Dor abdominal Flashcards

(42 cards)

1
Q

Tratamento de apendicite complicada ou tardia (> 48h)

A

Abscesso: drenagem guiada por TC + ATB por 4-7 dias + colonoscopia após 4-6 semanas + avaliar apendicectomia tardia

Fleimão: ATB por 4-7 dias + colonoscopia após 4-6 semanas + avaliar apendicectomia tardia

Peritonite difusa: cirurgia de urgência (idealmente laparoscopia) + ATB por 4-7 dias

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2
Q

Escore que quanto maior, maior a chance de ser apendicite aguda

A

Escore de Alvarado:

-Dor que migra para FID: 1 ponto
-Anorexia: 1 ponto
-Náuseas/vômitos: 1 ponto
-Dor à palpação em FID: 2 pontos
-Descompressão positiva em FID: 1 ponto
-Temperatura > 37,5ºC: 1 ponto
-Leucocitose: 2 pontos
-Desvio à esquerda: 1 ponto (o escore modificado não considera)

0-3 pontos = improvável → avaliar outras causas

4-6 pontos = provável → observação por 12 horas → cirurgia

≥ 7 pontos = muito provável → apendicectomia

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3
Q

Diagnóstico de diverticulite aguda

A

TC de abdome + colonoscopia após 4-6 semanas para afastar CCR

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4
Q

Classificação de Hinchey de diverticulite aguda

A

Classificação de Hinchey:

0: ausência de complicações

I: abscesso pericólico
-Ia: fleimão
-Ib: abscesso pericólico

II: abscesso pélvico

III: peritonite purulenta

IV: peritonite fecal

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5
Q

Indicações de internação na diverticulite aguda

A

-Complicações na TC (perfuração, abscesso, microperfurações, fleimão)

-Peritonite difusa ou dor incontrolável

-Comorbidades significativas, > 70 anos ou imunossupressão

-Impossibilidade ou falha no tratamento ambulatorial

-Processo inflamatório mais intenso (≥ 2 critérios SIRS)

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6
Q

Tratamento da diverticulite aguda

A

Ambulatorial (Hinchey 0): dieta líquida + analgesia oral + avaliar ATB oral

Hospitalar: ATB IV (cefalosporina de 3ª geração + metronidazol) + hidratação IV + analgesia + dieta zero → líquida

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7
Q

Complicações cirúrgicas da diverticulite aguda e tratamento

A

Abscesso ≥ 4 cm: drenagem percutânea guiada por TC + ATB + colonoscopia após 4-6 semanas + cirurgia eletiva sempre

Peritonite: ATB + cirurgia de urgência (sigmoidectomia à Hartmann = colostomia proximal)

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8
Q

Conduta na peritonite purulenta por diverticulite aguda (Hinchey III)

A

Lavagem laparoscópica pré-operatória

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9
Q

Indicações de cirurgia eletiva em casos não complicados de diverticulite aguda

A

Imunodeprimidos
Incapaz de excluir CCR
Fístula colovesical (fecalúria)

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10
Q

Idoso com dor abdominal intensa desproporcional ao exame físico: hipótese, principal causa e diagnóstico

A

Isquemia mesentérica aguda

Principal causa: embolia (50%) –> não oclusiva (vasoconstrição) –> trombose arterial –> trombose venosa

Diagnóstico:
-AngioTC: mais utilizado
-Angiografia mesentérica seletiva: padrão-ouro

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11
Q

Tratamento da isquemia mesentérica aguda

A

Embolia ou trombose arterial: heparinização + embolectomia ou trombectomia por angiografia + papaverina pós-operatória

Trombose venosa: heparinização

Vasoconstrição: papaverina intra-arterial

Refratário, peritonite ou necrose: cirurgia (ressecção intestinal)

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12
Q

Dor logo após a alimentação + emagrecimento + história de angina, claudicação: hipótese, principal causa, diagnóstico e tratamento

A

Isquemia mesentérica crônica

Principal causa: aterosclerose

Diagnóstico: angiografia/angioTC = oclusão > 50% em pelo menos duas artérias

Tratamento: revascularização
-Jovem: cirurgia
-Idoso ou comorbidade: stent (endovascular)

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13
Q

Dor abdominal, diarreia mucossanguinolenta, febre e distensão em idoso em pós-operatório de cirurgia de aneurisma de aorta abdominal: hipótese, diagnóstico e tratamento

A

Colite isquêmica

Diagnóstico:
-Retossigmoidoscopia: mucosa inflamada
-Clister opaco: áreas de edema alternadas com áreas de retração (sinal das impressões digitais/thumbprinting)

Tratamento: suporte +- cirurgia (colectomia parcial ou total) se peritonite, hemorragia, colite fulminante ou quadro refratário

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14
Q

Sinais de hemorragia retroperitoneal que indicam gravidade na pancreatite aguda

A

Sinal de Cullen (equimose periumbilical)

Sinal de Grey Turner (equimose nos flancos)

Sinal de Fox (equimoses na região inguinal)

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15
Q

Diagnóstico de pancreatite aguda

A

2 ou 3 critérios:

  1. Dor abdominal fortemente sugestiva
  2. Aumento de amilase e lipase ≥ 3x (lipase é mais específica)
  3. Exames de imagem característicos:

-USG: avaliar a via biliar

-TC com contraste: ≥ 72-96 horas ou imediatamente se for quadro grave, piorando ou duvidoso. Se for feita inicialmente, repetir após 72h

-USG endoscópica: suspeita de microlitíase

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16
Q

Como a pancreatite aguda pode ser classificada de acordo com a TC

A

Edematosa: captação homogênea de contraste

Necrosante: captação heterogênea —> gás (preto) = infecção na necrose

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17
Q

Classificação de gravidade mais utilizada para pancreatite aguda

A

Critérios de Atlanta modificados:

-Leve (80-90%): sem falência orgânica ou complicações

-Moderadamente grave: falência orgânica transitória (< 48h) ou complicação local isolada

-Grave: falência orgânica persistente por > 48h

18
Q

Pancreatite aguda grave

A

Critérios de Ranson ≥ 3 | PCR > 150 mg/dl por > 48 horas | Apache II ≥ 8 | hipocalcemia

19
Q

Não fazem parte dos critérios de Ranson para pancreatite aguda

A

TGP
Amilase
Lipase
Bilirrubina

20
Q

Complicações precoces (< 4 semanas) da pancreatite aguda e conduta nas não infectadas

A

Não necrótica: coleção fluida aguda peripancreática (30-50%)

Necrótica: coleção necrótica aguda

Conduta expectante

21
Q

Conduta nas complicações precoces (< 4 semanas) da pancreatite aguda infectadas

A

Coleção fluida infectada: punção guiada por TC + imipenem

Necrose infectada: punção guiada por TC + imipenem → necrosectomia

22
Q

Complicações tardias (> 4 semanas) da pancreatite aguda e conduta nas não infectadas

A

Não necrótica: pseudocisto (15%) - amilase continua elevada + massa.
-Tratamento: acompanhamento | drenagem transgástrica via EDA se sintomas (compressão epigástrica), ruptura ou hemorragia

Necrótica: WON (Walled-off Necrosis”)
-Tratamento: acompanhamento | drenagem transgástrica via EDA se dor persistente ou não consegue progredir dieta

23
Q

Conduta nas complicações tardias (> 4 semanas) da pancreatite aguda infectadas

A

Pseudocisto e WON infectados:

Punção guiada por TC + imipenem → necrosectomia

24
Q

Principal causa de pancreatite crônica e diagnóstico

A

Álcool (70-80%)

Diagnóstico:
-Função pancreática (teste da elastase fecal)
-Imagem: TC de abdome (dilatação de ductos, calcificação e atrofia) | USG endoscópica (achados precoces)

25
Tratamento de pancreatite crônica
Suspender álcool e tabagismo + refeições fracionadas e hipolipídicas Esteatorreia: enzimas pancreáticas VO + IBP DM: hipoglicemiantes orais ou insulinoterapia Dor: analgesia escalonada --> descompressão por CPRE --> cirurgia de Puestow (Partington-Rochelle)
26
Principal indicação cirúrgica na pancreatite crônica e técnica
Dor refratária à descompressão por CPRE + dilatação ductal > 7 mm Cirurgia de Puestow (Partington-Rochelle): anastomose pancreatojejunal em Y de Roux
27
Complicação da pancreatite crônica
Trombose da veia esplênica (hipertensão porta pré-hepática): varizes em fundo gástrico isoladas + esplenomegalia
28
Principal causa de abdome agudo no idoso
Doenças das vias biliares (colecistite aguda) --> obstrução intestinal --> apendicite aguda
29
Principais causas de abdome agudo não obstétrico na gestante
1. Apendicite aguda 2. Colecistite aguda
30
Investigação de apendicite aguda na gestante e tratamento
USG --> RNM --> TC Tratamento: apendicectomia videolaparoscópica precoce
31
Desvantagens da laparoscopia na gestante em relação à laparotomia (mas a laparoscopia é preferida)
Acidose fetal (CO2 do pneumoperitônio) Hipofluxo placentário (aumento de pressão intrabdominal)
32
Tratamento de colelitíase sintomática e pancreatite biliar na gestante
Manejo conservador + CVL após o parto (se muito sintomática, esperar pelo menos o 2º trimestre)
33
Porfiria intermitente aguda: a) Gatilhos b) Clínica c) Diagnóstico d) Tratamento
a) Álcool, tabaco, antibióticos (sulfas), anticonvulsivantes, barbitúricos, estresse, estrógenos e chumbo b) Dor abdominal, distensão e aumento da peristalse + hiperatividade simpática (hipertensão, taquicardia, sudorese) + neuropatia periférica, crise convulsiva (propofol), transtornos psicóticos + urina arroxeada (porfúria) quando exposta à iluminação + hiponatremia c) Aumento das porfirinas totais e porfobilinogênio (PBG) na urina d) Suspender gatilhos + hematina (hemina) + SG 10% EV
34
Hepatite C + bolhas em regiões de fotossensibilidade (mãos) + cicatrizes, alopecia, hirsutismo: hipótese, diagnóstico e tratamento
Porfiria cutânea tarda Diagnóstico: aumento das porfirinas totais e uroporfirinogênio na urina Tratamento: fotoproteção + flebotomias + hidroxicloroquina
35
Fatores de risco para isquemia mesentérica aguda não oclusiva
Vasoconstrição exagerada: choque, ICC, hipóxia grave, vasoconstritores, cocaína e digitálicos
36
Diagnóstico diferencial de apendicite aguda em crianças em idade escolar
Adenite mesentérica
37
Critérios de Ranson (pancreatite aguda biliar)
"LEGAL FECHOU" ou "Importante Lembrar Totalmente da Grande Lista Para Evitar Sequestro de Homens na UrCa" Admissão: -Idade > 70 anos -Leucocitose > 18 mil -TGO > 250 -Glicemia > 200 -LDH > 400 Primeiras 48h: -PaO2: não disponível -Excesso de base mais negativo que -5 mEq/L -Sequestro de líquidos > 4 L -Hematócrito reduzido em > 10 pontos -Aumento do BUN (nitrogênio ureico sanguíneo) em > 2 mg/dl -Cálcio sérico < 8 mg/dl Ranson ≥ 3 = pancreatite aguda grave
38
Segmentos intestinais que sofrem primeiro em situações de isquemia/choque + conexões arteriais
-Ponto de Griffiths = flexura esplênica (intercessão da a a. mesentérica superior com a inferior) -Ponto de Sudeck = junção retossigmoidea (intercessão da a a. mesentérica inferior com a ilíaca interna) Conexões arteriais: arco de Riolan e arcada marginal de Drummond
39
Ramos intestinais da artéria mesentérica superior
Ramos jejunoileais: jejuno e íleo Ileocólica: íleo terminal, ceco e apêndice - Apendicular: apêndice Cólica direita: ceco, cólon ascendente e flexura hepática Cólica média: flexura hepática e cólon transverso
40
Ramos intestinais da artéria mesentérica inferior
Cólica esquerda: flexura esplênica e cólon descendente Sigmoidea: sigmoide Retal superior: reto superior
41
Irrigação do reto médio e inferior
Médio: artéria retal média, ramo da ilíaca interna Inferior: artéria retal inferior, ramo da pudenda interna (que é ramo da ilíaca interna)
42
Critérios de Ranson (pancreatite aguda não biliar)
"LEGAL FECHOU" ou "Importante Lembrar Totalmente da Grande Lista Para Evitar Sequestro de Homens na UrCa" Admissão: -Idade > 55 anos -Leucocitose > 16.000/mm3 -Glicose > 200 mg/dl -DHL > 350 UI/L -TGO > 250 UI/L 48 horas: -Redução do hematócrito > 10 pontos -Aumento do BUN > 5 mg/dl -Ca sérico < 8 mg/dl -PaO2 < 60 mmHg -Déficit de base > 4 mEq/L -Déficit de fluido estimado > 6 L