Primeira Crise Epileptica Flashcards
(17 cards)
Crise febril
Entre 6m e 6 anos (pico: 14-18m) - 905 dos casos entre 6m e 3a de idade
Associação à doença febril: primeiras 24h do episódio febril, inicia durante ou antes de um episódio febril, subida rápida da febre até 39°
Não causada por infecção do SNC
Fatores de risco 1° ep
História de crise febril em parentes de 1/2°
Internação hospitalar no período neonatal
Atraso do desenvolvimento neuropsicomotor
Atendimento frequente em hospital
Dois desses fatores: risco de ocorrência de 30%
Fisiopatologia
Cérebro imaturo - excitação aumentada - inibição diminuída- diferenças maturacionais nos circuitos subcorticais
Crise febril - fatores para recorrência
Idade precoce da primeira CF, história familiar positiva, grau de elevação de temperatura, duração do período febril
Idade de início é o fator preditivo mais importante para recorrência
(Causa maus comum de convulsão na infância)
Exclusão
Crise neonatal, crises não provocadas, outro tipo de crise sintomática aguda
Pior prognostico: curta duração da febre antes da CF e baixa temperatura
Crise febril simples
Apresentação generalizada (tônico-clônica) em 85% dos casos
Menos de 15min
Não recorre em menos de 24h
Exame neurológico pós-ictal normal
Esclarecimentos e recomendações (crise febril simples)
Caráter benigno, controle rigoroso da febre, risco de novo episódio convulsivo durante mesmo quadro febril é raro (pode ocorrer), a CF pode ser o primeiro sinal de um quadro infeccioso, não restringir os movimentos, não introduzir objetos em cavidade oral
Nova crise: decúbito lateral direito
Após a crise: não administrar medicação ou líquidos por VO, até que a criança esteja bem desperta
Atentar para a duração da crise
Crise febril complexa
Acima de 15min
Apresenta uma ou mais recorrências nas primeiras 24h
(Podendo iniciar-se como focal)
Exame neurológico pos-ictal alterado
Crise febril - exames/diagnóstico
Diagnóstico clínico, exames complementares, diagnóstico diferencial
LCR: menores de 6m de vida, sintomatologia de infecção do SNC, recuperação lenta ou alteração neurológica pos-ictal, uso de ATB
Crise de início generalizado motora tônico-clônica
Perda súbita de consciência, queda, sons guturais, olhos viram para trás, rigidez e arqueamento do corpo com apneia e cianose (30”)
Fase clônica: contrações e relaxamentos rítmicos de vários grupos musculares, MM e face, mais ou menos simétricos. Respiração ruidosa e difícil - dura cerca de 5’
Diminui ao final ou cede de repente com um suspiro
Durante a crise: lesão de língua, diurese involuntária, taquicardia, hipertensão, secreção brônquica, salivação
Pós-ictal: coma inicial, sono de 30’ a 2h, cefaleia intensa, vômitos, fadiga, confusão mental (exame neurológico alterado: ataxia de tronco, hiperreflexia, clonus, babinski)
EEG - Crises de início generalizado motora tônico-clônica
Pontas, ponta e onda, ondas agudas em diferentes localizações, simétricas ou não
Tratamento - crise de início generalizado motora tônico-clônica
1° escolha - fenobarbital ou ácido valproico ou carbamazepina
2° escolha - fenitoina
Crise de início focal disperceptiva de início não motor
Interrupção súbita da fala e da atividade, fácies inexpressiva, olhos bem abertos, trêmulos de pálpebras
Sem perda de tonus, sem aura e sem estado pos-comicial - cabeça pode pender um pouco
Dura cerca de 5-10”, raramente mais de 30”
Idade - entre 5 e 8 anos, predomínio em meninas e história familiar em 30 a 50%
Pode ocorrer automatismo
Hiperventilação de 3’ ou fotoestimulação pode provocar crise (sobretudo se sonolento)
Epilepsia ausência da infância
Eeg típico - complexos ponta-ondas (3 por segundo) generalizados, simétricos e sincrônicos de início e término abruptos
Induzir com hiperpneia ou fotoestimulação
Tratamento - ácido valproico e clonazepam
Epilepsia generalizada motora mioclônica síndrome de west
Idade de início- 4/8m
Espasmos com queda súbita da cabeça para frente ou para o lado, flexão súbida dos membros, geral - parecem inocentes e de pouco importância para o pediatra e para os pais, crianca pode chorar antes ou depois, mais frequente no sono ou quando a criança está sonolenta ou acordando
Sintomas parecidos ocorrem em 20% das crianças normais ou com sequelas do SNC
Prognóstico ruim (doença degenerativa com retardo progressivo do DNPM ou com síndrome neurocutânea associada)
EGMM - síndrome de west
EEG típico - hipsiarritmia: padrão de ondas lentas caóticas, de alta voltagem bilateral assincrônicas
Tratamento - vigabatrina e ACTH por curto período
EG - síndrome de gastaut
Idade de inicio: 3-5 anos
Crises de ausência, atônitas e mioclônicas, tônicas ou tonicoclônicas associadas à retardo mental
Pode ser primária ou por sequela de lesão neurológica prévia (Lobo frontal) ou síndrome neurocutâneas
EEG - pontas ondas (1,5-2/segundo)
Tratamento: ácido valproico