Ciclo da marcha e biomecânica Flashcards

1
Q

Definição:
- Passo
- Passada

A

Passo: toque de um calcanhar no solo ao toque do outro

Passada: toque de um calcanhar no solo até ele tocar novamente

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2
Q

Definição de um ciclo (marcha)

A

Um ciclo é definido como: momento entre o contato do calcanhar no início de um passo e o contato do mesmo calcanhar em um próximo passo;

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3
Q

Proporção: fase de apoio e balanço

A

Dividido em fase de apoio (62%) e fase de balanço (38%);

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4
Q

Divisão da fase de apoio

A

Fase de apoio é dividida em uma fase de duplo apoio inicial (0 a 12%), seguida por uma fase de apoio simples (12 a 50%) e um segundo período de duplo apoio (50 a 62%);

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5
Q

Primeiro Intervalo (1º Rocker)

Descreva

A

Aproximadamente 15% do ciclo da marcha;
Do contato do calcanhar ao aplainamento do pé;
Tipicamente o pé contralateral desprendeu mas ainda há carga no antepé;
Nessa fase o pé ajuda a absorver e dissipar as forças de reação do solo;
A medida que o peso é descarregado o calcanhar everte o arco plantar aplaina;

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6
Q

Ação da subtalar no primeiro Rocker

A
  • No início do contato com o solo o retropé está suavemente supinado e nesse primeiro intervalo passa de forma passiva de supinação para pronação;
  • A subtalar faz um link entre a rotação do retropé e da perna;
  • A eversão do calcâneo é transmitida pela articulação subtalar em rotação interna que é transmitida proximalmente através da articulação do tornozelo para a extremidade inferior;
  • Distalmente, esta eversão do retropé desbloqueia a articulação transversa do tarso, permitindo que as articulações do mediopé se tornem flexíveis  isso contribui para o aplainamento do pé e dissipação de energia.
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7
Q

Ação da musculatura do compartimento anterior e posterior no primeiro Rocker

Raiz responsável

A

Rocker do calcanhar

Contração excêntrica da musculatura do compartimento anterior ajuda a conter flexão plantar nessa fase (fraqueza leva a “slap foot gait” tapa do pé no solo);

Raiz L5

A musculatura posterior está quiescente (flexão plantar passiva), assim como a musculatura intrínseca do pé;

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8
Q

Descreva o segundo Rocker

A

Rocker do tornozelo

Essa fase fica entre 15 e 40% do ciclo da marcha e nela o centro de gravidade passa de posterior para anterior em relação ao pé apoiado;

O centro de gravidade atinge sua altura máxima enquanto ultrapassa a perna, em cerca de 35% do ciclo;

O pé passa de uma estrutura flexível para uma estrutura rígida capaz de suportar o peso do corpo;

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9
Q

Ação da subtalar no segundo Rocker

A

A subtalar inverte progressivamente (muitos fatores contribuem, o que é o principal é incerto);

Inversão contribui para enrijecer o arco tarsal transverso, transformando o mediopé em uma estrutura rígida;

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10
Q

Ação muscular durante o segundo Rocker

A

Nessa fase a musculatura intrínseca está ativada;

As cadeias laterais e tríceps sural estão ativados (raiz de S1) principalmente o sóleo;

O tríceps sural ajuda a frear o movimento de anteriorização da tíbia, contribuindo para um passo mais longo  se o tríceps está fraco o contato do calcanhar do membro oposto é mais precoce;

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11
Q

Descreva o terceiro Rocker e ação muscular nessa fase

A

Extende de 40% a 62% do ciclo;

Ocorre rápida flexão plantar nessa fase (ação concêntrica do tríceps sural como um todo);

Musculatura intrínseca está ativa, mas a principal estabilizadora do arco plantar é a aponeurose plantar;

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12
Q

Ação da subtalar no 3° Rocker

A

O processo de inversão da subtalar continua, sendo máxima no desprendimento dos dedos;

A obliquidade do tornozelo, ação da aponeurose plantar e obliquidade dos metatarso contribuem para isso

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13
Q

Diferença do ciclo da marcha durante a corrida

A

Na caminhada sempre um pé está em contato com o solo;

Com aumento da velocidade há uma fase de flutuação, onde nenhum pé toca o solo;

O tempo que o pé toca o solo diminui consideravelmente.

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14
Q

Cinemática da locomoção: deslocamento vertical do centro de gravidade

A

O centro de gravidade desloca em um suave formato de sinusoide, com amplitude de 4 a 5cm;
Está mais alto logo após uma perna ultrapassar a outra e mais baixo no momento do toque inicial do calcanhar no solo;
Movimentos da pelve e quadril modificam a amplitude dessa sinusoide, joelho, tornozelo e pé a tornam suave.

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15
Q

Cinemática da locomoção: deslocamento lateral do centro de gravidade

A

O centro de gravidade também se move latero-lateral, para manter o centro de gravidade aproximadamente acima do pé de apoio, em uma amplitude de cerca de 4 a 5cm;

O geno valgo fisiológico em geral ajuda a manter a tíbia em uma posição vertical sobre o pé, enquanto o fêmur em uma posição divergente articula com o quadril, minimizando o deslocamento lateral;

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16
Q

Cinemática da locomoção: movimento de rotação da tíbia na fase de apoio e balanço

A

Muitos movimentos de rotação ocorrem no plano transverso;

Assim como rodam a cintura pélvica e escapular, a tíbia também roda em seu eixo longo: internamente na fase de balanço e primeira fase de apoio (subtalar everte), externamente nas últimas fases de apoio (pé inverte);

17
Q

Eixo oblíquo do tornozelo (ponta de um maléolo ao outro)

A

Cerca de 93° (88 a 100°)

Roda externo na dorsiflexão

Roda interno na flexão plantar

Com o pé fixo a tíbia que roda, no sentido oposto

18
Q

Ação articulação tarsal transversa na marcha

A

Calcaneocuboidea e talonavicular formam juntas a articulação tarsal transversa;

Seus eixos estão em paralelo quando o calcâneo está evertido e não paralelos quando o calcâneo está em inversão;

19
Q

Ação da aponeurose plantar e mecanismo de Windlass

A

Principal estabilizador do arco na elevação do calcanhar e desprendimento dos dedos;

Qundo o calcanhar se eleva, as falanges proximais dorsifletem, puchando a fáscia pela cabeça dos metatarsos. Isso estira a fáscia, deprime a cabeça dos metatarsos e eleva o arco longitudinal;

O estiramento da fáscia também contribui para a inversão do retropé, rotação tibial externa, e estabilização do arco transverso;

20
Q

Explique o mecanismo de: ankle-flexion/knee-extension couple,

que explica o recurvatum de joeho na deformidade em equino rígido.

A

Na anatomia clássica um músculo age na articulação que atravessa. Entretanto, a contração excêntrica do sóleo durante o segundo rocker em uma cadeia fechada, produz no joelho uma ação de extensão, sem atividade elétrica do quadríceps.

A associação da flexão plantar impossibilitada pela força de reação do solo causa a combinação flexão-tornozelo/ extensão-joelho.

Sua consequência patológica é o recurvatum de joelho na deformiddade em equino rígido.