Fisiopatologia da Dor Flashcards

(39 cards)

1
Q

Conceito

A

Experiência sensitiva e emocional desagradável → lesões teciduais reais ou potenciais

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2
Q

Processo fisiológico da sensação da dor

A

Transdução em atividade elétrica
Transmissão/condução
Percepção → decodificação/interpretação = experiência

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3
Q

Nociceptores

A

Receptores especializados → presentes no neurônio sensitivo primário → responde a estímulo doloroso
Presentes em pele, estruturas subcutâneas, osteoarticulares, musculoesqueléticos, viscerais, vasos, meninges
Divididos em classes

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4
Q

Classes de nociceptores

A

Mecânicos
Térmicos
Polimodais
Silentes

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Q

Nociceptores mecânicos

A

Ativados por pressão intensa na pele
Fibras A delta
Dor aguda e rápida

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6
Q

Nociceptores térmicos

A

Ativados em temperaturas <5ºC e >45ºC
Fibras A delta
Dor aguda e rápida

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7
Q

Nociceptores polimodais

A

Ativados por pressão, temperatura estímulo químico
Fibras C
Dor surda e lenta

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8
Q

Nociceptores silentes

A

Encontrados em vísceras
Ativados por inflamação e agentes químicos

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9
Q

Canais de receptores transitórios baunilhoides

A

TRP’s
Calor
Capsaicina

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10
Q

Terminações nervosas livres

A

Fibras A delta → resposta a estímulos mecânicos intensos, presença de células de Schwann recobrindo (mielinizada), sensação de dor aguda

Fibras C → resposta a estímulos mecânicos, térmicos e químicos; media a dor tardia e surda, sem células de Schwann (desmielinizada) →mais duradoura, mais difusa e menos intensa

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11
Q

Processo bioquímico da lesão tecidual

A

Ativação pró-inflamatória dos gânglios da raiz dorsal
Dor → ativada por prostaglandinas, ATP, bradicinina, ATP, 5-HT, H+ e histamina
Calor → Substância P das fibras alcançam neutrófilos/mastócitos e liberam mais histamina
Rubor → CGRP e substância P age no vaso sanguíneo

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12
Q

Lâminas de Rexed

A

Sistema de substância cinzenta na medula espinal dividido em camadas

Fibras A → Camadas I e V
Fibras C → camadas I e II

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13
Q

Reação do nível medular e da dor

A

Nível da lesão é diferente do nível sensitivo devido aos dermátomos
Nível da lesão → 1 a 2 níveis abaixo do nível sensitivo

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14
Q

Dor referida

A

Axônio na coluna anterolateral transmite para a pele a dor → local de origem da dor é diferente, normalmente mais profundo

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15
Q

Trato espinotalâmico lateral

A

Transmite emoções relacionadas a dor para o tálamo
Sugere ainda intensidade, localização e discriminação da dor

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16
Q

Vias mediadoras dos estímulos dolorosos

A

Vias paleoespinotalâmicas → aspectos emocionais, motivacionais e afetivos da dor

Espino-reticulotalâmico
Projeções hipotalâmicas
Espino-amigdaliano

17
Q

Divisão do sistema anterolateral (Espinotalâmico)

A

Aspectos sensório-discriminativos → transmitidos do sistema anterolateral para o núcleo póstero-ventral e, depois, para o córtex somatossensorial

Aspectos afetivo emocionais → transmitidos do sistema anterolateral para a formação reticular, hipotálamo e amígdala, além dos núcleos talâmicos da linha média (córtex cingulado anterior e córtex insular)

18
Q

Trato espino-reticulotalâmico

A

Alerta
Reações automáticas

19
Q

Projeções hipotalâmicas

A

Ação neuroendócrina → aumento do ADH e ACTH
Ação neuroimunitária → queda da imunidade
Reações neurovegetativas → aumento da FC, PA, do sono, falta/excesso de apetite, dispareunia

20
Q

Trato espino-amigdaliano

A

Vocalização da dor ou congelamento
Dilatação pupilar
Reações cardiorrespiratórias
Medo
Memória

21
Q

Sistema descendente inibitório da dor

A

Produzem endorfinas e encefalinas → opioides endógenos → bloqueiam transmissão da dor no corno dorsal
Estruturas participantes → hipófise, substância cinzenta periaquedutal, locus ceruleus, núcleos da rafe

22
Q

Núcleos da rafe

A

Atuam no sistema descendente de supressão
Produzem serotonina

23
Q

Locus ceruleus

A

Atuam no sistema descendente de supressão
Produzem noradrenalina

24
Q

Teoria do portão da dor de Melzack e Wall

A

Reação das fibras de tato com as fibras de dor
Fibras de tato estimulam neurônios inibitórios e bloqueiam competitivamente as fibras de dor → sem transmissão de dor no corno dorsal
Fibra C nociceptiva ligada a Fibra Abeta não nociceptiva pelo interneurônio inibitório

25
Principais substâncias envolvidas no sistema descendente de supressão
Dopamina, serotonina e noradrenalina → cérebro Encefalinas, serotonina e noradrenalina → tronco encefálico Encefalinas, GABA, serotonina e noradrenalina → corno posterior da medula espinal
26
Tipos de dor
Nociceptiva → somática e visceral Neuropática → periférica e central Dor mista Dor funcional Dor psicogênica
27
Dor nociceptiva somática
Causas → sobrecarga de atividade muscular, posturas inadequadas, fadiga por excesso de trabalho, trauma por impacto direto Patogenia: ruptura do retículo sarcoplasmático →liberação de cálcio e contração de fibras musculares → hipóxia e liberação de ativadores de nociceptores
28
Exemplos de dor nociceptiva somática
Síndrome dolorosa miofascial Artrite de joelho Ferimento por trauma
29
Exemplo de dor nociceptiva visceral
Tumor comprimindo uma víscera
30
Dor neuropática
Dor iniciada por lesão ou disfunção primária do nervo → trato espinotalâmico lateral
31
Dor neuropática periférica
Atividade neural anormal → secundária a doença, lesão ou disfunção do SN (herpes) Tratamento → bloqueio local com anestésico para inibir condução da dor, fisioterapia de dessensibilização
32
Dor neuropática central
Atividade neural anormal →lesão medular (mielite, estenose de canal, secções medulares), AVCi (síndrome de Déjérine-Roussy)
33
Dor persistente
Ligada a mecanismos que promovem essa dor Sensibilização periférica/central Reorganização estrutural Excitabilidade ectópica
34
Sensibilização periférica
Estimulação nociva prolongada → mudança do ambiente químico do receptor → estágio álgico alterado
35
Sensibilização central
Amplificação da transferência sináptica do terminal do nociceptor para neurônios do corno dorsal Aumento de neurotransmissores excitatórios e apoptose dos neurônios inibitórios → inibição do sistema descendente de supressão Consequências → diminuição do limiar de excitabilidade, dor espontânea e à estímulos não dolorosos, hiperalgesia
36
Reorganização estrutural
Fibras sensitivas, após lesão nervosa, crescem para lâminas mais superficiais exclusivas para transmissão de dor → alodinia Hipoatividade do sistema supressor → desinibição Sensação de dor em áreas sensitivas próximas do homúnculo de Penfield após amputação
37
Dor mista
Quando estímulo do nervo desencadeia dor nociceptiva Ex: dor oncológica, radiculopatia compressiva Tratamento cirúrgico necessário
38
Dor funcional
Sem fisiopatologia definida Ex: fibromialgia, síndrome do cólon irritável, enxaqueca
39
Tratamentos