TEP Flashcards

(49 cards)

1
Q

tríade de
Virchow

A

inclui lesão endotelial, estase sanguínea e hipercoagulabilidade.

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2
Q

A embolia pulmonar é definida como a obstrução da artéria pulmonar ou seus
ramos pela impactação de um ou mais êmbolos.

A
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3
Q

fatores de risco alto

A

internacao recente por fibrilacao arterial ou insuficiencia cardiaca

TEP previo

IAM recente

politrauma

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4
Q

medio

A

AVC
insufic card
insuf resp
parto
puerperio
anticoncepcional
quimio
cateter venoso central
trombofilias

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5
Q

baixo

A

idade avancada
HAS
obesidade
diabetes
gravidez
imobilidade
veias varicosas

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6
Q
A
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7
Q

Com maior carga de coágulos e consequente obstrução, a pressão arterial
pulmonar e a resistência vascular pulmonar aumentam, levando a dilatação
ventricular direita, redução da pré-carga para o ventrículo esquerdo e lesão
miocárdica, causando a liberação de troponina e peptídeo natriurético tipo B.

A
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8
Q

EP instável/
maciço

A

Há três condições que definem um TEP instável ou também chamado de
maciço: parada cardiorrespiratória; choque obstrutivo, definido como pressão
arterial sistólica (PAS) menor do que 90 mmHg ou necessidade de inotrópicos
para manter PAS acima de 90 mmHg e sinais de hipoperfusão (rebaixamento do
nível de consciência, oligúria, aumento do tempo de enchimento capilar, pele fria
e aumento de lactato sérico); hipotensão persistente com PAS menor do que 90
mmHg ou queda da PAS em mais de 40 mmHg do basal, por um tempo maior do
que 15 minutos, desde que a instabilidade não seja justificada por outro fator.

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9
Q

O paciente estável hemodinamicamente é aquele que não preenche os critérios
de instabilidade.

A
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10
Q

ACHADOS CLÍNICOS

A

A tríade clássica do TEP (dispneia, dor torácica pleurítica e hemoptise) ocorre na
minoria dos casos.

convulsão ou confusão
mental, e outros 17% podem apresentar síncope.

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11
Q

Exame físico:

A

achados de trombose venosa profunda como edema assimétrico
de membros inferiores devem ser pesquisados. Achados sugestivos de
hipertensão pulmonar como B2 hiperfonética e sopro em foco tricúspide
também podem estar presentes. Sinais vitais anormais.

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12
Q

Uma das principais formas de apresentação de TEP é a de dispneia não explicada
por achados de ausculta, alterações no ECG ou radiografia de tórax.

A
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13
Q

Principais sítios de origem do TEP: veias pélvicas, poplíteas, femorais comum e
femorais superficial.

A
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14
Q

EXAMES COMPLEMENTARES E DIAGNÓSTICO

A

OXIMETRIA DE PULSO E GASOMETRIA ARTERIAL

D-DÍMERO

ELETROCARDIOGRAMA

RADIOGRAFIA DE TÓRAX

ANGIOTOMOGRAFIA DE TÓRAX

ECOCARDIOGRAMA

ARTERIOGRAFIA PULMONAR

ULTRASSONOGRAFIA DE MEMBROS INFERIORES (DOPPLER/POCUS)

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15
Q

OXIMETRIA DE PULSO E GASOMETRIA ARTERIAL

A

A oximetria de pulso e a gasometria arterial devem ser colhidas para avaliação dos
pacientes com suspeita de TEP.

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16
Q

D-DÍMERO

A

Coágulos de sangue contêm fibrina, que é degradada naturalmente através da
ação da plasmina, e a degradação da fibrina libera a proteína D-dímero no sangue.
● O D-dímero é o principal exame para excluir TEV, pois apresentam alta
sensibilidade e baixa especificidade para o diagnóstico.

Deve-se acrescentar que a baixa especificidade do D-dímero não permite seu uso
exclusivo para o diagnóstico de TEV

causas de elevacao de d dimero:
queimaduras
neoplasia
cirurgia
eclampsia

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17
Q

ELETROCARDIOGRAMA

A

Deve ser realizado em todos os pacientes com suspeita de TEP, embora os
achados sejam, em geral, inespecíficos.
● Os achados mais comuns do ECG são taquicardia e inversão de onda T em V1

Podem ainda estar presentes bloqueio incompleto do ramo direito e o achado
clássico, mas incomum, de S1-Q3-T3, em 10 a 15% dos pacientes.

Deve-se ressaltar que esses achados significam elevação de pressões em
câmaras direitas e não TEP.

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18
Q

o achado de onda T invertida em DIII e V1 associados,
nessa situação, consegue identificar TEP em detrimento de síndrome coronariana
como causa da dor torácica com sensibilidade de 88% e especificidade de 99%.

A
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19
Q

RADIOGRAFIA DE TÓRAX

A

cardiomegalia, atelectasia basal e infiltrado ou
derrame pleural.

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20
Q

ANGIOTOMOGRAFIA DE TÓRAX

A

A angiotomografia computadorizada é a modalidade de imagem mais comum
para o diagnóstico de TEP, capaz de identificar um coágulo como um defeito de
enchimento das artérias pulmonares com contraste.

Embora controversos, alguns estudos estimam que cerca de 15% dos pacientes
submetidos à TC contrastada desenvolvem nefropatia por contraste, definida
como um aumento de 25% ou mais na concentração de creatinina sérica dentro
de 2 a 7 dias após o exame. A única medida profilática útil para reduzir a
nefropatia por contraste é a hidratação com soluções cristaloides intravenosas.

Indicada em pacientes com probabilidade clínica pré-teste alta ou
naqueles com D-dímero positivo.
➢ Permite avaliar diagnósticos diferenciais.
➢ É um exame seguro e não invasivo.
➢ Contribui para a estratificação de risco em pacientes com TEP.

21
Q

CINTILOGRAFIA PULMONAR DE VENTILAÇÃO E PERFUSÃO (V/Q)

A

A cintilografia V/Q pode identificar um defeito de perfusão em locais em que a
ventilação é normal.

Atualmente o exame serve sobretudo como uma alternativa para pacientes que
não podem receber contraste iodado ou se submeter a radiação como em
gestantes, anafilaxia com contraste EV ou doença renal crônica.

22
Q

ECOCARDIOGRAMA

A

O TEP agudo pode causar sobrecarga e insuficiência de ventrículo direito (VD),
que podem ser detectadas pela ecocardiografia.

O exame ecocardiográfico não é obrigatório como parte da investigação
diagnóstica de rotina em pacientes hemodinamicamente estáveis com suspeita
de TEP,

23
Q

ARTERIOGRAFIA PULMONAR

● O exame era considerado o padrão-ouro para o diagnóstico de TEP; no entanto,
vem perdendo espaço para a angiotomografia de artérias pulmonares.

O exame é pouco disponível, caro e invasivo.

24
Q

ULTRASSONOGRAFIA DE MEMBROS INFERIORES (DOPPLER/POCUS)

A

Em pacientes internados, a maior parte dos casos de TEP se origina de TVP em
membro inferior.

Encontrar uma TVP proximal em pacientes com suspeita de TEP é considerado
suficiente para justificar o tratamento com anticoagulante sem testes
adicionais.

O exame é disponível, barato e pode ser realizado à beira do leito. É usualmente
reservado para pacientes com contraindicações para realizar a angiotomografia
e/ou para complementar a cintilografia ou angiotomografia inconclusivas.

O único critério
diagnóstico validado para TVP é a compressibilidade incompleta da veia, que
indica a presença de um coágulo.

25
OUTROS EXAMES
Outros exames indicados em pacientes com TEP incluem função renal, coagulograma, eletrólitos e solicitações conforme indicação clínica. ● Exames para estratificar pacientes com TEP incluem: troponina, peptídeo natriurético tipo B (BNP) e ecocardiograma.
26
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
Em todos os pacientes com suspeita diagnóstica de TEP, o primeiro passo é determinar qual é a probabilidade clínica pré-teste de o paciente apresentar realmente TEP. = escore de Wells.
27
Escore de Wells
Antecedente de tromboembolismo pulmonar ou trombose venosa profunda 1,5 Frequência cardíaca > 100 bpm 1,5 Cirurgia ou imobilização nas últimas 4 semanas 1,5 Hemoptise 1 Neoplasia ativa 1 Sinais de trombose venosa profunda 3 Tromboembolismo pulmonar é o principal diagnóstico 3 Probabilidade clínica original Baixa: 0–1 Intermediária: 2–6 Alta: ≥ 7
28
Em pacientes de baixo risco, pode-se aplicar o escore PERC para descartar a suspeita de tromboembolismo pulmonar e encerrar a investigação.
score PERC (Pulmonary Embolism Rule-Out Criteria) Idade ≥ 50 anos? Hemoptise? Frequência cardíaca ≥ 100? SatO₂ em ar ambiente < 95%? Edema unilateral de membro inferior? Cirurgia ou trauma há menos de 4 semanas, com necessidade de anestesia geral? Antecedente de tromboembolismo pulmonar ou TVP? Uso de estrogênio?
29
Na suspeita de tromboembolismo pulmonar em pacientes com probabilidade pré-teste alta, a primeira dose de anticoagulação deve ser realizada antes da confirmação diagnóstica
30
Pacientes de alto risco devem ser encaminhados diretamente para um exame confirmatório. ➢ Angiotomografia computadorizada de tórax é o exame mais utilizado. ➢ Cintilografia V/Q é uma opção em gestantes ou em pacientes com insuficiência renal ou com histórico de reação adversa prévia ao material de contraste. ● Paciente de risco moderado devem ser submetidos ao D-dímero na metodologia ELISA.
31
Pacientes de baixo risco devem ser submetidos aos critérios PERC. Pacientes sem nenhum critério PERC têm TEP potencialmente excluído. Para pacientes de baixo risco e com a presença de um dos critérios PERC, o próximo exame recomendado é a dosagem do D-dímero. Se o exame vier negativo não é recomendado continuar com a investigação. Em pacientes de baixo risco com critérios PERC e D-dímero positivos é recomendado continuar a investigação.
32
ESTRATIFICAÇÃO DOS PACIENTES
O TEP é classificado em três categorias com base na gravidade: TEP maciço, TEP submaciço e TEP de menor gravidade: ➢ TEP maciço: choque obstrutivo, definido como pressão arterial sistólica (PAS) menor do que 90 mmHg ou necessidade de inotrópicos para manter PAS acima de 90 mmHg e sinais de hipoperfusão; hipotensão persistente, PAS menor do que 90 mmHg ou queda da PAS em mais de 40 mmHg do basal, por um tempo maior do que 15 minutos não explicada por outro motivo, como sepse ou desidratação. ➢ TEP submaciço: pressão arterial normal, mas com outras evidências de estresse cardiopulmonar. ➢ TEP de menor gravidade: todos os outros casos. Em pacientes com TEP confirmado é importante classificar e estratificar o paciente de acordo com a gravidade do quadro (risco de mortalidade) calculando o escore PESI
33
Os pacientes PESI classe I e II são considerados de baixo risco e podem ser elegíveis para tratamento domiciliar ou alta precoce,
34
Para os pacientes classificados como classe III e IV, devemos realizar: ➢ Dosagem de troponina e BNP. ➢ Aferição de disfunção de VD (ecocardiograma ou tomografia computadoriza com contraste).
35
TRATAMENTO: SUPORTE HEMODINÂMICO
Deve-se lembrar que a principal causa de morte no TEP é falência de VD levando a baixo débito cardíaco. São medidas recomendadas nesses pacientes: ● Cristaloide, em bolus de até 500 mL em pacientes hipotensos, e pode ser testado antes da introdução de drogas vasoativas. Reposição volêmica agressiva pode ser prejudicial e piorar o estresse de VD, devemos evitar volumes superiores a 500 mL. Drogas vasoativas são frequentemente necessárias para melhorar o inotropismo cardíaco, elevar a pressão arterial e garantir perfusão tecidual adequada. 1.Norepinefrina ( O seu uso deve ser limitado a pacientes com choque cardiogênico. ) 2. Dobutamina ( considerada em pacientes com índice cardíaco reduzido ou em uso de outro agente vasoativo, como norepinefrina (manter PAS > 90)
36
Hipotensão por disfunção de VD
Cristaloide (solução fisiológica ou ringer lactato) até 500 mL em 15–30 minutos
37
Hipotensão persistente
Noradrenalina (NA): dose 0,2 a 1 µg/kg/min Dobutamina: dose 2 a 20 µg/kg/min
38
SUPORTE RESPIRATÓRIO
Hipoxemia e hipocapnia são muitas vezes encontradas. Hipoxemia é geralmente reversível com a administração de oxigênio, sendo indicada oxigenioterapia se SaO2 < 90%
39
ANTICOAGULAÇÃO PARENTERAL
anticoagulação sistêmica para evitar a formação de novos coágulos e permitir que a fibrinólise endógena continue, exceto se houver contraindicações. A anticoagulação não dissolve o trombo, mas evita o crescimento dele. As duas opções mais comumente utilizadas são a heparina não fracionada e a heparina de baixo peso molecular. A anticoagulação inicial para o TEP também pode ser realizada com rivaroxabana por via oral. As evidências sugerem benefício com o uso de heparinas de baixo peso molecular (HBPM) em comparação com a heparina não fracionada para tratamento de TEP Em pacientes com insuficiência renal grave e TVP aguda ou TEP, a maioria dos especialistas recomenda a heparina não fracionada em relação à heparina de baixo peso molecular.
40
Em pacientes com probabilidade pré-teste de TEP > 20%, é recomendada a anticoagulação empírica, pois os benefícios excedem os riscos, exceto em pacientes com alto risco de sangramento.
41
Heparina de baixo peso molecular: atua como inibidor do fator Xa.
Enoxaparina SC: 1,5 mg/kg de peso, 1x ao dia (ou 1 mg/kg a cada 12/12 horas). Em pacientes com clearance de creatinina < 30 mL/min, a dose de enoxaparina é de 1 mg/kg ao dia.
42
ANTICOAGULAÇÃO ORAL
A anticoagulação oral deve ser instituída precocemente, na maioria das vezes concomitante à anticoagulação parenteral. As diretrizes dão preferência aos novos anticoagulantes como primeira escolha no tratamento do TEP, reservando a varfarina (única disponível no sistema único de saúde do Brasil) como segunda opção. Varfarina: deve ser iniciada concomitantemente à anticoagulação parenteral, exceto nos casos de alto risco de sangramento. Inicia-se com 5 mg por dia com ajustes conforme INR. O alvo é um INR entre 2,0 e 3,0. Rivaroxabana: dose de 15 mg por via oral (VO) a cada 12 horas, por 21 dias, seguidos de 20 mg VO uma vez ao dia. Opção para anticoagulação totalmente oral do TEP, sem necessidade de anticoagulação parenteral inicial. recomenda-se diminuir após o terceiro mês a dose do rivaroxaban para 10 mg VO 1 vez ao dia.
43
TEMPO DE ANTICOAGULAÇÃO
Para pacientes que irão utilizar antagonistas da vitamina K, deve ser lembrado que o objetivo é manter o INR entre 2,0 e 3,0. O tempo recomendado de tratamento com anticoagulação é o seguinte: ● Para pacientes com TEP causado por cirurgia ou fator de risco transitório, o tempo recomendado de tratamento é de 3 meses. ● Para pacientes sem fator precipitante de TEP, o tempo mínimo de tratamento é de 3 meses.
44
FILTROS DE VEIA CAVA INFERIOR
Utilizado principalmente em pacientes com TVP e contraindicações a anticoagulação. Indicações: paciente com episódios recorrentes de tromboembolismo venoso que ocorrem apesar da anticoagulação adequada e pacientes com TEV com indicação de anticoagulação nos quais é contraindicado o uso de anticoagulantes.
45
TROMBÓLISE
Pacientes com TEP maciço ou hipotensão (PAS < 90 mmHg) se beneficiam da fibrinólise, que está indicada exceto se a hipotensão é apenas transitória e sem sinais de hipoperfusão. Em pacientes inicialmente estáveis, mas com deterioração clínica com queda de pressão arterial e taquicardia ou piora da função ventricular direita, mesmo que ainda sem hipotensão, deve-se considerar a possibilidade de realizar terapia trombolítica.
46
Contraindicações à trombólise Absolutas Antecedente de AVE hemorrágico ou de etiologia desconhecida AVE isquêmico nos últimos 6 meses Neoplasia de SNC Politrauma, TCE ou cirurgia nas últimas 3 semanas Hemorragia digestiva alta no último mês Coagulopatia
47
trombolitico
estreptoquinase 250,000 UI IV em 30 min, seguido de 100 UI/h por 12-24h
48
O sucesso da trombólise é maior se indicada em até 48 horas, mas pode ser útil até 14 dias do evento tromboembólico.
49
As diretrizes recomendam a embolectomia em pacientes com TEP de alto risco com falha ou contraindicação à trombólise.