AVE: Etiopatogenia do AVC Isquêmico Flashcards

(95 cards)

1
Q

O que determina a tolerância de uma região cerebral à isquemia?

A

A densidade da circulação colateral e o metabolismo local.

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2
Q

Qual estrutura possui maior tolerância à isquemia: córtex ou núcleos da base?

A

Córtex cerebral, devido à maior rede colateral.

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3
Q

Qual região é mais vulnerável à isquemia: núcleos da base ou córtex?

A

Núcleos da base – irrigação por ramos perfurantes terminais.

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4
Q

O que é morte neuronal por exaustão metabólica?

A

Ocorre quando o aporte energético é insuficiente para manter a homeostase celular.

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5
Q

O que determina a transformação da penumbra em core isquêmico?

A

O tempo sem reperfusão e a baixa circulação colateral.

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6
Q

Qual o objetivo principal do tratamento do AVC isquêmico agudo?

A

Reperfusão da penumbra para impedir que se transforme em necrose (core).

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7
Q

Qual é o conceito de penumbra isquêmica?

A

Área com fluxo cerebral reduzido, mas ainda viável e funcionalmente inativa.

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8
Q

Como a imagem ajuda na identificação da penumbra?

A

Perfusão cerebral (CTP ou RM com perfusão) e software como RAPID estimam volume de penumbra vs core.

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9
Q

Em que contextos clínicos o conceito de penumbra é crucial?

A

Decisão de trombólise ou trombectomia, especialmente após 4,5h de sintomas.

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10
Q

Por que a circulação colateral é fator determinante no AVC?

A

Mantém viabilidade da penumbra e retarda crescimento do infarto.

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11
Q

Qual o principal mecanismo da aterosclerose no AVC isquêmico?

A

Ruptura de placa aterosclerótica com trombose in situ ou embolia arterioarterial.

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12
Q

O que é embolia arterioarterial?

A

Fragmentos de trombo ou placa que se desprendem de artéria proximal e embolizam distalmente.

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13
Q

Onde ocorrem mais comumente placas ateroscleróticas sintomáticas?

A

• Bulbo carotídeo
• Artéria carótida interna
• Artéria vertebral
• Artéria basilar.

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14
Q

O que é infarto hemodinâmico?

A

Infarto por hipoperfusão distal a estenose crítica, comum em zonas de fronteira vascular.

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15
Q

Qual sinal clínico pode indicar estenose carotídea significativa?

A

Presença de sopro carotídeo cervical.

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16
Q

AVCs por aterosclerose costumam se repetir em qual padrão?

A

No mesmo território vascular previamente acometido.

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17
Q

Quais são os fatores de risco clássicos para aterosclerose?

A

• HAS
• DM
• Dislipidemia
• Tabagismo
• Idade.

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18
Q

Qual exame não invasivo avalia estenose carotídea extracraniana?

A

Doppler de carótidas.

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19
Q

Qual exame avalia artérias intracranianas?

A

Angiografia por TC (angioTC) ou RM (angioRM).

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20
Q

Quando é indicada angiografia cerebral convencional?

A

• Planejamento cirúrgico
• Avaliação de lesões complexas
• Quando exames não invasivos são inconclusivos.

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21
Q

Qual critério define estenose carotídea sintomática?

A

Estenose ≥50% associada a evento isquêmico recente ipsilateral.

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22
Q

Como a classificação TOAST categoriza AVC por aterosclerose?

A

Como AVC de grandes vasos (causa identificada, geralmente estenose ≥50%).

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23
Q

Qual o principal território envolvido no AVC por aterosclerose de carótida interna?

A

Circulação anterior – território da artéria cerebral média (ACM).

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24
Q

Como diferenciar clinicamente AVC embólico vs hemodinâmico?

A

• Embólico: início súbito, déficit focal localizado
• Hemodinâmico: sintomas flutuantes, em zonas de fronteira.

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25
Quais achados sugerem AVC hemodinâmico por estenose grave?
• Hipotensão associada • Zonas de fronteira vascular afetadas • AVCs recorrentes mesmo território.
26
Qual conduta é indicada em estenose carotídea sintomática ≥70%?
Revascularização por endarterectomia ou stent carotídeo.
27
Qual a relevância clínica do sopro carotídeo assintomático?
Pode indicar estenose ≥50% e necessidade de rastreio por Doppler.
28
Quando suspeitar de estenose intracraniana?
AVC em território único recorrente, sem lesão cervical significativa.
29
Quais artérias intracranianas são comumente afetadas por aterosclerose?
• Artéria cerebral média • Artéria basilar • Segmentos intracranianos da carótida.
30
O que é o bulbo carotídeo e por que é relevante?
Região de bifurcação da carótida comum – local típico de placas instáveis.
31
Qual é a principal complicação das placas instáveis de carótida?
Embolização para artéria cerebral média, causando AVC isquêmico.
32
Como a angiografia por TC pode ajudar no AVC aterotrombótico?
Detecta estenoses, placas ulceradas e visualiza território distal acometido.
33
Qual o risco de AVC em estenose carotídea assintomática ≥70%?
Risco anual de 2% a 3% se não tratada.
34
Qual achado de imagem sugere embolia arterioarterial?
Infartos corticais múltiplos em território da ACM.
35
Qual exame deve sempre acompanhar a investigação etiológica de AVC por grandes vasos?
Doppler de carótidas e vertebrais extracranianas.
36
Qual a segunda principal causa de AVC isquêmico após aterosclerose?
Cardioembolia.
37
Qual é a principal causa de AVC cardioembólico?
Fibrilação atrial (FA).
38
Como a FA causa AVC isquêmico?
Estase de sangue no átrio esquerdo → formação de trombo → embolização para artérias cerebrais.
39
Qual local do coração é mais associado à formação de trombos na FA?
O apêndice atrial esquerdo.
40
Qual a diferença entre FA valvar e não valvar?
• Valvar: presença de estenose mitral reumática ou prótese mecânica • Não valvar: ausência desses elementos.
41
Qual o padrão típico de AVC cardioembólico na TC/RM?
Infartos corticais extensos e múltiplos, em diferentes territórios vasculares.
42
Qual característica clínica sugere origem cardioembólica?
Início súbito, déficit máximo desde o início, sem sintomas prévios.
43
O que é transformação hemorrágica no AVC cardioembólico?
Extravasamento de sangue na área de infarto, mais comum após reperfusão.
44
Qual é a causa mais comum de transformação hemorrágica?
Infarto cardioembólico extenso com reperfusão espontânea ou induzida.
45
Como a transformação hemorrágica aparece na imagem?
Áreas hiperdensas dentro de infarto isquêmico previamente identificado.
46
O infarto do miocárdio (IAM) pode causar AVC? Como?
Sim. Por trombo intracavitário no VE ou disfunção grave da contratilidade.
47
Em quanto tempo após um IAM o risco de AVC é mais alto?
Primeiras 2 semanas, especialmente com disfunção sistólica severa.
48
O que é mixoma atrial e como causa AVC?
Tumor benigno no átrio esquerdo que emboliza fragmentos ou forma trombos.
49
Qual a apresentação clássica de AVC por mixoma?
AVC recorrente + febre + sopro cardíaco + sintomas constitucionais.
50
Qual exame é padrão ouro para diagnóstico de mixoma?
Ecocardiograma transesofágico (ECO-TE).
51
Qual a importância do forame oval patente (FOP) no AVC?
Permite embolia paradoxal de trombos venosos para artérias cerebrais.
52
Quando suspeitar de FOP como causa de AVC?
Paciente jovem, sem fatores de risco, com infarto cortical ou cerebelar e exclusão de outras causas.
53
Como diagnosticar FOP?
ECO-TE com microbolhas e manobra de Valsalva.
54
O que é embolia paradoxal?
Trombose venosa → atravessa FOP → atinge circulação arterial cerebral.
55
Qual valvopatia mais comumente causa AVC?
Estenose mitral reumática.
56
Como a endocardite infecciosa pode levar a AVC?
Embolia de vegetações sépticas para artérias cerebrais.
57
Quando suspeitar de endocardite como causa de AVC?
Febre, sopro, AVC múltiplo em paciente com valvopatia ou cateter.
58
Qual exame deve ser feito em todos os pacientes com AVC e FA?
ECG + Ecocardiograma transtorácico (ECO-TT).
59
Quando indicar ECO transesofágico em investigação de AVC?
Se ECO-TT normal e suspeita de FOP, mixoma, trombo atrial ou endocardite.
60
Quais alterações no Holter sugerem cardioembolia?
Fibrilação atrial paroxística ou taquiarritmias atriais não vistas em ECG de repouso.
61
Qual a importância da monitorização cardíaca prolongada no AVC?
Detecta FA subclínica como fonte emboligênica oculta.
62
Qual exame detecta trombo mural ventricular pós-IAM?
Ecocardiograma transtorácico.
63
Qual marcador sorológico deve ser investigado na endocardite?
Hemoculturas positivas.
64
Quais achados de imagem sugerem AVC cardioembólico?
Infartos múltiplos, corticais, em territórios diferentes (ex: ACM + ACP).
65
O que diferencia AVC aterotrombótico do cardioembólico?
• Atero: AVC único, em território fixo • Cardio: múltiplos territórios, início súbito máximo.
66
Quais miocardiopatias aumentam risco de AVC?
• Dilatada • Hipertrofica • Restritiva • Miocardite.
67
Qual é o principal achado radiológico na transformação hemorrágica?
Áreas hiperdensas dentro de infartos isquêmicos na TC sem contraste.
68
Qual o risco de trombólise em pacientes com infarto cardioembólico extenso?
Maior chance de transformação hemorrágica.
69
O que indica recorrência precoce de AVC em diferentes territórios?
Fonte emboligênica cardíaca persistente.
70
Qual é a importância da anticoagulação em FA pós-AVC?
Prevenção de novos eventos cardioembólicos (profilaxia secundária).
71
Qual é a principal causa de AVC isquêmico em pacientes com menos de 45 anos?
Dissecção arterial cervical, especialmente da carótida interna.
72
Qual é o mecanismo fisiopatológico da dissecção arterial?
Ruptura do endotélio com formação de falsa luz e hematoma intramural que pode ocluir o vaso ou embolizar distalmente.
73
Qual sintoma típico acompanha AVC por dissecção de carótida?
Dor cervical + síndrome de Horner (miose, ptose, enoftalmia).
74
Qual exame é indicado para diagnóstico de dissecção arterial?
AngioTC, angioRM, RM de parede do vaso ou arteriografia digital.
75
O que é a síndrome do roubo da subclávia?
Reversão do fluxo da artéria vertebral devido à estenose proximal da artéria subclávia, especialmente à esquerda.
76
Quais os fatores de risco para síndrome do roubo da subclávia?
Homens jovens tabagistas representam 70% dos casos.
77
Qual sinal clínico pode ocorrer na síndrome do roubo da subclávia?
Isquemia cerebral ao movimentar o membro superior esquerdo, com tontura ou síncope.
78
Quais são os tipos de arteriopatias que causam AVC?
• Inflamatórias infecciosas • Inflamatórias não infecciosas • Não inflamatórias.
79
Cite exemplos de arteriopatias infecciosas associadas a AVC.
HIV, hepatites B e C, varicela-zóster, neurossífilis, tuberculose, neurocisticercose.
80
Cite exemplos de arteriopatias não infecciosas.
LES, arterite de Takayasu, angeíte primária do SNC, vasculite por drogas, síndrome de vasoconstrição cerebral reversível.
81
Quais são as arteriopatias não inflamatórias importantes no AVC?
Dissecção arterial, doença de Moyamoya e displasia fibromuscular.
82
Qual o papel do liquor na investigação etiológica do AVC?
Pode revelar inflamação meningoencefálica, como em vasculites infecciosas ou autoimunes.
83
Quais exames complementares são úteis na avaliação de arteriopatias?
Neuroimagem vascular, sorologias, reumatograma, líquor.
84
Qual a importância das doenças hematológicas no AVC?
Representam 1% dos AVCs em geral e até 8% nos pacientes jovens.
85
Cite doenças hematológicas relacionadas ao AVC.
• Anemia falciforme • Policitemia vera • Trombocitose essencial • Trombocitopenia induzida por heparina.
86
Quais causas de trombofilia devem ser investigadas em AVC isquêmico?
• Deficiência de proteínas C e S • Mutação do gene da protrombina • Fator V de Leiden • Deficiência de antitrombina III.
87
O que é a síndrome antifosfolipídica (SAF)?
Doença autoimune trombogênica com anticorpos antifosfolipídios, comum em AVC isquêmico jovem.
88
Quais anticorpos estão presentes na SAF?
• Anticardiolipina • Anticoagulante lúpico • Anti-β2-glicoproteína I.
89
Quais critérios são usados para diagnosticar SAF?
Evento trombótico OU abortos de repetição + presença de anticorpos antifosfolipídios.
90
Quais síndromes genéticas causam AVC em jovens?
• CADASIL • MELAS • Doença de Fabry.
91
Qual a principal característica da doença de CADASIL?
Doença genética de pequenos vasos com mutação NOTCH3, causa de AVC recorrente e demência.
92
O que é MELAS?
Encefalopatia mitocondrial com acidose láctica e AVC-like, associada a mutações mitocondriais.
93
O que caracteriza a doença de Fabry?
Doença de depósito lisossomal ligada ao X, com AVC precoce, dor neuropática, anidrose e proteinúria.
94
Quais exames devem ser feitos ao investigar causas raras de AVC?
• Sorologias • Marcadores autoimunes • Estudo genético • Exames hematológicos especializados.
95
Quando suspeitar de uma causa rara de AVC?
Paciente jovem, sem fatores de risco tradicionais e com história familiar ou sinais sistêmicos associados.