Urgência orto-trauma - joelho (terminado) Flashcards

(90 cards)

1
Q

História Clínica – Joelho

A

o Idade

o Localização e características da dor

o História de trauma (sequência exata)

o Mecanismo da lesão

o Sintomas mecânicos: bloqueio; estalido; instabilidade

o Presença de edema das partes moles

o Presença de derrame articular (choque rótula)

o Posição preferencial

o Comprometimento da mobilidade

o Consegue ou não fazer carga

o Antecedentes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Características do derrame articular: (3)

A
  • Início súbito (~2h): volumoso e sob-tensão
    (rutura LCA ou #prato tibial)
  • Início insidioso (~24-36h): ligeiro-moderado (lesão menisco; estiramento ligamentar)
  • Recorrente após atividade: lesão do menisco
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Causas de dor no joelho – localização: anterior (4)

A

Subluxação da rótula

Doença Osgood-Schlatter

Joelho do Saltador

Condromalácia da rótula

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Causas de dor no joelho – localização: medial (3)

A

Estiramento LLI

Rotura menisco medial

Bursite pata da ganso

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Causas de dor no joelho – localização: lateral (3)

A

Estiramento LLE

Rotura menisco lateral

Tendinite trato ilio-tibial

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Causas de dor no joelho – localização: posterior (1)

A

Quisto de Baker

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - fisiopatologia

A

o Inflamação da bursa anserina (situada entre os tendões da “pata de ganso” e o prato tibial interno) e das estruturas tendinosas adjacentes

o Patologia periarticular mais frequente do joelho

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - lado do joelho

A

Lado interno do joelho

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - fatores de risco

A

▪ Sexo feminino
▪ Excesso de peso
▪ Menopausa
▪ Gonartrose
▪ Joelho em varo
▪ AR

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - diagnóstico

A

Diagnóstico é clínico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - quadro clínico

A

o Dor na face interna da tíbia/face medial do joelho

o Padrão misto (++ mecânico)

o Típico agravamento noturno (decúbito lateral pelo contacto entre os joelhos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - exame objetivo

A

o Inspeção:
▪ ligeiro edema; tumefação na região medial do joelho (raro)
▪ Atrofia do quadricípite (quando há cronificação)

o Palpação:
▪ Dor intensa à palpação da face antero-interna da tíbia no terço inferior da face postero-interna da coxa

o Mobilização: indolor, por normal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - diagnóstico diferencial

A

o Lesões do menisco medial
o Osteoartrose do compartimento medial do joelho
o Radiculopatia L3-L4
o Lesões do LCM

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - MCDTs

A

Ecografia é normal, frequentemente!!!!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Tendinopatia da pata de ganso/Tendinite anserina - tratamento

A

o Fase aguda: repouso + crioterapia + AINE’s (orais e tópicos), 2-3 semanas

o Tratamento com MFR é o que apresenta melhores resultados

o Infiltração com corticoide deve ser criteriosa e se área pouco extensa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Gonartrose - fisiopatologia

A

o Muito frequente >60 anos

o Instalação insidiosa e agravamento progressivo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Gonartrose - componentes mais afetados

A

Componentes mais afetados: compartimento femoro-tibial interno e faceta articular externa da rótula
▪ Relação com valgus fisiológico prevalente na população

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Gonartrose - fatores de risco

A

▪ Excesso de peso
▪ Traumatismo
▪ Trabalho físico intenso
▪ Instabilidade ligamentar do joelho

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Gonartrose - quadro clínico

A

o Dor tipicamente mecânica (agrava com carga e alivia com o repouso)

o Períodos de exacerbação inflamatória (episódios de sinovite aguda)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Gonartrose - exame objetivo

A

o Crepitação

o Diminuição das amplitudes→ Limitação dolorosa da mobilidade

o Por vezes, edema das partes moles e derrame articular ligeiro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Gonartrose - MCDTs

A

Radiografia, em carga, AP, com perfil com 30º flexão, axial da rótula (classificação Kellgreen and Lawrence) + extra-longo AP MI’s
▪ Diminuição da interlinha
▪ Esclerose subcondral
▪ Osteofitose
▪ Afilamento das espinhas tibiais → um dos sinais mais precoces

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Gonartrose - tratamento: várias opções

A

o Educação do doente + controlo peso corporal + exercício físico (baixo impacto, natação)

o MFR (fortalecimento muscular)

o Controlo álgico tópico

o Controlo álgico via oral/ev/IM

o Condroprotetores (glucosamina; condroitina)

o Intra-articulares

o Cirurgia – Prótese do joelho

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Gonartrose: tratamento - Educação do doente + controlo peso corporal + exercício físico (baixo impacto, natação)

A

Aconselhamento quanto ao tipo de exercício!!!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Gonartrose: tratamento - MFR

A

fortalecimento muscular

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Gonartrose: tratamento - controlo álgico tópico
▪ Diclofenac, piroxicam, cetoprofeno ▪ Útil em doentes com múltiplas comorbilidades
26
Gonartrose: tratamento - controlo álgico via oral/ev/IM
▪ Paracetamol – 1ª linha ▪ AINE’s: usados quando paracetamol é insuficiente; quando apresentação clínica é, predominantemente, inflamatória ▪ Opióides: dor não controlada; quando doentes recusam ou não têm indicação para cirurgia
27
Gonartrose: tratamento - Condroprotetores (glucosamina; condroitina)
▪ Alívio sintomático em alguns doentes ▪ Sem evidência científica robusta
28
Gonartrose: tratamento - intra-articulares
Corticoides – alívio eficaz da dor durante 4-6semanas ▪ Sem consenso quanto frequência e nº máximo de doses ▪ Segurança/ risco de dano na cartilagem Viscosuplementação (ácido hialurónico)
29
Gonartrose: tratamento - cirurgia para prótese do joelho
▪ Referenciar quando restantes tratamentos não foram eficazes ▪ Decisão clínica baseada na idade, sintomatologia, gravidade da artrose/rigidez articular
30
Doença de Osgood-Schlatter: fisiopatologia
o Resulta de lesões causadas por esforço repetido e na junção ou inserção do tendão rotuliano no núcleo de ossificação secundário da tuberosidade anterior da tíbia o Mais frequente em rapazes (13-14anos), após surto de crescimento o Frequente em desportistas ( ++ salto e corrida)
31
Doença de Osgood-Schlatter: quadro clínico
o Dor anterior do joelho, recorrente, durante meses o Agrava com: agachamento, subir e descer escadas, saltos o Alivia com repouso o É bilateral em 25-50% dos casos, com envolvimento assimétrico
32
Doença de Osgood-Schlatter: diagnóstico
Diagnóstico é clínico
33
Doença de Osgood-Schlatter: exame objetivo
o Inspeção: tuberosidade tibial proeminente, que é dolorosa à palpação o Dor com extensão ativa-resistida do joelho e com hiperflexão passiva o Teste de Ely: ▪ Deteta contratura do músculo reto-femoral ▪ Não muito usado
34
Doença de Osgood-Schlatter: MCDTs
Exames de imagem podem ser necessários se queixas atípicas: ▪ Dor noturna ou em repouso ▪ Dor de início agudo ▪ Queixas sistémicas associadas ▪ Dor que não se encontra diretamente sobre a tuberosidade tibial
35
Doença de Osgood-Schlatter: tratamento
o Doença benigna e auto-limitada (esclarecimento aos pais) o Sintomas geralmente resolvem com ossificação da placa de crescimento o Recomendada a aplicação de gelo local após atividade e AINE’s em sos o MFR ▪ Fortalecimento/ flexibilização do QT ▪ Ensinos ao utente (alongamentos) o Cirurgia (raríssima) ▪ Casos refratários ▪ Após ossificação da placa
36
Lesões ligamentares - fisiopatologia
o Mais frequentes em grupos etários mais jovens o Muito associado a prática desportiva
37
Lesões ligamentares - mecanismo desencadeante vai condicionar a lesão de determinado ligamento
▪ LCA → torção sobre o pé fixo, enquanto o corpo faz rotação sobre a tíbia fixa ▪ LCP → raras; praticamente nunca ocorrem isoladamente, requerem aplicação de força considerável ▪ LCM → aplicação de forças em valgo, repetidas ou associadas a torção ▪ LCL → trauma a nível da face lateral do joelho; movimentos forçados em varo
38
Lesões ligamentares - roturas ligamentares podem classificar-se em: (3)
▪ Grau I (leve): distensão. Estiramento que condiciona lesões microscópicas ▪ Grau II (moderada): rotura parcial do ligamento ▪ Grau III (grave): rotura ligamentar total
39
Lesões ligamentares - mais frequente
Lesão do LCA – a mais frequente
40
Lesões ligamentares - lesão do LCA: 3 caraterísticas
▪ Forças de desaceleração (hiperextensão); pé fixo e MI “roda” para o lado contrário (stress em valgo) ▪ Estalido, incapacidade (suspende atividade); dor ▪ Derrame (moderado)-grave em 2horas → rutura de LCA e hemartrose
41
Lesões ligamentares - lesão do LCA: não contacto (70-75%)
▪ Sem contacto, de desaceleração e baixa velocidade (rematar) ▪ Geralmente ocorre nas tentativas de mudança rápida de direção ▪ Vários mecanismos possíveis (impacto pós-salto; hiperextensão, valgo e rotação externa)
42
Lesões ligamentares - lesão do LCA: contacto (20-25%)
Traumáticas (acidentes de viação ) ▪ LCP é lesão específica de trauma contra tabliet Geralmente associado a lesão de outras estruturas
43
Lesões ligamentares - quadro clínico
o Dor (maior ou menor intensidade) o Tumefação articular (+ patologia intra-articular) o Limitação da mobilidade normal do joelho o Frequentemente, o doente é capaz de relatar o momento da lesão (estalido ou ressalto)
44
Lesões ligamentares - exame objetivo
o Sensibilidade dolorosa em determinados pontos o Testes específicos ▪ LCA → Gaveta anterior; Teste de Lachamn; Teste de Pivot-Shift ▪ LCP → Gaveta posterior ▪ LCL → testes Stress valgo e varo ▪ LCM → Teste de Apley; teste de lateralidade em valgo (0º e 30º)
45
Lesões ligamentares - exame objetivo: testes específicos do LCA
Gaveta anterior; Teste de Lachamn; Teste de Pivot-Shift
46
Lesões ligamentares - exame objetivo: testes específicos do LCP
Gaveta posterior
47
Lesões ligamentares - exame objetivo: testes específicos do LCL
Testes Stress valgo e varo
48
Lesões ligamentares - exame objetivo: testes específicos do LCM
Teste de Apley; teste de lateralidade em valgo (0º e 30º)
49
Lesões ligamentares - se exame objetivo limitado em fase aguda...
Se exame objetivo limitado, em fase aguda, pela dor, pode não ser possível realizar as manobras Se mecanismo lesional compatível lesão ligamentar → R/ SU
50
Lesões ligamentares - gaveta anterior/ gaveta posterior
Para avaliar integridade de ligamentos Cruzados ▪ Movimentos anormais de descolamento antero-posterior da tíbia em relação ao fémur ▪ Gaveta anterior (deslocamento para a frente da tíbia sob o fémur) → Rutura do LCA ▪ Gaveta posterior (deslocamento da tíbia sob o fémur para trás) → Rutura do LCP
51
Lesões ligamentares - teste de Lachman
Para ligamentos Cruzados ▪ Tração para a frente da perna com coxa imobilizada e joelho a 10-20º flexão ▪ Mão esquerda segura a coxa e a mão direita a extremidade proximal da tíbia; aplicar força sobre a face posterior de modo a avançar ▪ Lesão LCA: translação anterior da tíbia ▪ Teste mais sensível para avaliação da rotura do LCA
52
Lesões ligamentares - teste de Pivot-Shift
Para ligamentos Cruzados ▪ Decúbito dorsal e joelho em extensão ▪ Mão esq na face postero-externa do joelho; mão direita no pé ▪ Faz-se ligeiro valgo, rotação interna e flexão ▪ Ressalto aos 30-40º de flexão →rutura de LCA
53
Lesões ligamentares - stress em varo
Ligamento colateral lateral
54
Lesões ligamentares - stress em valgo
Ligamento colateral medial
55
Lesões ligamentares - ligamentos colaterais
* Podem ser sede de dor na patologia degenerativa, principalmente quando já há alterações estruturais (varo/valgo) * Podem dar dor à palpação desses ligamentos
56
Lesões ligamentares - MCDTs
o Radiografia (para excluir fraturas) o RM
57
Lesões ligamentares - tratamento
o Fase inicial ▪ Repouso + crioterapia + compressão elástica suave + elevação do membro + analgesia ▪ Descarga com canadianas, dependendo do grau de lesão o Após alívio sintomático ▪ Iniciar exercícios para restaurar força muscular e amplitudes articulares, progredindo de acordo com tolerância álgica e músculo-esquelética-→ MFR o Cirurgia ▪ Indicação cirúrgica ponderada individualmente (rutura completa em doente jovem, sempre para cirurgia) ▪ Instabilidade persistente; avulsão; lesões multiligamentares
58
Lesões ligamentares - tratamento: fase inicial
▪ Repouso + crioterapia + compressão elástica suave + elevação do membro + analgesia ▪ Descarga com canadianas, dependendo do grau de lesão
59
Lesões ligamentares - tratamento: após alívio sintomático
Iniciar exercícios para restaurar força muscular e amplitudes articulares, progredindo de acordo com tolerância álgica e músculo-esquelética-→ MFR
60
Lesões ligamentares - tratamento: cirurgia
Indicação cirúrgica ponderada individualmente (rutura completa em doente jovem, sempre para cirurgia) ▪ Instabilidade persistente; avulsão; lesões multiligamentares
61
Lesões meniscais - podem ser de 2 tipos
Traumáticas → associadas a prática desportiva Degenerativas
62
Lesões meniscais - traumáticas
Traumáticas → associadas a prática desportiva ▪ Doente identifica o movimento/momento que despertou os sintomas ▪ Menisco medial menos móvel → mais lesões
63
Lesões meniscais - degenerativas
Processos degenerativos articulares relacionados com a idade avançada e episódios traumáticos anteriores → espetro da gonartrose
64
Lesões meniscais - quadro clínico
o Dor localizada na interlinha articular (ou região interna ou externa, depende do menisco afetado) o Sintomas surgem com carga/atividade física + sensação de instabilidade/falência do joelho em atividades que implicam mudanças de direção, subir/descer escadas, pisos inclinados… o Pode existir sensação de bloqueio (por ex: dificuldade em esticar o joelho na sua totalidade)
65
Lesões meniscais - exame objetivo
o Derrame articular muito rara em lesões degenerativas ao contrário das traumáticas (++++ se associada a lesão ligamentar) o Limitação da extensão o Testes específicos ▪ Teste de McMurray ▪ Teste de Apley
66
Lesões meniscais - exame objetivo: testes específicos (2)
Teste de McMurray Teste de Apley
67
Lesões meniscais - exame objetivo: testes específicos (teste de McMurray)
▪ Decúbito dorsal com joelho totalmente fletido ▪ Mão examinador palpa interlinhas, outra segura o pé ▪ Rotação interna/externa da tíbia + extensão do joelho ▪ Positivo, se estalido e/ou dor
68
Lesões meniscais - exame objetivo: testes específicos (teste de Apley)
▪ Decúbito ventral, com joelho em flexão a 90º; joelho do examinador prenda coxa do doente ▪ Examinador roda a tíbia interna e externamente combinando com distração (com foco nos ligamentos colaterais) ▪ Repetir o processo usando compressão em vez de distração → para meniscos - Notar restrição, movimento excessivo ou dor
69
Lesões meniscais - MCDTs
o Radiografia joelho – usado para diagnóstico diferencial ou se trauma direto agudo o RM – gold-standard, visualiza tecidos moles
70
Lesões meniscais - tratamento
o Conservador ▪ Idade avançada e/ou sedentários ▪ Analgesia; repouso; reabilitação (estabilidade articular, reforço muscular e proprioceção) o Cirúrgico ▪ Cada vez se fazem menos meniscectomias (fazem-se mais suturas meniscais)→ progressão mais rápida para artrose ▪ Sintomatologia persistente ou recorrente que interfere com as AVD’s da utente ▪ Lesões meniscais instáveis (ex: lesão em asa de cesto)
71
Lesões meniscais - tratamento conservador
▪ Idade avançada e/ou sedentários ▪ Analgesia; repouso; reabilitação (estabilidade articular, reforço muscular e proprioceção)
72
Lesões meniscais - tratamento cirúrgico
▪ Cada vez se fazem menos meniscectomias (fazem-se mais suturas meniscais)→ progressão mais rápida para artrose ▪ Sintomatologia persistente ou recorrente que interfere com as AVD’s da utente ▪ Lesões meniscais instáveis (ex: lesão em asa de cesto)
73
Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - diagnóstico
Diagnóstico clínico de dor e disfunção do tendão rotuliano
74
Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - epidemiologia
Mais frequente no sexo masculino; da adolescência até à 4ª década de vida
75
Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - quadro clínico
o Dor na região anterior do joelho, início insidioso e gradual, agravada após determinadas atividades físicas (subir e descer escadas, correr, movimentos de agachamento) o Dor quando estão muito tempo sentados (especialmente, no automóvel)
76
Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - exame físico
o Dor à palpação da região inferior da rótula (achado mais consistente) o Atrofia do músculo quadricípite (++ em quadro clínico crónico) o Teste de diagnóstico ▪ “single leg decline squat”→ positivo, se dor exclusivamente localizada à junção óssea do tendão
77
Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - MCDTs
Sem relevância diagnóstica
78
Tendinopatia Rotuliana (jumper’s knee) - tratamento
o Suspensão de atividades que condicionam sobrecarga sobre o aparelho extensor do joelho o Gelo local o Analgesia o Ortótese de descarga o MFR → altamente recomendado o Casos refratários ▪ Intervenção cirúrgica
79
Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - definição
Lesão inflamatória aguda do trato ilio-tibial
80
Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - epidemiologia
Mais frequente em ciclistas e corredores (devido aos movimentos repetidos de flexão do joelho)
81
Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - quadro clínico
o Dor na região lateral da coxa, início insidioso, agravada pela atividade física repetida o Surge, muitas vezes, contratura do tensor da fáscia lata
82
Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - exame físico
o Dor à palpação do epicôndilo lateral do fémur o Teste de Noble: ▪ Dor à palpação do epicôndilo lateral no s movimentos de flexão/extensão do joelho, evidenciando dor aos 30º de flexão com o doente em decúbito dorsal. o Dor no movimento de flexão/extensão do joelho com apoio monopodálico, evidenciando dor aos 30º de flexão com doente em ortostatismo o Dor ou incapacidade na realização de um salto monopodálico
83
Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - MCDTs
o Diagnóstico é clínico o Exames para excluir outros dx diferenciais (lesão meniscal lateral; doença articular degenerativa; dor miofascial; dor irradiada da coluna)
84
Tendinite do trato ilio-tibial (fáscia lata) - tratamento
o FASE AGUDA: ▪ Gelo + AINE’s o MFR ▪ Estiramento do tensor da fáscia lata + fortalecimento da cadeia anterior, posterior e glutes médio e mínimo o Infiltração com corticoide → casos mais resistentes aos tratamentos anteriores o Cirurgia (casos refratários)
85
Trauma do joelho – regras de Ottawa
o A radiografia do joelho só deve ser solicitado na presença de uma ou mais das seguintes: ▪ > 55 anos ▪ Dor à palpação da cabeça do peróneo ou da patela ▪ Incapacidade de dar 4 passos sem apoio ▪ Incapacidade de fletir o joelho a 90º * Qualquer trauma direto do joelho deve fazer Radiografia
86
teste de Ely - descrição
utente em decúbito dorsal com as pernas esticadas; flexionar o joelho do paciente de um lado, levantando a perna enquanto mantém a pelve estável (dobrar o joelho até pé chegar o + próximo possível das nádegas) - teste positivo se dor na região anterior da anca ou se elevação da pelve
87
Testes da gaveta anterior e posterior
Gaveta anterior - paciente em decúbito dorsal com joelho flexionado a 90º e pé apoiado na marquesa; examinador segura a parte superior da tibia com ambas as mãos, logo abaixo da articulação do joelho; os polegares do examinador são posicionados na linha da articulação; o examinador puxa a tíbia anteriormente (para a frente) enquanto estabiliza o fémur O da gaveta posterior é igual mas empurra a tibia posteriormente (para trás)
88
Descrição do teste em varo e valgo
Stress em varo - paciente em decúbito dorsal com joelho levemente flexionado a ~20/30º; o examinador estabiliza a coxa do paciente com uma mão e, com outra mão, aplica uma força lateral (para fora) na perna, tentando abrir o compartimento lateral do joelho (positivo se dor ou abertura excessiva) Em valgo é igual, exceto que se aplica força medial (para dentro) na perna, tentando abrir o compartimento medial do joelho
89
Descrição do single leg decline squat
Paciente em pé sobre plataforma inclinada com um único pé, enquanto o outro é mantido no ar; o joelho da perna em teste está ligeiramente flexionado no início; o paciente realiza um agachamento controlado com uma única perna, mantendo a outra perna suspensa e o tronco ereto; o movimento deve ser feito lentamente, descendo até onde o paciente consiga sem dor significativa ou até 60º de flexão do joelho; o paciente retorna à posição inicial sem auxílio (resultado positivo se dor no tendão rotuliano ou na área do polo inferior da rótula)
90