Digestiva e hepatobiliar; Doenças do esófago; B (MD, D, GD) Flashcards

(19 cards)

1
Q

O que é o esófago de Barrett e como é definido histologicamente?

A

O esófago de Barrett, traduzido pela presença de metaplasia intestinal a nível da mucosa esofágica, é uma complicação da doença do refluxo gastroesofágico. A definição baseia-se na presença de epitélio colunar com células caliciformes próximas à junção gastroesofágica (metaplasia intestinal).

Esófago de Barrett

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2
Q

Como se classifica o esófago de Barrett em função do seu comprimento?

A

A diferenciação do esófago de Barrett de segmento longo e curto é dada pela extensão circunferencial igual ou superior a 3 cm, que define o risco de progressão para adenocarcinoma do esófago e consequentemente o tipo de vigilância necessária.

Esófago de Barrett

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3
Q

Qual o risco associado ao comprimento do esófago de Barrett?

A

O risco de carcinogénese associado ao esófago de Barrett correlaciona-se fortemente com o seu comprimento circunferencial, sendo distinguido entre segmento longo e curto pelo cut-off de 3 cm.

Esófago de Barrett

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4
Q

Qual a abordagem recomendada para um esófago de Barrett de segmento curto sem displasia?

A

A abordagem expectante é a mais correta, pelo baixo risco de transformação maligna. Os doentes têm indicação para terapêutica com IBP e para alteração de estilos de vida (por exemplo, perda de peso).

Esófago de Barrett

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5
Q

Quando está indicada a esofagectomia em doentes com esófago de Barrett?

A

A esofagectomia está indicada no tratamento de adenocarcinomas do esófago, podendo ser combinada com quimioterapia neoadjuvante e/ou radioterapia em doentes com invasão da submucosa. Como é um procedimento cirúrgico complexo, só deve ser realizado se não houver opção terapêutica alternativa.

Esófago de Barrett

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6
Q

Qual a utilidade da fundoplicatura de Nissen no contexto de esófago de Barrett?

A

A fundoplicatura de Nissen é usada para o tratamento a longo prazo de alguns doentes com DRGE persistente, mas não previne a transformação maligna em doentes que já apresentem esófago de Barrett com alterações displásicas. Não é a opção mais adequada para este doente.

Esófago de Barrett

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7
Q

A erradicação do Helicobacter pylori está indicada na gestão da DRGE com esófago de Barrett?

A

A terapêutica combinada com omeprazol, amoxicilina, claritromicina e metronidazol é usada para erradicar Helicobacter pylori, mas não tem benefício comprovado no tratamento da DRGE e não está recomendada neste caso.

Esófago de Barrett

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8
Q

Qual é o papel dos IBP na gestão do esófago de Barrett?

A

A monoterapia com inibidores da bomba de protões desempenha um papel importante na terapêutica de manutenção das complicações da DRGE como o esófago de Barrett, reduzindo o risco de transformação maligna e expansão da metaplasia intestinal.

Esófago de Barrett

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9
Q

Qual o regime de vigilância recomendado consoante o comprimento do esófago de Barrett?

A

Esófago Barrett ≥3 cm e <10 cm → Follow-up de 3 em 3 anos.
Esófago Barrett ≥1 cm e <3 cm → Follow-up de 5 em 5 anos.
Nota: “3 episódios nos primeiros 3 anos” pode ajudar a recordar o intervalo para segmentos ≥3 cm.

Esófago de Barrett

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10
Q

Quais são as manifestações clínicas típicas da esofagite induzida por fármacos?

A

A esofagite induzida por fármacos é uma patologia que tipicamente se caracteriza por odinofagia, disfagia e toracalgia do tipo queimadura retro-esternal.

Esofagite Induzida por Fármacos

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11
Q

Em que grupo populacional é mais frequente a esofagite induzida por fármacos?

A

É mais frequente em indivíduos que tomam determinados fármacos, como os bifosfonatos, tetraciclinas, cloreto de potássio ou AINEs, particularmente se se tratar de um indivíduo mais idoso e/ou dependente.

Esofagite Induzida por Fármacos

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12
Q

Quais as alterações endoscópicas mais comuns na esofagite induzida por fármacos?

A

As alterações endoscópicas mais comuns são a presença de úlceras circulares localizadas nas zonas de estreitamento do esôfago, tipicamente no seu terço médio.

Nota: “Fármacos, Feridas (úlceras), Faixa Média (terço médio do esôfago)”

Esofagite Induzida por Fármacos

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13
Q

Que características endoscópicas ajudam a diferenciar Esofagite Induzida por Fármacos da Esofagite por CMV?

A

A esofagite por CMV caracteriza-se pela presença de úlceras lineares no terço superior do esôfago, enquanto a esofagite induzida por fármacos apresenta úlceras circulares no terço médio.
→ Neste caso, a lesão localiza-se no terço médio do esôfago.

Esofagite Induzida por Fármacos

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14
Q

Que fármacos estão mais associados ao risco de esofagite induzida por medicamentos?

A

Bifosfonatos (ex: alendronato), tetraciclinas, doxiciclina, clindamicina, AINEs, cloreto de potássio.

Esofagite Induzida por Fármacos

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15
Q

Que fatores aumentam o risco de esofagite induzida por fármacos em idosos?

A

Diminuição habitual na produção de saliva, toma dos fármacos em posição de decúbito ou com pouca ingestão de água.

Esofagite Induzida por Fármacos

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16
Q

Excluir Angina Estável no doente com Dor Torácica em detrimento de Esofagite Induzida por Fármacos?

A

A dor torácica da angina estável piora com esforço e melhora com repouso, e é em facada ou aperto. Nesta situação, a dor associada a sintomas esofágicos (disfagia, odinofagia), torna improvável uma causa cardíaca.

Esofagite Induzida por Fármacos

17
Q

Excluir Esofagite Infecciosa (como a candidíase) no doente com Dor Torácica em detrimento de Esofagite Induzida por Fármacos?

A

A esofagite infecciosa é mais comum em imunocomprometidos. Uma doente sem linfopenia ou neutropenia, nem se observam placas esbranquiçadas na mucosa oral ou esofágica, que são típicas da candidíase.

Nota: “Candida → placas brancas + imunossupressão”

Esofagite Induzida por Fármacos

18
Q

Quais os achados endoscópicos típicos da esofagite por CMV e como se distinguem da esofagite por fármacos?

A

A esofagite por CMV caracteriza-se por úlceras lineares no terço superior do esôfago. Já a esofagite induzida por fármacos apresenta úlceras circulares no terço médio.
→ Neste caso, as lesões situam-se no terço médio do esôfago.

Esofagite Induzida por Fármacos

19
Q

Porque é improvável o diagnóstico de esofagite eosinofílica numa doente idosa com disfagia e odinofagia?

A

A esofagite eosinofílica é mais comum em indivíduos jovens com antecedentes de atopia. Caracteriza-se por impactação alimentar e anéis concêntricos (“traquealização”), que não foram observados neste caso.

Nota: “Jovem, alérgico, anéis = Esofagite eosinofílica”

Esofagite Induzida por Fármacos