Fisiopatologia da Dor Flashcards
(39 cards)
Conceito
Experiência sensitiva e emocional desagradável → lesões teciduais reais ou potenciais
Processo fisiológico da sensação da dor
Transdução em atividade elétrica
Transmissão/condução
Percepção → decodificação/interpretação = experiência
Nociceptores
Receptores especializados → presentes no neurônio sensitivo primário → responde a estímulo doloroso
Presentes em pele, estruturas subcutâneas, osteoarticulares, musculoesqueléticos, viscerais, vasos, meninges
Divididos em classes
Classes de nociceptores
Mecânicos
Térmicos
Polimodais
Silentes
Nociceptores mecânicos
Ativados por pressão intensa na pele
Fibras A delta
Dor aguda e rápida
Nociceptores térmicos
Ativados em temperaturas <5ºC e >45ºC
Fibras A delta
Dor aguda e rápida
Nociceptores polimodais
Ativados por pressão, temperatura estímulo químico
Fibras C
Dor surda e lenta
Nociceptores silentes
Encontrados em vísceras
Ativados por inflamação e agentes químicos
Canais de receptores transitórios baunilhoides
TRP’s
Calor
Capsaicina
Terminações nervosas livres
Fibras A delta → resposta a estímulos mecânicos intensos, presença de células de Schwann recobrindo (mielinizada), sensação de dor aguda
Fibras C → resposta a estímulos mecânicos, térmicos e químicos; media a dor tardia e surda, sem células de Schwann (desmielinizada) →mais duradoura, mais difusa e menos intensa
Processo bioquímico da lesão tecidual
Ativação pró-inflamatória dos gânglios da raiz dorsal
Dor → ativada por prostaglandinas, ATP, bradicinina, ATP, 5-HT, H+ e histamina
Calor → Substância P das fibras alcançam neutrófilos/mastócitos e liberam mais histamina
Rubor → CGRP e substância P age no vaso sanguíneo
Lâminas de Rexed
Sistema de substância cinzenta na medula espinal dividido em camadas
Fibras A → Camadas I e V
Fibras C → camadas I e II
Reação do nível medular e da dor
Nível da lesão é diferente do nível sensitivo devido aos dermátomos
Nível da lesão → 1 a 2 níveis abaixo do nível sensitivo
Dor referida
Axônio na coluna anterolateral transmite para a pele a dor → local de origem da dor é diferente, normalmente mais profundo
Trato espinotalâmico lateral
Transmite emoções relacionadas a dor para o tálamo
Sugere ainda intensidade, localização e discriminação da dor
Vias mediadoras dos estímulos dolorosos
Vias paleoespinotalâmicas → aspectos emocionais, motivacionais e afetivos da dor
Espino-reticulotalâmico
Projeções hipotalâmicas
Espino-amigdaliano
Divisão do sistema anterolateral (Espinotalâmico)
Aspectos sensório-discriminativos → transmitidos do sistema anterolateral para o núcleo póstero-ventral e, depois, para o córtex somatossensorial
Aspectos afetivo emocionais → transmitidos do sistema anterolateral para a formação reticular, hipotálamo e amígdala, além dos núcleos talâmicos da linha média (córtex cingulado anterior e córtex insular)
Trato espino-reticulotalâmico
Alerta
Reações automáticas
Projeções hipotalâmicas
Ação neuroendócrina → aumento do ADH e ACTH
Ação neuroimunitária → queda da imunidade
Reações neurovegetativas → aumento da FC, PA, do sono, falta/excesso de apetite, dispareunia
Trato espino-amigdaliano
Vocalização da dor ou congelamento
Dilatação pupilar
Reações cardiorrespiratórias
Medo
Memória
Sistema descendente inibitório da dor
Produzem endorfinas e encefalinas → opioides endógenos → bloqueiam transmissão da dor no corno dorsal
Estruturas participantes → hipófise, substância cinzenta periaquedutal, locus ceruleus, núcleos da rafe
Núcleos da rafe
Atuam no sistema descendente de supressão
Produzem serotonina
Locus ceruleus
Atuam no sistema descendente de supressão
Produzem noradrenalina
Teoria do portão da dor de Melzack e Wall
Reação das fibras de tato com as fibras de dor
Fibras de tato estimulam neurônios inibitórios e bloqueiam competitivamente as fibras de dor → sem transmissão de dor no corno dorsal
Fibra C nociceptiva ligada a Fibra Abeta não nociceptiva pelo interneurônio inibitório