crise hipertensiva 3 Flashcards

(41 cards)

1
Q

Crise hipertensiva (CH): elevação acentuada da PA em adultos, caracteriza-se por
aumento da PAS > 180 mmHg e/ou da pressão arterial diastólica (PAD) > 120
mmHg, podendo ou não estar associada a LOMH

A
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2
Q

Urgência hipertensiva (UH):

A

situação que cursa sem LOMH, não apresenta risco
de morte iminente e permite redução mais lenta dos níveis de PA em período de
24-48 horas.

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3
Q

Emergência hipertensiva (EH):

A

caracterizada por deterioração rápida da função
de órgãos-alvo e risco imediato de morte, requerendo redução rápida e gradual
dos níveis pressóricos em minutos a horas, com monitorização intensiva e uso de
fármacos endovenosos.

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4
Q

situações mais encontradas nas EH.

A

Acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e edema agudo de pulmão

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5
Q

O ritmo e a magnitude do aumento da PA podem ser tão importantes como o
nível absoluto da PA quanto ao acometimento de órgãos-alvo. Em indivíduos não
hipertensos que desenvolvem glomerulopatias agudas e eclâmpsia, a crise pode
ocorrer mesmo com PAD em torno de 100-110 mmHg.

A
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6
Q

Pseudocrise hipertensiva (PH):

A

é a dos indivíduos assintomáticos ou
oligossintomáticos (p. ex., cefaleia leve, ansiedade, tonturas) com elevação transitória da PA (> 180 e/ou > 120 mmHg), muitas vezes coincidindo com eventos
emocionais ou de dor aguda, mas sem LOMH.
➢ Essa condição deve ser distinguida da UH.

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7
Q

Hipertensão grave ou de difícil controle:

A

na HA de difícil controle, não existe
evidência de LOMH aguda ou indicação de rápida redução da PA

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8
Q

FISIOPATOGENIA DA CRISE HIPERTENSIVA

A

desequilíbrio entre o débito cardíaco e a
resistência vascular periférica.

Ocorre um aumento súbito e desproporcional no volume intravascular ou na
resistência vascular periférica em resposta ao excesso de produção de
catecolaminas, angiotensina II, vasopressina, aldosterona, tromboxano A2 (TXA2) e
endotelina, ou produção reduzida de vasodilatadores endógenos (óxido nítrico,
bradicinina e prostaciclina).

A elevação abrupta da PA provoca estresse mecânico vascular e lesão do
endotélio. Estes, por sua vez, iniciam ativação inflamatória celular, aumento da
permeabilidade vascular e ativação da cascata de coagulação e deposição de
fibrina, levando à isquemia tecidual.

● Esse processo libera mediadores inflamatórios e substâncias vasoativas e ativa o
SRAA, resultando em vasoconstrição, que perpetua o processo de elevação
pressórica.

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9
Q

Por que em hipertensos não pode abaixar a pressão rapidamente?

A

reduções
inapropriadas na pressão de perfusão cerebral podem acarretar piora da
irrigação tecidual e, consequentemente, piora de uma área isquêmica
viável. Por esse motivo, aconselha-se redução inicial da PA média (PAM)
de no máximo 20-25%,

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10
Q

FATORES ASSOCIADOS AO DESENVOLVIMENTO DA CH

A

HAS
DR
AVC
TE
eclampsia
cocaina
interrupcao subita de betabloqueadores

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11
Q

ACHADOS CLÍNICOS

A

Os pacientes com uma emergência hipertensiva devem ter sua pressão arterial
aferida nos dois braços e eventualmente nos quatro membros, de preferência em
um ambiente calmo e se possível e repetidas vezes, até a estabilização.

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12
Q

ANAMNESE

A

Deve-se prontamente coletar informações sobre a PA usual do paciente e sobre
situações que possam desencadear o seu aumento (ansiedade, dor, sal,
comorbidades, uso de fármacos anti-hipertensivos – dosagem e adesão) ou que
possam aumentar a PA (anti-inflamatórios, corticoides, simpaticomiméticos,
álcool).
● O uso de drogas ilícitas

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13
Q

EXAME FÍSICO

A

ausculta pulmonar para a evidência de edema pulmonar

ausculta cardíaca observando a presença de sopros e ritmo de galope

ausculta abdominal para avaliação de sopros em artérias renais

exame neurológico

fundoscopia

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14
Q

achados comuns em cada causa de EH

A

encefalopatia hipertensiva:
Cefaleia e alteração no nível de consciência
Pela fundoscopia, a presença de sinais de retinopatia hipertensiva ( exsudatos, hemorragias ) pode sugerir encefalopatia hipertensiva.

sugestivos de AVC:
sinais neurológicos focais, principalmente sinais de lateralização

Em pacientes com cefaleia intensa de início súbito, deve ser considerada a
possibilidade de hemorragia subaracnoidea.

Achados de retinopatia hipertensiva aguda:
transudatos periarteriolares, edema do disco óptico e
macular, exsudatos algodonosos

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15
Q

EXAMES COMPLEMENTARES

A

No caso de UH, a solicitação de exames complementares não é geralmente indicada

São indicados, na suspeita de EH, os seguintes exames:
➢ Hemograma completo;
➢ Ureia e creatinina (avaliação da função renal);
➢ Eletrólitos e exame de sedimento urinário (avaliar proteinúria, leucocitúria
e hematúria);
➢ Marcadores de hemólise: bilirrubina,

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16
Q

Outros exames são indicados para condições específicas associadas:
Suspeita de SCA:

A

solicitar marcadores de necrose miocárdica.

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17
Q

IC ou edema agudo de pulmão:

A

solicitar BNP ou nT-pro-BNP.

18
Q

Dissecção de aorta:

A

considerar realizar dosagem do D-dímero.

19
Q

exames de imagem devem ser direcionados para a suspeita diagnóstica:
Eletrocardiograma:

A

deve ser solicitado em paciente com dor torácica e
suspeita de edema agudo de pulmão.

20
Q

Radiografia de tórax:

A

solicitar em paciente com dor torácica e suspeita de
edema agudo de pulmão; o alargamento de mediastino pode ser indicativo
de dissecção aguda de aorta.

21
Q

TC ou RM de crânio:

A

deve ser solicitada em paciente com sintomas
neurológicos e suspeita de acidente vascular encefálico (AVE); pode ser
normal em AVE isquêmico ou indicar sangue em AVE hemorrágico e
hemorragia subaracnóidea.

22
Q

** Angiotomografia de aorta: é o padrão-ouro para diagnóstico de dissecção
aguda de aorta. **

23
Q

US point of care:

A

faz o diagnóstico de hipertensão intracraniana, pode
visualizar dissecção de aorta e possibilita avaliação da função cardíaca e de
congestão pulmonar.

24
Q

O principal diagnóstico diferencial das crises hipertensivas são as chamadas
pseudocrises hipertensivas

25
URGÊNCIA HIPERTENSIVA (SBC) TRATAMENTO
Essa condição de hipertensão grave assintomática ocorre frequentemente entre os pacientes hipertensos crônicos com baixa adesão ao tratamento farmacológico e/ou à dieta hipossódica. A terapêutica pode ser instituída após um período de observação clínica em ambiente calmo e de pouca luminosidade, condição que ajuda a afastar situações de PH (resolvidas somente com repouso ou uso de analgésicos ou tranquilizantes). Essas medidas podem reduzir a PA sem a necessidade do uso de anti-hipertensivos. O objetivo em curto prazo é reduzir a PA a < 160 / < 100 mmHg; entretanto, a PAM não deve ser reduzida em mais de 25-30% nas primeiras horas.
26
medicamento de escolha pra UH
Captopril (IECA) 25-25mg
27
EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS TRATAMENT
É imprescindível reduzir rapidamente a PA, a fim de impedir a progressão das LOMH, admitir o paciente em unidade de terapia intensiva (UTI), usar anti-hipertensivos por via endovenosa (EV) e monitorizá-lo cuidadosamente para evitar a ocorrência de hipotensão. Objetivos: recomenda-se redução gradual da PAS ≤ 25% na primeira hora, 160 × 100-110 mmHg nas 2-6 horas seguintes e, posteriormente, < 140 × 90 mmHg em um período de 24-48 horas. As EH devem ser abordadas observando-se os órgãos/sistemas acometidos pela hipertensão
28
meta pressoricas
AVCi candidatos a terapia fibrinolitica: 185/110 antes 180/105 depois AVCi nao candidato: 220/120 AVCh: 180/105 DA: <120 PAS e FC igual ou menor a 60 bpm HSA (hemorragia subaracnoidea): <160 PAS crise de feocromocitoma: <140 PAS na primeira hora eclampsia: <140 PAS na primeria hora IAM e angina estavel: 140/90
29
ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA o que é,clinica,tratamento,medicamento
Encefalopatia hipertensiva é o termo utilizado quando temos sinais e sintomas de edema cerebral devido a aumento súbito ou elevações súbitas da PA. Clínica: cefaleia, náuseas, vômitos, confusão mental, convulsões, letargia e coma. Pode apresentar também alterações visuais inespecíficas, como escotomas visuais e borramento da visão. Ao exame físico, são encontradas alterações do nível de consciência. O exame de fundo de olho auxilia no diagnóstico. Tratamento: o objetivo do tratamento é a redução de 10 a 15% da PAM na primeira hora, tendo o cuidado de reduzir no máximo 25% nas primeiras 24 horas. Medicamentos: nitroprussiato de sódio endovenoso,
30
➢ AVCi com indicação de trombólise: deve-se reduzir PA < 185 × 110 mmHg antes da terapia fibrinolítica. Se a PA permanecer acima de 185 × 110 mmHg, não usar trombolítico. PA deve ser mantida abaixo de 180 × 105 mmHg nas primeiras 24 horas após trombólise. ➢ AVCi sem indicação de trombólise: deve-se reduzir PA < 220 × 110 mmHg nas primeiras 24h.
31
SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS
O uso de NPS deve ser evitado devido a um mecanismo de roubo desencadeado pela vasodilatação dos vasos coronarianos de resistência. ● Nas primeiras 48 horas, a nitroglicerina EV pode ser utilizada
32
DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA
A dissecção aguda de aorta sempre deve ser considerada em pacientes com dor precordial e elevação da PA. O tratamento inicial da dissecção aguda de aorta (DAA) consiste em analgesia e diminuição do estresse na parede da aorta através do controle da PA e da frequência cardíaca (FC). FC abaixo de 60 bpm e PAS < 120 em 20 minutos.
33
**** O uso isolado de agente vasodilatador (NPS) não é ideal, pois promove aumento da frequência cardíaca e da velocidade de ejeção aórtica, podendo propagar a dissecção. Assim, NPS deve ser associado ao betabloqueador (esmolol/metoprolol).
34
ECLÂMPSIA/PRÉ-ECLÂMPSIA
Pré-eclâmpsia: é a ocorrência de hipertensão e proteinúria ou lesão de órgão-alvo em gestantes com mais de 20 semanas; ● Eclâmpsia: é a ocorrência de convulsão em gestantes com pré-eclâmpsia, sem causa ou condição neurológica predisponente. A pré-eclâmpsia grave e a eclâmpsia são EH, devendo receber tratamento rápido e agressivo. Se possível, deve ser realizado o parto com urgência. Tratamento: o manejo da PA pode ser realizado com labetalol ou hidralazina. Para a profilaxia de crises convulsivas ou tratamento de eclâmpsia, deve-se realizar a administração de sulfato de magnésio.
35
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
Edema agudo de pulmão (EAP) hipertensivo é caracterizado por congestão pulmonar, hipertensão e insuficiência respiratória aguda. Fisiopatologia: a hipertensão leva a um aumento da pós-carga do ventrículo esquerdo, que, em um coração com a função diastólica ou sistólica alterada, leva a uma insuficiência cardíaca com retenção de líquido na circulação pulmonar. Clínica: dispneia, intolerância aos esforços, ortopneia, dispneia paroxística noturna, tosse e fadiga. Ao exame, o paciente pode apresentar insuficiência respiratória aguda, estertores crepitantes em todos os campos pulmonares, taquipneia e hipertensão. Tratamento: deve-se tratar a PA com o objetivo de reduzi-la em 25% nas primeiras horas. Para isso, podemos utilizar o nitroprussiato ou a nitroglicerina – ambas as drogas levam à diminuição da pós-carga, reduzindo o trabalho do ventrículo esquerdo, e à diminuição da PA. Além disso, é indicada a utilização de diurético de alça (furosemida) para a redução da volemia, o que leva à melhora da congestão. Em pacientes em insuficiência respiratória, o uso de ventilação não invasiva (VNI) é benéfico, com redução de mortalidade e de necessidade de intubação.
36
USO DE SUBSTÂNCIAS ILÍCITAS
As substâncias ilícitas que elevam a PA têm ação simpaticomimética ao potencializar o efeito das catecolaminas, tais como cocaína, crack, anfetaminas e ecstasy. As anfetaminas aumentam a PA, causando taquicardia, palpitações, sudorese e arritmias. O uso crônico pode causar cardiomiopatia e infarto agudo do miocárdio por vasoespasmo arterial. ● O tratamento inclui o uso de betabloqueadores, alfabloqueadores e antagonistas dos canais de cálcio.
37
Nitroprussiato de sódio:
vasodilatador arterial e venoso, que reduz a RVP e pré-carga. Deve ser evitado em casos de insuficiência renal, hepática e síndrome coronariana aguda, pelo risco de roubo coronariano
38
Metoprolol: betabloqueador
39
INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO, TERAPIA INTENSIVA E SEGUIMENTO
Todos os pacientes com EH têm indicação de internação e, em muitos casos, manejo em UTI. ● As UH não necessitam de internação hospitalar, exceto em raras circunstâncias O seguimento ambulatorial deve ser rápido em pacientes com UH e EH, pois apresentam alto índice de complicações em curto e médio prazo e, em grande número de casos, apresentam causas secundárias de HAS, que podem ser tratadas e corrigidas.
40
Achados clinicos classico de DA
Assimetria de pulsos: diferença de pressão arterial ≥ 20 mmHg entre os braços Sopros em foco aórtico Hipertensão arterial Dispneia dor torácica
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