Diretos Politicos Flashcards
(139 cards)
Pergunta
Resposta
O eleitor que estiver em trânsito fora da unidade da Federação do seu domicílio poderá votar para Governador, Deputado Federal e Senador?
❌ Errado. De acordo com o art. 233-A, § 1º, II, da Lei nº 4.737/1965, alterado pela Lei nº 13.165/2015, eleitores em trânsito fora da unidade da Federação de seu domicílio eleitoral só podem votar para Presidente da República.
O princípio do voto igual significa que cada cidadão possui o mesmo número de votos e todos têm valor idêntico?
✅ Certo. O sufrágio igual garante que todos os votos tenham o mesmo peso, consagrando o princípio do “one man, one vote”.
A decisão da Justiça Eleitoral que importa cassação do diploma ou mandato só autoriza a realização de novas eleições após o trânsito em julgado da decisão.
❌ Errado. O Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a expressão “após o trânsito em julgado” constante do §3º do art. 224 do Código Eleitoral. Assim, basta a existência de decisão final da Justiça Eleitoral, ainda que pendente recurso extraordinário, para autorizar a realização de novas eleições.
O sufrágio desigual é compatível com a Constituição de 1988, pois permite que um eleitor tenha mais votos que outro, desde que em razão de critérios de escolaridade ou renda.
❌ Errado. O sufrágio desigual, por permitir a multiplicidade de votos a determinados indivíduos com base em circunstâncias específicas como escolaridade ou renda, não é compatível com a Constituição de 1988, que adota expressamente o sufrágio igual no artigo 14.
A idade mínima exigida para o cargo de Governador de Estado ou do Distrito Federal é de 30 anos, sendo esse requisito aferido na data da posse.
✅ Certo. O requisito de idade mínima para o cargo de Governador de Estado ou do Distrito Federal é de 30 anos, conforme previsto constitucionalmente. De acordo com o art. 11, § 2º da Lei nº 9.504/1997 e o Acórdão nº 22.900 do Tribunal Superior Eleitoral, a idade mínima deve ser aferida na data da posse.
Decisões do Tribunal Superior Eleitoral que alterem entendimentos jurisprudenciais durante ou logo após o pleito não se aplicam imediatamente ao caso concreto, devendo respeitar a anterioridade eleitoral.
✅ Correto. De acordo com o julgamento do Recurso Extraordinário 637.485, relator ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal assentou que decisões do Tribunal Superior Eleitoral que representem mudança jurisprudencial no curso ou logo após o pleito não terão aplicação imediata, devendo produzir efeitos apenas em eleições futuras, em respeito à segurança jurídica e ao princípio da anualidade previstos no artigo 16 da Constituição da República.
As inelegibilidades relativas estão ligadas a características pessoais do candidato, aplicando-se independentemente do cargo e da eleição.
❌ Errado. As inelegibilidades relativas não se referem a características pessoais do indivíduo, mas sim a circunstâncias vinculadas ao cargo disputado e à eleição em questão. São inelegibilidades que dependem do pleito e do cargo a ser preenchido, conforme previsto nos §§ 5º a 9º do artigo 14 da Constituição Federal.
O Supremo Tribunal Federal decidiu que é inconstitucional o voto impresso previsto no art. 59-A da Lei nº 9.504/97, por violar o sigilo do voto?
✅ Certo. O STF decidiu, em 06.06.2018, que o art. 59-A da Lei nº 9.504/97, incluído pela Lei nº 13.165/2015, é inconstitucional, pois a impressão do voto poderia violar o sigilo e comprometer a liberdade do voto, em afronta ao art. 14 e ao § 4º do art. 60 da Constituição da República.
A condição de analfabeto de um candidato pode ser aferida por meio de teste coletivo em audiência pública, nos termos da Resolução nº 21.608/04 do Tribunal Superior Eleitoral.
❌ Errado. A Resolução nº 21.608/04 do Tribunal Superior Eleitoral veda expressamente a realização de testes coletivos para aferição da condição de analfabeto, por considerá-los atentatórios à dignidade da pessoa humana. A comprovação deve ser feita por documento de escolaridade ou declaração de próprio punho, e, na ausência, por teste individual e reservado.
É possível que o Presidente, Governador ou Prefeito, no segundo mandato consecutivo, renuncie antes da eleição seguinte para concorrer novamente ao mesmo cargo?
❌ Errado. Ainda que renuncie antes da eleição seguinte, o Presidente, Governador ou Prefeito que esteja no segundo mandato consecutivo não pode concorrer a um terceiro mandato sucessivo, pois estaria configurando a assunção de um terceiro mandato consecutivo, o que é vedado pelo artigo 14, § 5º da Constituição Federal.
No sistema proporcional adotado no Brasil, o eleitor pode votar apenas na legenda do partido, e esses votos também são considerados válidos para a definição das cadeiras a que o partido terá direito.
✅ Certo. O eleitor pode votar tanto em um candidato quanto na legenda do partido, sendo ambos considerados votos válidos, influenciando a definição das cadeiras ocupadas.
O Vice que substitui temporariamente o Chefe do Executivo nos seis meses anteriores à eleição pode concorrer a qualquer cargo, inclusive ao de Senador ou Deputado?
❌ Errado. Caso o Vice apenas substitua temporariamente o Chefe do Executivo nos seis meses anteriores à eleição, sem sucedê-lo de forma definitiva, ele somente poderá concorrer ao próprio cargo de Vice ou ao cargo de Chefe do Executivo. Qualquer outro cargo o torna inelegível, conforme entendimento extraído do art. 14, § 6º, da Constituição da República.
Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, a Lei de Improbidade Administrativa se aplica também aos agentes políticos que respondem por crime de responsabilidade.
❌ Errado. O Supremo Tribunal Federal decidiu que os agentes políticos que respondem por crime de responsabilidade não estão submetidos à Lei nº 8.429/1992, além de haver o entendimento de que o juízo de primeira instância não possui competência para julgar ações civis de improbidade administrativa contra tais autoridades, quando estas possuem prerrogativa de foro.
As eleições para o Senado Federal utilizam o sistema majoritário simples, ou seja, com apenas um turno de votação.
✅ Certo. A eleição para o Senado Federal é realizada pelo sistema majoritário simples, em que se elege o candidato mais votado em turno único.
O domicílio eleitoral exigido para fins de elegibilidade deve ser compreendido à luz do conceito civilista de domicílio, conforme o art. 70 do Código Civil.
❌ Errado. O domicílio eleitoral deve ser interpretado de forma mais flexível, segundo entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, que admite a fixação do domicílio com base em vínculos políticos, sociais, comerciais, patrimoniais, comunitários ou familiares, e não segundo o conceito do art. 70 do Código Civil.
A convocação de plebiscito para questões de relevância nacional se dará por meio de decreto legislativo, mediante proposta de dois terços dos membros de cada Casa do Congresso Nacional.
❌ Errado. A convocação de plebiscito sobre questões de relevância nacional, conforme a Lei nº 9.709/98, será feita por decreto legislativo, mediante proposta de no mínimo um terço dos membros que compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Irmão de prefeito de município originário pode candidatar-se ao cargo de chefe do Executivo em município recém-criado por desmembramento do original.
❌ Errado. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o irmão de prefeito de município-mãe não poderá se candidatar a chefe do Executivo de município recém-criado por desmembramento, nos termos do artigo 18, § 4º, da Constituição da República, incidindo a inelegibilidade prevista no artigo 14, § 7º, da mesma Constituição.
A separação judicial com decisão transitada em julgado durante o primeiro mandato do chefe do Executivo que foi reeleito não impede a candidatura do cônjuge nas eleições subsequentes na mesma circunscrição?
✅ Certo. De acordo com o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, se a separação judicial com decisão transitada em julgado ocorrer ainda no primeiro mandato do chefe do Executivo que foi reeleito, não se configura a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição da República.
O direito de sufrágio se confunde com o voto, pois ambos designam a mesma coisa e não há distinção técnica entre eles.
❌ Errado. O direito de sufrágio não se confunde com o voto. O sufrágio é o direito propriamente dito, enquanto o voto é o instrumento por meio do qual se exerce esse direito. O modo de exercício do voto é denominado escrutínio, conforme a clássica distinção feita por José Afonso da Silva entre sufrágio (direito), voto (exercício) e escrutínio (modo de exercício).
A suspensão dos direitos políticos depende da natureza do crime praticado, sendo exigido que este seja doloso e com pena privativa de liberdade.
❌ Errado. A suspensão dos direitos políticos ocorre em caso de qualquer condenação criminal com trânsito em julgado, independentemente de o crime ser doloso ou culposo, da natureza da pena (inclusive contravenções penais e penas não privativas de liberdade), até a extinção da punibilidade, conforme previsto no art. 15, III, da Constituição da República e interpretado pela Súmula nº 9 do Tribunal Superior Eleitoral.
O indivíduo que invoca escusa de consciência pode ser privado de direitos políticos apenas pelo descumprimento de obrigação legal imposta a todos.
❌ Errado. A escusa de consciência, conforme o art. 5º, VIII, da Constituição da República, só gera a perda de direitos políticos quando houver simultaneamente o descumprimento de obrigação legal imposta a todos e a recusa em cumprir prestação alternativa fixada em lei.
A atuação do Supremo Tribunal Federal para assegurar transporte público gratuito em dias de eleição é legítima, ainda que não haja norma específica sobre o tema, por se tratar de concretização do direito de sufrágio previsto na Constituição.
✅ Certo. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a legitimidade de sua atuação para suprir a omissão inconstitucional do poder público quanto ao fornecimento de transporte público gratuito em dias de eleição, em conformidade com o artigo 14 da Constituição da República de 1988.
É correto dizer que o voto deve ser direto, secreto e periódico, segundo a Constituição da República?
✅ Certo. O voto, nos termos do art. 60, § 4º da Constituição da República, deve ser direto, secreto e periódico, o que reforça os pilares democráticos do processo eleitoral.