Slides estrela (mais importantes) Flashcards

(365 cards)

1
Q

5 indicações para TC cervical

A

Cervicalgia acompanhada de défice neurológico radial e braquialgia, independentemente da duração

Cervicalgia progressiva com duração >4semanas, acompanhada de défice motor ou sensitivo radicular, OU
crises recorrentes (>3x/ano)

Cervicalgia persistente e braquialgia com duração >4semanas, refratária a tratamento médico e sem défices motores/sensitivos

Cervicalgia com suspeita de neoplasia
▪ >4semanas; > 50anos; emagrecimento acentuado; hx pessoal e familiar de neoplasia

Cervicalgia com suspeita de fratura
▪ >65anos; osteoporose; corticoterapia prolongada

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2
Q

Prevenção Primordial - definição

A

Visa evitar a emergência e o estabelecimento de estilos de vida que possam
contribuir para um risco acrescido de doença, como pex a nutrição inadequada, a prática irregular de exercício físico/ sedentarismo e o tabagismo

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3
Q

Prevenção Primordial vs Promoção de Saúde

A

Confunde-se com o conceito de Promoção de Saúde, mas são complementares

Prevenção Primordial: diminuir probabilidade de doença

Promoção de Saúde: aumentar saúde e bem-estar geral

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4
Q

Prevenção Primária - definição

A

Conjunto de medidas que tem como objetivo diminuir o risco de determinada doença em populações assintomáticas, atuando ao nível dos fatores de risco

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5
Q

Prevenção Secundária - definição

A

Deteção de um problema de saúde num indivíduo ou numa população numa fase
precoce, por forma a condicionar favoravelmente a sua evolução

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6
Q

Prevenção Terciária - definição

A

Finalidade reduzir os custos sociais e económicos dos estados de doença na população através da reabilitação e reintegração precoces e da potenciação da capacidade funcional remanescente dos indivíduos

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7
Q

Prevenção Quaternária - definição

A

Prevenção da iatrogenia; Visa evitar ou atenuar o excesso de intervencionismo médico
associado a atos médicos desnecessários ou injustificados; por outro lado, pretende-se
capacitar os utentes ao fornecer-lhes a informação necessária e suficiente para
poderem tomar decisões autónomas, sem falsas expectativas, conhecendo as vantagens e os inconvenientes dos métodos diagnósticos ou terapêuticos propostos

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8
Q

Prevenção Quinquenária - definição

A

Prevenir o dano para o paciente, atuando no médico através de estratégias que visam
diminuir o burnout

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9
Q

Sensibilidade

A

VP/VP+FN

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10
Q

Especificidade

A

VN/FP+VN

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11
Q

Verdadeiros positivos

A

Testes positivos e indivíduos doentes

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12
Q

Falsos negativos

A

Testes negativos e individuos doentes

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13
Q

Falsos positivos

A

Testes positivos e individuos não doentes

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14
Q

Verdadeiros negativos

A

Testes negativos e individuos não doentes

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15
Q

Rastreio Neonatal - teste

A

amostra de sangue do pé (calcanhar) do RN recolhido preferencialmente entre o 3.º e o 6.º dias de vida, aplicado em papel de filtro contido no cartão de Guthrie

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16
Q

Rastreio Neonatal - população

A

Crianças nascidas em Portugal independentemente da nacionalidade

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17
Q

Rastreio Neonatal - doenças rastreadas

A

Hipotiroidismo congénito, fibrose quística + doenças hereditárias do metabolismo (aminoacidopatias; acidúrias orgânicas; doenças do ciclo da ureia; doenças hereditárias da βoxidação dos ácidos gordos)

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18
Q

Rastreio Neonatal - início de estudo piloto

A

Com inclusão de rastreio de Atrofia Muscular Espinal

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19
Q

Prevenção Terciária - consiste em…

A

Reduzir a incapacidade causada pela doença e recuperar sequelas/limitações, perspetivando uma
reabilitação e/ou reintegração efetiva (por exemplo, reintegração de trabalhadores no contexto laboral; uso de ortóteses ou objetos adaptados…)

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20
Q

Prevenção Terciária - 4 objetivos

A

1) Limitar a progressão da doença, circunscrevendo-a

2) Evitar ou diminuir as consequências ou complicações da doença como as insuficiências,
incapacidades, sequelas, sofrimento ou ansiedade, morte precoce

3) Promover a adaptação do doente às consequências inevitáveis (situações incuráveis)

4) Prevenir recorrências da doença, ou seja, controlá-la e estabilizá-la

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21
Q

Método mais importante e mais usado na prática clínica para estudo e avaliação familiar

A

Genograma familiar

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22
Q

Genograma familiar - quando iniciar?

A

Sempre que possível deve ser iniciado na 1ª consulta

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23
Q

Genograma familiar - representação gráfica de… (2)

A
  • Composição e estrutura familiar;
  • Padrões de repetição ao longo das gerações
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24
Q

Genograma familiar na MGF

A

Construção e interpretação são competências básicas de um MF

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25
Genograma familiar - e lista de problemas
Suplementa a lista de problemas: - panorama dos principais problemas de saúde que afetam a família durante 3 ou mais gerações
26
Genograma familiar - maior barreira
Tempo de execução é a maior barreira. Mas: - é para se ir construindo ao longo do tempo; - múltiplas consultas aos diferentes elementos do agregado familiar; - 1º nível: “Quem é quem e doenças crónicas”
27
Genograma familiar - componentes (10)
* Dados sobre 3 ou mais gerações da família * Identificação (nomes) dos elementos da família * Ano de nascimento dos elementos da família * Falecimentos com datas e causas de morte * Doenças crónicas ou graves e problemas de saúde existentes ou que existiram nos elementos da família, especialmente de transmissão hereditária * Datas de casamento, separação e divórcio * Indicação dos elementos que coabitam na mesma casa * Legenda com símbolos utilizados * Data da realização do genograma
28
Genograma familiar - construção: conjunto de componentes, regras e simbologia própria (10)
- Mulheres são representadas por círculos e homens por quadrados - Na representação gráfica da família, o pai/marido vem à esquerda e a mãe/esposa à direita unidos pela linha de casamento ou geracional - 1º filho que nasce em cada geração é colocado à esquerda, seguindo-se os irmãos por ordem de nascimento - Cada geração é representada na mesma linha e os símbolos devem ter o mesmo tamanho - Registo de 3 ou mais gerações, cada uma representada por um número romano - Indivíduos que coabitam são circundados por uma linha a tracejado que representa o agregado familiar - Utente (casal) em estudo deve ser assinalado com símbolo duplo ou uma seta - Se o médico usar símbolos para além dos estandardizados deve anotar a “chave” da simbologia usada - Pode ser desenhado pelo utente, pelo médico ou por ambos - É útil começar pela geração intermédia e depois recolher informação sobre as outras - Deve ser datado mas nunca está pronto, é para ir sendo contruído
29
Genograma familiar - seta
Quando temos uma “seta” (como no caso da relação dominante) ela dirige-se: da pessoa que é responsável pela situação, para aquela em que é aplicada a situação (dominador → dominado, por exemplo)
30
Genograma familiar - 6 tipos de relação
Relação conflituosa Relação pobre Relação escassa Relação boa Relação excelente Relação dominante
31
Psicofigura de Mitchel - definição e 4 caraterísticas
* Componente mais subjetiva do genograma: o variável de membro para membro da família; o pode alterar-se ao longo do tempo * Usa traços em rede que unem alguns dos elementos que estamos a estudar e simbolizam a qualidade e a dinâmica das relações existentes em determinado ponto do tempo * Para melhor leitura e interpretação, deve ser apresentado isoladamente do genograma estrutural, com cores e traços de diferente espessura * Não dá informação de funcionalidade familiar!
32
Genograma familiar - composição e estrutura da família: tipo de família
Nuclear (família de um 1º casamento com filhos biológicos), monoparental, reconstruída ou recombinada (pelo menos um dos cônjuges viveu uma relação conjugal anterior), alargada (pelo menos 3 gerações na mesma casa), unitária, com elementos não nucleares (avós e netos, tios e sobrinhos,…), tipo incomuns (casamentos múltiplos, consanguíneos,…)
33
Genograma familiar - composição e estrutura da família: tipo de família (conforme a estrutura e dinâmica global)
Família Díade Nuclear Família Grávida Família Nuclear ou Simples Família Alargada ou Extensa Família com prole extensa ou numerosa Família Reconstruída, Combinada ou Recombinada Família Homossexual Família Monoparental Família Dança a Dois Família Unitária Família de Coabitação Família Comunitária Família Hospedeira Família Adotiva Família Consanguínea Família com Dependente Família com Fantasma Família Acordeão Família Flutuante Família Descontrolada Família Múltipla
34
Genograma familiar - composição e estrutura da família: tipo de família (conforme a relação conjugal)
Família Tradicional Família Moderna Família Fortaleza Família Companheirismo Família Paralela Família Associação
35
Genograma familiar - composição e estrutura da família: tipo de família (conforme relação parental)
Família Equilibrada (estável) Família Rígida (instável) Família Superprotetora (instável) Família Permissiva (instável) Família Centrada nos filhos (instável) Família Centrada nos pais (instável) Família Sem objetivos (instável)
36
Família Díade Nuclear
Duas pessoas em relação conjugal sem filhos (não há descendentes comuns, nem de relações anteriores de cada elemento)
37
Família Grávida
Família em que uma mulher se encontra grávida, independentemente da restante estrutura
38
Família Nuclear ou Simples
Uma só união entre adultos e um só nível de descendência: pais e seu(s) filho(s)
39
Família Alargada ou Extensa
Coabitam ascendentes, descendentes e/ou colaterais por consanguinidade ou não, para além de progenitor(es) e/ou filho(s)
40
Família com prole extensa ou numerosa
Família com crianças e jovens de idades muito diferentes, independentemente da restante estrutura familiar
41
Família Reconstruída, Combinada ou Recombinada
Família em que existe uma nova união conjugal, com ou sem descendentes de relações anteriores, de um ou dos dois cônjuges
42
Família Homossexual
Família em que existe uma união conjugal entre 2 pessoas do mesmo sexo, independentemente da restante estrutura
43
Família Monoparental
Família constituída por um progenitor que coabita com o(s) seu(s) descendente(s)
44
Família Dança a Dois
Família constituída por familiares (de sangue ou não) sem relação conjugal ou parental (ex: avó e neto, tia e sobrinha, irmãos, primos, cunhados,…)
45
Família Unitária
Família constituída por uma pessoa que vive sozinha, independentemente de relação conjugal sem coabitação
46
Família de Coabitação
Homens e /ou Mulheres que vivem na mesma habitação sem laços familiares ou conjugais, com ou sem objetivo comum (ex.: estudantes universitários, amigos, imigrantes,…)
47
Família Comunitária
Família composta por homens e/ou mulheres e seus eventuais descendentes, coabitando na mesma casa ou em casas próximas (ex.: comunidades religiosas, seitas, comunas, ciganos,…)
48
Família Acordeão
Família em que um dos cônjuges se ausenta por períodos prolongados ou frequentes (ex.: trabalhadores humanitários expatriados, militares em missão, emigrantes de longa duração)
49
Família Flutuante
Família em que os elementos mudam frequentemente de habitação (ex.: progenitores com emprego de localização variável) ou em que o progenitor muda frequentemente de parceiro
50
Família Descontrolada
Família em que um membro tem problemas crónicos de comportamento por doença ou adição (ex.: esquizofrenia, toxicodependência, alcoolismo, etc.)
51
Família Múltipla
Família em que o elemento identificado integra duas ou mais famílias, constituindo agregados diferentes, eventualmente com descendentes em ambos
52
Genograma familiar - composição e estrutura da família: outros fatores influenciadores
Outros fatores influenciadores da descendência, data de nascimento dos filhos e sua relação com a história familiar, características particulares dos filhos, “Plano de vida” para os filhos, diferentes atitudes dos pais perante o sexo dos filhos, relação entre a ordem de nascimento nas fratrias dos pais e filhos
53
Círculo familiar - realização (3)
* Indivíduo segue instruções e representa-se a si próprio e a todos os elementos significativos da sua família/rede social de apoios * Realiza o desenho de círculos de dimensão e proximidade diferente, valorizando o relacionamento existente entre todos * Método breve, gráfico que reúne e avalia informação da família e da sua dinâmica na perspetiva do indivíduo
54
Círculo familiar - 3 sistemas familiares
Tipificam-se 3 sistemas familiares, com particularidades, cujo conhecimento se mostra útil para o MF: - família de tipo psicossomático ou emaranhada - família emocionalmente desagregada - família patriarcal ou matriarcal
55
Círculo familiar - indicações
Quando certos pacientes têm dificuldade em “tocar” certas áreas * Adolescentes * Toxicómanos * Alcoólicos * Utentes deprimidos Quando existe dificuldade na articulação/expressão verbal * Utentes mudos * Utentes com deficiência * Utentes com baixo nível cultural e social * Minorias étnicas Casos particulares * Grávidas primíparas * Utentes menos empáticos * Utentes que não aderem à terapêutica
56
Círculo familiar - indicações: quando certos pacientes têm dificuldade em "tocar" certas áreas (4)
* Adolescentes * Toxicómanos * Alcoólicos * Utentes deprimidos
57
Círculo familiar - indicações: quando existe dificuldade na articulação/ expressão verbal (4)
* Utentes mudos * Utentes com deficiência * Utentes com baixo nível cultural e social * Minorias étnicas
58
Círculo familiar - indicações: casos particulares (3)
* Grávidas primíparas * Utentes menos empáticos * Utentes que não aderem à terapêutica
59
Círculo familiar - 5 limitações
* Só exprime a perceção consciente que o paciente tem da sua família; * Só é possível de realizar se existir uma boa relação médico-utente; * É difícil de estandardizar; * É um método datado, suscetível de mudar ao longo do tempo; * É de difícil valorização por um observador exterior
60
Ciclo de vida familiar de Duvall - fase I
Casal sem filhos - tarefas de desenvolvimento específicas de fase: - Estabelecimento de uma relação conjugal mutuamente satisfatória - Preparação para a gravidez e futura paternidade - Adaptação à família alargada do outro cônjuge
61
Ciclo de vida familiar de Duvall - fase II
Famílias com filhos até aos 30 meses - tarefas de desenvolvimento específicas de fase: - Ter filhos e ajustar-se e encorajar o seu desenvolvimento - Criar um lar satisfatório para pais e filhos
62
Ciclo de vida familiar de Duvall - fase III
Famílias com filhos em idade pré-escolar (filho mais velho: dos 30 meses até aos 6 anos) - tarefas de desenvolvimento específicas de fase: - Adaptar-se às necessidades de uma criança em idade pré-escolar. - Lidar com o desgaste energético e com a diminuição de intimidade provocada pelo desempenho do papel de pais
63
Ciclo de vida familiar de Duvall - fase IV
Famílias com filhos em idade escolar (filho mais velho: entre 6 e 13 anos) - tarefas de desenvolvimento específicas de fase: - Assumir responsabilidades com crianças em idade escolar encorajando o desenvolvimento educacional das crianças - Relacionar-se com famílias no mesmo estadio de desenvolvimento
64
Ciclo de vida familiar de Duvall - fase V
Famílias com filhos adolescentes (filho mais velho: entre 13 e 20 anos) - tarefas de desenvolvimento específicas de fase: - Facilitar o equilíbrio entre liberdade e responsabilidade no período de amadurecimento e emancipação dos adolescentes - Estabelecimento de interesses pós-parentais
65
Ciclo de vida familiar de Duvall - fase VI
Famílias com jovens adultos (desde a saída do 1º filho até à saída do último filho) - tarefas de desenvolvimento específicas de fase: - Permitir o lançamento dos filhos no exterior – no trabalho, serviço militar, universidade, casamento – com rituais adequados e assistência - Manter uma base de suporte familiar
66
Ciclo de vida familiar de Duvall - fase VII
Casais na meia-idade (ninho vazio) (desde o ninho vazio até reforma) - tarefas de desenvolvimento específicas de fase: - Reconstruir a relação de casal - Manter a relação com as gerações mais velhas e mais novas
67
Ciclo de vida familiar de Duvall - fase VIII
Envelhecimento e pós-reforma (desde reforma até morte dos 2 elementos) - tarefas de desenvolvimento específicas de fase: - Lidar com a viuvez e com o viver só - Escolher um domicílio mais adaptado a esta fase de vida - Lidar com a reforma
68
Linha de vida de Medalie - definição
* Lista as ocorrências que aconteceram a um indivíduo num determinado período de tempo correlacionando cronologicamente os acontecimentos com problemas de saúde; * Padrão/impacto dos eventos de vida
69
APGAR Familiar - 5 dimensões avaliadas
o Adaptation (Adaptação) o Partnership (Participação) o Growth (Crescimento) o Affection (Afeto) o Resolve (Resolução/Dedicação)
70
APGAR Familiar (também designado por Smilkstein) - 6 indicações
* Doença grave crónica ou incapacidade em qualquer elemento da família; * Somatizações; * Consumo excessivo de serviços de saúde; * Múltiplas queixas de saúde; * Grande lista de problemas; * Dor crónica
71
APGAR Familiar - componente: adaptação
Estou satisfeito com a ajuda que recebo da minha família, sempre que alguma coisa me preocupa?
72
APGAR Familiar - componente: participação
Estou satisfeito pela forma como a minha família discute assuntos de interesse comum e partilha comigo a resolução de problemas?
73
APGAR Familiar - componente: crescimento
Acho que a minha família concorda com o meu desejo de encetar novas atividades ou de mudar o meu estilo de vida?
74
APGAR Familiar - componente: afeto
Estou satisfeito com o modo como a minha família manifesta afeição e reage aos meus sentimentos, tais como irritação, pesar e amor?
75
APGAR Familiar - componente: dedicação
Estou satisfeito com o tempo que passo com a minha família?
76
APGAR Familiar - pontuação
“nunca”, “às vezes” e “sempre” → pontua “0”, “1” e “2”, respetivamente 7-10 família altamente funcional; 4-6 família com moderada disfunção; 0-3 família com disfunção acentuada
77
APGAR Familiar - outra designação
Smilkstein
78
Método de Olson - definição
Avalia a funcionalidade familiar através: * capacidade de adaptação (habilidade do sistema familiar em mudar a sua estrutura de poder, relações de papéis e regras de relacionamento); * nível de coesão familiar (grau de autonomia individual e ligação emocional existente entre os seus membros); * comunicação (que é facilitadora dos processos de mudança
79
Método de Olson - funcionalidade (5)
* A chefia/poder não são disputados habitualmente; * A autonomia individual é privilegiada, não existindo comportamentos controladores; * As responsabilidades são assumidas e partilhadas; * A ligação entre os elementos é sólida e equilibrada; * A comunicação é aberta e respeita diferentes pontos de vista, procurando ponto de equilíbrio
80
Desenho infantil - 3 caraterísticas
* O desenho deve ser utilizado sistematicamente, após os 2 anos de idade, na consulta de saúde infantil * Dos 2 aos 5 anos de idade, é desejável usar o desenho sistematicamente para melhorar o conhecimento da criança e avaliar o seu desenvolvimento → informação com valor técnico * A descrição do desenho por parte da criança, é importante para perceber a sua realidade
81
Desenho infantil - equivalente
O circulo de Thrower pode ser usado como equivalente ao desenho infantil nas crianças mais velhas a partir dos 10 anos em que é frequente dizerem “não sei desenhar”
82
Avaliação familiar e Sclínico
A inclusão dos resultados dos métodos de avaliação familiar nos registos clínicos não tem uma localização pré-definida Quando há indicação para a utilização destes métodos, na maioria dos casos devem ser registados no “O”, enquanto resultado da aplicação de uma escala ou questionário As exceções poderão ser o genograma, a linha de vida de Medalie e o ciclo de vida familiar de Duvall, cuja localização natural será nos dados base
83
Árvore da WONCA - 6 competências nucleares
- abordagem holística - gestão de cuidados de saúde primários - abordagem abrangente - competências específicas de resolução de problemas - cuidados orientados para a comunidade - cuidados centrados na pessoa e na família
84
Árvore da WONCA - caraterísticas da disciplina (competências específicas) relativamente à competência nuclear de abordagem holística
Biopsicossocial, cultural e existencial
85
Árvore da WONCA - caraterísticas da disciplina (competências específicas) relativamente à competência nuclear da gestão de cuidados de saúde primários
Primeiro contacto, acessibilidade, todos os problemas de saúde Provedoria e coordenação de cuidados
86
Árvore da WONCA - caraterísticas da disciplina (competências específicas) relativamente à competência nuclear da abordagem abrangente
Problemas de saúde agudos e crónicos Promoção da saúde e bem estar
87
Árvore da WONCA - caraterísticas da disciplina (competências específicas) relativamente à competência nuclear de competências específicas de resolução de problemas
Estadios iniciais indiferenciados Decisão baseada na incidência e prevalência
88
Árvore da WONCA - caraterísticas da disciplina (competências específicas) relativamente à competência nuclear de cuidados orientados para a comunidade
Responsabilidade pela saúde da comunidade
89
Árvore da WONCA - caraterísticas da disciplina (competências específicas) relativamente à competência nuclear de cuidados centrados na pessoa e na família
Cuidados longitudinais Promotores da capacitação da pessoa Centrados na pessoa e nos contextos Relação médico-doente
90
3 aspetos de fundo de MGF
Atitude Ciência Contexto
91
Genograma familiar avalia...
Estrutura familiar
92
Psicofigura de Mitchell avalia funcionalidade familiar?
Não!
93
Definição de estrutura familiar
Quem é quem, que tipo de parentesco existe e que relacionamento existe entre os elementos da família
94
Definição de funcionalidade familiar
Face ao problema de saúde que o utente apresenta, perceber o tipo de resposta da família, ou seja, se a família “funciona” como um fator de apoio ou de stress
95
Genograma familiar - 7 caraterísticas (em síntese)
* Combina informação biomédica e psicossocial; * Integra o indivíduo no contexto da família e o impacto da família no indivíduo; * Localiza o problema de saúde no seu contexto histórico; * Clarifica padrões transgeracionais de doença, de comportamentos e de uso de serviços de saúde; * Permite ao MF e ao utente olhar e explorar os mitos familiares; * Permite o aconselhamento nos conflitos conjugais e de pais/filhos; * Tem valor diagnóstico e terapêutico
96
Genograma familiar - 2 indicações
Primeiras consultas e Quando o modelo biomédico não der resposta satisfatória aos problemas dos utentes
97
Genograma familiar - representação, símbolos e tipos de relações da psicofigura de Mitchell
VER NO PPT
98
Genograma familiar no Sclínico
Nos dados base!!
99
Existe circulo de Thrower no S clinico?
Não!
100
Família reconstruida é nuclear?
NÃO!!! só é nuclear se for primeiro casamento!! - por isso a familias reconstruidas nao se aplica ciclo de duvall!!
101
Escala de APGAR familiar (Smilkstein) consta do Sclínico?
Sim! em sitio proprio
102
Escala de Graffar consta do S clínico?
Sim! em sitio proprio
103
Ciclo de Duvall consta do S clínico?
Sim! em sitio proprio
104
Tipo de familia consta do Sclinico?
Sim! em sitio proprio
105
Risco familiar de Garcia-Gonzalez consta do Sclinico?
Sim! em sitio proprio
106
Risco familiar de Segovia Dreyer consta do Sclinico?
Sim! em sitio proprio
107
Ciclo familiar de Duvall - a quem se aplica?
Famílias nucleares apenas!! (a reconstruidas nao)
108
Ciclo familiar de Duvall - marcador dos estadios
idade do filho mais velho
109
APGAR familiar - a partir de que idade?
10 anos
110
Circulo familiar de Thrower avalia..
Dinâmica
111
APGAR familiar avalia...
Funcionalidade
112
Método de Olson avalia...
Funcionalidade
113
Circulo de Thrower - a partir de que idade?
10 anos
114
Desenho infantil - idades
2 aos 5 anos
115
Escala de readaptação social de Holmes Rahe consta do Sclinico?
Sim, em sitio proprio
116
Escala de readaptação social de Holmes Rhae avalia..
Stress social determinando a probabilidade de vir a sofrer de doença psicossomática
117
Escala de Graffar avalia...
Caraterização socio-económica
118
Escala de Graffar - 5 critérios avaliados
Profissão Nível de instrução Fontes de rendimento Conforto do alojamento Aspeto do bairro onde habita
119
Escala de risco familiar de Segovia Dreyer avalia...
Risco familiar
120
Escala de risco familiar de Garcia-Gonzalez avalia...
Risco familiar
121
Situações em que a avaliação familiar é mandatória: (10)
* Sintomas inespecíficos (cefaleias, lombalgias, dores abdominais…) em utentes com grande frequência de consultas sem doença orgânica; * Utilização excessiva dos serviços de saúde ou consultas frequentes a diferentes membros da família (muito suspeito de disfunção familiar); * Dificuldade de controlo de doenças crónicas; * Problemas emocionais ou de comportamento, graves; * Efeito mimético (sobretudo após ter ocorrido uma situação anterior grave na família); * Problemas conjugais e sexuais; * Triangulação, sobretudo com a criança; * Doenças relacionadas com estilo de vida e ambiente; * Doenças nas fases de transição do ciclo de vida; * Morte na família, acidente grave, divórcio,…; * Sempre que o modelo bio-médico tradicional se apresente inadequado ou insuficiente (não adesão à terapêutica, ineficácia do tratamento)
122
3 métodos de avaliação familiar que constam dos dados base
Genograma Linha de vida de Medalie Ciclo de vida familiar de Duvall
123
3 exemplos de prevenção primordial
Lei do tabaco Plano Nacional de Saúde Escolar Plano Nacional de Ação Ambiente e Saúde
124
5 exemplos de prevenção primária
PNV Suplementação com Vitamina D no 1º ano Prevenção de DSTs Programa de troca de seringas Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral
125
PNV - vacinas vivas atenuadas
VASPR e BCG + Rotavírus
126
Vacinas ao nascimento (1)
Hepatite B - VHB 1
127
Vacinas aos 2 meses (6)
Hepatite B - VHB Haemophilus influenzae b - Hib 1 Difteria, tétano, tosse convulsa - DTPa 1 Poliomielite - VIP 1 Streptococcus pneumoniae - Pn13 1 Neisseria meningitidis B - Men B
128
Vacinas aos 4 meses (5)
Haemophilus influenzae b - Hib 2 Difteria, tétano, tosse convulsa - DTPa 2 Poliomielite - VIP 2 Streptococcus pneumoniae - Pn13 2 Neisseria meningitidis B - Men B
129
Vacinas aos 6 meses (4)
Hepatite B - VHB 3 Haemophilus influenzae b - Hib 3 Difteria, tétano, tosse convulsa - DTPa 3 Poliomielite - VIP 3
130
Vacinas aos 12 meses (4)
Streptococcus pneumoniae - Pn13 3 Neisseria meningitidis B - Men B Neisseria meningitidis C - Men C Sarampo, parotidite epidémica, rubéola - VASPR 1
131
Vacinas aos 18 meses (3)
Haemophilus influenzae b - Hib 4 Difteria, tétano, tosse convulsa - DTPa 4 Poliomielite - VIP 4
132
Vacinas aos 5 anos (3)
Difteria, tétano, tosse convulsa - DTPa 5 Poliomielite - VIP 5 Sarampo, parotidite epidémica, rubéola - VASPR 2
133
Vacinas aos 10 anos (2)
Virus do papiloma humano - HPV 1, 2 Tétano e difteria - Td 6
134
Vacinas aos 25 anos (1)
Tétano e difteria - Td 7
135
Vacinas aos 45 anos (1)
Tétano e difteria - Td 8
136
Vacinas aos 65 anos (1)
Tétano e difteria - Td 9
137
Vacinas depois dos 65 anos, de 10 em 10 anos (1)
Tétano e difteria - Td 10
138
Vacinas no PNV depois de 2020
Men B e HPV para rapazes a partir de 1 de outubro de 2020 + rotavírus
139
PNV - hepatite B
VHB Nascimento, 2 meses e 6 meses
140
PNV - Haemophilus influenzae b
Hib 2 meses, 4 meses, 6 meses e 18 meses
141
PNV - difteria, tétano e tosse convulsa
DTPa 2 meses, 4 meses, 6 meses, 18 meses e 5 anos
142
PNV - poliomielite
VIP 2 meses, 4 meses, 6 meses, 18 meses e 5 anos
143
PNV - Streptococcus pneumonia
Pn13 2 meses, 4 meses e 12 meses
144
PNV - Neisseria meningitidis B
MenB 2 meses, 4 meses e 12 meses
145
PNV - Neisseria meningitidis C
MenC 12 meses
146
PNV - sarampo, parotidite epidémica, rubéola
VASPR 12 meses e 5 anos
147
PNV - vírus do papiloma humano
HPV 1, 2 10 anos
148
PNV - grávidas
Tétano, difteria e tosse convulsa - Tdpa
149
PNV - tétano e difteria
10 anos, 25 anos, 45 anos, 65 anos, depois de 10/10 anos
150
Grupos de risco: crianças de idade <6 anos, elegíveis para vacinação com BCG
Crianças sem registo de BCG, sem cicatriz vacinal: Que tenham coabitantes ou conviventes (coabitante- pessoa que partilha o mesmo espaço de habitação por uma ou mais noites; convivente: pessoa que partilha o mesmo espaço fechado durante períodos extensos ou frequentes durante o dia (pelo menos 15h/semana)) com os seguintes fatores de risco: . Antecedentes de tuberculose ativa . Naturalidade de país com elevado risco de TB . Infeção VIH/SIDA (se a mãe for VIH+, a BCG só pode ser administrada após exclusão da infeção VIH na criança) . Dependência de álcool ou de drogas, nos últimos 5 anos . Reclusão há menos de 5 anos, em estabelecimento prisional Que vão viajar para países com elevado risco de tuberculose . Estadia >3 meses (pode ser ponderada a vacinação para estadias mais curtas, se for considerado que existe um elevado risco de exposição) Naturais de países de elevado risco de TB . Após terminado o processo de exclusão de doença/ infeção Que contactaram com casos de tuberculose ativa . Após terminado o processo de exclusão de doença/ infeção e avaliação pelas Unidades de Saúde Pública, em articulação com os Centros de Diagnóstico Pneumológico (CDP) ou consultas de tuberculose Pertencentes a comunidades com elevado risco de tuberculose: . Definidas pelas Unidade de Saúde Pública, em articulação com as coordenações regionais do PNT e do PNV e comunicadas, anualmente, à DGS: Comunidades ou pequenas áreas geográficas onde se concentra um elevado número de casos. A avaliação de risco deve ter em conta: a incidência a 5 anos, o número absoluto de casos, a dispersão dos casos na comunidade (casos agregados ou transmissão comunitária), a distribuição ao longo do tempo, a existência de grupos de risco, outros
151
Vacinas em grávidas
Inativas -> 2º e 3º trimestres
152
Vacinação durante a gravidez - Tdpa
Recomendada (20-36 semanas de gestação)
153
Vacinação durante a gravidez - Td, VHB, VIP, MenC, Pn13 e Pn23
Administrar, se indicadas
154
Vacinação durante a gravidez - VASPR
Contraindicada - em situações de risco elevado de infeção, a vacina pode ser substituída por imunização passiva
155
Vacinação durante a gravidez - vacinação anual contra a gripe
Também está recomendada durante a gravidez, de acordo com as NOCs em vigor
156
Administração de 2 vacinas vivas injetáveis
No mesmo dia ou com intervalo entre as doses de 4 semanas - as restantes podem ser administradas no mesmo dia ou com qualquer intervalo entre as doses
157
A administração de BCG no braço esquerdo e outras vacinas
A administração de BCG no braço esquerdo, contraindica a administração de outras vacinas no mesmo braço durante os 3 meses seguintes
158
Local de administração das vacinas consoante timing de intervalo para outras
<12M → administração na coxa (exceção para a BCG) > 12M →parte superior do braço
159
Pode administrar-se mais do que uma vacina no mesmo membro, desde que…
As injeções sejam distanciadas ≥ 2,5 cm
160
Podem administrar-se vacinas e imunoglobulinas em simultâneo…
Desde que em locais anatómicos diferentes
161
Lactentes pré-termo e vacinação
Os lactentes pré-termo, clinicamente estáveis, devem ser vacinados de acordo com o esquema recomendado no PNV, com as mesmas doses e na mesma idade cronológica que as crianças de termo, com exceção das vacinas VHB e BCG
162
Feridas potencialmente tetanogénicas
I. Feridas ou queimaduras que requerem tratamento cirúrgico, não tratadas nas primeiras 6h II. Feridas que apresentem as seguintes características (incluindo feridas crónicas): - Punctiformes (ex. pregos, espinhos ou dentadas); - Com corpos estranhos (ex. farpas de madeira); - Extensas, com lesão da pele e tecidos moles (ex: queimaduras); - Com tecido desvitalizado; - Contaminadas com solo ou estrume; - Com evidência clínica de infeção; - Fraturas expostas
163
Feridas potencialmente tetanogénicas - procedimento
Feridas cuidadosamente limpas com antissépticos, eliminando corpos estranhos e tecido necrótico, se presentes, uma vez que estes facilitam o desenvolvimento de Clostridium tetani e a libertação de toxinas; administração de imunoglobulina humana anti-tetânica deve ser efetuada antes da limpeza da ferida, uma vez que esta operação pode libertar uma quantidade significativa de toxina tetânica
164
Vacinação recomendada (Td/Tdpa) e administração de imunoglobulina contra o tétano em pós-exposição (feridas), de acordo com história vacinal: feridas sem potencial tetanogénico
História vacinal desconhecida ou menos de 3 doses: vacina sim, imunoglobulina não 3 ou mais doses da vacina e a última há: < 5 anos: vacina não e imunoglobulina não 5 a 10 anos: vacina não e imunoglobulina não > 10 anos: vacina sim, imunoglobulina não
165
Vacinação recomendada (Td/Tdpa) e administração de imunoglobulina contra o tétano em pós-exposição (feridas), de acordo com história vacinal: feridas potencialmente tetanogénicas
História vacinal desconhecida ou menos de 3 doses: vacina sim, imunoglobulina sim 3 ou mais doses da vacina e a última há: < 5 anos: vacina não e imunoglobulina não 5 a 10 anos: vacina sim e imunoglobulina não > 10 anos: vacina sim, imunoglobulina não se o tratamento for tardio ou incompleto
166
No âmbito do PNV, a vacina contra Rotavírus (Vacina Rota) será administrada a…
Grupos de risco: crianças pré-termo, de baixo-peso e portadoras de doenças graves, diagnosticadas à data do início da vacinação, uma vez que possuem risco acrescido de internamentos prolongados e repetidos, havendo potencial para transmissão nosocomial e doença grave por rotavírus - com idade idade ≥ 6 semanas e: a. Idade < 16 semanas, caso a vacina a administrar seja a vacina Rotarix®; b. Idade ≤ 12 semanas, caso a vacina a administrar seja a vacina Rotateq® Grupos de risco: - Doença cardiovascular grave - Doença Hereditária do Metabolismo (DHM) - Doença hepática - doença renal - doença neurológica - outras, como grande pré-termo, baixo peso ao nascer, hiperplasia supra-renal congénita, fibrose quística, insuficiência respiratória crónica do lactente
167
Rotarix
Esquema recomendado: 2 e 4 meses de idade Intervalo mínimo entre as doses: 4 semanas Idade da primeira dose: ≥6 semanas e <16 semanas
168
Rotateq
Número de doses: 3 Esquema recomendado: 2, 4 e 6 meses de idade Intervalo mínimo entre as doses: 4 semanas Idade da primeira dose: ≥6 semanas e ≤12 semanas
169
Imunização sazonal contra VSR - grupos alvo
(anticorpo monoclonal de ação longa - nirsevimab, Beyfortus) - duração da proteção: 5 meses Todas as crianças nascidas entre 1/agosto/2024 e 31/março/2025 Todas as crianças pré-termo com IG até 33 semanas + 6 dias, nascidas entre 1/janeiro e 31/julho/2024 Todas as crianças com outros FR acrescido para inf. grave por VSR a entrar na 1.ª ou 2.ª época sazonal de inf. por VSR, com <24 meses até 30/setembro/2024
170
Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral - 5 beneficiários
Grávidas (3 cheques dentista) Idosos (complemento solidário) - 2 por ano Crianças e jovens - 4 (2), 7 (2), 10 (2), 13 (3), 16 (1) e 18 (1) anos Crianças e jovens de idade intermédia (se situação agudas) - 2, 3, 5, 6, 8, 9, 11, 12 e 14 anos (1 por ano) VIH/SIDA (2 de 2/2 anos)
171
Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral - SOSI (idades)
Projeto saúde oral saúde infantil - 2, 3, 5 e 6 anos
172
Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral - SOCJ
Projeto saúde oral crianças e jovens - 4, 7, 10, 13, 16 e 18 anos
173
Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral - SOCJI
Projeto saúde oral crianças e jovens de idades intermédias - 8, 9, 11, 12 e 14 anos
174
5 princípios dos rastreios
Problema de saúde com prevalência elevada; História natural da doença bem conhecida; Fase pré-sintomática relativamente prolongada; Teste de rastreio aceitável; Tratamento acessível e aceitável
175
Características do teste de rastreio
Sensível e específico; Reprodutível e fiável; Económico; Pouco invasivo; Aceite
176
Objetivo da sensibilidade
Detetar o máximo de doentes
177
Objetivo da especificidade
Detetar o máximo de não doentes
178
3 rastreios oncológicos de base populacional
Rastreio do cancro do colo do útero Rastreio do cancro da mama Rastreio do cancro do cólon e reto
179
Rastreio do cancro do colo do útero - população
População com colo do útero com [30-69] anos, exceto se condições de alto risco (i. Infeção VIH; ii. Recetoras de transplante de órgão sólido ou de progenitores hematopoiéticos alogénicos; iii. Doença autoimune, sob terapêutica imunossupressora) em que o rastreio se inicia aos 25 anos
180
Rastreio do cancro do colo do útero - teste
Pesquisa de ácidos nucleicos dos genótipos de alto risco do vírus do papiloma humano (HPV) - HPV 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66, 68. Colheita do material biológico pode ser realizada: a) Por profissional de saúde, preferencialmente, para colheitas no colo do útero; b) Por auto-colheita, da vagina, caso a utente explicitamente o prefira ou em utentes que não aderiram a 2 convites consecutivos
181
Rastreio do cancro do colo do útero - critérios de exclusão definitiva
diagnóstico prévio de neoplasia maligna do colo do útero
182
Rastreio do cancro do colo do útero - critérios de exclusão temporária
Teste de rastreio primário positivo prévio e que não aderiram ou não completaram o plano de diagnóstico ou de tratamento Autoexclusão por iniciativa própria e comunicado formalmente à Coordenação Nacional dos Programas de Rastreio (NCN)
183
Rastreio do cancro do colo do útero - resultado e seguimento
a) Teste negativo para HPV de alto risco: indicação para repetir rastreio em 5 anos; b) Teste positivo para HPV de alto risco, genótipo 16 ou 18: referenciação para Unidade de Patologia Cervical (UPC); c) Teste positivo para HPV de alto risco, genótipo não 16 ou 18: indicação para avaliação por citologia com dupla marcação imunoquímica para p16/Ki67: - Utente com prévia colheita de material biológico por profissional de saúde: avaliação é efetuada no material disponível; - Utente que realizou auto-colheita de material biológico: deve ser agendado contacto com profissional de saúde para realização de uma nova colheita de material biológico, do colo do útero, para esta avaliação, até 15 dias depois de validado o resultado. Se: i. Resultado negativo, indicação para repetir teste de rastreio primário em 1 ano; ii. Resultado positivo, referenciação para Unidade de Patologia Cervical (UPC) d) Teste inconclusivo: indicação para repetir teste de rastreio primário, com colheita por profissional de saúde
184
Rastreio do cancro da mama - população
População do sexo feminino, [50 – 69] anos [NOTA: possibilidade de alargamento – 45 aos 74 anos]
185
Rastreio do cancro da mama - teste
mamografia com dupla leitura, a realizar de 2/2 anos
186
Rastreio do cancro da mama - critérios de exclusão definitiva
mastectomia prévia e o diagnóstico prévio de cancro da mama
187
Rastreio do cancro da mama - critérios de exclusão temporária
Realização de mamografia, com resultado normal, nos 2 anos anteriores, presença de próteses mamárias, existência de processos inflamatórios ativos ou gravidez ou aleitamento
188
Rastreio do cancro da mama - BIRADS 1 ou 2
Utentes com mamografias classificadas com BI-RADS 1 ou 2 repetem a mamografia em 2 anos
189
Rastreio do cancro da mama - BIRADS 3
Utentes com mamografias classificadas com BI-RADS 3 devem ser referenciadas para consulta de aferição, bem como os resultados díspares em dupla leitura (recomendada repetição de mamografia em 6 meses)
190
Rastreio do cancro da mama - BIRADS 4 ou 5
Utentes com mamografias classificadas com BI-RADS 4 ou 5 devem ser referenciadas para consulta de patologia mamária
191
Rastreio do cancro do cólon e reto (CCR) - população
População de ambos os sexo, [50 – 74] anos
192
Rastreio do cancro do cólon e reto (CCR) - teste
PSOF, pelo método imunoquímico, a realizar de 2/2 anos
193
Rastreio do cancro do cólon e reto (CCR) - critérios de exclusão definitiva
diagnóstico de CCR, de doença inflamatória intestinal ou de síndromes heredofamiliares relacionados com o CCR
194
Rastreio do cancro do cólon e reto (CCR) - critérios de exclusão temporária
existência de queixas gastrointestinais, nomeadamente alterações significativas do trânsito gastrointestinal nos últimos 6 meses ou a evidência de hemorragia digestiva, bem como a realização de colonoscopia normal nos últimos 10 anos ou de retosigmoidoscopia normal nos últimos 5 anos
195
Rastreio do cancro do cólon e reto (CCR) - se PSOF positiva…
Aos casos positivos deve ser proposta a realização de colonoscopia total, a qual deve obedecer a critérios de qualidade, incluindo a adequada preparação cólica, intubação cecal e visualização de todos os segmentos, assim como uma taxa de deteção de pólipos de acordo com os parâmetros estabelecidos
196
2 exemplos de rastreios não oncológicos organizados de base populacional
Rastreio de saúde visual infantil Rastreio da retinopatia diabética
197
Rastreio Saúde Visual Infantil - objetivo
identificar todas as crianças com alterações oftalmológicas capazes de provocar ambliopia
198
Rastreio Saúde Visual Infantil - população
Completar 2 anos de idade no semestre Completar 4 anos de idade no semestre o não realizaram rastreio aos 2 anos de idade o tiveram rastreio negativo aos 2 anos de idade o tendo tido um rastreio positivo aos 2 anos de idade, a causa de ambliopia não se confirmou no exame realizado por oftalmologista
199
Rastreio Saúde Visual Infantil - critério de exclusão
crianças acompanhadas em consulta hospitalar de oftalmologia com ou sem tratamento
200
Rastreio Saúde Visual Infantil - resultados
Negativo: sem alterações a necessitarem de observação oftalmológica Positivo: com alterações a necessitarem de observação oftalmológica → encaminhados para consulta hospitalar Não classificável: exame de má qualidade ou inadequado devendo ser repetido Não mensurável: excecionalmente, o equipamento pode não conseguir obter valores da medição da refração, apesar da criança ser colaborante, facto assinalado pelo técnico executor do exame → criança é encaminhada para observação em consulta hospitalar, para esclarecimento das razões impeditivas da medição do erro refrativo
201
Rastreio Saúde Visual Infantil - resultados positivos
o Hipermetropia ≥ 2,0 D, astigmatismo ≥ 2,0 D, miopia ≥ 2,0 D e anisometropia (diferença do erro refrativo entre os 2 olhos) ≥ 1,5 D o Desvio dos eixos visuais (estrabismo)
202
Rastreio da Retinopatia Diabética - teste
Retinografia (2 retinografias por olho, uma centrada na mácula e outra na papila)
203
Rastreio da Retinopatia Diabética - critérios de exclusão
Amaurose bilateral; Registo de pelo menos uma consulta de oftalmologia, nos últimos 6 meses; Diagnóstico prévio de RD, com exceção dos doentes com retinopatia não proliferativa mínima, que devem repetir rastreio anual; Limitação funcional não permite a realização de retinografia, sendo as mesmas acompanhadas em consulta anual de oftalmologia
204
Rastreio da Retinopatia Diabética - periodicidade
Anual, exceto: o Pessoas com DM tipo 1: primeiro rastreio é feito 5 anos após o diagnóstico de diabetes; o Mulheres com diabetes que estejam grávidas ou que desejem engravidar: - Devem ser orientadas para consulta de oftalmologia. Primeira observação deve ser realizada antes de engravidar ou, no máximo, no 1.ºT de gravidez; a periodicidade das reavaliações deve ser decidida pelo oftalmologista, em função do quadro clínico
205
Rastreio da Retinopatia Diabética - leitura das retinografias
o Doentes com retinografia normal (sem lesões de RD), são convocados para novo rastreio um ano depois o Doentes com retinografia anormal são referenciados na plataforma eletrónica para os Centros de Leitura Humana e Referenciação de Retinopatia Diabética (CLHR-RD): constituídos por oftalmologistas, que realizam a leitura e fazem o diagnóstico com estadiamento da RD
206
Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: R0
Sem RD aparente - Repete rastreio ao fim de um ano
207
Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: R1
RD não proliferativa mínima - Repete rastreio ao fim de um ano
208
Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: R2
RD não proliferativa moderada - Consulta de RD num período < 2 meses
209
Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: R3
RD não proliferativa grave ou RD proliferativa - Consulta de RD num período < 1 mês
210
Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: M1
Maculopatia - Consulta de RD num período < 1 mês
211
Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: V1
RD proliferativa de alto risco, hemovitreo ou Descolamento Retina tracional - Consulta de RD num período < 15 dias
212
Rastreio da Retinopatia Diabética - Estadiamento pelo CLHR-RD: ICN
Inconclusivo ou comorbilidades - Consulta de Oftalmologia geral
213
Rastreio Neonatal - teste
Teste: amostra de sangue do pé (calcanhar) do RN recolhido preferencialmente entre o 3.º e o 6.º dias de vida, aplicado em papel de filtro contido no cartão de Guthrie
214
Rastreio Neonatal - população
Crianças nascidas em Portugal independentemente da nacionalidade
215
Rastreio Neonatal - doenças rastreadas
Hipotiroidismo congénito, fibrose quística + doenças hereditárias do metabolismo (aminoacidopatias; acidúrias orgânicas; doenças do ciclo da ureia; doenças hereditárias da βoxidação dos ácidos gordos)
216
Rastreio Neonatal - início de estudo piloto com inclusão de rastreio de…
Atrofia Muscular Espinal
217
Rastreio Auditivo Universal do RN - teste
utilização de métodos fisiológicos (otoemissões acústicas e/ou potenciais evocados auditivos) em ambos os ouvidos
218
Rastreio Auditivo Universal do RN - população
Todas as crianças devem ser testadas ao nascer ou, no máximo até 30 dias de vida O processo de confirmação do diagnóstico da surdez deverá estar completo até aos 3 meses de idade e a intervenção deverá iniciar-se até aos seis meses
219
Rastreio Auditivo Universal do RN - resultados
A metodologia utilizada deve detetar todas as crianças com perda auditiva igual ou superior a 35 dB HL no melhor ouvido
220
Rastreios NÃO Oncológicos Oportunísticos (6)
Hipertensão arterial Osteoporose Aneurisma da aorta abdominal Dislipidemia Diabetes Cardiopatias congénitas
221
Rastreio da HTA em Adultos - PA otimizada < 120/80
Repetir a medição da PA pelo menos cada 5 anos
222
Rastreio da HTA em Adultos - se PA normal 120-129/80-84
Repetir a medição da PA pelo menos cada 3 anos
223
Rastreio da HTA em Adultos - se PA normal alta 130-139/85-89
Considerar a hipertensão mascarada -> medição da PA fora do consultório (MAPA ou AMPA) - repetir a medição da PA pelo menos 1 vez por ano
224
Rastreio da HTA em Adultos - indivíduos com > 50 anos,…
Considerar rastreio mais frequente
225
Rastreio da Diabetes em Adultos - teste
glicose em jejum
226
Rastreio da Diabetes em Adultos - população
o Adultos com excesso de peso ou obesidade (IMC ≥25 kg/m2 ou ≥23 kg/m2 em Americanos Asiáticos) que tenham ≥1 dos seguintes fatores de risco: - Familiares de 1º grau com diabetes; - Raça/etnia de alto risco (pex. Afro-Americanos, Latinos, Americanos nativos, Asiáticos-americanos; naturais das Ilhas do Pacífico); - História de doença cardiovascular; - Hipertensão (≥ 130/80 mmHg ou com terapêutica anti-HTA); - Nível de colesterol HDL < 35mg/dL e/ou nível de TG > 250mg/dL; - Mulher com SOP; - Sedentarismo; - Outra condição associada a insulino-resistência (obesidade severa, acantose nigricans) o Adultos com pré-diabetes (HbA1c ≥ 5,7%, TDG, AGJ) o Mulheres com antecedentes de diabetes gestacional; o Infeção VIH, exposição a fármacos de alto risco (corticóide, estatinas, diuréticos tiazídicos, antiretrovirais, antipsicóticos de 2.ªG), história de pancreatite; o Todos os outros adultos, devem iniciar rastreio a partir dos 35 anos
227
Rastreio da Diabetes em Adultos - periodicidade
o Anual: adultos com hiperglicemia intermédia/pré diabetes o Pelo menos a cada 3 anos: todos os outros adultos, se resultado normal (incluindo mulheres com antecedentes de diabetes gestacional - NOC aconselha realização anual de glicemia plasmática em jejum). Considerar maior frequência dependendo dos resultados iniciais e do status de risco
228
Rastreio da Diabetes em Adultos - resultados da glicemia em jejum
o < 100: normal; o ≥ 100 e < 126: hiperglicemia intermedia (NOC considera cut-off e 110mg/dl como hiperglicemia intermédia) o ≥ 126: diabetes mellitus o Se hiperglicemia intermédia → indicação para realizar PTOG: ❖ Glicemia em jejum: ≥ 100 e < 126 → Anomalia da Glicose em Jejum (AGJ); ❖ Glicemia às 2h: ≥ 140 e < 200 → Tolerância Diminuída à Glicose (TDG)
229
Rastreio da Diabetes em Adultos - ficha de avaliação de risco: 8 parâmetros a avaliar
Idade Índice de Massa Corporal Medida da cintura Pratica diariamente atividade física pelo menos durante 30 minutos no trabalho ou durante o tempo livre (incluindo atividades da vida diária)? Com que regularidade come vegetais e/ou fruta? Toma regularmente ou já tomou alguma medicação para a hipertensão arterial? Alguma vez teve açúcar elevado no sangue (ex. num exame de saúde, durante um período de doença ou durante a gravidez)? Tem algum membro de família próxima ou outros familiares a quem foi diagnosticado diabetes (tipo 1 ou tipo 2)?
230
Rastreio da Diabetes em Crianças/Adolescentes - teste
glicose em jejum
231
Rastreio da Diabetes em Crianças/Adolescentes - população
Crianças/jovens (no início da puberdade ou a partir dos 10 anos, o que ocorrer 1.º) com excesso de peso (Percentil ≥85) ou obesidade (Percentil ≥95) que tenham ≥1 dos seguintes fatores de risco: - História materna de diabetes ou DG durante a gestação da respetiva criança/jovem; - História familiar de DM2 em familiares de 1.º ou 2.º grau; - Raça/etnia (pex. Afro-Americanos, Latinos, Americanos nativos, Asiáticos-americanos; naturais das Ilhas do Pacífico); - Sinais de insulinoresistência ou condições associadas com insulina resistência (acantose nigricans, hipertensão, dislipidemia, SOP ou pequenos para a idade estacional)
232
Rastreio da Diabetes em Crianças/Adolescentes - periodicidade
Pelo menos a cada 3 anos, se teste N: Considerar maior frequência se IMC aumentar ou se o status de risco deteriorar
233
Rastreio da Dislipidemia - teste
perfil lipídico com 12h de jejum (CT, TG, c‐HDL e c‐LDL)
234
Rastreio da Dislipidemia - população
o DCV aterosclerótica clinicamente evidente o Diabetes mellitus o História familiar de DCV prematura: indivíduos do sexo masculino < 55 anos ou do sexo feminino <65 anos de idade o História familiar de dislipidemia familiar o Doença inflamatória crónica (ex: artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistémico, psoríase) o DRC com TFG < 60 mL/min/1,73m2 o Fatores de risco clássicos para DCV, para além de diabetes mellitus: - Hábitos tabágicos - HTA - IMC ≥ 30 kg/m2 ou perímetro da cintura ≥ 94 cm nos homens e ≥ 80 cm nas mulheres o Doentes sem fatores de risco cardiovascular identificados nem DCV conhecida: homens com idade ≥ 40 anos e mulheres com idade ≥ 50 anos ou na pós-menopausa
235
Rastreio da Dislipidemia - periodicidade
se c-LDL não alterado - repetir em 5 anos se SCORE < 1%; anualmente se SCORE ≥ 1 e <10%
236
Rastreio das Dislipidemias em Crianças - teste
perfil lipídico com 12h de jejum (CT, TG, c‐HDL e c‐LDL)
237
Rastreio das Dislipidemias em Crianças - população
o Crianças entre os 2 e 4 anos com antecedentes familiares (1.º e 2.º graus) de: -DCV precoce: angor ou EAM; AVC; doença arterial periférica; morte súbita. -Perfil lipídico alterado: colesterol total (CT) > 240 mg/dl e/ou LDL-c > 130 mg/dl e/ou TG >170 mg/dl e/ou HDL-c < 35 mg/dl o Qualquer criança ou adolescente com antecedentes pessoais de excesso de peso, obesidade, diabetes mellitus, HTA, doenças renais, doenças cardíacas, doenças hormonais e/ou de metabolismo e, ainda, com terapêuticas prolongadas com fármacos hiperlipidemiantes (corticóides, antidepressivos, anticonvulsivantes, beta-bloqueantes, tuberculostáticos, contracetivos orais, derivados do ácido retinóico, antiretrovirais) o É desejável o rastreio acima dos 2 anos nas crianças e adolescentes sem os critérios anteriores (poderá ser realizado quando houver necessidade de efetuar análises para outros fins)
238
Rastreio das Dislipidemias em Crianças - periodicidade
uma ou duas determinações na idade pediátrica, ou seja, uma determinação por cada década de vida
239
Rastreio das Dislipidemias em Crianças - valores de referência
valores plasmáticos de CT e/ou LDL-c e/ou TG se encontram > percentil 95 e/ou HDL-c P95): CT >= 200 e LDL-c >= 130 American Heart Association recomenda os valores de TG > 150 mg/dl e de HDL-c < 35 mg/dl como referência
240
Rastreio das Dislipidemias em Crianças - abordagem
o Crianças ou adolescentes com dislipidemia: iniciar dieta adequada e exercício físico regular e referenciar a consulta especializada o Crianças ou adolescentes com perfil lipídico borderline: referenciar a consulta especializada de dislipidemia, se mantiver valores alterados após 4 a 6 meses de dieta adequada e exercício físico regular
241
Rastreio de Cardiopatias Congénitas - teste e população
rastreio de CC por oximetria de pulso, antes da alta da maternidade (idealmente após as primeiras 24h de vida) - teste não invasivo, não doloroso, fácil de executar, com grande fiabilidade na avaliação da hipoxémia
242
Rastreio de Cardiopatias Congénitas - como fazer o teste e resultado
A SatO2 deverá ser obtida na mão direita (saturação de oxigénio pré-ductal) e num dos pés (pósductal), devendo ser valorizada a diferença entre ambos. O objetivo seria obter um valor >95% nos 2 membros com um diferencial < 3% entre ambos
243
Rastreio de Cardiopatias Congénitas - perante rastreio positivo…
Perante um rastreio positivo impõe-se a realização de ecografia cardíaca para exclusão de CC, patologia pulmonar ou infeciosa
244
2 objetivos da prevenção quaternária
Prevenção da iatrogenia / excesso de intervencionismo médico Capacitação do utente Sobrediagnóstico - proteção!
245
Objetivo da prevenção quinquenária
Prevenir dano para o paciente, atuando no médico -> prevenção do burnout
246
247
Abordagem ao Politraumatizado: abordagem inicial da vítima pressupõe...
1. Preparação (a caminho do local de ocorrência 2. Avaliação do local e segurança o 1ª preocupação: segurança da vítima, da equipa e/ou terceiros o Vítima de doença súbita OU vítima de trauma 3. Avaliação Primária 4. Avaliação Secundária fazem parte os MCDT’s, na avaliação hospitalar 5. Transporte o O mais precocemente possível ▪ Maioria da mortalidade no trauma acontece em 3 momentos ▪ Imediatamente a seguir à lesão ▪ Na hora seguinte → Golden Hour ▪ Semanas após (também influenciada pela eficácia da abordagem inicial) o Reavaliar a vítima, regularmente, seguindo o esquema ABCDE
248
Abordagem ao Politraumatizado: avaliação primária
Avaliação vertical (60-90 segundos) Airway Via aérea com controlo cervical Breathing Ventilação e oxigenação Circulation Circulação com controlo da hemorragia externa Disability Estado neurológico (escala de coma de Glasgow) Exposure Exposição com controlo da temperatura
249
Escala Coma Glasgow
* Abertura ocular * Resposta motora * Resposta verbal (Max: 15; Min 3; Entubação ≤8)
250
Abordagem ao Politraumatizado: avaliação secundária
Parâmetros Vitais Recolha de informação (acidente; hx clínica; medicação; alergias; última refeição Observação geral e sistematizada ▪ Cabeça e pescoço ▪ Tórax ▪ Abdómen ▪ Bacia e períneo ▪ Membros superiores e inferiores ▪ Dorso e superfícies posteriores
251
A remoção dos pontos de sutura depende da região encerrada:
o Cabeça e pescoço: 5-7 dias o Restantes zonas: 10-14 dias (depende da tensão e evolução cicatricial)
252
Anestesia para sutura - mais usado
Lidocaína é o anestésico local mais utilizado o A aplicação da lidocaína deve ser Subcutânea, se ferida não muito profunda o Dose Máxima de lidocaína: 4,5 mg/Kg (max. 300mg) ▪ Volume máximo de lidocaína depende da concentração ▪ Ex: lidocaína a 1%, doente com 10 kg → 45/10mg/mL → 4,5mL
253
Anestesia para sutura - associação
Associação Lidocaína + Adrenalina ▪ Efeito vasoconstritor ▪ Deve ser evitado nas extremidades (mãos, pés, nariz, orelhas, pénis) ▪ Mais usado para exérese de lesões
254
Mordeduras - encerramento com sutura
* Mordedura de cão na face, (tronco, braços ou pernas) * Mordedura de gato na face
255
Mordeduras - cuidados gerais
o Remover corpos estranhos o Irrigar abundantemente a alta pressão com NaCl a 0,9% ou iodopovidona o Deixar ferida aberta (cicatrização por 2ª intenção), nos seguintes casos: ▪ Lesões por esmagamento ▪ Lesões punctiformes ▪ Mordedura de gato (exceto se na face) ▪ Feridas envolvendo mãos e pés ▪ Feridas com ≥12 horas (com ≥24 horas, se face) ▪ Feridas em imunocomprometidos (incluindo diabéticos) ▪ Feridas em doentes com estase venosa o Reavaliar diariamente: irrigação copiosa + avaliar sinais de infeção
256
Mordeduras - profilaia
o Vacina tétano, se <3doses ou desconhecida (de acordo com PNV) o Vacina VHB e Ig → agressor AgHbs ou AgHbe + o Profilaxia VIH, se mordedor exposto ao sangue de uma vítima VIH + (articular com Infeciologia) ▪ Necessidade de avaliar se risco alto de exposição a VIH* o Vacina e Ig Raiva, se epidemiologia sugestiva (articular com Infeciologia/Saúde Pública) o Profilaxia com amox/clav (875/125mg 2x/dia), 3-5 dias ▪ TODAS as feridas com encerramento com sutura ▪ Feridas na face, mãos ou região genital ▪ Feridas próximas de osso ou articulações (incluindo próteses articulares) ▪ Feridas em áreas com compromisso vascular ou linfático ▪ Imunocomprometidos (incluindo DM) ▪ Feridas punctiformes profundas ou lacerações ▪ Feridas associadas a esmagamento
257
Mordeduras - profilaxia com ATB
Profilaxia com amox/clav (875/125mg 2x/dia), 3-5 dias ▪ TODAS as feridas com encerramento com sutura ▪ Feridas na face, mãos ou região genital ▪ Feridas próximas de osso ou articulações (incluindo próteses articulares) ▪ Feridas em áreas com compromisso vascular ou linfático ▪ Imunocomprometidos (incluindo DM) ▪ Feridas punctiformes profundas ou lacerações ▪ Feridas associadas a esmagamento
258
Tratamento das Mordeduras Animais e/ou Humanas Infetadas
5 a 14 dias Amoxicilina/ac. Clavulânico 875/125mg 12/12horas Se alergia a penicilina: doxiciclina 100mg 2x/dia OU TMO-SMX OU ciprofloxacina 500 12/12H/ levofloxacina 750mg/dia MAIS metronidazol (500mg 3x/dia)
259
Abdómen agudo - causas de dor abdominal emergente: aneurisma da aorta abdominal
* Rutura: hemorragia profusa → hipotensão instável * Pode dar dor lombar/hematúria
260
Abdómen agudo - causas de dor abdominal emergente: isquemia mesentérica
(50% por embolia arterial) * Início agudo de dor periumbilical severa; aumento progressivo; sem fatores de alívio * Dor desproporcional aos achados do EO * Naúseas e vómitos são comuns; sudorese; HD baixa FRs: * FRCV * DRC * FA
261
Abdómen agudo - causas de dor abdominal emergente: perfuração do trato GI
(doença ulcerosa é a mais comum) * Dor inicial de acordo com origem da perfuração → progressão para dor generalizada FRs: * Hx de úlcera péptica * Abuso de AINE’s
262
Abdómen agudo - causas de dor abdominal emergente: obstrução intestinal aguda
(maioria no delgado) Aderências (50-70%); hérnias encarceradas (15%); neoplasias (15%); Doença de Crohn * Obstrução ALTA o Dor insidiosa, generalizada; náuseas/vómitos; diminuição transito intestinal o RX abdominal: distensão de ansas do delgado; SEM ansas do colon visíveis; níveis HA * Obstrução BAIXA (colon) o Dor insidiosa, aumento progressivo; distensão abdominal; náuseas/vómitos fecaloides; diminuição transito intestinal o Rx abdominal: distensão de ansas do delgado (pode não haver) E do colon visíveis; níveis HA FRs: * Cirurgias prévias, hérnias, úlcera péptica (nas altas)
263
Abdómen agudo - causas de dor abdominal emergente: vólvulo
(sigmoide é o mais frequente) * Dor abdominal intensa, contínua * Náusea e obstipação; vómito é pouco frequente FRs: * Uso excessivo de laxantes; tranquilizantes; anticolinérgicos; antiparkinsónicos
264
Abdómen agudo - causas de dor abdominal emergente: apendicite
* Apresentação inicial: sintomas inespecíficos (mal-estar; alteração dos hábitos intestinais) * ANOREXIA (Muito comum) seguida de DOR (peri-umbilical → Migra para ponto de McBurney em 4-6horas); náuseas/vómitos * EO: febre baixa; taquicardia * Sinal de Blumberg; Sinal de Rovsing; sinal do psoas; sinal do obturador MCDTs: * Análises (leucocitose + PCR elevada) * Eco abdominal (operador dependente) * TC abdominal (útil em casos de dúvida)
265
Abdómen agudo - causas de dor abdominal emergente: colecistite aguda
(60-70% relatam crises precedentes que resolveram espontaneamente – cólica biliar) * Dor constante no QSD (mais intensa que cólica); pode ter irradiação para ombro ou escápula direitos/região interespacular * Arrepios são comuns; anorexia, náuseas/vomitos * EO: febre baixa; Murphy vesicular positivo FRs: * Análises o ↑ligeiro parâmetros inflamatórios o ↑ligeiro transmaninases * Eco abdominal
266
Abdómen agudo - causas de dor abdominal emergente: pancreatite aguda
* Dor intensa nos QS’s do abdómen (++ QSD), com irradiação dorsal, em barra, contínua; agrava com as refeições * Nauseas/vómitos; anorexia * Antec. Alcoolismo; litíase vesicular; hipertrigliceridemia * EO: abdómen doloroso no HD e epigastro MCDTs: * Análises o ↑PCR; leucocitose o ↑ligeiro lípase e amilase * Eco abdominal
267
Abdómen agudo - causas de dor abdominal emergente: colangite aguda
Guidelines de Tokyo: Atualmente, usadas para diagnóstico e estratificação da gravidade da colangite * CAUSAS: cálculos; estenoses (tumores); pós-CPRE ou pós-cirurgias * O quadro clínico varia de ligeiro a auto-limitado a fulminante/fatal * 2/3 dos doentes TRÍADE DE CHARCOT (febre+ dor QSD + icterícia) – pouco usado * PENTADA DE REYNOLDS (tríade de Charcot + alteração estado mental + hipotensão) MCDTs: * Análises o ↑PCR; leucocitose o ↑ FA + BC e BNC o ↑ ligeiro de TGO, TGP e GGT * Eco abdominal
268
Abdómen agudo - causas de dor abdominal emergente: diverticulite aguda
Classificação de Hinchey: Estratificação em graus que apontam para o tipo de tratamento (conservador vs cirúrgico) * Antecedentes de colonoscopia com divertículos * Dor constante (mais no QIE), de agravamento progressivo * Por vezes, com episódios prévios semelhantes * Naúseas, anorexia, diarreia * EO: febre; dor no QIE com defesa MCDTs: * Análises o ↑PCR; leucocitose * Eco abdominal * TC abdominal (gold-standard) * Colonoscopia (NÃO urgente; realizar 3-4 semanas após)
269
Anestesia local para suturas: drenagem de abcessos
Na drenagem de abcessos (como o ambiente é ácido) o efeito da lidocaína é menor – menor eficácia Poderá ser associado o bicarbonato para alcalinização do ambiente e melhor efeito anestésico
270
Obstrução Intestinal Aguda Alta - MCDTs
Rx abdominal: distensão de ansas do delgado; SEM ansas do colon visíveis; níveis HA
271
Obstrução Intestinal Aguda Baixa - MCDTs
Rx abdominal: distensão de ansas do delgado (pode não haver) E do colon visíveis; níveis HA
272
Colecistite Aguda - MCDTs
▪ Estudo analítico (aumento dos Parâmetros inflamatórios + aumento ligeiro das transaminases) ▪ Ecografia . Deteta cálculos em 90% dos casos; distensão, edema + estratificação da parede vesicular; líquido livre
273
Colecistite Aguda - diagnóstico
Hipersensibilidade no QDS + Febre + Leucocitose
274
Colecistite Enfisematosa - epidemiologia
Rara ▪ Mais comum em homens idosos e diabéticos!!
275
Colecistite Enfisematosa - evolução
Começa por colecistite aguda → isquemia e gangrena → infeção por bactérias produtoras de gás
276
Pancreatite - clínica
▪ Dor intensa nos quadrantes superiores do abdómen (++QSD) com irradiação dorsal, em barra, contínua; agrava com as refeições ▪ Náuseas/vómitos; anorexia ▪ Antec: alcoolismo; litíase vesicular; hipertrigliceridemia ▪ EO: Abdómen doloroso no HD e no epigastro
277
Pancreatite - MCDTs
▪ Estudo analítico: aumento PCR; leucocitose; aumento da lípase e amílase ▪ Ecografia abdominal
278
Pancreatite - tratamento
Internamento: pausa alimentar + fluidoterapia
279
Diverticulite - clínica
▪ Dor constante (mais no QIE), de agravamento progressivo ▪ Muitos doentes com episódios prévios semelhantes ▪ Naúseas, anorexia, diarreia, febre ▪ EO: dor no QIE, com defesa; febre ▪ Antec. de colonoscopia com divertículos
280
Diverticulite - MCDTs
▪ Estudo analítico: leucocitose + PCR aumentada ▪ Ecografia: espessamento da gordura + líquido ▪ TC abdominal: é o gold-standard (diagnóstico e complicações) ▪ Colonoscopia: não urgente/ não realizada na fase aguda (risco de perfuração) - Realizar 3-4 semanas após, se não houver colonoscopia recente (exclusão de CCR)
281
Diverticulite - tratamento
▪ Não complicada → ambulatório ▪ Complicada (estratificada em graus – Classificação de Hinchey)
282
Hemorroides Internas: classificação
A de Galigher é a mais usada: o Grau 1 → prolapso apenas demonstrado na retoscopia o Grau 2 → prolapso com o esforço e redução espontânea o Grau 3 → o prolapso com o esforço necessita de redução manual o Grau 4 → proplaso permanente e irredutível
283
Saúde Materna - MCDTs no 1º trimestre: rastreio analítico
<13 semanas * Tipagem ABO e fator Rh D * Teste de Coombs indireto * Hemograma completo * Glicémia em jejum * VDRL * Serologia Rubéola e Toxoplasmose * Ac VIH 1 e 2 * AgHBs * Urocultura com eventual TSA
284
Saúde Materna - MCDTs no 2º trimestre: rastreio analítico
24-28 semanas * Hemograma completo * PTGO c/ 75g (colheita às 0h, 1h e 2 horas) * Serologia Toxoplasmose * Teste de Coombs indireto Nota: Serologias de rubéola e toxoplasmose se mulher não imune ou imunidade desconhecida
285
Saúde Materna - MCDTs no 3º trimestre: rastreio analítico
32-34 semanas * Hemograma completo * VDRL * Serologia Toxoplasmose * Ac. VIH 1 e 2 * AgHBs * Serologias de rubéola às 18-20 semanas se mulher não imune * Pesquisa de streptococcus β hemolítico do grupo B às 35-37 semanas
286
Saúde Materna - MCDTs no 3º trimestre: rastreio ecográfico
30 e as 32 semanas+6 dias * Avaliar o desenvolvimento fetal * Identificar anomalias tardias
287
Saúde Materna - MCDTs no 2º trimestre: rastreio ecográfico
20 e as 22 semanas+6 dias * Identificar malformações fetais
288
Saúde Materna - MCDTs no 1º trimestre: rastreio ecográfico
11 e as 13 semanas+6 dias * Confirmar a viabilidade fetal e determinar o número de fetos e corionicidade * Datar corretamente a gravidez * Diagnosticar malformações major e contribuir para a avaliação do risco de aneuploidias
289
Cuidados pré-natais - avaliação do risco
Tabela de Goodwin modificada (a mulher deve ser avaliada relaMvamente ao risco gestacional na primeira consulta pré-concecional ou de gravidez, e em cada interação subsequente com as equipas de saúde)
290
Cuidados pré-natais - suplementação
Ácido fólico → 400 μg/dia de ácido fólico da preconceção até à 12ª semana de gestação (5 mg se história familiar ou filho prévio com defeito tubo neural Iodo → 150-200 μg/dia Ferro → 30-60 mg/dia (!)
291
Cuidados pré-natais - vacinação
Tosse convulsa; Gripe; COVID-19 Vacinas vivas estão contraindicadas!
292
Cuidados pré-natais - rastreios
Neoplasia do colo do útero, se aplicável; violência doméstica; mutilação genital feminina
293
Cuidados pré-natais - saúde oral
Cheques dentista
294
Cuidados pré-natais - preparação parto/ parentalidade
Curso preparação parto
295
Cuidados pré-natais - alimentação
Importância da prevenção de toxinfeções
296
Organização dos cuidados de saúde na preconceção, gravidez e puerpério (3)
Todas as mulheres que planeiam engravidar devem ter acesso a uma consulta pré-concecional num prazo máximo de 90 dias após a sua solicitação Todas as mulheres grávidas devem ter acesso a uma primeira consulta da gravidez entre as 6 semanas e 0 dias e as 9 semanas e 6 dias de gestação As grávidas devem ser referenciadas entre as 36 semanas e 0 dias e as 37 semanas e 6 dias de gestação para uma consulta hospitalar na unidade de saúde onde pretendem ter o parto
297
Situações avaliáveis nos CSP
Vulvovaginite Infeção urinária baixa Infeção respiratória alta (vírica ou bacteriana) não complicada Gastrenterite não complicada Obstipação sem quadro obstrutivo intestinal Crise asmática ligeira/moderada, nos casos de diagnóstico de asma brônquica estabelecido antes da gravidez Sintomas depressivos ligeiros na gravidez
298
Profilaxia da isoimunização Rh - a quem?
Apenas nas mulheres Rh
299
Profilaxia da isoimunização Rh - se teste Coombs indireto for positivo
Referenciar Obstetrícia
300
Profilaxia da isoimunização Rh - atuação
1ª consulta * Teste Coombs indireto 22 semanas * Teste de Coombs indireto * Consentimento informado * Requisitar a imunoglobulina anti-D 28 semanas * Se teste de Coombs indireto for negaMvo ↓ Proceder à administração da imunoglobulina anM-D
301
Profilaxia da isoimunização Rh - outras indicações para administração de Ig anti-D
* Pós-parto com recém-nascido do grupo Rh+ * Abortamento * Hemorragia da 2ª metade da gravidez * Técnicas invasivas de diagnóstico pré-natal / terapêutica fetal * Cirurgia / trauma abdominal * Morte fetal
302
Profilaxia da isoimunização Rh - quando a imunoglobulina é administrada previamente (por exemplo após amniocentese ou metrorragia):
* Repetir a profilaxia 12 semanas após a primeira administração * Não é necessário repetir antes das 28 semanas de gestação
303
Hemoglobinopatias - a quem solicitar?
Deve ser solicitado hemograma a todas as mulheres em idade reprodutiva
304
Hemoglobinopatias - suspeita?
Anemia ou microcitose ou hipocromia sem sideropenia Hemoglobina elevada Parâmetros hematológicos normais mas família de Beja, Faro, Santarém ou Setúbal ou imigrantes
305
Hemoglobinopatias - como fazer estudo?
Estudo das hemoglobinas com eletroforese de hemoglobinas com quanMficação de HbA2 e F
306
Hemoglobinopatias - se gravidez
Se gravidez, pedir estudo também logo ao companheiro
307
Hemoglobinopatias - casal em risco
Fora da gravidez * Referenciar a consulta de Genética Médica * DPN em futura gravidez Gravidez em curso * Contactar de imediato centro de DPN * Propor estudo do feto
308
Algoritmo diabetes gestacional
Glicemia em jejum 1ºT: se Negativo: < 92 mg/dl -> PTGO com 75 g de glicose às 24-28 semanas de gestação - Negativo (não repete mais) - Diabetes Gestacional (referenciar a obstetrícia) Jejum ≥ 92 mg/dl 1 hora ≥ 180 mg/dl 2 horas ≥ 153 mg/dl Glicemia em jejum 1ºT: (ambos referenciar obstetrícia) 92 mg/dl ≤ glicemia Obstetrícia plasmática em jejum <126 mg/dl → diabetes gestacional glicemia plasmática em jejum ≥126 mg/dl → diabetes provavelmente anterior à gravidez
309
Diabetes gestacional - pós parto
Todas as mulheres a quem foi diagnosticada diabetes gestacional devem, entre as 6 a 8 semanas após o parto, realizar uma PTGO com sobrecarga de 75 g de glicose com duas determinações (0 e 2 horas)
310
Diabetes gestacional - seguimento depois do parto
* As mulheres classificadas durante a gravidez com provável diabetes prévia são também reavaliadas 6 a 8 semanas após o parto; a confirmação do diagnóstico segue a definição de diabetes na população em geral * Mulheres com diagnóstico prévio de Diabetes Gestacional deverão fazer determinações pelo menos a cada 3 anos da glicemia plasmática em jejum porque têm um risco aumentado para desenvolverem Diabetes Mellitus
311
Diabetes - cuidados pré-concecionais
Nas mulheres com antecedentes de diabetes gestacional deve reforçar-se a importância da consulta pré concecional dado que a probabilidade de recorrência desta doença varia entre 30 e 50% As mulheres com antecedentes de diabetes gestacional devem efetuar uma glicemia em jejum antes da conceção Se este valor for ≥ a 110 mg/dl deve realizar uma PTGO, com sobrecarga de 75 g de glicose As mulheres com Diabetes Mellitus devem ser orientadas para consulta de Obstetrícia na consulta de preconceção
312
313
Que unidade funcional é responsável por fornecer serviços de consulta de nutrição às unidades de cuidados de saúde personalizados e unidades de saúde familiar? A. Equipa de Cuidados Continuados Integrados B. Gabinete do Cidadão C. Unidade de Saúde Pública D. Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
D. Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
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Relativamente à organização funcional dos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal, classifique as seguintes afirmações em verdadeiras ou falsas: A. As USF funcionam num modelo mais vertical e menos autónomo em que os profissionais não se encontram dispostos ou não se possam organizar em equipa. B. As UCSP funcionam sem contratualização de metas e objetivos. C. As USF apresentam uma estrutura orgânica constituída pelo coordenador, pelo conselho técnico e pelo conselho geral. D. O conselho de administração da ULS é constituído por um presidente e um máximo de 6 vogais executivos.
A. As USF funcionam num modelo mais vertical e menos autónomo em que os profissionais não se encontram dispostos ou não se possam organizar em equipa. F B. As UCSP funcionam sem contratualização de metas e objetivos. F C. As USF apresentam uma estrutura orgânica constituída pelo coordenador, pelo conselho técnico e pelo conselho geral. V D. O conselho de administração da ULS é constituído por um presidente e um máximo de 6 vogais executivos.
315
Que unidade funcional é responsável por receber e analisar as reclamações dos utentes? A. Equipa de Cuidados Continuados Integrados B. Gabinete do Cidadão C. Unidade de Cuidados na Comunidade D. Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
B. Gabinete do Cidadão
316
O conselho técnico da USF inclui: A. Um médico e dois enfermeiros B. Um médico, um enfermeiro e um assistente técnico C. Um médico, um enfermeiro e um assistente operacional D. Dois médicos e um enfermeiro
B. Um médico, um enfermeiro e um assistente técnico
317
Qual das seguintes é competência do conselho geral de uma USF? A. Avaliar o grau de satisfação dos utentes e dos profissionais B. Propor a nomeação do novo coordenador C. Assegurar a representação externa da USF D. Organizar as atividades de formação contínua e de investigação
B. Propor a nomeação do novo coordenador
318
Qual das seguintes opções NÃO é um dos princípios fundamentais da governança clínica numa USF? A. Adoção de auditorias clínicas regulares para monitorizar e melhorar a qualidade do atendimento. B. Implementação de protocolos de segurança para prevenir erros clínicos. C. Incentivo à formação contínua dos profissionais de saúde para garantir boas práticas baseadas em evidências. D. Atribuição de responsabilidades individuais exclusivas a um médico para todas as decisões da equipa
D. Atribuição de responsabilidades individuais exclusivas a um médico para todas as decisões da equipa
319
Por que é importante considerar as dimensões individuais e estado de saúde ao estudar a saúde da nosso população de utentes? A. Porque isso ajuda a padronizar os cuidados de saúde para todos os indivíduos da USF. B. Porque permite uma abordagem mais personalizada e direcionada para identificar e tratar necessidades específicas, melhorando a eficácia das intervenções em saúde naquela população. C. Porque permite conhecer os recursos em saúde que aquela população possui. D. Porque ao conhecer as dimensões individuais de saúde daquela população conhecemos as dimensões individuais de saúde do nosso país
B. Porque permite uma abordagem mais personalizada e direcionada para identificar e tratar necessidades específicas, melhorando a eficácia das intervenções em saúde naquela população
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6 qualidades de um bom entrevistador
Empatia Cordialidade Concreção Assertividade Convicção Modulação da reatividade
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Qualidades de um bom entrevistador - empatia
o Um clima empático exige dois momentos: primeiro a interiorização da situação emocional do doente e segundo dar a conhecer ao doente que o compreende o É “estar com” o outro e entender o ponto de visto do “outro”. O médico entra dentro do mundo do doente e observa o mundo a partir do ponto de vista deste o Tem a capacidade de compreender os pensamentos e as emoções do doente, bem como transmiti-las
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Qualidades de um bom entrevistador - cordialidade
o Manifesta-se essencialmente de modo não-verbal (ao contrário da empatia). Deve ser adaptada às características do doente, respeitando o seu espaço pessoal e a sua cultura o Componente das regras de boa educação, que se exprime através de uma linguagem não verbal o Capacidade de construir uma proximidade afetiva entre entrevistador e o doente
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Qualidades de um bom entrevistador - concreção
Capacidade do entrevistador estar em constante interrogação sobre se os termos que está a usar são compreendidos pelo doente e se o que este diz é claro e entendido de igual modo
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Qualidades de um bom entrevistador - assertividade
o Capacidade de desempenhar em pleno e com segurança os deveres e os direitos inerentes ao papel do médico o O médico é claro, calmo e preparado para repetir o que tem para dizer. Defende os seus direitos sem atropelar os dos outros o É o equilíbrio entre a submissão e a agressividade
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Qualidades de um bom entrevistador - convicção
o Capacidade de acreditar no que é proposto e de estar convencido de que se sabe a verdade o Induz no doente a aceitação da mensagem sem pôr em causa os seus conteúdos
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Qualidades de um bom entrevistador - modulação da reatividade
o Entende-se por reatividade o espaço de tempo que o médico demora para falar depois de doente se calar o A colocação excessiva de perguntas, a ânsia de cumprir de uma guião de colheita de dados, etc.., leva a que o médico ignore tudo o que o doente lhe possa dizer o O médico deve saber modular o nível de reatividade em função da fase de consulta, de modo a que a consulta não de torne totalmente aberta o Procura-se que a reatividade seja inicialmente baixa e depois vá aumentando na fase resolutiva da consulta
328
Operacionalização do Modelo Clínico Centrado no Paciente - 6 componentes na vertente de investigação diagnóstica da agenda do doente
1. Exploração da doença e da dolência 2. Compreensão da pessoa como um todo e no seu contexto 3. Estabelecer terreno comum (grounding) 4. Incorporar a promoção da saúde e prevenção da doença 5. Construir a relação médico-doente 6. Ser realista
329
A consulta em 7 passos - 3 fases
Fase inicial Fase intermédia Fase final
330
A consulta em 7 passos - 7 passos
Fase inicial o Preparação o Primeiros minutos Fase intermédia o Exploração o Avaliação o Plano Fase final o Encerramento o Reflexão e notas finais
331
Como dar más notícias? - protocolo
Protocolo de Buckman ou SPIKES
332
Dar más notícias - Protocolo de Buckman: passos
6 passos 1 - setting (preparar a consulta, ambiente tranquilo) 2 - perception (avaliar o que o doente já sabe) 3 - inviation/ information (compreender o que o doente quer saber) 4 - knowledge (partilhar a informação de forma simples e direta) 5 - empathy (reconhecer e validar emoções e reações demonstrando empatia) 6 - strategy (resumir, discutir opções de tratamento, definir o plano a seguir)
333
Dar más notícias - protocolo de Buckman: quando se avança para a partilha de informação?
Só a partir do 4º passo se avança para a partilha de informação, caso o doente assim o deseje. Não se trata de informar a todo o custo, mas também não se deve pressupor que o doente nunca quer saber
334
O Modelo Clínico Centrado no Paciente - algoritmo
Paciente com problema: 2 vertentes paralelas de investigação - Quadro de doença (agenda do médico): História Exame Físico ECD -> para diagnóstico diferencial - Quadro de sofrimento (agenda do doente): Ideias Expectativas Sentimentos -> para compreensão das experiências de sofrimento Ambos contribuem para um diagnóstico integrado
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O Modelo Clínico Centrado no Paciente - operacionalização
6 componentes na vertente de investigação diagnóstica da agenda do doente
336
O Modelo Clínico Centrado no Paciente - 6 componentes
Exploração da doença e da dolência Compreensão da pessoa no todo e no seu contexto Estabelecer terreno comum ou grounding Incorporar a promoção da saúde e prevenção da doença Construir a relação médico-doente Ser realista
337
O Modelo Clínico Centrado no Paciente - componentes: exploração da doença e da dolência
Para além de avaliar o processo da doença através da história clínica e exame objetivo, o clínico tenta compreender a visão que o doente tem do seu mundo, procurando conhecer os seus sentimentos, as suas ideias, o impacto na sua vida e as expectativas
338
O Modelo Clínico Centrado no Paciente - componentes: compreensão da pessoa no todo e no seu contexto
Integração dos conceitos de doença e dolência na compreensão global da pessoa, na sua personalidade, história de vida, grau de formação, nos seus contextos próximo (família, profissão, etc) e distal (económico, mass media, político)
339
O Modelo Clínico Centrado no Paciente - componentes: estabelecer terreno comum ou grounding
Inclui uma mútua decisão quanto à definição dos problemas, aos objetivos do tratamento ou intervenção, e clarificação dos papéis a assumir por cada um dos intervenientes
340
O Modelo Clínico Centrado no Paciente - componentes: incorporar a promoção da saúde e prevenção da doença
Avaliação do potencial do utente para a saúde. Identificação dos comportamentos de risco para a saúde, dos obstáculos à saúde. Avaliação da importância atribuída aos problemas de saúde. Avaliação do grau de confiança percecionada para a mudança de comportamentos ou para a implementação de planos terapêuticos. Avaliação do grau de preparação para a mudança
341
O Modelo Clínico Centrado no Paciente - componentes: construir a relação médico-doente
Cada contacto deve ser usado para construir a relação médico-doente incluindo a compaixão, confiança, cuidar e partilha de poder. Este objetivo exige auto-conhecimento e auto-consciência estando atento aos fenómenos de transferência e contra-transferência. Pressupõe continuidade de cuidados e constância
342
O Modelo Clínico Centrado no Paciente - componentes: ser realista
Manter o senso da realidade ao longo de todo o processo nomeadamente quanto à gestão do tempo, intervenção atempada, delegação de tarefas, comunicação com outros profissionais e trabalho em equipa
343
A Consulta em Sete Passos - fase inicial: passo preparação
Breve auto-avaliação do médico; Rever quem é o próximo utente; Avaliar sumariamente as condições do ambiente do gabinete
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A Consulta em Sete Passos - fase inicial: passo os primeiros minutos
Abrir a consulta e o processo de comunicação; Captar eventuais indícios de algo latente; Preparar a criação de uma relação terapêutica; Esclarecer o(s) motivo(s) de consulta mais importantes; Acordar os problemas a abordar na consulta
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A Consulta em Sete Passos - fase intermédia: passo exploração
Anamnese adequada tendo em conta os motivos, as expectativas e a «agenda» acordada para esta consulta; Realizar o exame objetivo adequado à caracterização dos problemas em estudo; Testar hipóteses; Complementar e contextualizar a informação recolhida, tendo em conta as dimensões biomédica e psicossocialcultural do paciente e dos problemas abordados; Integrar e resumir os dados e a informação recolhidos
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A Consulta em Sete Passos - fase intermédia: passo avaliação
Inter-relacionar e interpretar os dados e a informação recolhidos e integrá-los num quadro explicativo coerente e com significado para ambos (médico e paciente)
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A Consulta em Sete Passos - fase intermédia: passo plano
Formular propostas e conseguir chegar a acordo sobre o plano de cuidados e propor medidas de prevenção; Promover o envolvimento e a responsabilização do paciente nas ações e nos objetivos acordados
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A Consulta em Sete Passos - fase final: passo encerramento
Confirmar que o plano acordado ficou claro e compreendido. Identificar e resolver alguma dúvida que subsista. Verificar que a «agenda» do paciente foi adequadamente esgotada. Verificar se foram satisfeitas as principais expectativas. Encerrar formalmente a consulta
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A Consulta em Sete Passos - fase final: passo reflexão e notas finais
Onde se faz uma breve reflexão crítica sobre o que se passou. Passo dedicado à auto reflexão pessoal sobre a consulta e, também, para fazer a limpeza mental, cognitiva e uma eventual descontaminação emocional, para passar à próxima consulta. Este passo pode ser útil para completar ou corrigir os registos clínicos referentes a essa consulta e a essa pessoa
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Como dar más notícias - protocolo de Buckman: considerações gerais sobre os passos
Consta de seis passos: Só a partir do quarto passo se avança para a partilha de informação, caso o doente assim o deseje. Não se trata, pois, de informar a todo o custo, mas também não se deve pressupor – como frequentemente vemos fazer – que o doente nunca quer saber
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Como dar más notícias - protocolo de Buckman: Preparação e Escolha do local adequado
* Fazer precocemente a preparação para o caso de os exames virem a revelar uma neoplasia ou outra doença grave * As más notícias devem ser dadas pessoalmente e num local privado, tentando que não haja interrupções por terceira pessoa (certificar-se que o telefone está desligado, que ninguém irá abrir a porta,..) * Se o doente quiser estar acompanhado isso poderá ser muito útil
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Como dar más notícias - protocolo de Buckman: Perceber o que é que o doente já sabe
* Pedir ao doente que forneça uma explicação para o que lhe está a suceder (sintomas, exames realizados) * Saber se já alguma informação lhe foi dada no contacto com outros profissionais * Perceber que tipo de informação lhe foi dada
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Como dar más notícias - protocolo de Buckman: Saber o que é que o doente quer saber
* Pesquisar até que ponto o doente quer ter conhecimentos sobre a sua patologia * Perceber se habitualmente gosta de discutir os pormenores sobre a sua saúde * Considerar a possibilidade de os resultados poderem ou não ser positivos
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Como dar más notícias - protocolo de Buckman: Dar a notícia
* Habitualmente dá-se o chamado «tiro de aviso»: o «os resultados não estão como gostávamos» ou «há aspetos menos bons no que aqui estou a ver» * Perante esta abertura, há que verificar a reação imediata do paciente, que claramente dará pistas se pretende ou não avançar com a transmissão mais detalhada da informação
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Como dar más notícias - protocolo de Buckman: Responder às emoções e às perguntas do doente
* Após a comunicação da má notícia, as duas reações mais comuns são: o o medo o o desgosto * Esta situação requere que o médico diferencie bem o conteúdo da mensagem (as más notícias) do portador da mensagem (ele próprio) e deve demonstrar ao doente, não agressividade, mas sim apoio e compreensão, (sem mostrar pena!) validando a reação emocional como natural naquelas circunstâncias * O choro ou o silêncio devem ser respeitados e não inibidos
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Como dar más notícias - protocolo de Buckman: Propor plano de acompanhamento e encerrar a entrevista
* A forma mais eficaz que temos para o fazer, consiste em fornecer um plano de ação futuro * Conjuntamente com o doente, devem procurar-se os principais problemas a resolver (e que não passam apenas pelos sintomas) e adotar um plano consensual, mostrando que há pequenas metas passíveis de ser atingidas e, desta forma, concretizar aspetos gratificantes da vida do doente * É importante deixar sempre «uma porta aberta» para que o doente fale connosco se precisar e, por fim, deixar sempre um próximo contacto marcado
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Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - 2013: 3 alterações
Alteração na cronologia das consultas referentes a idades-chave da vigilância Adoção das curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) Novo enfoque nas questões do desenvolvimento infantil, as perturbações emocionais e do comportamento e os maus tratos
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Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - periodicidade das consultas: primeiro ano de vida
* 1ª Semana de vida * 1 M * 2 M * 4 M * 6 M * 9 M
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Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - periodicidade das consultas: 1 – 3 anos
* 12 M * 15 M * 18 M * 2 A * 3 A
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Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - periodicidade das consultas: 4-9 anos
* 4 A * 5 A -> Exame Global de Saúde * 6 ou 7 A -> final do 1º ano de escolaridade * 8 A
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Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - periodicidade das consultas: 10-18 anos
* 10 A -> ano de início do 2º ciclo do ensino básico * 12 / 13 A -> Exame Global de Saúde * 15 / 18 A
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Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - consultas de vigilância: SOAP de todas as consultas (S)
* Preocupações | Intercorrências * Alimentação * Dejeções e micções * Cuidados de higiene * Hábitos de sono * Aquisições psicomotoras/ aspetos comportamento * Cuidados durante o dia/noite * Tempos livres/prática desportiva * Exposição fumo de tabaco * Medicação | Outras consultas | PNV
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Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil - consultas de vigilância: SOAP de todas as consultas (O)
* Avaliação antropométrica * Exame físico completo | Audição | Visão * Desenvolvimento * Crescimento * Sinais de alerta | Maus tratos
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