressão (burst-suppression), com atividade elétrica intercalada por períodos de silêncio elétrico.
238
Por quanto tempo o padrão de surto-supressão deve ser mantido na sedação contínua do estado de mal epiléptico refratário?
Entre 24 e 48 horas.
239
O que deve ser feito após a manutenção do padrão de surto-supressão por 24–48 horas?
A sedação deve ser reduzida lentamente.
240
Qual é uma limitação prática para a monitorização adequada da sedação contínua em UTIs no Brasil?
A baixa disponibilidade de eletroencefalograma contínuo nas unidades de terapia intensiva.
241
Quais são as complicações pulmonares do estado de mal epiléptico?
Hipóxia, hipercapnia e edema pulmonar neurogênico.
242
Quais são as complicações cardíacas associadas ao estado de mal epiléptico?
Insuficiência cardíaca congestiva e hipotensão arterial.
243
Quais são as complicações renais e metabólicas do estado de mal epiléptico?
Acidose metabólica, rabdomiólise e hipercalemia.
244
Quais sistemas orgânicos são mais comumente afetados por complicações sistêmicas do estado de mal epiléptico?
Sistemas pulmonar, cardíaco e renal/metabólico.
245
Qual é a mortalidade geral do estado de mal epiléptico na infância?
Varia entre 3% e 9%.
246
Qual é a mortalidade nos casos refratários de estado de mal epiléptico na infância (duração > 60 minutos)?
Varia entre 17% e 32%.
247
O que caracteriza um estado de mal epiléptico refratário na infância, segundo o critério de tempo?
Duração superior a 60 minutos.
248
Qual é a mortalidade geral do estado de mal epiléptico em adultos?
Entre 16% e 20%.
249
Qual é a mortalidade nos casos de estado de mal epiléptico refratário em adultos?
Entre 35% e 60%.
250
Qual é a forma mais grave de estado de mal epiléptico em termos de mortalidade?
Estado de mal epiléptico pós-anóxia, com mortalidade entre 69% e 81%.
251
Qual é o risco de recorrência do estado de mal epiléptico após um episódio?
Aproximadamente 40%.
252
Qual é a taxa estimada de sequelas neurológicas entre os sobreviventes do estado de mal epiléptico?
Entre 10% e 50%.
253
Qual é a primeira conduta no manejo do estado de mal epiléptico segundo o fluxograma?
Avaliação e estabilização com ABC, coleta de exames e administração de tiamina + glicose se necessário.
254
Qual benzodiazepínico deve ser administrado inicialmente no estado de mal epiléptico?
Diazepam EV ou Midazolam IM.
255
Qual é a dose e velocidade de administração da fenitoína no estado de mal epiléptico?
20 mg/kg EV, com velocidade máxima de 50 mg/min.
256
O que deve ser administrado caso o paciente não responda à fenitoína?
Fenobarbital 15–20 mg/kg EV, com velocidade máxima de 10 mg/min.
257
Quais medicações são utilizadas na sedação contínua para casos refratários de estado de mal epiléptico?
• Midazolam: 0,2 mg/kg em bolus; 0,1 a 2 mg/kg/h • Propofol: 1–2 mg/kg em 5 min; manutenção de 10–12 mg/kg/h • Tiopental: 5 mg/kg em 10 min; 1–5 mg/kg/h
258
Para onde o paciente deve ser encaminhado após início de sedação contínua no estado de mal epiléptico refratário?
Unidade de Terapia Intensiva (UTI).