Ciclo da marcha e biomecânica Flashcards
Definição:
- Passo
- Passada
Passo: toque de um calcanhar no solo ao toque do outro
Passada: toque de um calcanhar no solo até ele tocar novamente
Definição de um ciclo (marcha)
Um ciclo é definido como: momento entre o contato do calcanhar no início de um passo e o contato do mesmo calcanhar em um próximo passo;
Proporção: fase de apoio e balanço
Dividido em fase de apoio (62%) e fase de balanço (38%);
Divisão da fase de apoio
Fase de apoio é dividida em uma fase de duplo apoio inicial (0 a 12%), seguida por uma fase de apoio simples (12 a 50%) e um segundo período de duplo apoio (50 a 62%);
Primeiro Intervalo (1º Rocker)
Descreva
Aproximadamente 15% do ciclo da marcha;
Do contato do calcanhar ao aplainamento do pé;
Tipicamente o pé contralateral desprendeu mas ainda há carga no antepé;
Nessa fase o pé ajuda a absorver e dissipar as forças de reação do solo;
A medida que o peso é descarregado o calcanhar everte o arco plantar aplaina;
Ação da subtalar no primeiro Rocker
- No início do contato com o solo o retropé está suavemente supinado e nesse primeiro intervalo passa de forma passiva de supinação para pronação;
- A subtalar faz um link entre a rotação do retropé e da perna;
- A eversão do calcâneo é transmitida pela articulação subtalar em rotação interna que é transmitida proximalmente através da articulação do tornozelo para a extremidade inferior;
- Distalmente, esta eversão do retropé desbloqueia a articulação transversa do tarso, permitindo que as articulações do mediopé se tornem flexíveis isso contribui para o aplainamento do pé e dissipação de energia.
Ação da musculatura do compartimento anterior e posterior no primeiro Rocker
Raiz responsável
Rocker do calcanhar
Contração excêntrica da musculatura do compartimento anterior ajuda a conter flexão plantar nessa fase (fraqueza leva a “slap foot gait” tapa do pé no solo);
Raiz L5
A musculatura posterior está quiescente (flexão plantar passiva), assim como a musculatura intrínseca do pé;
Descreva o segundo Rocker
Rocker do tornozelo
Essa fase fica entre 15 e 40% do ciclo da marcha e nela o centro de gravidade passa de posterior para anterior em relação ao pé apoiado;
O centro de gravidade atinge sua altura máxima enquanto ultrapassa a perna, em cerca de 35% do ciclo;
O pé passa de uma estrutura flexível para uma estrutura rígida capaz de suportar o peso do corpo;
Ação da subtalar no segundo Rocker
A subtalar inverte progressivamente (muitos fatores contribuem, o que é o principal é incerto);
Inversão contribui para enrijecer o arco tarsal transverso, transformando o mediopé em uma estrutura rígida;
Ação muscular durante o segundo Rocker
Nessa fase a musculatura intrínseca está ativada;
As cadeias laterais e tríceps sural estão ativados (raiz de S1) principalmente o sóleo;
O tríceps sural ajuda a frear o movimento de anteriorização da tíbia, contribuindo para um passo mais longo se o tríceps está fraco o contato do calcanhar do membro oposto é mais precoce;
Descreva o terceiro Rocker e ação muscular nessa fase
Extende de 40% a 62% do ciclo;
Ocorre rápida flexão plantar nessa fase (ação concêntrica do tríceps sural como um todo);
Musculatura intrínseca está ativa, mas a principal estabilizadora do arco plantar é a aponeurose plantar;
Ação da subtalar no 3° Rocker
O processo de inversão da subtalar continua, sendo máxima no desprendimento dos dedos;
A obliquidade do tornozelo, ação da aponeurose plantar e obliquidade dos metatarso contribuem para isso
Diferença do ciclo da marcha durante a corrida
Na caminhada sempre um pé está em contato com o solo;
Com aumento da velocidade há uma fase de flutuação, onde nenhum pé toca o solo;
O tempo que o pé toca o solo diminui consideravelmente.
Cinemática da locomoção: deslocamento vertical do centro de gravidade
O centro de gravidade desloca em um suave formato de sinusoide, com amplitude de 4 a 5cm;
Está mais alto logo após uma perna ultrapassar a outra e mais baixo no momento do toque inicial do calcanhar no solo;
Movimentos da pelve e quadril modificam a amplitude dessa sinusoide, joelho, tornozelo e pé a tornam suave.
Cinemática da locomoção: deslocamento lateral do centro de gravidade
O centro de gravidade também se move latero-lateral, para manter o centro de gravidade aproximadamente acima do pé de apoio, em uma amplitude de cerca de 4 a 5cm;
O geno valgo fisiológico em geral ajuda a manter a tíbia em uma posição vertical sobre o pé, enquanto o fêmur em uma posição divergente articula com o quadril, minimizando o deslocamento lateral;