Concurso De Pessoas Flashcards

(85 cards)

1
Q

O agente que pratica crime influenciado por multidão em tumulto, sem ter contribuído para provocar o tumulto, faz jus à atenuante prevista no Código Penal?

A

❌ A afirmativa está incorreta. De acordo com o artigo 65, inciso III, alínea “e”, do Código Penal, constitui circunstância atenuante a prática de crime sob a influência de multidão em tumulto, desde que o agente não tenha concorrido para a provocação da desordem. A norma contempla situações em que o comportamento coletivo reduz momentaneamente a resistência ética do indivíduo, desde que ele não atue como incitador ou organizador da ação delitiva.

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2
Q

A distinção entre animus auctoris e animus socii fundamentava-se na teoria subjetiva?

A

✅ A afirmativa está correta. A teoria subjetiva, ao distinguir entre animus auctoris (vontade de realizar o fato como próprio) e animus socii (vontade de realizar o fato como alheio), defendia que todos os que concorressem para o crime deveriam ser considerados autores. A previsão legal de tratamento diferenciado para os partícipes era, sob essa ótica, compreendida como uma limitação da culpabilidade.

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3
Q

É admissível a coautoria nos crimes omissivos impróprios?

A

❌ A maioria dos doutrinadores admite tanto a coautoria quanto a participação nos crimes omissivos impróprios. Assim, se dois agentes, como pai e mãe, em comum acordo, deixam de alimentar o filho com ânimo de matar e ele falece, ambos respondem como coautores de homicídio doloso. Já aquele que induz o salva-vidas a omitir socorro responde por participação, sendo este último autor do crime.

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4
Q

Nos crimes de mão própria, admite-se a autoria mediata mesmo quando o autor mediato não pode realizar pessoalmente a conduta típica?

A

❌ A afirmativa está incorreta. O entendimento majoritário é de que nos crimes de mão própria não se admite a autoria mediata, pois são infrações penais que exigem a prática pessoal e direta do tipo penal por parte do sujeito qualificado. Assim, aquele que coage um perito a elaborar laudo falso, por exemplo, não responde como autor mediato do crime de falsa perícia, mas poderá ser responsabilizado por outro crime, como o de constrangimento ilegal.

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5
Q

Denomina-se autoria por convicção a situação em que o sujeito ativo pratica o delito motivado por divergência ideológica com o Estado?

A

❌ A afirmativa está incorreta. Autoria por convicção é a situação em que o sujeito ativo pratica o delito movido por motivo de convicção religiosa.

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6
Q

No homicídio qualificado pela paga ou promessa de recompensa, há consenso doutrinário e jurisprudencial de que essa circunstância qualificadora não se comunica ao mandante do crime?

A

❌ Não há consenso na doutrina e na jurisprudência quanto à natureza da paga ou promessa de recompensa como qualificadora no homicídio. A divergência reside no fato de alguns entenderem que essa é uma circunstância, que não se comunica ao mandante, enquanto outros a consideram elementar do tipo qualificado, o que possibilitaria sua comunicação aos coautores e partícipes, nos termos do artigo 30 do Código Penal.

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7
Q

Nos crimes multitudinários, é dispensável a demonstração da participação individual de cada agente?

A

❌ A afirmativa está incorreta. Nos crimes multitudinários, embora não se exija a individualização exata de cada ato praticado — como identificar quem desferiu o primeiro golpe ou segurou a vítima —, é indispensável demonstrar que houve efetiva participação de cada agente. A responsabilização penal exige que se comprove a forma de contribuição individual para o fato coletivo, seja por agressão direta, seja por incitação à violência no contexto de tumulto ou histeria social, como em casos de linchamento.

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8
Q

De acordo com a teoria objetiva ou dualista, a distinção entre autor e partícipe não é admitida?

A

❌ A afirmativa está incorreta. A teoria objetiva ou dualista defende a clara distinção entre autor e partícipe. Essa diferenciação pode se dar por diferentes critérios objetivos, sendo possível classificá-los conforme a conduta desempenhada no fato típico. A teoria objetiva se opõe à unidade de tratamento penal, reconhecendo funções distintas de colaboração no crime.

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9
Q

O concurso de pessoas pressupõe a reunião de mais de um agente, que deve atuar com unidade de propósitos?

A

✅ A afirmativa está correta. O concurso de pessoas caracteriza-se pela atuação conjunta de mais de um agente, com unidade de propósitos e contribuição relevante para a realização de conduta típica. Essa cooperação pode ocorrer em qualquer fase do iter criminis, desde os atos preparatórios até a consumação do delito.

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10
Q

Em crimes próprios e de mão própria, parte da doutrina entende que a autoria mediata é inviável quando o agente não possui a qualidade exigida pelo tipo penal?

A

✅ A afirmativa está correta. Em crimes próprios e de mão própria, como aqueles que exigem uma qualidade pessoal específica — por exemplo, a de funcionário público —, parte da doutrina entende que o “homem de trás” não pode ser responsabilizado como autor mediato se não possuir essa condição exigida pelo tipo penal. Um exemplo é o sujeito que induz um servidor público, em erro de tipo, a aceitar vantagem indevida, sem que este saiba da ilicitude do ato. Nessa hipótese, o agente não teria o domínio do fato nem a qualidade exigida.

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11
Q

A doutrina majoritária reconhece a figura da autoria intelectual como modalidade autônoma de domínio da conduta típica?

A

❌ A afirmativa está incorreta. A doutrina mais consolidada não reconhece genericamente a figura da autoria intelectual como modalidade de domínio da conduta típica. O simples fato de o agente idealizar ou ordenar o crime não o torna autor. Tanto para a teoria objetivo-formal quanto para a teoria do domínio do fato, o mandante é, via de regra, considerado partícipe.

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12
Q

É correto afirmar que, no concurso de pessoas, a função de cada agente deve ser determinante para a consumação do delito?

A

✅ A afirmativa está correta. Nos termos do artigo 29 do Código Penal, quem concorre para a prática do crime está sujeito à pena cominada ao delito, mas a responsabilização deve observar a medida da culpabilidade individual. Assim, a função exercida por cada agente na execução do crime deve ter relevância causal e ser determinante para o resultado.

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13
Q

Na teoria desenvolvida por Claus Roxin, basta verificar se o agente possui controle da ação para que ele seja automaticamente considerado autor do fato típico?

A

❌ A afirmativa está incorreta. A teoria funcionalista teleológica de Claus Roxin, amplamente difundida, exige mais do que a constatação do controle da ação para a identificação do autor. É necessário verificar se está presente uma das hipóteses construídas teoricamente de domínio do fato.

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14
Q

Quando um dos agentes pratica crime impossível e não se pode identificar qual deles causou o resultado, ambos podem ser responsabilizados pelo crime consumado?

A

❌ A afirmativa está incorreta. Se, em situação de autoria colateral, houver dúvida sobre qual dos agentes produziu o resultado e qual praticou uma tentativa inidônea (crime impossível), nenhum dos dois pode ser responsabilizado pelo crime consumado.

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15
Q

O partícipe poderá ser punido mesmo que o autor não pratique fato típico e ilícito?

A

❌ A afirmativa está errada. Segundo a teoria da acessoriedade limitada, adotada pela doutrina majoritária no Direito Penal Brasileiro, a punição do partícipe exige que o autor pratique fato típico e ilícito.

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16
Q

Segundo a teoria desenvolvida por Claus Roxin, é considerado autor o agente que realiza pessoalmente a ação típica?

A

✅ A afirmativa está correta. Claus Roxin resume sua teoria do domínio do fato identificando como autor: (i) aquele que executa pessoalmente a conduta típica (domínio da ação).

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17
Q

Na teoria do domínio do fato, o autor é identificado como aquele que tem controle funcional sobre a realização do crime?

A

❌ A afirmativa está incorreta. A teoria do domínio do fato identifica o autor como aquele que possui domínio funcional sobre a realização do delito, sendo a figura central da execução.

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18
Q

O domínio funcional do fato caracteriza-se pela atuação conjunta e coordenada entre os coautores na fase executória do crime?

A

✅ A afirmativa está correta. O domínio funcional do fato refere-se à divisão de tarefas entre coautores que, mediante acordo de vontades, decidem realizar conjuntamente o tipo penal.

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19
Q

O Código Penal admite, excepcionalmente, a aplicação das teorias dualista e pluralista?

A

✅ A afirmativa está correta. Embora o Código Penal adote como regra a teoria monista, alguns penalistas reconhecem a aplicação excepcional da teoria dualista nos casos de participação de menor importância.

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20
Q

No caso de autoria colateral com autoria incerta, se não houver liame subjetivo entre os agentes e não for possível identificar qual conduta causou o resultado, ambos devem responder pelo crime consumado?

A

❌ A afirmativa está incorreta. Nos casos de autoria colateral em que não há vínculo subjetivo entre os agentes e não é possível identificar, com certeza, qual conduta efetivamente causou o resultado naturalístico, a responsabilidade penal pelo crime consumado não pode ser atribuída a nenhum dos envolvidos.

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21
Q

Na teoria objetivo-formal, considera-se autor apenas quem executa a conduta descrita no núcleo do tipo penal?

A

✅ A afirmativa está correta. A teoria objetivo-formal entende como autor aquele que realiza a ação que se amolda diretamente ao núcleo do tipo penal.

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22
Q

Na teoria do domínio do fato desenvolvida na Alemanha, o autor é identificado como a figura central do êxito da ação?

A

✅ A afirmativa está correta. A cláusula geral formulada na doutrina penal alemã define o autor como a figura central do êxito da ação delituosa.

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23
Q

Nos crimes próprios, admite-se a autoria mediata mesmo que o autor mediato não possua a condição pessoal exigida pelo tipo penal?

A

❌ A afirmativa está incorreta. Nos crimes próprios, a autoria mediata somente é admitida se o autor mediato também possuir a condição pessoal exigida pelo tipo penal.

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24
Q

Na cooperação dolosamente distinta, o agente que pretendeu praticar crime menos grave sempre responderá pelo crime mais grave?

A

❌ A afirmativa está errada. Na cooperação dolosamente distinta, prevista no artigo 29, § 2º, do Código Penal, o agente que quis participar de crime menos grave responderá por este, salvo se o resultado mais grave lhe era previsível.

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25
Na cooperação dolosamente distinta, o agente que quis participar de crime menos grave responde por qual crime?
O agente responde pelo crime menos grave, salvo se o resultado mais grave lhe era previsível, hipótese em que a pena do crime menos grave será aumentada até a metade.
26
O que sustenta a teoria pluralista em relação à responsabilização dos agentes que concorrem para a prática de um crime?
A teoria pluralista sustenta que cada agente deve responder por delito autônomo, de acordo com sua específica contribuição para a prática criminosa.
27
Segundo Hans Welzel, quem é considerado o autor do crime?
O autor é aquele que possui o domínio final do fato, sendo capaz de decidir sobre a forma de execução do crime.
28
Na autoria colateral, como os agentes realizam suas condutas?
Na autoria colateral, dois ou mais agentes concorrem para a prática do crime, mas sem qualquer vínculo subjetivo entre eles.
29
O Código Penal brasileiro faz distinção entre autor e partícipe?
O Código Penal não define nem diferencia expressamente autor e partícipe, mas há entendimento consolidado quanto à importância dessa diferenciação para fins de dosimetria da pena.
30
Qual teoria se aplica no crime de corrupção?
Aplica-se a teoria pluralista, onde o particular que oferece a vantagem responde por corrupção ativa e o agente público que a aceita responde por corrupção passiva.
31
O que caracteriza crimes unissubjetivos?
Crimes unissubjetivos podem ser praticados tanto por um único agente quanto por vários, sem que o concurso de pessoas seja necessário à configuração do delito.
32
A causa de diminuição de pena por participação de menor importância se aplica a quem?
Aplica-se exclusivamente aos partícipes cuja contribuição para o crime tenha sido de pouca relevância causal.
33
Um agente que encomenda a subtração de rodas pode ser responsabilizado por concurso de pessoas?
Sim, configura-se concurso de pessoas quando há acordo prévio entre os agentes e contribuição causal relevante.
34
A punição da participação exige o que do autor?
A punição da participação exige que o autor inicie os atos executórios da infração penal.
35
O conceito restritivo adotado pela doutrina majoritária no Brasil considera quem como autor do crime?
O conceito restritivo distingue autor de partícipe, não considerando todo aquele que contribui para a prática delitiva como autor.
36
A coautoria é aceita em crimes omissivos próprios?
A coautoria em crimes omissivos próprios é objeto de divergência doutrinária, havendo posições favoráveis e contrárias.
37
Para a configuração do concurso de pessoas, o que é necessário?
Não exige ajuste prévio entre os agentes, mas é suficiente que um indivíduo manifeste adesão à conduta do outro.
38
Nos crimes próprios, a coautoria é admitida sob qual condição?
A coautoria é possível desde que ao menos um dos agentes possua a condição pessoal exigida para o sujeito ativo do delito.
39
O que caracteriza o domínio da vontade?
O domínio da vontade caracteriza-se quando o autor se utiliza de outra pessoa para realizar os atos executórios do crime.
40
A autoria mediata é compatível com crimes culposos?
Não, a autoria mediata não é cabível nos crimes culposos, pois essa modalidade exige o domínio da ação.
41
Para a configuração da participação moral, o que deve ocorrer?
A conduta do instigador ou do induzidor deve ser eficaz, influenciando decisivamente na deliberação do autor do crime.
42
Um agente que coopera após a consumação do delito pode ser responsabilizado?
Não, quando a cooperação ocorre após a consumação do crime e não há acordo prévio, não se configura concurso de pessoas.
43
Em caso de estupro praticado por dois agentes, como se dá a responsabilização penal?
A responsabilização penal é possível por meio da conjugação da norma penal do artigo 213 do Código Penal com a norma de extensão prevista no artigo 29.
44
Todo partícipe tem direito à redução de pena pela causa de diminuição prevista para a participação de menor importância?
Não, a redução de pena aplica-se apenas ao partícipe cuja conduta tenha efetivamente representado participação de menor importância.
45
A teoria dualista propõe o que em relação aos envolvidos na prática criminosa?
A teoria dualista estabelece uma distinção entre os autores e os partícipes, configurando um crime para cada um conforme sua atuação.
46
As circunstâncias objetivas e subjetivas integram o tipo penal primário?
Não, as circunstâncias não fazem parte do tipo penal primário e podem influenciar na dosimetria da pena.
47
O que caracteriza o partícipe?
O partícipe é aquele que concorre para o crime sem praticar diretamente a conduta típica descrita no núcleo do tipo penal.
48
Nos crimes multitudinários, há previsão legal de agravamento de pena para quem promove ou organiza a conduta?
Sim, o artigo 62, inciso I, do Código Penal prevê agravante específica para o agente que promove, organiza ou dirige a atividade dos demais.
49
De acordo com o conceito extensivo, como são considerados os que contribuem para o delito?
São considerados autores, embora se possa reconhecer diferentes graus de autoria para fins de aplicação da pena.
50
Quais são os requisitos do concurso de pessoas?
Os requisitos são pluralidade de agentes, pluralidade de condutas com relevância causal, liame subjetivo entre os agentes, identidade do evento e a prática de conduta punível.
51
O crime de rixa é classificado como que tipo de crime?
O crime de rixa é classificado como plurissubjetivo, pois exige a presença de mais de um agente para sua configuração.
52
Quais são os requisitos do concurso de pessoas?
A pluralidade de agentes.
53
Como é classificado o crime de rixa?
O crime de rixa é classificado como plurissubjetivo, pois exige a presença de mais de um agente para sua configuração.
54
O que são crimes plurissubjetivos?
Os crimes plurissubjetivos são aqueles cuja estrutura típica exige, como elemento essencial, o concurso de mais de um agente. Exemplos clássicos são o crime de associação criminosa e o crime de rixa.
55
A cooperação dolosamente distinta é aplicável apenas aos partícipes?
A afirmativa está errada. A cooperação dolosamente distinta aplica-se tanto a coautores quanto a partícipes.
56
O que diz a teoria monista sobre a responsabilização dos agentes?
Todos os agentes que concorrem para a prática de um crime devem ser responsabilizados pelo mesmo tipo penal, independentemente da contribuição individual.
57
O que caracteriza o autor mediato?
O autor mediato não realiza diretamente a ação nuclear típica, mas responde como autor porque se vale de outra pessoa como instrumento para a prática do crime.
58
Qual é a concepção de Zaffaroni e Pierangeli sobre o domínio do fato?
A concepção deles adota uma análise conjunta objetiva e subjetiva, considerando autor direto quem realiza a conduta típica pessoalmente.
59
Qual teoria a doutrina majoritária no Brasil adota para interpretar o artigo 29 do Código Penal?
A teoria objetivo-formal, que reconhece a distinção entre autor e partícipe.
60
Qual é a regra geral do Código Penal brasileiro sobre a punição dos envolvidos no concurso de pessoas?
O Código Penal brasileiro adotou a teoria monista, segundo a qual autores, coautores e partícipes respondem pelo mesmo delito.
61
O que exige a aplicação da teoria do domínio do fato pelo Supremo Tribunal Federal?
A denúncia deve trazer indícios concretos de que o agente exerceu direção finalística sobre a conduta dos demais.
62
Qual é a origem da teoria do domínio do fato?
Foi desenvolvida na Alemanha para diferenciar autor e partícipe, mas a atenuação da pena não se aplica a toda forma de participação.
63
O que são as elementares do tipo penal?
As elementares do tipo penal são elementos essenciais que integram o núcleo do tipo penal em sua forma primária.
64
Para a configuração da coautoria, é necessário um acordo bilateral entre os agentes?
Não se exige, sendo suficiente que um dos agentes adira à conduta criminosa do outro.
65
O que caracteriza a autoria de consciência?
A prática do delito motivada por um dever moral, segundo o entendimento pessoal do sujeito ativo.
66
Quais são as teorias que explicam a punibilidade da participação?
A teoria da culpabilidade da participação e a teoria da causação ou do favorecimento.
67
Como pode se dar a participação moral?
Por instigação, quando o partícipe reforça ideia criminosa já existente, ou por induzimento, quando ele gera a ideia criminosa na mente do autor.
68
O que caracteriza a participação material?
O agente auxilia na prática do crime sem realizar a conduta típica principal, sendo também conhecida como cumplicidade.
69
O que caracteriza o domínio da ação?
A atuação direta e consciente do agente na execução da conduta típica.
70
O que diz a teoria objetivo-material sobre autor e partícipe?
Autor é o agente cuja contribuição apresenta maior relevância objetiva para o resultado delituoso.
71
O que acontece com o vizinho que adquire um produto de furto sem ter participado do crime?
Ele responderá por receptação, não por furto.
72
Qual é o entendimento do Superior Tribunal de Justiça sobre a teoria do domínio do fato?
É necessário demonstrar o nexo de causalidade entre a conduta do agente e o resultado.
73
O que caracteriza a coautoria parcial?
Os agentes realizam atos de execução distintos, mas complementares entre si.
74
Em regra, admite-se coautoria em crimes de mão própria?
Não se admite, salvo exceções como a elaboração de falsa perícia em conjunto.
75
O que caracteriza a coautoria sucessiva?
A adesão de um agente à execução do crime iniciada por outro, sem acordo prévio.
76
Admite-se a participação em crimes culposos?
A doutrina majoritária não admite a participação em crimes culposos.
77
O que diz a teoria subjetiva ou unitária sobre autor e partícipe?
Não faz uma distinção objetiva entre autor e partícipe, mas subjetiva.
78
O liame subjetivo necessário à configuração da coautoria pode ser formado durante a execução do crime?
Sim, desde que antes da sua consumação.
79
A condição de funcionário público se comunica ao terceiro que participa da conduta com o agente público?
Sim, a condição de funcionário público se comunica aos coautores e partícipes.
80
A participação exige dolo?
Sim, e só é admitida em crimes dolosos.
81
O que acontece se um funcionário público e um terceiro concorrem para a prática do delito de peculato?
Ambos responderão pelo crime de peculato, pois a elementar 'funcionário público' se estende ao particular em razão do concurso de pessoas.
82
A participação exige dolo e é admitida em quais tipos de crimes?
A afirmativa está correta. A participação só é possível em crimes dolosos, exigindo-se que o partícipe tenha dolo, isto é, que sua adesão à conduta do autor ocorra de forma consciente e voluntária.
83
Na autoria colateral, como os agentes respondem pelo resultado final?
A afirmativa está incorreta. Na autoria colateral, cada agente responde apenas pelos atos que praticou. Se for possível individualizar a conduta de cada um, a responsabilização é individualizada conforme o nexo causal entre a conduta e o resultado.
84
O que caracteriza a coautoria direta?
A afirmativa está correta. A coautoria direta ocorre quando todos os agentes envolvidos praticam a mesma conduta típica, colaborando de maneira idêntica para a execução do crime.
85
Como se dá a responsabilização penal do partícipe?
A afirmativa está correta. A punibilidade do partícipe se dá mediante a aplicação da norma de extensão pessoal e espacial, conforme dispõe o artigo 29 do Código Penal.