Pólipos e Câncer de Vesícula Biliar Flashcards

1
Q

Pólipos de VB

Definição

A
  • Crescimento anormal da mucosa da vesícula biliar.
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Q

Pólipos de VB

Epidemiologia

A
  • USG: 1,5-4,5%
  • Colecistectomias: 13,8%
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Q

Pólipos de VB

Quais são os tipos de pólipos benignos e sua frequência?

CAIA

A
  • Colesterolose (60%)
  • Adenomiomas (25%)
  • Inflamatórios (10%)
  • Adenomas (1%)
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4
Q

Pólipos de VB

Quais são os tipos de pólipos malignos e sua frequência?

A
  • Adenocarcinoma (80%)
  • Outros: cistadenoma mucinoso, CEC, adenoacantoma.
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5
Q

Pólipos de VB

Colesterolose: patogênese?

A
  • Depósito de ésteres de colesterol na mucosa
  • Benigna
  • Clínica: cólica biliar; náuseas
  • Macroscopia: aspecto em morango (estrias amareladas)
  • Microscopia: Aspectos espumoso (macrófagos xantomatosos)
  • 2/3: forma plana/ < 1 mm diâmetro
  • 1/3: forma polipoides < 1 cm
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6
Q

Pólipos de VB

Adenomiomas: patogênese?

A
  • Proliferação da mucosa p/ dentro da parede profunda da VB (camadas musculares)
  • Formação de divertículos intramurais: Seios de Rokitansky-Aschoff
  • Produção de muco e descamação epitelial
  • Localizada (fundo)
  • Difusa (adenomiomatose)

NÃO REQUER SEGMENTO/ CIRURGIA!

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7
Q

Pólipos de VB

No que consiste os adenomas?

A
  • Pólipos neoplásicos (benignos)
  • Risco de degeneração maligna!
  • Classificação: tubular, vilosos e tubulovilosos
  • Risco de displasia/malignização: tamanho
  • Colecistectomia p/ biópsia
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8
Q

Pólipos de VB

Pólipos inflamatórios

A
  • Tecido inflamatório + estroma de granulação/ fibrose.
  • Pequenos: 5-10 mm
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9
Q

Pólipos de VB

Manifestações clínicas

A
  • Dor abdominal: herniação p/ bolsa de Hartmann; desprender e migrar (obstrução)
  • Disf. do esvaziamento da VB: Dispepsia crônica
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10
Q

Pólipos de VB

Risco aumentado p/ câncer?

A
  • > 1 cm
  • Sésseis (espessamento parietal focal > 4 mm)
  • CEP
  • Indianos; Sudeste asiático
  • > 50 anos
  • Litíase biliar
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11
Q

Pólipos de VB

Achados USG (gerais)

A
  • Fixo à mudança de decúbito
  • Ausência de sombra acústica posterior

Baixa sensibilidade: diferenciar benigno x maligno

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12
Q

Pólipos de VB

Achados USG (Colesterolose)

A
  • Múltiplos
  • Homogêneos e Hiperecoicos
  • Pedunculados (base estreita)
  • < 1 cm
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13
Q

Pólipos de VB

Achados USG (Adenomioma)

A
  • Espessamento parietal
  • Aspecto polipoide (Fundo)
  • Focos anecoicos (divertículos intramurais)
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14
Q

Pólipos de VB

Achados USG (Adenoma)

A
  • Séssil
  • Isoecogênico (parênquima hepático)
  • Homogênea¹

¹Heterogeneidade e atipias: displasia avançada

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15
Q

Pólipos de VB

Propedêutica adicional em relação à USG de abdome superior?

A
  • Ultrassom endoscópico +/- Doppler
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16
Q

Pólipos de VB

Propedêutica: pólipo 2 cm, séssil, aspecto heterogêno?

A
  • TC com contraste IV + Colecistectomia de catáter oncológico

Infiltração parenquimatosa/ linfonodo peri-hilar

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17
Q

Pólipos de VB - MANEJO

Conduta: Pólipo ≥ 20 mm?

A
  • Estadiamento: TC ou EUS
  • Tratar com câncer: Colecistectomia estendida + linfadenectomia do peri-hilar hepático + ressecção do leito hepático (Seg IVb e V)¹
  • Adjacente ao ducto cístico (congelamento): se comprometido, ressecar a via biliar e fazer DBD com margem.

¹Cirurgia de Fain

18
Q

Pólipos de VB - MANEJO

Coduta: Pólipos de 10-20 mm?

A
  • Risco p/ câncer (T1a)
  • Colecistectomia VLP + Biópsia
19
Q

Pólipos de VB - MANEJO

Conduta: Colangite Esclerosante Primária?

A
  • Não cirrótico: CVL independente do tamanho.
  • Cirrótico: CVL mandatória (EASL/AASLD) x Pólipo ≥ 8 mm (AGA)
20
Q

Pólipos de VB - MANEJO

Conduta: > 50 anos; indiano; espessamento parietal > 4 mm; séssil…

FATORES DE RISCO

A
  • < 5 mm: vigilância USG (6/6m ➟12/12m)
  • 6-9 mm: Colecistectomia¹

Vigilância (não candidatos)

21
Q

Pólipos de VB - MANEJO

Conduta: ausência de fatores de risco?

A
  • < 5 mm: Vigilância USG (12/12 m)
  • 6-9 mm: Vigilância USG (6/6 m)

OBS: crescimento > 2 mm = CVL

22
Q

Pólipos de VB - MANEJO

CONDUTA: Adenomiose/ adenomiomatose?

A
  • Não requer vigilância e/ou colecistectomia!
23
Q

Câncer de VB

Epidemiologia

A
  • Câncer mais comum da via biliar (< 5000/anos)
  • Altamento fatal (dx dç avançada)
  • Dx incidental (1-2%)
  • América do Sul e Ásia
  • Crescimento últimos 30 anos (envelhecimento)
  • Brancas
  • Sexo feminino
24
Q

Câncer de VB

Fatores de risco?

A
  • Colelitíase (70-90%)
  • Vesícula em porcela
  • Pólipos
  • CEC
  • Infecção crônica: Salmonella; Helicobacter bilis
  • Cistos congênitos
  • Obesidade
25
Q

Câncer de VB

Quadro clínico

A
  • Assintomático
  • Dor abdominal
  • Anorexia
  • Náuseas/ vômitos
  • Icterícia obstrutiva*
26
Q

Câncer de VB

Exames complementares?

A
  • Inicial: USG abdome superior +/- Doppler
  • TC abdome¹: protrusão luminal; perda interface vesícula-fígado; infiltração hepática; pólipo > 10 mm; espessamento parietal.

¹RMN abdome

27
Q

Câncer de VB

Exames p/ Estadiamento?

A

ESMO/NCCN:
- TC tórax, abdome e pelve
- Ultrassom endoscópico (locorregional)
- CEA
- CA 19.9
- Laparoscopia: carcinomatose peritoneal/ micrometástases hepáticas*

28
Q

Câncer de VB

Estadiamento (T)

A
  • T1a: MUCOSA (Ep + LP)
  • T1b: MUSCULAR
  • T2: TC (subserosa)
    T2a: face peritoneal
    T2b: face hepática
  • T3: Serosa (face peritoneal) / Fígado (Face hepática)/ Órgão adjacente ou Via biliar.
  • T4: invasão de vasos nobres (VP, Art. Hep) ou > 1 órgão extra-hepática adjacente ou Via biliar

American Joint Comission on Câncer 8ª Ed

29
Q

Câncer de VB

Câncer T2: qual risco de N+ e Micrometástase hepática?

A

33%

30
Q

Câncer de VB

Estadiamento (N)

A
  • Nx: não avaliável
  • N0: ausente
  • N1: 1-3 +
  • N2: ≥ 4 +

Linfonodos regionais (peri-hilares)

Intercavoaórticos = Metástase

31
Q

Câncer de VB

Fatores que contraindicam cirurgia oncológica de caráter curativo?

A
  • Metástase à distância: hepática, peritoneal, pulmonar.
  • Env. linfático à distância: celíaco, intercavoaórtico…
  • Env. extenso lig. hepatoduodenal (N+/ tumor)
  • Ascite com citologia positiva
  • Invasão de vasos nobres

Env. direto: Fígado/cólon/duodeno (Relativa)

Avaliar ressecção multivisceral

32
Q

Câncer de VB - Conduta

T1a (mucosa)

A
  • Colecistectomia (100% sobrevida em 5 anos)
  • < 2 % (N+)

Cirurgia minimamente invasiva*

33
Q

Câncer de VB - Conduta

T1b (muscular)

A
  • Colecistectomia radial: + 3 cm parênquima hepático (seg IVb e V)
  • Linfadenectomia peri-hilar

Cirurgia minimamente invasiva*

34
Q

Câncer de VB - Conduta

T2 (TC - Subserosa)

A

Colecistectomia radial estendida:
- Não regrada: 3 cm parênquima hepático IVb e V
- Regrada: ressecção seg. IVb e V e sua vascularização

+

Linfadenectomia peri-hilar

35
Q

Câncer de VB - Conduta

T3 e T4

A
  • Não há evidências de aumento de sobrevida.
  • Opção: hepatectomias estendidas e ressecções multiviscerais.
36
Q

Câncer de VB - Conduta

Indicação de ressecção do ducto hepático comum + Realização de DBD

A
  • Bpx: lesão infundíbulo/ cístico
37
Q

Câncer de VB - Conduta

Presença de contraindicações à cirurgia oncológica

A

QTR: Irresecável
- 5-FU ou Capecitabina + RT

QT paliativa: Doença metastática
- Gemcitabina¹ + Cisplatina +/- Durvalumab

¹Limitação: Hiperbilirrubinemia

38
Q

Câncer de VB - Incidental

Quando realizar congelação após colecistectomia?

A
  • Suspeita de neoplasia!
  • Retirar VB inviolada; abri-la e examiná-la.
39
Q

Câncer de VB - Incidental

Histopatológico após congelação revela: pT1a. Qual a conduta?

A
  • Vigilância
40
Q

Câncer de VB - Incidental

Histopatológico após congelação revela: pT1b. Qual a conduta?

A
  • Reoperação radical (2-4 semanas)
  • Margem R0
41
Q

Câncer de VB - Incidental

Histopatológico após congelação revela: ≥ pT2-T4. Qual a conduta?

A
  • Reoperação radical + QT adjuvante
  • Linfadenectomia padrão (≥ 6 linf.)¹
  • N1: cístico 12c; pericoledocociano 12b; hilar 12h; artéria hepática própria 12a
  • N2: peripancreático 13a; periportal 12p; peridural e artéria hep. comum

¹Esqueletização peri-hilar (tríade portal)

42
Q

Câncer de VB - Incidental

Estratégias que não podemos esquecer?

A
  • Acometimento infundibular: congelamento do ducto cístico.
  • Biópsia de congelação do linf. intercavoaórtico (16b1): se + contraindica reoperação radical.