Infeciosa; Síndromes mononucleósidas; C (D, GD) Flashcards
(33 cards)
Quais os agentes mais frequentemente implicados nas síndromes mononucleosídicas?
As síndromes mononucleosídicas são causadas principalmente pelo vírus Epstein-Barr (EBV), responsável por 90% dos casos, e pelo citomegalovírus (CMV), que contribui para 5 a 10% dos casos.
A primoinfecção por HIV também pode apresentar um quadro semelhante, sendo importante excluí-la em pacientes com fatores de risco, como múltiplos parceiros sexuais, relações desprotegidas e uso de drogas injetáveis.
Síndromes Mononucleosídicas
Qual é a forma de transmissão e a prevalência do EBV?
O EBV é um herpesvírus amplamente disseminado, transmitido principalmente por secreções orais, podendo também ter transmissão sexual. Aproximadamente 90 a 95% dos adultos são seropositivos para o EBV, com aquisição preferencial durante a infância, geralmente de forma subclínica.
Síndromes Mononucleosídicas
Quais são as manifestações clínicas típicas da mononucleose infecciosa?
As manifestações clínicas incluem febre, faringoamigdalite, adenopatias (especialmente cervicais e auriculares posteriores) e fadiga persistente e severa. A linfadenopatia pode ser simétrica e generalizada, distinguindo-se de outras causas de faringite.
Síndromes Mononucleosídicas
Quais são as complicações raras associadas à mononucleose infecciosa?
Complicações raras incluem abscessos periamigdalinos, obstrução das vias aéreas devido a edema do palato mole e amígdalas, rutura esplênica, meningite, encefalite, paralisia de nervos cranianos, síndrome de Guillain-Barré, mielite aguda, neurite periférica, hepatite, colestase, pneumonia, derrame pleural, miocardite, pancreatite e lesão renal aguda.
Síndromes Mononucleosídicas
Quais são os achados laboratoriais típicos na mononucleose infecciosa?
Linfocitose (>4500/μL ou >50% no esfregaço), linfócitos atípicos (>10%, CD8+), leucocitose (12.000-18.000), neutropenia e trombocitopenia ligeiras, elevação das transaminases (>90% dos casos).
Síndromes Mononucleosídicas
Como é feito o diagnóstico da mononucleose infecciosa?
Confirmado por monoteste (anticorpos heterófilos) ou anticorpos específicos de EBV. Monoteste: 40% positivo na 1ª semana, 80-90% na 3ª semana. Se negativo, usar anti-VCA IgM e anti-EBNA IgG.
Síndromes Mononucleosídicas
Qual é o tratamento recomendado para a mononucleose infecciosa?
Sintomático: antipiréticos e repouso. Evitar esforços físicos até regressão da esplenomegalia. Não há antivirais eficazes.
Síndromes Mononucleosídicas
Por que a amoxicilina deve ser evitada em casos suspeitos de mononucleose infecciosa?
Pode causar exantema maculopapular, urticariforme ou petequial mesmo sem alergia verdadeira.
Síndromes Mononucleosídicas
Síndromes Mononucleosídicas
Quais são os principais diagnósticos diferenciais da mononucleose infecciosa?
Amigdalite estreptocócica (adenopatias cervicais anteriores, sem fadiga intensa), CMV (faringite leve ou ausente), HIV (em presença de fatores de risco).
Qual é a importância dos anticorpos específicos do EBV no diagnóstico?
Usados quando o monoteste é negativo. IgM anti-VCA indica infeção aguda; IgG anti-EBNA indica infeção passada.
Síndromes Mononucleosídicas
Quais os cuidados recomendados para pacientes com mononucleose infeciosa não complicada?
Repouso, hidratação, antipiréticos, evitar esforços até regressão de esplenomegalia.
Síndromes Mononucleosídicas
Qual é a faixa etária com maior incidência de mononucleose infecciosa sintomática?
Entre os 15 e os 24 anos.
Síndromes Mononucleosídicas
Por que é importante excluir a primoinfecção por HIV?
Quadro semelhante à mononucleose. Fundamental excluir em doentes com fatores de risco (parceiros múltiplos, drogas, sexo desprotegido).
Síndromes Mononucleosídicas
Qual é o valor do esfregaço no diagnóstico da mononucleose infeciosa?
Presença de >10% de linfócitos atípicos (CD8+). Também presentes noutras viroses e reações medicamentosas.
Síndromes Mononucleosídicas
Que outros órgãos podem ser afetados pelo EBV?
Fígado, pâncreas, coração, pulmões, rins. Pode causar hepatite, colestase, miocardite, pneumonia, lesão renal aguda, entre outros.
Síndromes Mononucleosídicas
Por que o aciclovir não está recomendado?
Reduz replicação viral orofaríngea, mas não tem benefício clínico comprovado.
Síndromes Mononucleosídicas
Que exames laboratoriais se usam no diagnóstico?
Hemograma, monoteste (anticorpos heterófilos), serologias (anti-VCA IgM, anti-EBNA IgG).
Síndromes Mononucleosídicas
Qual o papel do repouso no tratamento?
Reduz sintomas, previne complicações como rutura esplénica.
Síndromes Mononucleosídicas
Como diferenciar mononucleose de amigdalite estreptocócica?
Mononucleose tem fadiga intensa e adenopatias posteriores; amigdalite estreptocócica tem adenopatias anteriores e menor fadiga.
Síndromes Mononucleosídicas
Fatores de risco para HIV?
Parcerias sexuais múltiplas, sexo sem proteção, drogas injetáveis.
Síndromes Mononucleosídicas
Sintomas da mononucleose infeciosa?
Febre, fadiga, faringoamigdalite, adenopatias cervicais e auriculares posteriores, esplenomegalia.
Síndromes Mononucleosídicas
Papel dos linfócitos atípicos?
Sugerem mononucleose, maioritariamente CD8+. Também presentes noutras infeções e reações medicamentosas.
Síndromes Mononucleosídicas
Complicações neurológicas possíveis?
Meningite, encefalite, paralisia craniana, Guillain-Barré, mielite, neurite periférica.
Síndromes Mononucleosídicas