Medicina intensiva Flashcards
CM: Medicina intensiva
Terapia Intensiva
Principais síndromes? (3)
- Instabilidade hemodinâmica (choque);
- Insuficiência respiratória;
- Alteração da consciência.
CM: Medicina intensiva
Terapia Intensiva
Abordagem inicial?
“GADO”
- Glicemia capilar;
- Ajuda… BLS/ACLS;
- Diurese;
- OVM (Oxigênio - Veia - Monitor).
CM: Medicina intensiva
Choque
Estado de baixa perfusão tecidual → hipoperfusão orgânica generalizada. Geralmente o paciente estará hipotenso*.
*Um indivíduo hipotenso pode não estar chocado, enquanto um indivíduo normotenso pode estar chocado.
CM: Medicina intensiva
Choque
Como estará a PA?
Normalmente hipotenso (PAS < 90 mmHg).
Nem todo hipotenso está em choque, pode haver choque em normotensos!
CM: Medicina intensiva
Pressão de perfusão
Fatores determinantes?
Pressão de perfusão = DC x RVP.
(DC = volemia + bomba íntegra / RVP = arteríolas)
CM: Medicina intensiva
Em situações de choque, o débito cardíaco e a resistência vascular periférica são ________ (diretamente/inversamente) proporcionais.
Inversamente.
CM: Medicina intensiva
Choque
Classificações? (2)
- Hipodinâmico (↓DC ↑RVP): hipovolêmico, cardiogênico ou obstrutivo.
- Hiperdinâmico (↑DC ↓RVP): distributivo.
CM: Medicina intensiva
Choque hipodinâmico
Tipos? (3)
- Hipovolêmico (hemorragia e diarreia);
- Cardiogênico (IAM e miocardite);
- Obstrutivo (TEP e tamponamento).
CM: Medicina intensiva
Choque hiperdinâmico
Tipo?
Distributivo (sepse, anafilaxia e neurogênico).
CM: Medicina intensiva
Choque
Como diferenciá-los?
Monitorização oxi-hemodinâmica e exame físico.
CM: Medicina intensiva
Choque hipodinâmico
Exame físico? (2)
- > Tempo de enchimento capilar (TEC);
- Extremidades frias.
CM: Medicina intensiva
Choque hiperdinâmico
Exame físico? (3)
- Tempo de enchimento capilar (TEC) normal;
- Extremidades quentes;
- Taquicardia.
CM: Medicina intensiva
Oxi-hemodinâmica
Como é realizada?
Cateterismo de artéria pulmonar.
(Swan-Ganz)
CM: Medicina intensiva
Cateterismo de artéria pulmonar
Como avaliar a volemia? Valor esperado?
- Pressão Venosa Central (PVC) avaliada em átrio direito.
- Valor esperado: 5 mmHg.
CM: Medicina intensiva
No cateterismo de artéria pulmonar, como avaliar a Pressão Capilar Pulmonar (Pcap ou PoAP)? Valor normal?
- Átrio esquerdo! Átrio esquerdo → congestão pulmonar → pressão capilar pulmonar.
- Pcap ou PoAP = 12 mmHg.
CM: Medicina intensiva
No cateterismo de artéria pulmonar, qual o valor esperado da Pressão na Artéria Pulmonar (PAP)?
20 mmHg.
CM: Medicina intensiva
A volemia é estimada pela pressão no átrio ______ (esquerdo/direito), enquanto a pressão capilar pulmonar no átrio ______ (esquerdo/direito).
Direito (PVC); esquerdo (Pcap ou PoAP).
CM: Medicina intensiva
Débito cardíaco
Valor normal?
5 L/min OU índice cardíaco = 3-4L/min/m².
CM: Medicina intensiva
Sangue venoso misto (SvO2)
Valor normal? Depende de quem?
- SvO2 ≥ 65%.
- Depende do débito cardíaco e da hemoglobina.
CM: Medicina intensiva
Saturação Venosa Central (SvCO2)
Valor normal?
SvCO2 ≥ 70%.
Mais usado que o sangue venoso misto, pois se coleta da transição entre VCS e AD, sem necessidade do cateter de Swan-Ganz.
CM: Medicina intensiva
Parâmetros que avaliam perfusão tecidual? (5)
- Débito urinário (melhor parâmetro);
- Lactato;
- SvO2 e SvCO2;
- Tempo de enchimento capilar;
- Gradiente venoarterial de CO2.
CM: Medicina intensiva
Parâmetros que avaliam fluidorresponsividade? (3)
- Aumento do débito cardíaco com a elevação passiva das pernas a 45º (DC ≥ 10%);
- Delta PP ≥ 13% (variação da pressão de pulso na inspiração e na expiração);
- USG (POCUS): veia colabada (colapso > 50% na inspiração).
CM: Medicina intensiva
Qual tipo de choque reduz a PVC e Pcap?
Hipovolêmico.
(se não há volume, não haverá pressão)
CM: Medicina intensiva
Quais tipos de choque aumentam PVC e Pcap?
Cardiogênico e obstrutivo.
(a diferenciação entre ambos não é possível somente pela hemodinâmica)
CM: Medicina intensiva
Qual o padrão da PVC e Pcap no choque hiperdinâmico? Quando estarão normalizadas?
- Normalmente baixas.
- Normalizadas após reposição volêmica ou vasopressores (falseando a avaliação).
CM: Medicina intensiva
V ou F
Nas fases tardias de choques graves, observa-se a liberação de grandes quantidades de mediadores químicos vasodilatadores, como o óxido nítrico. Ocorre vasodilatação inclusive nos choques cardiogênico e hipovolêmico.
Verdadeiro.
CM: Medicina intensiva
No choque obstrutivo, o débito cardíaco estará ____________ (aumentado/diminuído).
Diminuído.
CM: Medicina intensiva
No choque distributivo, o débito cardíaco estará ____________ (aumentado/diminuído).
Aumentado.
CM: Medicina intensiva
No choque hipovolêmico, o débito cardíaco estará ____________ (aumentado/diminuído).
Diminuído.
(volume sistólico reduzido → débito cardíaco = Fc x Vs)
CM: Medicina intensiva
Choque cardiogênico
Como estará a Resistência Vascular Periférica (RVP)?
Aumentada.
(tentativa de compensar o baixo débito cardíaco)
CM: Medicina intensiva
Choque hipovolêmico
Como estará a Resistência Vascular Periférica?
Aumentada.
(tentativa de compensar o baixo débito cardíaco)
CM: Medicina intensiva
Choque distributivo
Como estará a Resistência Vascular Periférica?
Diminuída.
(“evento central no choque distributivo”)
CM: Medicina intensiva
Choque neurogênico
Principal característica?
Hipotensão com bradicardia.
(perda do tônus simpático)
CM: Medicina intensiva
Choque por insuficiência suprarrenal
Como estão K+ e Na+?
↑K+ e ↓Na+.
CM: Medicina intensiva
Choque anafilático
Principal causa?
Exposição a alérgenos!
CM: Medicina intensiva
Choque anafilático
Conduta?
Adrenalina IM ou IV.
CM: Medicina intensiva
Choque
Sequência do tratamento? (4)
- Reposição volêmica: cristalóide (SF0,9%) ou coloide.
- Tônus arteriolar – vasopressores: noradrenalina ou dopamina (>10 mcg/kg/min).
- Melhorar a bomba – inotrópicos: dobutamina ou dopamina (3-10 mcg/kg/min).
- Conduta para choques refratários: depende da causa!
CM: Medicina intensiva
Choque cardiogênico ou obstrutivo
Inotrópico de escolha? Desvantagem?
- Dobutamina.
- Taquifilaxia (↓efeito com o tempo).
“doBUMtamina: β-UM adrenérgico (receptor β1)”
CM: Medicina intensiva
No choque cardiogênico ou obstrutivo, quais as estratégias “ponte” para o tratamento específico?
Suporte circulatório e balão intra-aórtico (↑perfusão coronariana).
CM: Medicina intensiva
Dopamina
Efeito de doses baixas (< 10 µg/kg/min)?
Efeito beta-adrenérgico (inotrópico).
“Baixa → Beta → Bomba (inotropismo)”
CM: Medicina intensiva
Dopamina
Efeito de doses altas (> 10 µg/kg/min)?
Efeito alfa-adrenérgico (vasopressor).
“Alta → Alfa → Artérias (vasopressor)”
CM: Medicina intensiva
Tromboembolismo pulmonar
Tipo de choque?
Choque obstrutivo por TEP maciço.
CM: Medicina intensiva
Tromboembolismo pulmonar
Padrão no eletrocardiograma?
s1q3t3.
(onda S em DI, onda Q em DIII e onda T invertida em DIII)
CM: Medicina intensiva
Tromboembolismo pulmonar
Confirmação diagnóstica?
Angiotomografia.
Se negativa e ainda forte suspeita: cintilografia → doppler MMII → arteriografia.
CM: Medicina intensiva
Choque hipovolêmico com PAsistólica normal
Classificações? Conduta?
- Grau I: tudo normal; grau II: qualquer parâmetro alterado (taquicardia/taquipneia).
- Conduta: apenas cristalóide!
CM: Medicina intensiva
Choque hipovolêmico com PAsistólica < 90 mmHg
Classificações? Conduta?
- Graus III ou IV. (grau IV: regra dos 4 → Perda > 40% / FC > 140 / FR > 40).
- Conduta: cristalóide + hemoderivados.
CM: Medicina intensiva
Sepse
Disfunção orgânica por resposta imune desregulada a uma infecção.
CM: Medicina intensiva
Sepse
Fisiopatologia?
Produtos bacterianos → TNF-alfa, IL-1, IL-6… → inflamação/vasodilatação/trombose/disfunção celular → disfunção de órgão.
CM: Medicina intensiva
Sepse
Débito cardíaco na “fase quente”?
Aumentado.
CM: Medicina intensiva
Sepse
Débito cardíaco na “fase fria”?
Reduzido.
(disfunção miocárdica da sepse)
CM: Medicina intensiva
V ou F
Nas crianças, o choque quente deve ser tratado com noradrenalina, enquanto o choque frio deve ser tratado com adrenalina.
Verdadeiro.
CM: Medicina intensiva
Quais os critérios diagnósticos da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS)? (4)
> 2 critérios:
- Temperatura > 38ºC ou < 36ºC;
- Taquicardia (FC > 90 bpm);
- Taquipneia (FR > 20 irpm ou pCO2 < 32);
- Leucócitos (> 12.000, < 4.000, > 10% céls jovens).
CM: Medicina intensiva
O choque séptico _______ (diminui/aumenta) os níveis de proteínas C e S, Antitrombina III e a formação de plasmina, apresentando tendência ___________ (anticoagulante/pró-coagulante).
Diminui; pró-coagulante.
CM: Medicina intensiva
Choque séptico
Necessidade de vasopressor para manter PAM ≥ 65 mmHg com lactato ≥ 2 mmol/L (18 mg/dL), mesmo após reposição volêmica adequada.
CM: Medicina intensiva
Sepse
Critérios SOFA? (6)
≥ 2 pontos: SSOFAA
- Sangue – plaquetopenia;
- SNC – Glasgow;
- Oxigenação – PaO2/FiO2;
- Fígado – bilirrubina;
- Arterial – PAM;
- Anúria – creatinina e débito urinário.
CM: Medicina intensiva
Sepse
Critérios qSOFA? (3)
“Risco aumentado” se > 2 critérios:
- FR > 22 irpm;
- PAS < 100 mmHg;
- Alteração mental (Glasgow < 15).
CM: Medicina intensiva
Sepse
Quando utilizar o qSOFA?
Fora da UTI.
(classificação de risco)
CM: Medicina intensiva
Sepse
Critérios do Escore NEWS? (6)
- FR;
- PAS;
- Alteração mental;
- FC;
- Temperatura;
- SatO2.
(mesmos critérios do qSOFA + FC, satO2 e temperatura)
CM: Medicina intensiva
Sepse
Pacote da 1ª hora? (6)
CALVVO
- Cultura;
- ATB em até 3 horas se menor chance de sepse ou ausência de choque;
- Lactato (dosar e repetir se aumentado > 2 mmol/L);
- Vasopressor (para atingir PAM > 65);
- Volume (30 ml/kg, iniciar na 1ª hora mas correr em 3h);
- Oxigênio se SatO2 < 94%.
CM: Medicina intensiva
V ou F?
Não é necessário aguardar o término da reposição de volume para iniciar vasopressores, a expertise do intensivista é levada em consideração pela diretriz.
Verdadeiro.
CM: Medicina intensiva
Sepse
Volume de cristaloides a ser infundido inicialmente?
30 mL/kg.
(correr em 3 horas, mas iniciar na 1ª hora)
CM: Medicina intensiva
Sepse
Vasopressor de 1ª linha? E o de 2ª linha?
- Noradrenalina (↓arritmogênica).
- Dopamina (α-adrenérgico em doses > 10 μg/kg/min).