HT17 - Medicina Transfusional (1) Flashcards

1
Q

Dádivas?

A

► Dádivas são benévolas, anónimas e não remuneradas
– Colheita de sangue total
► O sangue é separado em componentes
– Maior rentabilidade
– Não se administra sangue total
► As dádivas dirigidas só em casos excecionais
– Têm problemas éticos importantes
– Os dadores não podem sentir-se obrigados a doar

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2
Q

Processamento?

A

► Os dadores vêm ao HSJ fazem a sua dádiva de sangue, de unidades de sangue total.
► Estas depois são processadas.
► Este processamento está todo automatizado para permitir uma maior rentabilidade, segurança e melhores resultados, em aparelhos como estes.

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3
Q

Plaquetas?

A

► No HSJ para além das colheitas de sangue total também se fazem colheitas de plaquetas por aférese.
► Procedimento importante tendo em conta a elevada atividade do hospital de dia da oncologia, elevada atividade de cuidados intensivos.
► Existe grupo de dadores que fazem só dádiva de plaquetas, o que permite obter produto de componente plaquetário que vem só de um dador e vai expor-nos menos o recetor, do ponto de vista imunológico e é um produto mais seguro.

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4
Q

Análises Realizadas?

A

► Todas as unidades doadas no banco de sangue têm de ser testadas.
► Testadas para infeções sexualmente transmissíveis, que estão legisladas.
► Asseguradas que as unidades que são doadas não contêm estes vírus em circulação.

► Hepatite B
► Hepatite C
► VIH 1.2
► HTLV 1.2
► Sífilis

► Determinação de grupo sanguíneo
– para poder fazer uma transfusão o mais compatível possível com aquela que o doente precisa

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5
Q

Produtos Terapêuticos?

A

► Eritrócitos
► Plaquetas
► Plasma Fatores de Coagulação

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6
Q

Estudo pré-transfusional do receptor?

A

1 amostra de sangue:
► Grupo sanguíneo ABO e Rh
► Pesquisa de alo-anticorpos
► Testes de compatibilidade (entre eritrócitos do dador e o plasma do receptor) no caso de transfusão de eritrócitos.

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7
Q

Eritrócitos?

A

► ABO e Rh Compatível
► Volume 250 mL
► Hemoglobina 50 gr
► Dose - 4mL/Kg (adulto)

► Incremento esperado - 1-1,5 g/dL
► Estabilidade: 2º- 6ºC - 42 dias
► Tempo máximo de duração da administração: 4 h
► É importante conhecermos o produto e os objetivos transfusionais para conseguirmos avaliar o sucesso das transfusões

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8
Q

Hemoglobina - Transportador de O2?

A

► Não estamos a transfundir unidades de sangue para corrigir valores de Hb (resultados analíticos), estamos a transfundir doentes e o objetivo é melhorar as trocas gasosas, o transporte de O2.
► A avaliação clínica do doente, o seu estado funcional, a sua resposta às transfusões são muito importantes.
► Claro que vamos fazer análises e ver como estão os valores de Hb mas é muito importante focarmo-nos na clínica do doente, no objetivo primordial da transfusão de concentrados de eritrócitos que é melhorar as trocas gasosas.

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9
Q

Contra-Indicações para transfusão de Eritrócitos?

A

► Existência de Tratamento Médico
► Ausência de Sintomatologia

► Anemia ferropénica
► Deficit Vit B12
► Deficit Ácido fólico
► Insuficiência renal crónica – deficit de eritropoetina

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10
Q

1º Passo do Processo Transfusional?

A

► A DECISÃO DE TRANSFUNDIR
► NOTA: os doentes submetidos a transfusões apresentam
– maior risco de morbilidades
– média de tempo de internamento mais longa
– efeito negativo em termos de imunomodulação

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11
Q

Indicações - ANEMIA CRÓNICA?

A

► Se acompanhada de sintomatologia de descompensação (dispneia de esforço ou pré-cordialgia)
► Hemoglobina (g/dL)
► <7
– A transfusão habitualmente é necessária
– Estamos com valores muito baixos em que de facto o aporte de oxigénio está comprometido
► >7 e < 8
– A transfusão pode ser necessária se apresentar clínica resultante de anemia
– Ponderar pela clínica - sempre o que define a necessidade de transfusão
► > 8
– Evitar a transfusão porque estamos a expôr o doente a risco transfusional e a colocar Hb em valores que não são os desejáveis
– Exceção: regimes de hipertransfusão, doença cardíaca ou cerebrovascular recentes

► Após transfusão sanguínea dever-se-á fazer hemograma pós-transfusional
– perceber se o doente recuperou do ponto de vista analítico e ver como ficou do ponto de vista clínico

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12
Q

Indicações - ANEMIA AGUDA - Normovolémica?

A

► É importante perceber e analisar estas anemias.
► Nas anemias agudas não temos compensação do organismo.
► Hemoglobina (g/dL)
► <7
– A transfusão habitualmente é necessária
► >7 e < 8
– A transfusão pode ser necessária dependendo do quadro clínico
► > 8
– Evitar a transfusão

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13
Q

Indicações - ANEMIA AGUDA - Por Hemorragia?

A

► Nestes casos, o que vai determinar a necessidade de transfusão é o volume de sangue perdido!
► Não são para transfundir todas as hemorragias, se estas não tiverem impacto clínico no doente.
► Nas hemorragias de grandes volumes vamos transfundir mesmo que nas análises ainda tenhamos valores normais porque sabemos que o sangue foi perdido e o doente não tem aquelas células.

► I == < 15% == Taquicardia == SEM NECESSIDADE, exceto se doença cardíaca ou pulmonar concomitante
► II == 15 -30% == Hipotensão Ortostática == POUCO PROVÁVEL, exceto se doença cardíaca ou pulmonar concomitante
► III == 30 – 40% == Oligúria == TRANSFUNDIR
► IV == > 40% == Alterações consciência e colapso == TRANSFUNDIR

► Em contexto de trauma e de urgência, é muito importante lembrar que as transfusões sanguíneas têm objetivos claros e que não são de substituição de volemia. Sempre fazer substituição de volemia com cristalóides ou outros produtos mas que não é com transfusões sanguíneas.

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14
Q

Plaquetas?

A

► Disponíveis em 2 modalidades: ambas são muito eficazes e são igualmente seguras
► Pool: mistura de 4 concentrados unitários de 4 dadores
► CUP: obtido por aférese provem de 1 só dador
– estes são reservados para doentes mais frágeis, que se pretende uma menor a exposição imunológica
► Compatibilidade ABO
– tentamos sempre que exista o máximo de compatibilidade
► Estabilidade: 5 dias
► emperatura ambiente: 20-24ºC

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5
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15
Q

Plaquetas - Formação do tampão hemostático?

A

► 1. Adesão ao subendotélio - paragem inicial hemorragia
► 2. Agregação e contribuição para a formação de fibrina

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16
Q

Plaquetas - A decisão de transfudir?

A

► Temos de definir dois aspetos:
– Estamos a transfundir plaquetas profilaticamente ou seja, estamos a tentar criar níveis mínimos hemostáticos para a qualidade de vida e segurança do doente
– Ou estamos a transfundir de forma terapêutica

17
Q

Plaquetas – Uso profilático?

A

► HEMATO-ONCOLÓGICA == 5-10 == não têm níveis hemostáticos, não é seguro, o doente pode desenvolver hemorragia espontânea grave, TRANSFUNDIR SEMPRE!
► HEMATO-ONCOLÓGICA == 10-20 == Se acompanhado de febre, sépsis ou mucosite (estão a fazer consumo plaquetário)
► HEMATO-ONCOLÓGICA == < 20 == Se acompanhado de alterações da coagulação (que podem contribuir para fenómenos hemorrágicos imp)
► MÉDICA == < 20 - 50 == Se CVC, procedimentos endoscópicos, CPRE - depende do risco hemorrágico
► MÉDICA == < 50 == Se PL, anestesia epidural, biópsia pulmonar, biópsia hepática (procedimentos mais invasivos em que a hemorragia local pode ser maior)

18
Q

Plaquetas – Uso terapêutico?

A

► Todas as situações hemorrágicas com potencial risco de vida devido a trombocitopenia ou trombocitopatia.

19
Q

Plasma Fresco?

A

► Compatibilidade ABO
► Não necessita compatibilidade Rh
► Ter a noção de que o plasma tem de ser descongelado, e isto demora 20 min.
► Ou seja, não é um produto que esteja logo pronto a administrar.
► -30ºC: 2 anos
► Após a descongelação armazenar entre 2 a 6 ºC (no período máximo de 8 horas)
– O produto mais sensível ao congelamento é o fator VIII, cuidado com o congelamento!

20
Q

Plasma Fresco - Patologia?

A

► CID aguda com Hemorragia
– Importante fazer a correção de fatores.
► Púrpura Trombocitopénica Trombótica / Síndrome Hemolítico Urémico
► Patologia Hepática com Estudo Coagulação Alterado (aPTT ou TP >1.5 NL ou INR >1.8)
– SE: Hemorragia ou necessidade urgente de manobras invasivas
– caso contrário não é para transfundir
► Transfusão massiva com hemorragia
– concentrados eritrócitos + plasma em proporções razoáveis para que haja reposição equilibrada dos fatores da coagulação e inibidores

21
Q

Sem Indicação para Plasma Fresco?

A

► Reposição de volume
► Reposição de proteínas ou suporte nutricional
► Plasmaférese (excepto PTT/SHU)
► Tratamento dos estados de imunodeficiência
► Adição aos CE para administrar sangue total
► Como profilaxia de alterações da coagulação

22
Q

Reações Adversas?

A

► Nós estamos a transfundir componentes que são biologicamente ativos e que podem causar reações transfusionais.
* Sobrecarga circulatória
* Reacções alérgicas
* TRALI (lesões pulmonares agudas importantes)
► Realizar apenas quando tem mesmo indicação para tal.