Sindrome Hepatorrenal Flashcards

(16 cards)

1
Q

Quais as causas de Lesão Renal Aguda na CIRROSE

A

LRA ocorre em 27 a 53% dos cirróticos internados
Mortalidade em 30 dias à 29 a 44%

  1. IRA pré-renal oligúrica por hipovolemia (27-50%)
  2. Síndrome Hepatorrenal (SHR) à (15-43%)
  3. Necrose Tubular Aguda (NTA) à (14-35%):
    * Choque séptico / Hipovolemia grave
    * Drogas nefrotóxicas (AINEs, aminoglicosídeos, contrastes iodados)
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2
Q

Quais os Estágios da Lesão Renal Aguda em pacientes com cirrose

A

Estágio 1. Aumento da Cr ≥ 0,3 mg/dL em 48h OU 1,5-1,9x (em 7 dias) os valores basais

Estágio 2. Aumento da Cr entre 2-2,9x os valores basais (7 dias)

Estágio 3. Aumento da Cr > 3x os valores basais OU Cr > 4 mg/dL com aumento agudo ≥ 0,5 mg/dL OU início de diálise
- se <18 anos: TFGe<35 ml/min/1,73m2

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3
Q

Definiçao de Síndrome Hepatorreal

A

Rápida e progressiva perda da função renal na
ausência de hipovolemia ou refrataria a tto de hipovolemia

SHR É A exarcebaçao dos mecanismos da ascite levando a isquemia renal aguda piora, com queda da TFG

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4
Q

Qual a Classificação da sindrome hepatorrenal

A

NOVA——————-
1. SHR COM LESAO RENAL AGUDA ATÉ 7 DIAS:
- CRsérica >= 0,3 em 48h / aumente 1,5x do basal em 7d / debito urinario <= 0,5 ml/kg/h

  1. SHR COM DOENÇA RENAL AGUDA ATÉ 90 DIAS
    aumento CR > 50% / TFG < 60
  2. SHR COM DOENÇA RENAL CRONICA > 90 DIAS
    TFG< 60

ANTIGA——————-
SHR com Lesão Renal Aguda
- Nomenclatura antiga: SHR tipo I
*Grave e rápida progressão
(IRA oligúrica)
*Geralmente tem fator precipitante
*Comum na insuficiência hepática terminal
*Sobrevida média: 2 semanas
(mAIS COMUM)

SHR sem Lesão Renal Aguda
- Nomenclatura antiga: SHR tipo II
*Evolução lenta, comporta-se como doença renal crônica
*Espontânea (sem fator precipitante)

*Comum na ascite refratária
Sobrevida média: 6 meses

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5
Q

Qual a SIND HEPATORRENAL MAIS COMUM E SEUS FATORES PRECIPITANTES

A

SHR com LRA (Tipo I)

Perda rápida e progressiva da função renal em até 2 semanas!
Comporta-se como IRA pré-renal oligúrica

FATORES PRECIPITANTES:
Infecções (até 25% dos pacientes com PBE)
Desidratação | HDA | paracentese de grande volume sem repos de albumina| cirurgias

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6
Q

Quais os critérios diagnosticos de SIND HEPATORRENAL COM LRA

A

CRITÉRIOS INCLUSIVOS:
1. Presença de cirrose com ascite (ou IHA com ascite)

  1. Lesão Renal Aguda (LRA):
    - Aumento da Cr sérica ≥ 0,3 mg/dl em 48h ou
    - Aumento ≥ 1,5x (≥ 50%) em relação ao valor basal em 7 dias.
    - reduçao do debito urinario em <= 0,5 ml/kg/h por >=6h (NOVO!)

CRITÉRIOS EXCLUSIVOS:
1. Ausência de melhora da CREATININA E/OU DÉBITO URINÁRIO APÓS 24h DE REPOSIÇAO VOLEMICA ADEQUADA (NOVO!): nao entra mais a reposiçao de albumina 1 g/kg por 2 dias
–> risco de EAP e atraso no tto com terlipressina

como fazer agora?
a) avaliar volume intravascular em todo cirrotico com LRA(historia, exames, POCUS)
b) se avaliaçao de volemia inviavel ou nao confiavel: repor 250-500ml de cristaloide ou 1-1,5 g/kg de albumina 20-25% por ate 24h!!!!!

  1. Ausência de FORTE EVIDENCIA DE OUTRA CAUSA PRIMARIA DE LRA
    - choque
    - uso recente de drogas nefrotóxicas (AINEs, aminoglicosídeos e contraste iodado).
    - Obstruçao (litiase)
    - *Proteinúria > 500 mg/dia, microhematúria > 50 hemácias/cga (PROTEINURIA NAO DEVE SER CRITERIO EXCLUSIVO PARA DESCARTAR SHR)
    - *USG renal com lesão parenquimatosa ou obstrução

OBS: ANALISE DO SEDIMENTO URINARIO/BIOMARCADORES PODE SER UTIL PARA DIFERENCIAR AS CAUSAS DE LRA: FENa <0,2% e FEureia < 21% ajuda a diferencia SHR de lesao tubular aguda

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7
Q

Como calcular a FENa (fraçao de ejecao de sodio urinario?

A

CRserica x NAurinario / CRurinaria x NAsérico

FENa > 2%: NTA
FENa < 1%: PRÉ RENAL
FENa < 0,2%: sugere SHR
FENa < 0,1%: sugere fortemente SHR

OBS: NGAL urinaria é um biomarcador de lesao tubular (>220 indica injuria tubular aguda)

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8
Q

Qual o Tratamento da Síndrome Hepatorreal

A
  1. tto ideal: Transplante hepático (+ renal): tratamento mais efetivo
    (Pacientes têm sobrevida curta ou morrem antes do procedimento)
  2. Terlipressina + Albumina até 14 dias
  • Albumina 1g/kg no 1º dia à 40-50g/dia nos dias seguintes
  • Terlipressina IV 2mg/dia (infusão contínua) à aumentar dose a cada 24h até 12mg/dia até Cr chegar aos valores basais.

OBS: Se nao houver queda da Cr em pelo menos 25% –> aumentar dose da terlipressima

obs1: Descontinuar tto se:
- CR dentro de 0,3 em relaçao ao valor de base
- nao houve melhora da cr apos 48-72h em dose maxima
- reacoes adversas graves
- inicio de dialise
- transplante hepatico
- 14 dias de tto

(ANTIGO) Se Cr igual ou acima dos níveis pré-tratamento > 4 dias –> suspender Tto.
Considerar terapia de substituição renal (hemodiálise)

obs2: Contraindicações à terlipressina: doença arterial coronariana, doença vascular periférica, hipoxemia, doença pulmonar avançada.

Opções para substituir:
v Noradrenalina + Albumina
v Octreotide + Midodrina + Albumina

obs3
SE **Creatinina > 5 mg/dL, ou **MELD ≥ 35(vai direto para dialise ou transplante)

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9
Q

Açao da terlipressina na sind hepatorrenal

A

vasoconstrictor esplanico

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10
Q

Pode-se usar TIPS como alternativa ao tto da sindrome hepatorrenal

A

NAO É INDICADO FORMALMENTE

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11
Q

Características DA SHR sem LRA (Tipo II)

A

Cirróticos avançados com ascite refratária

Evolução mais lenta, perda da função renal moderada e contínua

Taxa de filtração glomerular (TFG) < 60 ml/min/1,73 m3 por, pelo menos, 3 meses

Sobrevida em torno de 6 meses

Único tratamento é o transplante hepático à MELD: B-I-C

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12
Q

DEFINIÇAO Síndrome Hepatopulmonar

A

Acomete 5 a 30% dos cirróticos

Dilatações vasculares intrapulmonares difusas
(pré e pós-capilares justaalveolares)

Ocorrem principalmente nas bases pulmonares, levando a um
desequilíbrio V/Q e comprometendo as trocas gasosas.

Diâmetro normal do capilar pulmonar: 8 a 15 micrômetros
Diâmetro na SHP: pode chegar a 500 micrômetros

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13
Q

Manifestações clínicas DA Síndrome Hepatopulmonar

A

Dispneia

Ø Platipneia: aparece ou piora na posição ortostática.

Ø Ortodeóxia: dessaturação arterial na posição ortostática: queda da SaO2 em 5% ou 4 mmHg

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14
Q

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA Síndrome Hepatopulmonar

A

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS:
1. Doença hepática crônica

  1. Presença de dilatações vasculares intrapulmonares
    - Para documentar as vasoditações intrapulmonares:
    a. Ecocardiograma com contraste (soro com microbolhas)
    b. Cintilografia pulmonar
  2. Gradiente alvéolo-capilar > 15-20 mmHg

Parâmetros gasométricos:
* < 64 anos: PaO2 < 80 mmHg e gradiente alvéolo-capilar > 15 mmHg

  • > 64 anos: PaO2 < 70 mmHg e gradiente alvéolo-capilar > 20 mmHg.
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15
Q

Classificação da SHP (Síndrome Hepatopulmonar)

A

v SHP tipo I (mais comum): boa resposta ao uso de oxigênio a 100%
(vasodilatações pré-capilares difusas)

v SHP tipo II: baixa resposta ao uso de oxigênio a 100%
(vasodilatações pequenas e localizadas – “shunts”)

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16
Q

Tratamento da Síndrome Hepatopulmonar

A

Oxigenoterapia (2 a 4 L/min)
Indicada quando PaO2 < 60 mmHg

Não há tratamento medicamentoso disponível

Ø Transplante hepático: tratamento mais efetivo.