Tuberculose Flashcards
(8 cards)
Diagnóstico de tuberculose em crianças < 10 anos
Sistema de pontuação: “CHILD”
C: clínica (sintomas ≥ 2 semanas) - 15 pontos
H: história de contato nos últimos 2 anos - 10 pontos
I: imagem (RX alterado ≥ 2 semanas) - 15 pontos
L: latente (PPD ≥ 5-10 mm) - 5-10 pontos
D: desnutrição (peso < p10) - 5 pontos.
≥ 40 pontos (muito provável): tratar
≥ 30 pontos (possível): avaliar tratamento (mas na prática trata)
Dúvida: cultura do lavado gástrico
Características do líquido pleural na tuberculose pleural
-Amarelo citrino
-Exsudato: celularidade alta (1.000-6.000 leucócitos) + aumento de proteínas + diminuição de glicose (40-80 mg/dl)
-Infiltrado linfomononuclear = linfócitos e monócitos (PMN nos primeiros 15 dias)
-ADA > 40 U/L
-Ausência de eosinófilos | < 5% de células mesoteliais
Situações especiais no tratamento da tuberculose
3 meses a 16 anos com forma não grave: terapia encurtada (2 meses RIPE + 2 meses RI)
TB meníngea ou osteoarticular: 2 meses RIPE + 10 meses RI + corticoide (dexametasona 0,4 mg/kg/dia EV) por 4-8 semanas se TB meníngea
< 10 anos: não usar etambutol (neurite óptica)
Seguimento no tratamento para tuberculose e indicações de falha
Teste para HIV no 1º mês
Baciloscopias mensais ou pelo menos no 2º, 4º e 6º mês (não usar TRM-TB)
Cura: pacientes bacilíferos deverão ter ≥ 2 baciloscopias negativas, uma na fase de acompanhamento e uma ao final do tratamento
Indicações de falência:
-Baciloscopia positiva ao final do tratamento
-Baciloscopia 2+/3+ até o 4º mês
-Baciloscopia negativa que volta a ser positiva por 2 meses seguidos
Efeitos colaterais do esquema RIPE para tuberculose e conduta
RIP: hepatotoxicidade → suspender RIPE por 4 semanas + após a melhora, REIntroduzir da menos para a mais hepatotóxica: RE → I → P (intervalo de 3-7 dias entre elas)
Todos: intolerância gastrointestinal → tomar junto com alimento | prurido (emolientes e anti-histamínicos)
Rifampicina: reação febril/gripal | suor e urina alaranjados (orientar) | citopenia e nefrite intersticial aguda (suspender). “Rifampiscina” = gripe
Isoniazida: deficiência de piridoxina (vitamina B6) → neuropatia periférica (repor vitamina)
Pirazinamida: hiperuricemia (tratar?) | rabdomiólise (suspender)
Etambutol: neurite óptica (suspender). “Etambutolho”
Sem rifampicina ou isoniazida = trocar por levofloxacino
Sem pirazinamida ou etambutol = ficar sem
Indicativos de hepatotoxicidade pelo esquema RIPE para TB e conduta
Icterícia
TGO/TGP ≥ 3x LSN + sintomas dispépticos
TGO/TGP ≥ 5x LSN
Conduta: suspender RIPE por 4 semanas + após a melhora, REIntroduzir da menos para a mais hepatotóxica: RE → I → P (intervalo de 3-7 dias entre elas)
Se não melhorar após 4 semanas de suspensão: capreomicina + etambutol + levofloxacino por 12 meses (esquema CEL)
Indicações de tratamento de ILTB e situações especiais
Contactantes
Imunossupressão: corticoide, PVHIV, uso de inibidor de TNF-alfa
Profissional de saúde com conversão: aumento do PPD em ≥ 10 mm em 1 ano
Situações especiais:
-PVHIV contactante assintomático: tratar independente do PPD
-Gestante: tratar após o parto. Se tiver HIV, esperar o fim do 1º trimestre para tratar
-Corticoterapia: prednisona 15 mg/dia por > 1 mês
-Neoplasias hematológicas, DM, tabagismo intenso (≥ 1 maço/dia) e DRC dialítica: tratar com PPD > 10 mm ou IGRA positivo
-RN contactante de bacilífero: não vacinar com BCG + rifampicina por 4 meses
Esquemas de tratamento de ILTB
Preferencial: isoniazida 900 mg + rifapentina 900 mg → 12 doses semanais por 3 meses (pode ser prolongado por até 15 semanas)
Isoniazida 180 doses (6 meses) ou 270 doses (9 meses) diárias
Rifampicina 120 doses diárias por 4 meses (hepatopatas, < 10 anos e > 50 anos)
Rifampicina + isoniazida 90 doses diárias por 3 meses → crianças < 10 anos que não ingerem comprimidos (comprimido dispersível)