Complicações crônicas da DM Flashcards
(43 cards)
As complicações crônicas da DM ocorrem devido a
Disfunção endotelial
A hiperglicemia é tóxica aos vasos –> aumenta estresse oxidativo
Complicações macrovasculares da DM
Doenças ateroscleróticas:
IAM
AVC
DAP
Complicações microvasculares da DM
Retinopatia
Nefropatia
Neuropatia
Existe forte relação entre ____ e a ocorrência das complicações crônicas da DM
HbA1c
Quando iniciamos o rastreio de complicações no DM1 e DM2?
DM1: 5 anos após o diagnóstico
DM2: no momento do diagnóstico
Alvo da Hba1c e da PA esperados
HbA1c<7%
PA<140x80 (<130x80 se possível)
Como é feito o rastreio de retinopatia diabética? E na gestante?
Fundoscopia anual
*Gestantes: a cada 3 meses
Qual o achado na fundoscopia compatível com retinopatia
diabética classificada como proliferativa?
Neovascularização e/ou hemorragia vítrea (vasos anormais sangram e causam embaçamento da visão)
Classificação da retinopatia diabética Não Proliferativa
Leve: apenas microaneurismas
Moderada
Grave: hemorragias e microaneurismas difusos/loops e ensalsichamento venoso/IRMA’s
*IRMA=anormalidades vasculares intraretinianas, do inglês intraretinal microvascular abnormalities (vasos pequenos que já existiam na retina, mas que ficam mais tortuosos e ingurgitados pelo déficit de suprimento sanguíneo naquela região)
Classificação da retinopatia diabética em Não Proliferativa e Proliferativa
Não proliferativa: forma inicial e menos grave da doença. Pode provocar uma perda discreta e moderada da visão. É detectada quando os vasos sanguíneos do fundo do olho estão danificados, causam hemorragia e vazamento de líquido na retina.
Proliferativa: fase mais avançada da doença e apresenta grande risco de perda de visão. É caracterizada pelo aparecimento de novos vasos sanguíneos.
A principal causa da formação de neovasos é a oclusão dos vasos sanguíneos da retina(isquemia), com impedimento do fluxo sanguíneo adequado. Os neovasos são frágeis e não conseguem levar os nutrientes para o fundo do olho. Podem romper e liberar sangue, provocando perda de visão severa e até mesmo cegueira.
A ________ provoca a neovascularização da retina, que pode provocar _______ e _________
Isquemia
Hemorragias
Descolamento de retina
Os _________ são as primeiras alterações que começam a aparecer na retinopatia diabética
Microaneurismas
Opções terapêuticas da retinopatia diabética
Controle metabólico (PA, DM, Dislipidemia, anemia)
Fotocoagulação com laser
Antiangiogênicos intravítreos (Anti-VEGF)
Esteroides intravítreos (dexametasona)
Vitrectomia
__________ pode ocorrer com retinopatia não proliferativa ou proliferativa e é a causa mais comum de perda de visão devido a retinopatia diabética
Edema macular (inchaço da parte central da retina)
Característica dos vasos da neovascularização da retina, na retinopatia diabética
São vasos finos, formados às pressas, que se estouram com facilidade, levando à hemorragia vítrea, ou se ocluem com facilidade, levando a formação de uma fibrose, ou tecido fibrovascular, que pode contrair e causar o descolamento tracional da retina
Como funciona a fotocoagulação com laser no tratamento da retinopatia diabética?
O déficit de entrega de sangue faz com que sejam liberadas VEGFs (fator de crescimento endotelial vascular) que avisam à retina que o sangue não está chegando de forma eficiente.
O laser atua queimando a parte periférica da retina, e portanto, reduzindo o estímulo de liberação de VEGF. Nós “destruímos” a parte periférica da retina para preservar a parte central, mais importante e nobre, e responsável pelo foco da visão.
Qual o sinal mais precoce do acometimento renal
como complicação da DM?
Microalbuminúria
(30-300 mg/24h)
*Se superior a 300 mg/24h, em pelo menos duas dosagens, caracteriza a evolução para a nefropatia diabética declarada.
Que exames solicitamos no rastreio anual de nefropatia diabética?
1.Cálculo da TFG (MDRD, CK-EPI)
2.Pesquisa de microalbuminúria:
-Proteinúria de 24h
-Relação albumina/Cr urinária
-Pesquisa de microalbuminúria em amostra isolada
Quando pensar em realizar biópsia renal?
Ausência de retinopatia
DRC precoce no DM1
Declínio muito rápido da TFG
Proteinúria rapidamente progressiva
Sedimento urinário ativo
Espessamento das membranas b
Lesão mais específica da nefropatia diabética
Glomeruloesclerose nodular (Kimmelstiel-Wilson)
É o espessamento das membranas basais glomerulares
Lesão mais frequente da nefropatia diabética
Glomeruloesclerose difusa
Qual a periodicidade do rastreio de complicações da DM (retinopatia, nefropatia, neuropatia)?
Anual
Tratamento da nefropatia diabética
Controle metabólico (DM, PA, dislipidemia)
Restrição de sódio
IECA ou BRA (mesmo em normotensos. O objetivo é diminuir a proteinúria)
Restrição proteica (casos mais graves NÃO dialíticos)
iSGLT2 (ClCr>25 ou albuminúria>300)
Fisiopatologia da nefropatia diabética
Aumento da pressão intraglomerular, da TFG e permeabilidade glomerular –> espessamento da MBG e expansão mesangial –> microalbuminúria –> proteinúria franca (nefropatia manifesta) –> insuficiência renal progressiva –> rins em fase terminal