Micoses pulmonares Flashcards
(7 cards)
Agentes das micoses pulmonares e vínculo epidemiológico
Aspergilose: Aspergillus fumigatus
Histoplasmose: Histoplasma capsulatum → cavernas, galinheiros, viveiros de aves
Paracoccidioidomicose: Paracoccidioides brasiliensis → meio rural
Aspergilose broncopulmonar alérgica: fatores de risco, clínica, laboratório e tratamento
Fatores de risco: asma ou fibrose cística
Clínica: exacerbação da doença de base + bronquiectasias
Laboratório: eosinofilia + aumento de IgE total (≥ 500-1.000 UI/ml) + IgE e IgG específicas para Aspergillus
Tratamento: prednisona 0,5 mg/kg/dia por ≥ 14 dias + itraconazol ou voriconazol
Aspergilose pulmonar crônica: fator de risco, formas clínicas, sintomas, diagnóstico e tratamento
Fator de risco: lesão/doença pulmonar prévia (TB)
Formas clínicas: nodular, cavitária crônica e aspergiloma/bola fúngica (sinal da lua crescente/menisco/Monod)
Clínica: perda ponderal + tosse + dispneia + hemoptise
Diagnóstico: sorologia IgG para Aspergillus
Tratamento:
Cavitária crônica: terapia antifúngica para sempre
Aspergiloma:
-Assintomático: acompanhar
-Hemoptise grave (perda de ≥ 150 ml de sangue em 24h): cirurgia (preferencial) | embolização se alto risco cirúrgico | antifúngico se risco de doença invasiva
Aspergilose invasiva: fator de risco, clínica, diagnóstico e tratamento
Fator de risco: imunossupressão (infecção pulmonar oportunista mais frequente)
Clínica: tríade = febre + dor pleurítica + hemoptise
Diagnóstico: imagem + evidência de Aspergillus = escarro → galactomanana sérica → lavado broncoalveolar → biópsia
Tratamento: voriconazol +- equinocandina (caspofungina) se grave ou refratário
Histoplasmose: formas clínicas, diagnóstico e tratamento
Aguda: < 3 semanas pós-contato | síndrome gripal | artrite, conjuntivite, eritema nodoso, pleurite | regressão espontânea em até 4 semanas | infiltrado reticulonodular bilateral + linfonodomegalia hilar e mediastinal +- calcificação dos linfonodos hilares +- nódulo com halo em vidro fosco
Crônica: fator de risco = pneumopatia prévia | clínica parecida com TB
Disseminada (imunossuprimidos):
aguda (pancitopenia e encefalite) |
subaguda (lesões sólidas destrutivas do TGI, pulmões ou adrenais) | crônica (lesões cutaneomucosas) - parece molusco contagioso
Diagnóstico:
-Antígeno na urina, sangue ou escarro/LBA (lavado broncoalveolar)
-Sorologia
-Cultura do escarro/LBA
-Citologia ou histopatologia (mais invasivos)
Tratamento:
-Aguda prolongado (> 4 semanas): itraconazol VO por 6-12 semanas
-Crônica: itraconazol VO por 12 meses
-Grave: anfotericina B EV por 1-2 semanas → itraconazol VO por 12 semanas
Paracoccidioidomicose: características da forma aguda/juvenil (clínica e laboratório) e crônica (clínica e RX)
Aguda/juvenil (< 10%): após 45 dias do contato. Predomina em jovens < 30 anos
-Síndrome mononucleose-like (mais arrastada): febre + adenopatia generalizada (fistulização) + hepatoesplenomegalia | pancitopenia, icterícia obstrutiva, ascite quilosa e enteropatia perdedora de proteínas
-Laboratório: anemia (90%) | hipergamaglobulinemia | eosinofilia | hipoalbuminemia (enteropatia perdedora de proteínas)
Crônica (> 90%): após meses ou anos. Predomina em homens > 30 anos (estradiol tem efeito protetor)
-“Tuberculose do campo”: tosse + expectoração arrastada + dispneia + febre. Pode haver adenopatia também
-Acometimento cutaneomucoso: placas, úlceras e lesões vegetantes polimórficas (estomatite moriforme) → pode haver disfagia
-Radiografia: infiltrado peri-hilar bilateral e simétrico em “asa de morcego” | acometimento peribroncovascular, vidro fosco, enfisema, fibrose e cavitação
-Insuficiência adrenal
Diagnóstico e tratamento de paracoccidioidomicose
Diagnóstico:
-Microscopia direta: escarro, raspado ou aspirado linfonodal → “roda de leme” (parede birrefringente à luz polarizada)
-Cultura: acurácia duvidosa (bactérias inibem o fungo)
-Histopatológico: granulomatose crônica + fungo.
-Sorologia: diagnóstica e monitora resposta ao tratamento
Tratamento:
-Leve/moderada: itraconazol 100-200 mg/dia por 6-18 meses
-Grave: anfotericina B EV + itraconazol VO por ≥ 2 anos (grave = hipotensão, insuficiência respiratória, desnutrição, acometimento do SNC, insuficiência adrenal aguda)
-Alternativa: bactrim por 1-2 anos
É frequente haver recorrências