Pé cavo Flashcards
Charcot Marie Tooth (CMT) tipo 1
Características
É o tipo mais comum (50%)
Autossômico dominante
Diminuição na velocidade de condução nervosa na faixa de 10 a 30 m/sec resultado de desmielinização
Subdividida em A, B e C
Subipos da Charcot Marie Tooth tipo 1
CMT – 1A
80% dos casos de CMT – 1;
Trissomia segmentar do cromossomo 17;
Área do gene peripheral myelin protein-22 (PMP – 22);
Autossômica dominante, mas em muitos casos mutação esporádica;
CMT – 1B
5 a 10% dos casos de CMT – 1;
Mutação pontual no gene da mielina P0;
Forma muito grave;
CMT – 1C
Poucos casos;
Defeito genético desconhecido;
Características da Charcot Marie Tooth Tipo 2
Segundo tipo mais comum (20% dos pacientes);
Velocidade de condução normal e sem desmielinização;
Curso mais indolente que o tipo 1;
Outros tipos de Charcot Marie Tooth
CMT X:
Pacientes masculinos afetados e mulheres não afetadas ou sintomas leves;
Defeito no constituinte mielínico conexina 32;
CMT – 4:
Tipo autossômico recessivo;
Raro;
Vários defeitos genéticos descritos;
Fisiopatologia do pé cavo na CMT
Quase sempre afeta o fibular curto (FC) e poupa o fibular longo (FL)
FL flete o primeiro raio (TA falha em contrabalancear)
Afeta o tibial anterior (TA) e poupa o extensor longo do hálux (EHL)
Contratura relativa do Aquiles contra um TA fraco gera um equino e o tálus se situa em relativa dorsiflexão em relação ao primeiro raio fletido;
A ação do ELH sem a oposição de uma musculatura intrínseca fraca resulta em posição em garra do hálux; Alé disso a garra piora a medida que o ELH passa a agir com dorsiflexor do tornozelo, já que o TA está fraco.
Supinação e adução do pé ocorre devido a ação do tibial posterior (TP) sem a ação contrária do FC fraco;
Não há evidência de espasmo de qualquer musculatura
Fisiopatologia pé cavo na poliomielite
Resulta da infecção por um vírus de RNA que afeta o tálamus, hipotálamo, cerebelo e tratos anteriores da medula espinhal;
De forma prática a fraqueza dos MMII resulta de uma destruição dos neurônios motores da região anterior da medula com preservação das funções distal e proximal;
Acometimento do gastrosóleo e preservação do comp. post. profundo
O pé clássico na pólio é um pé com aumento dramático do picht do calcanhar
Mm intrínseca de flexores longos fletem os dedos e mtt aproximando do calcâneo e contribuindo para o cavo.
Pé cavo varo progressivo inexplicado
Tumor na medula
Serigomielia
Diastematomielia (espícula fibrosa ou óssea na medula)
deve ser solicitado exame de imagem nesses casos
Fisiopatologia do pé cavo varo (evoluição no geral)
Varo: usualmente picth do calcâneo > 30°
FL poupado e TA acometido: flexão plantar do 1° raio
TP preservado: varo do retropé
Aquiles: contribui para piorar a deformidade em varo
Lumbricais falham em estabilizar a MTF (ação normal: fletir mtf e extender ifp e ifd)
ELD estende as MTF dos pequenos dedos e o FLD e o FCD fletem as falanges forma-se a garra
Em casos graves o coxim metatarsal desloca para distal
A fáscia plantar desenvolve contratura, sua porção medial fica espessada e contribui para manter o cavo e a adução
No começo as deformidades são flexíveis e o desbalanço muscular é o responsável por manter as deformidades;
No decorrer ocorrem contraturas de cápsula e ligamentos e a deformidade passa a ser rígida.
Clínica e exame físico pé cavo
Sintomas comuns
Dor generalizada na coluna lateral
Sintomas de instabilidade lateral
Sinais:
Uso excessivo do ELH na fase de balanço: cock - up deformity
Peek a boo (varo do retropé)
Dor a dorsiflexão: impacto anterior
Teste dos blocos de Coleman
Cirurgia de Jones
TA fraco e FL forte – fletindo 1° raio
Pega o ELH e transfere para o 1° MTT ajudando a contrabalancear a a deformidade
Além de fazer artrodese da IFD para evitar flexão dela
Procedimentos partes moles pé cavo
- Jones
- Transferência do fibular longo para o fibular curto
- Fasciotomia plantar- Steindler
- Transferência do TA para cunha lateral (Garceau)
- Reparo/ reconstrução ligamentar lateral
Procedimentos ósseos – osteotomias de elevação do 1° raio
Pé cavo
Osteotomia de fechamento do cuneiforme medial (Cotton reverso);
Artrodese da primeira metatarso-cunha (se artrose);
Osteotomia de fechamento na base do 1° metatarso:
Geralmente feita associado com procedimentos de partes moles (fasciotomia, transferência do FL para o FC) e osteotomia do calcâneo. Pode também ser feita junto com procedimento de Jones.
Osteotomias do calcâneo
Pé cavo
Osteotomias de lateralização: Dwyer, Malerba e De Marchi, ou Knupp;
Samilson: se calcâneo cavo;
Osteotomia em Z;
Calcaneal osteotomies act by shifting the ground contact point and, consequently, the weight-bearing axis through the ankle joint;
Also lateralize the lever arm of the Achilles tendon during toe-off.
Osteotomias mediotársicas
Pé cavo
Cole: removing a dorsal wedge of bone from the navicular, cuneiforms, and cuboid.
Japas: V-shaped osteotomy is made within the tarsal bones. The distal portion is then depressed to allow the forefoot to be brought out of its equinus position.
As osteotomias do mediopé invariavelmente resultam em cortes intra-articulares.
Midfoot procedures should be reserved for patients who already have arthritis, and the joints should then be arthrodesed in conjunction with the cavus correction.