asma Flashcards

(52 cards)

1
Q

Conceito

A

Doença heterogênea usualmente caracterizada por
inflamação da via aérea, especialmente brônquios
pequenos e médios.

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2
Q

*Precisa de exame para confirmação do diagnóstico, mas
não precisa dele para dar o diagnóstico clínico e iniciar o
tratamento.

A
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3
Q

Quadro clínico

A

✓ Sintomas pioram no início da manhã ou a noite
✓ Variam ao longo do tempo e em intensidade
✓ Sofrem maior ativação com fatores externos
(mudanças de clima, infecções virais, exercício,
fumaça, cheiros fortes etc.)

Baixa probabilidade de ser asma:
 Tosse isolada sem outros sintomas respiratórios
 Produção crônica de expectoração
 Dispneia associada a tontura ou formigamento
 Dor torácica
 Dispneia por exercício com respiração ruidosa

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4
Q

Descritores

A

Variação dos sintomas – Exercício, mudanças
climáticas, alérgenos respiratórios, IVAS.
Resolução – Espontânea, latência, crises episódicas e
normaliza com tratamento adequado.

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5
Q

Testes diagnósticos

A

Espirometria: avalia a limitação ao fluxo aéreo, a
variabilidade e a reversibilidade.

Feno (fração exalada de óxido nítrico): relacionada a
eosinofilia periférica e do escarro. Não é
determinante por estar presente em outras
condições.

Teste de broncoprovocação: avalia a
hiperresponsividade da via aérea à substâncias como
metacolina, histamina ou manitol.

Testes alérgicos: a presença de atopia aumenta as
chances de do diagnóstico ser asma. Pode ser
cutâneo ou sérico.

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6
Q

Diagnóstico pela espirometria

A

1) Ao menos uma vez a presença de VEF1/CVF
reduzida (abaixo do limite inferior normal)

2) Variação documentada:
* VEF1 > 200ml e 12% pós broncodilatador

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7
Q

Diagnósticos diferenciais

A

Entre 12-39 anos:
* Tosse crônica
* Bronquiectasia
* Fibrose cística
* Deficiência de alfa1
* Corpo estranho (principalmente se sibilância localizada)

Entre > 40 anos:
* Obstrução laríngea
* DPOC
* Bronquiectasias
* IC
* TEP
* Tosse medicamentosa
* Obstrução de via aérea

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8
Q

Fenótipos

A

Asma alérgica
Asma não alérgica
Asma da idade adulta
Asma com obstrução persistente ao fluxo aéreo
Asma com obesidade

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9
Q

Asma alérgica

A

– Geralmente começa na infância e
está associada a uma história passada ou familiar de
doença alérgica - como eczema, rinite alérgica ou
alergia a alimentos ou medicamentos - com
inflamação eosinofílica das vias aéreas.

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10
Q

Asma não alérgica

A

Ocorre em alguns adultos e o
perfil celular pode ser neutrofílico, eosinofílico ou
conter apenas algumas células inflamatórias

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11
Q

Asma da idade adulta

A

Ocorre pela primeira vez na
vida adulta e, geralmente, os pacientes são
refratários ao tratamento com corticosteroides.

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12
Q

Asma com obstrução persistente ao fluxo aéreo

A

Alguns pacientes com asma há muito tempo
desenvolvem limitação fixa do fluxo de ar devido à
remodelação da parede das vias aéreas

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13
Q

*Quanto mais tarde aparece, menos relacionada a alergia
ela está, muda de padrão TH2 para não-TH2.

A
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14
Q

Fisiopatologia

A
  • Broncoconstrição (musculatura e acúmulo de
    secreção)
  • Edema e inflamação das vias respiratórias
  • Hiperreatividade das vias respiratórias
  • Remodelamento das vias respiratórias por fibrose
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15
Q

Fenótipo molecular TH2

A

O fenótipo molecular Th2 (eosinofílico) está presente
em mais de 60% das asmas dos adultos, desde leve a
grave. Não está presente na asma induzida por
exercícios. Apresentam grande variedade de
sensibilidade aos corticosteroides inalados (CI).

Infiltrado inflamatório extenso no epitélio e na
musculatura lisa levando ao remodelamento
(descamação, fibrose subepitelial e hipertrofia da
musculatura lisa).

O broncoespasmo muscular e a hipertrofia da
musculatura lisa obstrui as vias respiratórias.

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16
Q

Biomarcadores

A

Biomarcadores, incluindo
eosinófilos, periostina e óxido nítrico exalado (NO),
podem ser utilizados para identificar este fenótipo
Th2.

O agente alérgeno estimula o TH2 que produz:
* IL-4: estimula o IgE → liberação de citocinas e
atração de células inflamatórias
* IL-5: estimula o recrutamento de eosinófilos e
liberação de grânulos e mediadores inflamatórios
* IL-13: aumento de muco e hipertrofia da
musculatura lisa

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17
Q

Alérgica x não alérgica – A asma com padrão TH2 não
necessariamente é do tipo alérgica.

A

Quando a asma é desencadeada por um alérgeno ela
é chamada de asma induzida por alergia, ou apenas
asma alérgica. Esse é o tipo mais comum de asma,
especialmente em crianças. Forma uma inflamação
alérgica eosinofílica via IgE.
A asma não alérgica é mais frequente em adultos do
que em crianças e pode ser desencadeada por fatores
como exercício, estresse, ansiedade, ar frio ou seco.

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18
Q

Fenótipo não TH2

A

Definidos pela ausência de biomarcadores associados
ao TH2 de asma. Associados a obesidade, asma
neutrofílica, asma pangranulocítica e asma associada
ao fumo, todos geralmente pouco responsivos aos CI.

*Crise mais frequentes, mas menos graves. Fenótipo menos
comum.

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19
Q

objetivos do tratamento

A
  • Monitorizar os sintomas
  • Monitorizar a função pulmonar
  • Monitorizar a qualidade de vida
  • Controlar crises e comorbidades
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20
Q

Como acessar o controle da asma

A

Após primeira tentativa de tratamento.
Questionário aplicado para pacientes em tratamento.

questionário de controle da asma da GINA 45
ou o teste de controle da asma, os quais avaliam o
nível de controle nas últimas 4 semanas.

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21
Q

questionario de GINA

A

Sintomas diurnos > 2 vezes por semana [SIM] [NÃO]
Despertares noturnos por asma [SIM] [NÃO]
Medicamento de resgate > 2 vezes por semana [SIM] [NÃO]
Limitação das atividades por asma [SIM] [NÃO]

Asma controlada:  Nenhum destes itens
Asma parcialmente controlada:  1 a 2 destes itens
    Asma não controlada:  3-4 destes itens ou exarcebecao no ultimo mes que o levou ao PS
22
Q

Identificar fatores de risco de exacerbação

A
  • Morbidades (atopia, obesidade, DRGE, gravidez)
  • Exposição
  • Função pulmonar (VEF1 < 60%)
  • Marcadores inflamatórias de resposta TH2
    (eosinófilos, fração expirada de óxido nítrico)
23
Q

Identificar os fatores de risco de obstrução fixa ao
fluxo

A

Prematuridade
* Baixo peso ao nascer
* Não uso de CEI
* Exposição ao tabaco, gases químicos e outros
* VEF1 baixo inicialmente
* Eosinofilia periférica (secreção, sangue)

24
Q

Broncodilatadores Anticolinérgicos

A

Os medicamentos
antimuscarínicos bloqueiam os efeitos
broncoconstritores da acetilcolina nos receptores
muscarínicos M3 expressos em músculo liso das vias
aéreas. Existem os antimuscarínicos de curta ação
(SAMAs) e os de ação prolongada (LAMAs).

Contraindicações: hipersensibilidade
* Efeitos adversos: boca seca, constipação
intestinal
Ex.: SAMA – Ipratrópio; LAMA – Tiotrópio

25
Agonistas β-adrenérgicos
A principal ação dos beta2-agonistas é relaxar a musculatura lisa das vias aéreas, Existem agonistas β2 de ação curta (SABA) e de ação prolongada (LABA). * Contraindicações: Hipersensibilidade * Efeitos adversos: Taquiarritmia, palpitações, tontura, cefaleia, tremor, inquietação Ex.: SABA –Salbutamol, Fenoterol, Levabuterol LABA – Formoterol, Salmeterol, Arformoterol
26
Corticosteroides inalatórios (anti-inflamatórios)
são os mais eficazes anti-inflamatórios para tratar asma crônica sintomática, em adultos e crianças. * Aumento de proteínas anti-inflamatórias * Diminuição de proteínas pró-inflamatórias * Apoptose em eosinófilos e TH2 Contraindicações: úlceras pépticas, diabetes, osteoporose, glaucoma Efeitos adversos: disfonia, candidíase orofaríngea, tosse, supressão adrenal Ex.: Budesonida, Fluticasona, Beclometasona
27
*Terapia tripla
– Combina três tipos de inaladores, dois broncodilatadores de longa duração e um Inalador de corticoide: LABA + LAMA + ICS
28
Terapia Dupla
– Combinação de dois broncodilatadores de longa duração LABA + LAMA.
29
Vias de tratamento
Os medicamentos para o tratamento da asma podem ser divididos em medicamentos controladores e medicamentos de alívio ou resgate.
30
medicamentos controladores
Os controladores são a base do tratamento da asma persistente e possuem atividade anti-inflamatória. Além do CI, os corticoides orais (CO), os LABA e o imunobiológico anti-IgE também são considerados medicamentos controladores.
31
medicamentos de alívio
Os medicamentos de alívio são aqueles usados de acordo com a necessidade do paciente, atuando rapidamente no alívio dos sintomas e na reversão da broncoconstrição, sendo os SABA os representantes desta classe no presente Protocolo.
32
Via preferencial – Não tem no SUS. Via alternativa – Presente no SUS → dar preferência! *Fazer a que o paciente conseguir comprar.
33
Etapas do tratamento (via alternativa)
A base do tratamento farmacológico é constituída pelo uso de corticoide inalatório (CI) associado ou não a um β2-agonista de longa ação (B2LA). Para alívio em todas as etapas: β-2 agonista de curta duração (SABA) conforme necessário
34
Etapa 1:
uso de corticoide inalatório (ICS) sempre que o SABA precisa ser administrado
35
Etapa 2:
uso de ICS inalatório em dose baixa de manutenção (usar todos os dias)
36
Etapa 3:
uso de ICS em dose baixa + SABA de manutenção (usar todos os dias)
37
Etapa 4:
uso de ICS em dose moderada + SABA de manutenção (usar todos os dias)
38
Etapa 5:
adicionar LAMA e encaminhar ao especialista para iniciar uso de imunobiológicos
39
Por qual etapa começar?
1. Sintomas 1x no mês ou menos → etapa 1 2. Sintomas ≥2x no mês, mas <4-5x/ semana, sem sintomas noturnos → etapa 2 3. Sintomas na maioria dos dias ou despertares noturnos ≥ 1x/semana por causa da asma → etapa 3 4. Sintomas diários ou ≥ 1 despertares noturnos por causa da asma e diminuição da função pulmonar → etapa 4 *Pacientes que necessitam tratamento das etapas IV a V devem ser encaminhados para especialista.
40
Quando passar de uma etapa para outra?
As estratégias de ajuste de dose devem ser centradas no paciente, antes de realizar qualquer alteração no tratamento farmacológico, considere: * Avaliar a estabilidade da asma (controle atual e ausência de exacerbações graves no último ano) * Adesão ao tratamento * Controle das comorbidades * Risco de exacerbações * Avaliar a exposição ambiental e ocupacional * Potenciais efeitos adversos * A etapa do tratamento
41
Medicamentos Disponíveis na farmácia básica:
ICS: Beclometasona (Clenil) 200 ou 250mcg SABA: Salbutamol (Aerolin) 100 mcg
42
Disponíveis da farmácia cidadã:
ICS + LABA: Formoterol 6mcg + Budesonida 200mcg (Symbicort e Alenia)
43
Como saber a dose? De acordo com a etapa, veja se a dose é baixa, média ou alta.
44
Gravidade da asma
A gravidade da asma refere-se à quantidade de medicamento necessária para o paciente atingir e manter o controle da doença
45
Leve
Dessa forma, a asma é classificada como leve nos pacientes que são controlados com as etapas I e II do tratamento.
46
Grave
– Ainda, a asma é grave quando os pacientes requerem medicamentos das etapas IV e V,
47
Moderada
– A asma é moderada quando o controle da doença requer medicamentos da etapa III, em geral com dose baixa de CI + LABA.
48
Como utilizar o inalador?
1. Retire a tampa do bocal do inalador. 2. Segure o inalador na posição vertical (polegar segura a base e indicar em cima) e agite-o vigorosamente. 3. Expire o ar o mais devagar e profundamente possível, num nível que lhe seja confortável 4. Coloque o bocal do inalador entre os lábios bem fechados, mas não morder o bocal. 4. Inspire novamente e ao mesmo tempo pressione o topo com o dedo para pulverizar o medicamento. 5. Remova o inalador da boca e segure a respiração o máximo que puder (pelo menos 10 segundos) e, em seguida, expire lentamente.
49
sanar alergica
ils > eosinofilos > receptores beta adrenergicos > vasoconstricao
50
forma neutrofilica
responde menos a corticoide, poluentes etc
51
sintomas
tosse dispneia dor toracica sibilancia COM ALGUM DESENCADEANTE
52
diagnostico diferencial
DPOC, dpoc nao é variavel e nao tem resposta com broncodilatador rinite sinusite