Cardio: Emergências Hipertensivas 4 Flashcards
(92 cards)
Crise hipertensiva - definiçao
Elevaçao aguda da PA
Crise hipertensiva - formas de apresentaçao
- Pseudocrise
- Urgencia hipertensiva: risco potencial de lesao de orgao alvo/morte em algumas horas
- Emergencia hipertensiva: risco iminente de lesao orgao alvo/morte
Pseudocrise hipertrnsiva
- Pcte assintomático
- Exame fisico basal normal (includive fundo de olho), ECG normal
- Condiçao autonomica que descompensa a PA (ex queda, susto, dor, nervosismo, cefaleia, fratura)
Ex: chega no PS com cefaleia, sem queixas preocupantes (sincope, convulsao, pior dor da vida, alt do nivel de consciencia), PA 180 x 120. Exame fisico sem alteracao. Descompensa pela desunçao autonomica. MT COMUM JA SER HIPERTENSO E NAO TA USANDO DIREITO O MEDICAMENTO, ou nao ta bom
Tto pseudocrise hipertensiva
Trato causa da hipertensao, ex a dor, o susto, o nervosismo (enquanto exame lab sai, nao espera sair)
Conduta na urgencia hipertensiva
Medicamento VO pra controle PA (mais usado: iECA)
Exemplos de iECA e via de adm
Captopril
Enalapril
Todos iECA sao orais, só 1 é endovenoso: enalaprilato
Mecanismo de açao iECA
Bloqueio da ação da enzima conversora da angiotensina. Menor formação de angiotensina II, potente vasoconstrictor e estimulador da aldosterona. O IECA é inibidora também da degradação da bradicinina, potente vasodilatador, que portanto tem sua ação aumentada.
Uso clinico do iECA
Eficientes em monoterapia ou em associação com diuréticos ou outros anti-hipertensivos. Diminuem a resistência vascular periférica sem causar taquicardia reflexa e sem diminuição do débito cardíaco. Atuam tanto sobre a pré e a pós carga. Aumentam o fluxo renal por ação preferencial de vasodilatação da arteríola eferente. Desta forma podem piorar a filtração glomerular na estenose renal e na IRC. Ocorre aumento de fluxo coronariano e até mesmo cerebral apesar do efeito hipotensor. Diminuem a HVE e são os únicos que aumentam a sensibilidade a insulina. São primeira escolha para o hipertenso diabético, retardam a evolução da nefropatia diabética e a microalbuminuria. Não alteram os lípides. São úteis nos portadores de insuficiência cardíaca com ou sem hipertensão associada, melhorando inclusive a sobrevida da insuficiência cardíaca.
Efeitos colaterais iECA
Tosse é o mais frequente (2 a 5%), sendo sempre seca e por vezes noturna, relacionada com o aumento da bradicinina a nível pulmonar. Aparece nas primeiras semanas, desaparece com 2 a 3 dias de suspensão da droga e retorna com a reintrodução.
Hipotensão só ocorre normalmente nos pacientes desidratados. Hipercalemia é um efeito potencial, devendo ter cuidado com pacientes com IRC (Cr >3). Rash Cutâneo, Urticária e perda do paladar são mais raros. Edema de glote (também raro). Neutropenia não é comum, relaciona-se com tratamento em doses elevadas de IECA.
Contra indicaçao iECA
Estenose bilateral das Arterias Renais ou Estenose com Rim único. Gravidez. Interações medicamentosas
Nos pacientes em uso de diuréticos, pode ocorrer hipotensão importante com a dose inicial de inibidores da enzima de conversão da angiotensina. Sugere-se retirar o diurético antes de iniciar os IECA. Por sua vez, o início do emprego da furosemida, em paciente já em uso de captopril, pode também desencadear grave hipotensão. Tal fato é atribuído à diminuição da aldosterona, causada pelo captopril, somada à perda abrupta de sal e água, causada pela furosemida.
O uso de diurético “poupador de potássio” e inibidores da enzima de conversão da angiotensina pode desencadear hipercalemia.
O uso de IECA com alopurinol pode desencadear reações cutâneas graves, acompanhadas de febre e artralgia, como eritema multiforme, necrólise epidérmica tóxica e síndrome de Stevens-Johnson. Na verdade, essas complicações podem aparecer com cada uma das duas drogas, mas o risco aumenta significativamente com a combinação.
O IECA associado ao lítio aumenta os níveis séricos desse metal, podendo levar à intoxicação, caracterizada por distúrbios hidroeletrolíticos e neurológicos.
O uso concomitante de captopril e clorpromazina pode provocar hipotensão severa e síncope.
Os antiinflamatórios não-hormonais (aspirina, indometacina e vários outros) provocam redução do efeito anti-hipertensivo dos IECA, pela diminuição da síntese de prostaglandinas, estimulada pelo captopril.
O captopril inibe o “clearance” de digoxina e eventualmente pode levar a níveis tóxicos desse fármaco. Essa alteração parece ser exclusiva do captopril, não ocorrendo com ramipril, lisinopril e enalapril.
De maneira paradoxal, pacientes com insuficiência cardíaca crônica grave podem ter as ações diurética e natriurética da furosemida prejudicadas pelo captopril. O captopril impediria o aumento do “clearance” de creatinina que normalmente é promovido pela furosemida. Raramente esse efeito pode piorar o edema e a congestão.
O uso de antiácidos pode diminuir a absorção do captopril em até 45%, devendo a administração ser feita em horários diferentes.
A rifampicina interage com o enalapril, causando redução da eficiência terapêutica deste, provavelmente por aumentar a eliminação renal.
Urgencias hipertensivas - exemplos
- Hipertensao perioperatoria (retirada do medicamento)
- Pré-eclampsia
- Hipertensao arterial maligna
- HAS grave com IC, AIT ou IRA
Conduta emergencia hipertensiva
Controlar imediatamente a PA (em minutos, so consigo com EV)
Como deve-se baixar a PA na emergencia hipertensiva?
Imediatamente, mas NAO intensamente
Medicamento pra baixar PA na emergencia hipertensiva e pq?
Nitroprussiato de Na
Pois ele é titulado em BIC (pra nao baixar mt intensamente)
Como está a PA em emergencia hipertensiva?
Geralmente, PAD >= 120
Exemplos de emergencia hipertensiva - sistemas 3
SNC
SCV
Pulmao
Exemplos de emergencia hipertensiva - SNC 4
- AVC
- Hemorragia subaracnoidea
- Eclampsia
- Encefalopatia hipertensiva
Exemplos de emergencia hipertensiva - Sist cardiovasc 3
Angina instavel
IAM
Dissecçao aguda de aorta
Exemplos de emergencia hipertensiva - Pulmao
Edema agudo de pulmao
Qndo eu prefiro a nitroglicerina EV do que o nitroprussiato?
Em emergencia hipertensiva + sd coronariana (pois nitroglicerina é mais caro, por isso)
Quanto da PA deve-se baixar em que tempo?
20-25% na primeira hora
Em AVC baixa em 24-48h
Pq nao se pode baixar a PA muito rapido no AVC?
Pois a a regulaçao do fluxo cerebral ta diretamente relacionada a PA. Em pcte normal, se a PA cair, pra PIC nao cair o sist cardiovascular ajusta essa PA.
Em pcte com crise hipertensiva, o fluxo cerebral fica mt dependente da PA, dai se baixar muito a PA, o fluxo cerebral cai
Pq nao se usa mais o nifedipino sublingual?
Pq nao da pra titular (furava-se a capsula e dava uma gota sublingual, ai as vezes baixava pouco as vezes baixava muito a PA) e tambem a absorçao era so no estomago (nao sabiam disso)
Edema agudo de pulmao - Oq é
Insuficiencia respiratoria aguda pelo acumulo de liquido no espaço intersticial e alveolos (“se afoga em ar ambiente”)