Síndromes disfágicas Flashcards
(17 cards)
Divertículo de Zenker
a) Localização
b) Tratamento
a) Triângulo de Killian (músculos tireofaríngeos + músculo cricofaríngeo), posterior à hipofaringe e à esquerda
b) < 1 cm e assintomático: acompanhamento
< 2 cm: miotomia do cricofaríngeo
> 2 cm: miotomia + diverticulopexia (< 5 cm) ou diverticulectomia (> 5 cm)
> 3 cm: miotomia + diverticulotomia por EDA (septotomia)
Classificação de Chicago 4.0 para acalasia
Classificação de Chicago 4.0:
Tipo I (clássica): ausência de peristalse
-IRP > 15 mmHg (pressão no EEI)
-Pressurização ausente
-DCI < 100 (contração no segmento distal)
Tipo II (compressão): ausência de peristalse
-IRP > 15 mmHg
-Pressurização pan-esofágica em ≥ 20% das deglutições
-DCI variável
Tipo III (espástica): peristalse distal
-IRP > 15 mmHg
-Picos de pressurização
-DCI > 450
Classificação de Mascarenhas/Rezende para acalasia
Classificação de Mascarenhas | Rezende:
Grau 1: < 4 cm | Rezende: calibre normal, trânsito lento e pequena retenção de contraste, presença de ondas terciárias
Grau 2: 4-7 cm | Rezende: pequeno a moderado calibre, com apreciável retenção de contraste e maior número de ondas terciárias
Grau 3: 7-10 cm | Rezende: grande aumento do calibre, atividade motora reduzida, hipotonia do esôfago inferior, porção distal com aspecto em “bico de pássaro”, grande retenção de contraste e ainda com presença de ondas terciárias
Grau 4: > 10 cm ou dolicomegaesôfago/esôfago em sigmoide | Rezende: grande capacidade de retenção, atônico, alongado, dobrando-se sobre a cúpula diafragmática
Tratamento da acalasia
-Clínico: BCC, nitrato, sildenafil → grau I, alto risco para cirurgia ou poucos sintomas
-Dilatação pneumática endoscópica +- botox –> graus II e III, alto risco para cirurgia e idosos
-Cardiomiotomia a Heller + fundoplicatura → graus II e III e jovens (é o melhor)
-POEM: espástica (tipo 3 de Chicago)
-Esofagectomia: grau 4 de Mascarenhas (> 10 cm)
Espasmo esofagiano difuso
a) Imagem característica
b) Tratamento
a) Imagem em “saca-rolhas”
b) Nitrato, BCC e antidepressivos tricíclicos. Refratário: botox –> miotomia longitudinal
Esofagite eosinofílica
a) Características da EDA
b) Biópsia
c) Tratamento
a) Anéis circulares (traqueização), sulcos lineares e estenoses
b) ≥ 15 eosinófilos/campo
c) -Retirar gatilhos imunológicos (ovo, leite, soja, trigo, nozes e frutos do mar)
-IBP dose plena por 8 semanas
-Spray inalatório de fluticasona
-Dilatação endoscópica: estenoses refratárias
Características da biópsia das esofagites infecciosas
a) Candida albicans
b) Herpes vírus
c) CMV
a) Hifas e leveduras. Tratamento: fluconazol VO 7-14 dias
b) Inclusão viral A de Cowdry –> ulcerações superficiais com bordas elevadas (“em vulcão”). Tratamento: aciclovir VO 14-21 dias
c) Inclusão viral em olho de coruja –> ulcerações lineares e profundas. Tratamento: ganciclovir IV 14-21 dias
Necrose das esofagites cáusticas e manejo inicial
Alcalina: necrose liquefativa (soda cáustica)
Ácida (mais lesão gástrica): necrose coagulativa (ácido clorídrico)
Manejo inicial:
-Avaliar vias aéreas +- IOT
-Hidratação IV + analgesia + IBP
-Dieta zero
-TC de tórax e abdome!!!
Conduta nas esofagites cáusticas após a TC de tórax/abdome
a) Com perfuração
b) Sem perfuração
a) Esofagectomia + ATB de amplo espectro
b) EDA em até 24h
Classificação endoscópica nas esofagites cáusticas e conduta
Classificação de Zargar:
Bom prognóstico:
-Grau 0: normal
-Grau 1: edema/eritema superficiais
-Grau 2A: erosões superficiais
Conduta: reintroduzir dieta VO + alta
Mau prognóstico:
-Grau 2B: úlcera profunda ou circunferencial
-Grau 3A: necrose focal
-Grau 3B: necrose extensa
Conduta: SNG durante a EDA + reintroduzir dieta lentamente
Perfuração esofágica
a) Nome da síndrome
b) Clínica
c) Diagnóstico
a) Síndrome de Boerhaave
b) Tríade de Mackler = vômitos + dor torácica + enfisema subcutâneo
c) Esofagografia contrastada (Gastrografin) ou TC com contraste oral
Tratamento da síndrome de Boerhaave (perfuração esofágica)
4 pilares:
- Controle de contaminação: ATB +- antifúngico
- Controle da perfuração
- < 24h: rafia em 2 planos + retalho
- > 24h: esofagostomia + gastrostomia
- Stent endoscópico: limitação cirúrgica ou pequenas perfurações
- Drenagem ampla (drenos de tórax)
- Dieta enteral: gastrostomia ou jejunostomia
3 áreas de estreitamento do esôfago
Músculo cricofaríngeo
Arco aórtico
Diafragma
Divertículos esofágicos: tipos, causas e quais são verdadeiros/falsos
-Cervicais (Zenker) = falsos, por pulsão (à esquerda)
-Medioesofágicos/parabrônquicos = verdadeiros, por tração, mais à direita (doenças inflamatórias dos linfonodos mediastinais)
-Distais/epifrênicos = falsos, por pulsão (distúrbios motores do esôfago, como acalasia)
Artérias que irrigam o esôfago
a) Porção cervical
b) Porção torácica
c) Porção abdominal
a) Artérias tireoidianas inferiores
b) Ramos esofagianos da aorta
c) Artéria gástrica esquerda
Câncer associado à acalasia (> 10 cm)
Carcinoma epidermoide/escamoso de esôfago
Drenagem linfática do esôfago
a) Porção cervical
b) Porção torácica
c) Porção abdominal
a) Cadeias jugulares internas, paratraqueais e supraclaviculares
b) Cadeias paraesofágica, mediastinal posterior, intercostais, traqueais, subcarinais e hilares
c) Cadeias para-aórticas e celíacas