Urgência Orto-trauma - cotovelo, punho e mãos (terminado) Flashcards

(54 cards)

1
Q

Epicondilite - fisiopatologia

A

o Representa a causa mais frequente de dor no cotovelo

o Representa uma tendinopatia da junção miotendinosa, por falência de uma cicatrização correta da
unidade músculo-tendão, com fibrodisplasia resultante

o Habitualmente, não consiste num processo inflamatório agudo

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2
Q

Epicondilite - lateral e medial (origem dos músculos)

A

o Epicôndilo lateral → tem origem os músculos extensores do punho

o Epicôndilo medial/troclea → tem origem os músculos flexores do punho

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3
Q

Epicondilite - mais prevalente

A

Epicondilite lateral é a mais prevalente

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4
Q

Epicondilite - causas

A

o Relacionadas com stress repetitivo
▪ Gestos laborais/ atividades de vida diária
▪ Movimentos repetitivos de pronossupinação, durante pelo menos 2horas/dia.
▪ Manusear cargas físicas com mais de 20kg

o Também relacionadas com overuse ou má técnica em desportos.
- Ténis → epicondilite lateral (cotovelo de tenista)
- Golfe → epicondilite medial/epitrocleite (cotovelo de golfista)

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5
Q

Epicondilite - stress repetitivo

A

▪ Gestos laborais/ atividades de vida diária (doença profissional)

▪ Movimentos repetitivos de pronossupinação, durante pelo menos 2horas/dia

▪ Manusear cargas físicas com mais de 20kg

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6
Q

Epicondilite - overuse ou má prática desportiva

A

Também relacionadas com overuse ou má técnica em desportos
o Ténis → epicondilite lateral (cotovelo de tenista)
o Golfe → epicondilite medial/epitrocleite (cotovelo de golfista)

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7
Q

Epicondilite - 3 outros fatores de risco

A

▪ Tabagismo
▪ Obesidade
▪ 45-54 anos

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8
Q

Epicondilite - diagnóstico

A

Diagnóstico clínico

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9
Q

Epicondilite - quadro clínico

A

o Dor de ritmo mecânico ou misto na área imediatamente distal ao epicôndilo (lateral ou medial)

o Irradiação proximal ou distal

o A dor surge com:
▪ Aperto de mãos; rodar a maçaneta; transportar mala de mão; segurar num livro; manusear teclado ou rato do computador

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10
Q

Epicondilite - exame objetivo

A

o Dor intensa à palpação das inserções musculares dos respetivos epicôndilos + estiramento + contração resistida

o A ausência de aumento de dor no EO não exclui o diagnóstico!!!

o Mobilidades ativa e passivas não se encontram afetadas

o Epicondilite lateral: Teste de Cozen e teste de Mill podem ajudar no diagnóstico

o Epicondilite medial/epitrocleíte: Teste de Cozen invertido

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11
Q

Epicondilite - exame objetivo: testes para epicondilite lateral

A

Teste de Cozen e teste de Mill podem ajudar no diagnóstico

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12
Q

Epicondilite - exame objetivo: testes para epicondilite medial

A

Epicondilite medial/epitrocleíte: Teste de Cozen invertido

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13
Q

Epicondilite - MCDTs e objetivo

A

o Radiografia do cotovelo
o Ecografia do cotovelo

Nota:
- Úteis para excluir causas de epicondilite recalcitrante
(sintomas que persistem mais de 6-12meses).
- Importante excluir:
* lesão de ligamentos colaterais
* fratura oculta
* osteoartrose
* corpos livres osteocondrais

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14
Q

Epicondilite - tratamento

A

o Tratamento conservador

o Infiltração com corticoide (casos mais graves)

o Acupuntura → benefícios a curto prazo.

o Tratamento cirúrgico

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15
Q

Epicondilite - tratamento conservador

A

▪ Durante 6 semanas: Repouso + Gelo dinâmico

▪ Durante 6 semanas: Modificação da atividade do cotovelo e antebraço

▪ AINE’s + analgésicos + transdérmicos → durante 10-21 dias

▪ Ortótese epicondiliana, não articular, colocada no antebraço 3-4 dedos distalmente ao epicôndilo

▪ Fortalecimento em excêntrico (ex: garrafa de água)

▪ Fisiatria
- Se em 6 semanas não obtiver melhoria, após reavaliação de EO + exclusão de outras patologias

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16
Q

Epicondilite - tratamento: infiltração com corticoide

A

(casos mais graves)

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17
Q

Epicondilite - tratamento: acupuntura

A

benefícios a curto prazo

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18
Q

Epicondilite - tratamento cirúrgico

A

o Descompressão tendinosa

o Sintomas graves, que não respondem a tx fisiátrico ao fim de ~6 meses

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19
Q

Bursite Olecraniana - fisiopatologia

A

o A bursa olecraniana situa-se no tecido subcutâneo

o Funciona como plano de deslizamento e amortecedor entre a pele e o olecrâneo.

o Se inflamação ou degeneração em efusão da bursa → bursite

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20
Q

Bursite Olecraniana - causas mais prováveis

A

▪ Trauma agudo

▪ Lesão bursal por movimentos repetitivos (pequenos traumas repetitivos)

▪ Doenças infeciosas (~20% dos casos)
- Origem em pequenas soluções de continuidade transcutâneas
- Staphylococcus aureus é o agente mais frequente
- Maioria apresenta periodicidade sazonal (++ no verão)

▪ Doenças sistémicas
- Artrite Reumatóide; gota; condrocalcinose; Hemodiálise (7%)

▪ Idiopática (~25%)

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21
Q

Bursite Olecraniana - atividades de risco

A

Mecânico; jardineiros; canalizadores; ginastas; posicionamentos prolongados

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22
Q

Bursite Olecraniana - quadro clínico

A

o Dor durante o movimento e em repouso

o Tumefação sobre o olecrâneo

o Nas bursites crónicas:
▪ A dor e sinais inflamatórios podem estar ausentes

o Se dor intensa + calor + rubor + febre + mal-estar → Bursite sética ou por deposição de cristais

23
Q

Bursite Olecraniana - exame objetivo

A

o Palpação de massa indolor flutuante sobre o olecrâneo

o Desconforto ou dor na flexão acima dos 90º

o Bursites crónicas
- Massa não é flutuante (bursa espessada)
- Crepitações na mobilização

24
Q

Bursite Olecraniana - MCDTs

A

Aspiração de fluído bursal com respetiva avaliação laboratorial
o Nos casos de suspeita de bursite inflamatória ou infeciosa

25
Bursite Olecraniana - diagnóstico
Na maior parte dos casos, a história clínica + exame objetivo fazem o diagnóstico!!
26
Bursite Olecraniana - tratamento, se Bursite Olecranianas Traumáticas Não-inflamatórias e Não-infeciosas
o Educação do doente ▪ Repouso da articulação e reconhecimento dos fatores de agravamento ▪ Evitar qualquer tipo de trauma o Proteção e compressão com cotoveleira elástica o Uso de AINE’s ▪ Indometacina 75mg 2x/Dia; naproxeno 500 2x/dia o Aspiração do conteúdo líquido nas bursites traumáticas e volumosas
27
Bursite Olecraniana - tratamento se Bursite Olecranianas crónica e persistente
Considerar intervenção cirúrgica com exérese da bursa olecraniana
28
Bursite Olecraniana - tratamento se bursite infeciosa
o Aspiração do conteúdo da bursa e respetiva avaliação laboratorial com teste de sensibilidade aos antibióticos o Caso não haja flutuação ▪ Iniciar antibioterapia com cefalosporinas, durante 10 dias, pelo menos. ▪ O estado geral do doente determina a via de administração (oral ou ev). o Imobilizar em 60º de flexão sem pressão no olecrâneo o Analgesia + AINE’s
29
Bursite Olecraniana - tratamento: infiltração com corticoides
Infiltração com corticoides não está recomendada! (risco de infeção, atrofia da pele, dor local crónica)
30
Bursite Olecraniana - tratamento: tratamento fisiátrico
Tratamento fisiátrico destina-se apenas aos casos em que existe limitação após um período de imobilização
31
Bursite Olecraniana - tratamento: de eleição
O tratamento conservador é o de eleição! A reabsorção é lenta (cerca de 6-12meses)
32
Síndrome do Túnel Cárpico - fisiopatologia
o É a neuropatia compressiva mais comum! o Compressão do nervo mediano na passagem pelo retináculo flexor do punho o Pode cursar bilateralmente, mais comum na mão dominante
33
Síndrome do Túnel Cárpico - epidemiologia
o >3/4 dos doentes são do sexo feminino o Idade 40-60 anos
34
Síndrome do Túnel Cárpico - causas
▪ Idiopáticos (maioria) ▪ Associação a: DM, hipotiroidismo, obesidade; gravidez ▪ Trauma (fraturas distais do rádio) ▪ Quistos ganglionares ▪ Artrose/artropatias inflamatórias
35
Síndrome do Túnel Cárpico - quadro clínico
o Queixas de queimadura, formigueiro, picadas, choques e perda de sensibilidade no território do mediano o Inicialmente, pior à noite. o Nos casos mais graves, a dor pode irradiar para o antebraço o Sintomas agravam com a mobilização do punho o Nos casos graves: pode haver fraqueza e amiotrofia dos músculos da eminência tenar
36
Síndrome do Túnel Cárpico - exame objetivo
o Pesquisar sensibilidade palmar dos 1º,2º, 3º e metade lateral do 4º dedos o Avaliar força muscular o Testes específicos: ▪ Teste de Tinel ▪ Teste de Phalen / Teste de Phalen invertido (útil nos idosos, “pôr a rezar”)
37
Síndrome do Túnel Cárpico - exame objetivo: testes específicos
▪ Teste de Tinel ▪ Teste de Phalen ▪ Teste de Durkan
38
Síndrome do Túnel Cárpico - MCDTs
Electromiografia dos MS’s → exame gold-standard
39
Síndrome do Túnel Cárpico - tratamento
o Cirurgia → tratamento de 1ª linha, ++ mais quando há défice motor o Tratamento MFR + analgesia devem ser considerados ▪ Infiltração ecoguiada ▪ Neuromodeladores (gabapentina, pregabalina) ▪ Anti-depressivos tricíclicos (Amitriptilina) ▪ Patchs de lidocaína
40
Tenossinovite de Quervain - definição
Tenossinovite estenosante do primeiro compartimento dorsal, que inclui 2 tendões: ▪ Longo abdutor do polegar ▪ Curto extensor do polegar o Atinge mais o punho dominante
41
Tenossinovite de Quervain - epidemiologia
Afeta mais sexo feminino, idade 30-50 anos
42
Tenossinovite de Quervain - fatores de risco
▪ Uso excessivo dos constituintes do compartimento ▪ Trauma local ▪ Gravidez ▪ AR
43
Tenossinovite de Quervain - quadro clínico
o Início insidioso de dor localizada no lado radial do punho (sintoma dominante) o Dor agrava com movimentos tipo apanhar e elevar objetos
44
Tenossinovite de Quervain - exame objetivo
o Inspeção: edema do 1º compartimento dorsal ao nível da estiloide radial o Sem limitação da mobilidade do punho o Testes específicos: ▪ Teste de Finkelstein: examinador agarra o polegar do doente → movimento repentino de desvio cubital do punho e mão ▪ Teste de Eichoff: doente fecha o polegar num punho cerrado e seguidamente é realizado movimento súbito de desvio cubital do punho e mão
45
Tenossinovite de Quervain - exame objetivo: testes específicos
▪ Teste de Finkelstein: examinador agarra o polegar do doente → movimento repentino de desvio cubital do punho e mão ▪ Teste de Eichoff: doente fecha o polegar num punho cerrado e seguidamente é realizado movimento súbito de desvio cubital do punho e mão
46
Tenossinovite de Quervain - tratamento
o Tratamento conservador ▪ AINE’s ▪ Repouso ▪ Imobilização com ortótese ▪ Infiltração com corticoide (em casos refratários) ▪ MFR o Cirurgia ▪ Refratário a tratamento conservador após 6 meses ▪ Sintomatologia severa que interfira com as AVD’s
47
teste de cozen - descriçao
paciente com antebraço em pronação (palma voltada para baixo) e apoiado, e o cotovelo flexionado a 90º, examinador estabiliza cotovelo com uma mão e coloca a outra mão sobre o dorso da mão do paciente o paciente faz extensão ativa do punho (dobrar o punho) para trás contra resistência (positivo se dor no epicôndilo lateral)
48
teste de cozen invertido - descrição
antebraço em supinação (palma voltada para cima) e cotovelo flexionado a 90º; examinador estabiliza o cotovelo do paciente com uma mão e segura o punho com a outra; paciente faz flexão do punho (dobrar punho para baixo) contra a resistência (positivo se dor no epicondilo medial)
49
teste de Mill - descrição
paciente com braço estendido no lado do corpo e cotovelo em extensão total; o examinador estabiliza cotovelo com uma mão; com a outra mão, o examinador prende o punho do paciente e realiza uma flexão passiva do punho (dobra o punho para baixo), mantendo o antebraço em pronação (palma voltada para baixo) e o cotovelo em extensão; o examinador também pode estender o braço do paciente enquanto o punho está flexionado para aumentar a tensão no epicondilo lateral
50
teste de phalen invertido - descrição
unir palmas voltadas para cima como se estivesse a rezar, durante 60 segundos
51
teste de tinel - descrição
punho voltado para cima, exposto e apoiado; percussao leve sobre o nervo mediano
52
teste de phalen
flexao maxima dos punhos, com dorsos das maos encostados um no outro, estendendo os cotovelos à altura do ombro; posição mantida durante 60 segundos
53
teste de durkan
palma voltada para cima e examinador com os 2 polegares aplicar pressão direta sobre o túnel do carpo (na parte interna do punho) durante 30 segundos
54