tuberculose 3 Flashcards

(35 cards)

1
Q

a espécie mais importante é a M. tuberculosis,
conhecida também como bacilo de Koch (BK).

A

É um bacilo álcool-ácido resistente (BAAR),
aeróbio, com parede celular rica em lipídios
(ácidos micólicos e arabinogalactano), o que lhe
confere baixa permeabilidade, reduz a
efetividade da maioria dos antibióticos e
facilita sua sobrevida nos macrófagos.

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2
Q

EPIDEMIOLOGIA

A

as pessoas vivendo com HIV, em situação de rua, privadas de liberdade (PPL), a população indígena
e pessoas que vivem em aglomerados e em situação de pobreza.

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3
Q

Os pacientes com exame bacteriológico de escarro positivo sustentam a cadeia de
transmissão da doença.

Aqueles com baciloscopia de escarro negativa, mesmo com TRM-TB ou cultura
positivos no escarro, têm infectividade menor.

Pessoas com cultura de escarro negativa e as com TB extrapulmonar
exclusivamente são desprovidas de infectividade.

A
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4
Q

O risco de transmissão da TB perdura enquanto o paciente eliminar bacilos no
escarro. Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir
gradativamente e, em geral, após 15 dias, ela encontra-se muito reduzida.

A
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5
Q

RISCO DE ADOECIMENTO

A

integridade do sistema imune:
HIV, acima de 60 anos,abaixo de 2 anos, tratmento com imunossupressores

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6
Q

TB primária:

A

aquela que ocorre logo após a infecção, é comum em crianças e
nos pacientes com condições imunossupressoras. Habitualmente, é uma forma
grave, porém com baixo poder de transmissibilidade.

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7
Q

Os bacilos podem permanecer como latentes (infecção
latente pelo M. tuberculosis – ILTB) por muitos anos até que ocorra a reativação,
produzindo a chamada TB pós-primária (ou secundária).

A
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8
Q

A infecção prévia pelo M. tuberculosis não evita o adoecimento, ou seja, o
adoecimento não confere imunidade e recidivas podem ocorrer.

A
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9
Q

DIAGNÓSTICO CLÍNICO
TUBERCULOSE PULMONAR

A

Sintomas clássicos: tosse persistente seca ou produtiva, febre vespertina,
sudorese noturna
emagrecimento.

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10
Q

TB miliar:

A

refere-se a um aspecto radiológico pulmonar específico, que pode
ocorrer tanto na forma primária quanto na forma secundária da TB. É uma
forma grave da doença, que é mais comum em pacientes imunocomprometidos.

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11
Q

TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR

A

As apresentações extrapulmonares da TB têm seus sinais e sintomas
dependentes dos órgãos ou sistemas acometidos.

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12
Q

PLEURAL

A

forma mais comum de TB extrapulmonar em pessoas não infectadas
pelo HIV. Ocorre mais em jovens e cursa com dor torácica do tipo pleurítica.

Líquido pleural: tem características de exsudato, predomínio de linfócitos
e baixo rendimento tanto da pesquisa de BAAR quanto da cultura.

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13
Q

diagnostico diferencial de tuberculose pulmonar

A

cancer de pulmao
Silicose: a história ocupacional é um importante subsídio para o diagnóstico.
Diferentemente da TB, a necrose do granuloma é do tipo liquefação,
apresentando, radiologicamente, nódulos de múltiplos tamanhos, bilaterais e
simétricos.
abscesso pulmonar
Vasculites pulmonares

Micobacteriose não tuberculosa (MNT): os sintomas incluem tosse produtiva
crônica, dispnéia, hemoptise, febre e perda de peso.

a doença por MNT deve ser considerada, especialmente nas
situações em que a resposta ao tratamento da TB é inadequada.

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14
Q

DIAGNÓSTICO BACTERIOLÓGICO

A

EXAME MICROSCÓPICO DIRETO - BACILOSCOPIA DIRETA
TESTE RÁPIDO MOLECULAR PARA TUBERCULOSE (TRM-TB)
CULTURA PARA MICOBACTÉRIA, IDENTIFICAÇÃO E TESTE DE SENSIBILIDADE

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15
Q

EXAME MICROSCÓPICO DIRETO - BACILOSCOPIA DIRETA

A

Em crianças, a sensibilidade da baciloscopia é bastante diminuída pela
dificuldade de obtenção de uma amostra com boa qualidade.

Indicações:
➢ No sintomático respiratório, durante estratégia de busca ativa;
➢ Em caso de suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar,
independentemente do tempo de tosse;
➢ Para acompanhamento e controle de cura em casos pulmonares com
confirmação laboratorial.

A baciloscopia de escarro deve ser realizada em duas amostras: uma por ocasião
do primeiro contato com a pessoa que tosse e outra, independentemente do
resultado da primeira, no dia seguinte, com a coleta do material sendo feita
preferencialmente ao despertar.

Baciloscopia positiva e quadro clínico compatível com TB fecham o diagnóstico e
autorizam o início de tratamento da TB.

Diagnóstico de certeza bacteriológica só é obtido com a cultura (que é o padrão
ouro)

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16
Q

TESTE RÁPIDO MOLECULAR PARA TUBERCULOSE (TRM-TB)

A

O TRM-TB é um teste de amplificação de ácidos nucleicos utilizado para detecção
de DNA dos bacilos do complexo M. tuberculosis e triagem de cepas
resistentes à rifampicina pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR).

A sensibilidade do TRM-TB em amostras de escarro de adultos é de cerca de 90%
sendo superior à da baciloscopia. O teste também detecta a resistência à
rifampicina, com uma sensibilidade de 95%.

Indicações:
➢ Diagnóstico de casos novos de TB pulmonar e laríngea em adultos e
adolescentes;
Diagnóstico de TB extrapulmonar nos materiais biológicos já validados;
➢ Triagem de resistência à rifampicina nos casos de retratamento;

Como também pode detectar bacilos mortos ou inviáveis, o TRM-TB não deve
ser utilizado para diagnóstico nos casos de retratamento

17
Q

CULTURA PARA MICOBACTÉRIA, IDENTIFICAÇÃO E TESTE DE SENSIBILIDADE

A

O resultado da cultura confirma o diagnóstico de micobacteriose, sendo
necessária a identificação de espécie para caracterizar se é um caso de TB ou
outra micobactéria.

18
Q

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
RADIOGRAFIA DE TÓRAX

A

a radiografia do tórax é o de escolha na avaliação
inicial e no acompanhamento da TB pulmonar.

A radiografia de tórax deve ser solicitada para
todo paciente com suspeita clínica de TB
pulmonar. Juntamente com as radiografias de tórax,
sempre devem ser realizados exames laboratoriais (baciloscopias, cultura e/ou teste rápido molecular)

19
Q

Objetivos do exame radiológico com diagnóstico bacteriológico: excluir outra
doença pulmonar associada, avaliar a extensão do acometimento e sua evolução
radiológica durante o tratamento.

20
Q

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TÓRAX

A

tórax é mais sensível para demonstrar
alterações anatômicas dos órgãos ou tecidos comprometidos e é indicada na
suspeita de TB pulmonar quando a radiografia inicial é normal, e na diferenciação
com outras doenças torácicas, especialmente em pacientes imunossuprimidos.

21
Q

ACHADOS DA TUBERCULOSE PULMONAR EM EXAMES DE IMAGEM

A

como opacidade parenquimatosa (nódulo ou consolidação),denominada foco primário ou nódulo de Ghon. Em adultos, a forma primária
acomete mais os lobos superiores.

As apresentações radiológicas dessa fase são as
cavidades, consolidações, nódulos, massas ou opacidades retículo-nodulares.

22
Q

DIAGNÓSTICO DE HIV NAS PESSOAS COM TUBERCULOSE

A

Todo paciente com diagnóstico de tuberculose deve ser testado para HIV.
● O diagnóstico precoce de infecção pelo HIV em pessoas com tuberculose tem
importante impacto no curso clínico das duas doenças.

O diagnóstico só pode ser estabelecido após a realização de dois TR, o paciente deve ser encaminhado para o Serviço de
Atenção Especializada (SAE)

23
Q

DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO

A

A avaliação histológica de fragmento de tecido obtido por biópsia é um método
empregado na investigação das formas pulmonares que se apresentam
radiologicamente como doença difusa e nas formas extrapulmonares.

24
Q

Adultos e adolescentes infectados pelo HIV devem ser questionados em todas
as visitas aos serviços de saúde sobre a presença dos sintomas abaixo:
➢ Tosse independentemente da duração; e/ou
➢ Febre; e/ou
➢ Perda de peso; e/ou
➢ Sudorese noturna.

Apesar da baixa sensibilidade, recomenda-se, na presença de quaisquer desses
sintomas, a realização de investigação diagnóstica de tuberculose e/ou outras
doenças oportunistas.

25
DEFINIÇÃO DE ILTB
Quando uma pessoa saudável é exposta ao bacilo da TB, tem 30% de chance de infectar-se, dependendo do grau de exposição, da infectividade do caso índice e de fatores imunológicos individuais. As pessoas infectadas, em geral, permanecem saudáveis por muitos anos, com imunidade parcial ao bacilo. Essa condição é conhecida como infecção latente pelo M. tuberculosis (ILTB).
26
DIAGNÓSTICO PELA PROVA TUBERCULÍNICA
A prova tuberculínica (PT) é utilizada para diagnóstico de ILTB e pode também auxiliar o diagnóstico de tuberculose ativa em crianças. Tuberculina: no Brasil, a tuberculina utilizada é o PPD-RT 23, Leitura da prova tuberculínica: ➢ Enduração ≥ 5 mm: infectado pelo bacilo da tuberculose ➢ Enduração < 5mm: considera-se como não reator. No caso de diagnóstico da ILTB o profissional no serviço de saúde, deve encaminhar o paciente ao médico para que seja afastado o diagnóstico de TB ativa e avaliada a indicação do tratamento da ILTB. Quando tratar (quando PT >= 5 mm): ➢ Crianças; ➢ PVHIV; ➢ Contatos adultos e adolescentes (≥ 10 anos); ➢ Antes de iniciar o uso de inibidores do TNF-α; ➢ Pré-transplante que fará uso de terapia imunossupressora; ➢ Uso de corticosteroides.
27
ESCOLHA DO MELHOR ESQUEMA DE TRATAMENTO
O esquema terapêutico antiTB, para ser mais efetivo, deve atender a três objetivos: 1) Ter atividade bactericida precoce: capacidade de matar a maior quantidade de bacilos, o mais rapidamente possível 2) Prevenir a emergência de bacilos resistentes: 3) Ter atividade esterilizante: capacidade de eliminar todos os bacilos presentes no indivíduo Indicações: ➢ Casos novos de tuberculose ou retratamento (recidiva e reingresso após abandono que apresentem doença ativa) em adultos e adolescentes (≥ 10 anos de idade); ➢ Todas as apresentações clínicas (pulmonares e extrapulmonares), exceto a forma meningoencefálica e ostearticular.
28
Fase intensiva: tem o objetivo de reduzir rapidamente a população bacilar
Rifampicina 150 mg + Isoniazida 75 mg + Pirazinamida 400 mg + Etambutol 275 mg _________________________________________________240 comprimidos Tomar 4 comprimidos, via oral, 1 vez ao dia, todos os dias, durante 2 meses. 2) Dipirona 500 mg ____________________________________ 30 comprimidos Tomar 1 comprimido, via oral, de 6 em 6 horas, se dor ou febre Assinatura e carimbo VERSO DA RECEITA Nome, idade Data ORIENTAÇÕES ● Recomendo isolamento durante as primeiras 2 semanas de tratamento. ● Retornar para reavaliação mensalmente, durante 6 meses.
29
Fase de manutenção: tem o objetivo de eliminar os bacilos latentes ou persistentes e a redução da possibilidade de recidiva da doença.
Nome, idade Peso (considerando peso entre 51 a 70 Kg) Data USO INTERNO 1) Rifampicina 300 mg + Isoniazida 150 mg___________________240 comprimidos Tomar 2 comprimidos, via oral, 1 vez ao dia, todos os dias, durante 4 meses. Assinatura e carimbo
30
SEGUIMENTO DO TRATAMENTO ● O acompanhamento clínico deve ser realizado mensalmente, visando à identificação de queixas, sinais e sintomas que indicam a evolução e/ou regressão da doença
Controle bacteriológico: é fundamental a realização de baciloscopia mensal nos casos de TB pulmonar para o monitoramento da efetividade do tratamento. controle radiológico, monitoramento do peso
31
Cura: pacientes deverão ter pelo menos duas baciloscopias negativas na fase de manutenção para comprovar cura, uma no decorrer da fase de manutenção e outra ao final do tratamento (5o ou 6° mês).
32
REAÇÕES ADVERSAS DOS MEDICAMENTOS
➢ Reações adversas “menores”: normalmente não é necessária a suspensão dos medicamentos antiTB; ➢ Reações adversas “maiores”: causam a suspensão do tratamento.
33
VACINACAO
A vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é utilizada desde a década de 1920 como medida preventiva complementar no controle da tuberculose. A vacina previne especialmente as formas graves da doença, como TB miliar e meníngea na criança. A BCG não protege indivíduos já infectados pelo M. tuberculosis e nem evita o adoecimento por reativação endógena ou reinfecção exógena. Indicações: a vacina BCG está, prioritariamente, indicada para crianças de 0 a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade, para: ➢ Recém-nascidos com peso ≥ 2 kg devem ser vacinados o mais precocemente possível, de preferência na maternidade, Contraindicações: ➢ Crianças com neoplasias malignas; ➢ Crianças em tratamento com corticosteroides em dose elevada Adiamento da vacinação: recomendada nas seguintes situações: Recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser vacinados somente após o tratamento da TB ou da quimioprofilaxia primária. Até três meses após o uso de imunossupressores ou corticosteroides em dose elevada; ➢ Recém-nascidos com menos de 2Kg de peso até que atinjam este peso;
34
ESQUEMA DE VACINAÇÃO BCG, DOSE E VIA DE ADMINISTRAÇÃO
preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento. Via de administração: intradérmica, na inserção do músculo deltoide direito. Comprovação da vacinação com BCG: é feita por meio do registro da vacinação no cartão ou caderneta de vacinação, da identificação da cicatriz vacinal ou da palpação de nódulo no deltoide direito, na ausência de cicatriz. EVOLUÇÃO DA LESÃO VACINAL ● De 3 a 4 semanas, após a administração, surge um nódulo (caroço) no local; entre 4 a 5 semanas, o nódulo evolui para uma pústula (ferida com pus); em seguida, evolui para uma úlcera (ferida aberta) de 4 a 10 mm de diâmetro; entre 6 a 12 semanas, finalmente, forma-se uma crosta
35
CONTROLE DE CONTATOS
Caso índice: é o paciente inicialmente identificado Caso fonte: é o caso infectante, não necessariamente o primeiro caso identificado. Contato: toda pessoa que foi exposta ao caso índice ou caso fonte A avaliação consiste na realização de anamnese, exame físico e exames complementares nos contatos, de acordo com a presença ou ausência de sintomas. Contatos sintomáticos: deverão realizar o exame de escarro (baciloscopia ou TRM-TB), radiografia de tórax e/ou outros exames, de acordo com a sintomatologia. ➢ Contatos assintomáticos: deverão realizar a investigação com PT e/ou radiografia de tórax e tratar ILTB, quando indicado. ➢ Contatos assintomáticos vivendo com HIV: devem realizar o tratamento da ILTB independentemente da prova tuberculínica. Recomenda-se que a todos os contatos sintomáticos ou assintomáticos seja ofertada a testagem para o HIV.