Infecções bacterianas da pele Flashcards

(63 cards)

1
Q

Piodermites

A

Infecções bacterianas da pele
Supurativas → proliferação bacteriana
Não-supurativas → hipersensibilidade a antígenos bacterianos

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2
Q

Piodermite supurativa primária

A

Invasão direta da pele → inflamação e supuração → disseminação via hematogênica → bacteremia e sepse

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3
Q

Piodermite supurativa secundária

A

Infecção primária em outro órgão → inflamação e supuração → disseminação via hematogênica → comprometimento da parede dos vasos cutâneos → trombose vascular com hemorragia com ou sem necrose

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4
Q

Piodermite não-supurativa

A

Infecção primária em outro órgão → produção de toxinas (esfoliativas) e reação de hipersensibilidade → enzimas específicas agem sobre desmossomos da pele → síndrome da pele escaldada estafilocócica (SSSS) e eritema nodoso

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5
Q

Classificação

A

Por etiologia
Localização da infecção na pele

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6
Q

Profundidade da infecção na pele

A

Superficial → impetigo e SSSS
Média (Epiderme e derme) → ectima
Profunda →erisipela e celulite
Profunda com supuração → abscesso e flegmão

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7
Q

Infecções nos anexos

A

Abertura do folículo pilossebáceo → ostiofoliculite
Profundidade do folículo piloso → foliculite
Folículo piloso + glândula sebácea → furúnculo e carbúnculo
Glândula sudorípara écrina → periporite e abscessos lactentes

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8
Q

Infecções do aparelho ungueal

A

Lâmina ungueal → onicoses
Dobras ungueais → paroníquias e panarício

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9
Q

Histopatologia SSSS

A

Acometimento de epiderme e passagem pra derme

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10
Q

Histopatologia impetigo

A

Acomete apenas epiderme

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11
Q

Histopatologia erisipela e celulite

A

Erisipela → acomete epiderme e derme
Celulite → acomete epiderme, derme e subcutâneo

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12
Q

Histopatologia do abscesso

A

Acometimento da derme

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13
Q

Mecanismos de proteção da pele

A

Integridade da camada córnea
Acidez
Microbiota (permanente e transitória)
Sistema imune → células de Langerhans

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14
Q

Fisiopatogenia das infecções

A

Depende → da virulência do microrganismo (potencial invasivo da bactéria), da porta de entrada e da resposta do hospedeiro

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15
Q

Impetigo

A

Agentes → S. pyogenes e S. aureus
Incidência entre 2 a 6 anos
Contágio por contato direto
Agressivo → bacteremia ou glomerulonefrite pós-estreptocóccica
Primário ou secundário → más condições de higiene, superlotação

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16
Q

Impetiginização

A

Por estafilococos
Em eczema, sarna, psoríase, varicela

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17
Q

Impetigo não bolhoso

A

Vesicocrostoso → mais frequente
Em zona de traumatismos mínimos → picadura de inseto, feridas superficiais, lesões de varicela
Autoinoculação de S pyogenes ou S. aureus, lesões satélites e adenopatias locais

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18
Q

Características das lesões do impetigo não bolhoso

A

Vesículas
Crostas melicérias
Pústulas
Eritemas
Lesões satélites

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19
Q

Diagnóstico diferencial do impetigo não bolhoso

A

Micoses superficiais
Herpes simples
Dermatose vesicopustulosa benigna do neonato
Iododerma

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20
Q

Impetigo bolhoso

A

Ocorre em neonatos e crianças pequenas
Agente → S. aureus
Ação de toxinas epidermolíticas em face, períneo, nádegas e extremidades → agem na desmogleína 1 e geram separação dos queratinócitos

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21
Q

Características das lesões do impetigo bolhoso

A

Bolhas flácidas de conteúdo transparente
Crostas melicéricas
Tendência a confluência das lesões e aspecto circinado
Lesão exulcerada → bolha rota (exposição da derme)

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22
Q

Evolução e diagnóstico do impetigo

A

Cura sem cicatriz
Complicação →cicatriz, GNDA em impetigos estreptocócicos

Diagnóstico →cínica, GRAM e cultura

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23
Q

Tratamento do impetigo

A

Limpeza e emoção de crostas
Mupirocina creme (atb tópico) ou ácido fusídico
ATB sistêmico →lesões disseminadas e extensas, sintomas sistêmicos (febre, linfadenomegalia) → Cefalosporinas (cefalexina, cefadroxil), penicilina+clavulanato, eritromicina

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24
Q

Ectima

A

Infecção mais profunda quando comparada ao impetigo
Estende até a derme
Acometimento de crianças

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25
Clínica do ectima
Pústula →lesão ulcerada com crosta espessa e aderida Lesões únicas ou múltiplas em MMSS e MMII Linfadenite regional Evolui com cura e pode ter cicatriz residual
26
Complicação do ectima
Glomerulonefrite
27
Diagnóstico diferencial de ectima
Ectima gangrenoso por P. aeruginosa Esporotricose Pioderma gangrenoso Leishmaniose Úlcera de estase
28
Diagnóstico e tratamento de ectima
Clínico e laboratorial → GRAM e cultura Tratamento → Limpeza e remoção de crostas, mupirocina/ácido fusídico tópico Tratmento sistêmico → cobertura para estafilo e estrepto → cefalosporinas, amoxicilina +clavulanato
29
Síndrome da pele escaldada estafilocócica (SSSS)
Acomete RN, crianças ou adultos Associada a faringites, otites, conjuntivites, etc Etiopatologia → S. aureus, exotoxina esfoliativa A e B
30
Clínica da SSSS
Febre e eritema difuso Bolhas flácidas de rápida rotura → formação de áreas erosivas extensas → retalhos epidérmicos (epiderme destacada) Sinal de Nikolsky presente
31
Sinal de Nikolsky
Fricção de superfície áspera (ex: gaze) com região próxima a bolha gera desprendimento da pele
32
Histopatológico da SSSS
Clivagem alta da epiderme a nível de granulosa → hidrólise mediada da desmogleína 1 por toxina esfoliativa Desmogleína 3 age compensando
33
Diagnóstico diferencial da SSSS
Síndrome de Stevens Johnson Síndrome Lyell (necrólise epidérmica tóxica)
34
Tratamento da SSSS
Hidratação adequada Cuidados com o foco infeccioso → drenagem de abscesso ATB sistêmico→ oxacilina IV
35
Erisipela e Celulite
Acomete todas as idades Localizada principalmente em MMII Favorecidas por → insuficiência venosa crônica, doenças cardiorrespiratórias, DM, imunoeficiências Portas de entrada de Streptococus pyogenes → ulcerações, micoses, trauma
36
Manifestações da erisipela
Aguda, MMII/face/abdome Acomete epiderme e derme profunda Sistêmica → febre, anorexia, leucocitose Eritema rubro delimitado, edema, calor e dor, bolhas e abscessos Linfangite e adenite satélite
37
Complicações da erisipela
Acontece se repetição Linfedema local → edema e fibrose → elefantíase* *pode acontecer também em casos de alternância entre celulite e erisipela
38
Manifestações da celulite
Ocorre em adultos e crianças > 3 ano S. pyogenes ou S. aureus, Haemophilus influenza B Manifestação subaguda, em derme e hipoderme S.pyogenes em MMII e S. aureus em todo o corpo Sistêmicas → febre e leucocitose Eritema, edema, calor, dor e linfadenopatias
39
Celulite orbitária
Infecção grave → destruição rapidamente progressiva de subcutâneo e face da orbita ocular Raro, ocorre em idosos e portadores e comorbidades (DM) Por perda da integridade de barreira ou disseminação hematogênica → agente microbiano implanta no subcutâneo Sitêmico → choque séptico Eritema, edema e cianose → bolha hemorrágica, ulceração, crepitações e necrose cutânea
40
Tratamento erisipela e celulite
Erisipela → repouso, penicilina G cristalina, associar com oxacilina ou bactrim Celulite → cefalosporina ou macrolídeo ou bactrim Celulite periorbital da criança → penicilina, amoxi-clav, eritromicina
41
Foliculite
Infecção estafilocócica do folículo piloso Pode ser superficial, profunda ou secundária
42
Foliculite superficial
Ostiofoliculite, impetigo de Bockhart → pus apenas na epiderme Pústulas foliculares (múltiplas) → ruptura e dessecação → crostas Crescimento do pelo normal
43
Foliculite profunda
Pus na derme Hordéolo → acomete cílios e glândulas de meibomius (gl. sebácea) foliculite decalvante e foliculite queloidiana da nuca
44
Foliculite secundária
Hidradenite Acnne conglobata Cisto pilonial Foliculite dissecante *causas genéticas, hormonais ou imunológicas
45
Furunculose
Infecção estafilocócica de folículo piloso e glândula sebácea Furúnculo e antraz
46
Foliculite decalvante
Crônico, de extensão centrífuga Comum em homes > 40 anos, por S. aureus Pápulas e pústulas foliculares →edema perifolicular, confluência de lesões, formação de placas, extensão total do folíuclo piloso
47
Evolução da foliculite decalvante
Pode ocorrer em couro cabeludo, barba (Sicose lupoide de Brocq), MMII Evolui com formação de fibrose, politriquia (+ fios em 1 abertura folicular), alopecia cicatricial
48
Diagnóstico e tratamento da foliculite decalvante
Clínico, laboratorial (GRAM,cultura), biópsia Tratamento → ATB tópico (mupirocina), ATB sistêmico (dapsona ou rifampicina + clindamicina)
49
Foliculite queloidiana
Acomete homens negros (Cabelo enrolado muito curto) Politriquia → fusão folicular na superfície da pele Pseudofoliculite com estafilococo →ppulopústula folicular, abscessos → fibrose e cicatriz hipertrófica e queloidiana Tratamento →remoção dos pelos encravados, ATB tópico e sistêmico
50
Foliculite secundária
Etiologia desconhecida Tétrade de oclusão folicular → queratinização anormal com obstrução do óstio do folículo piloso, retenção do conteúdo glandular, infecção bacteriana secundária, destruição do folículo piloso
51
Clínica da foliculite secundária
Nódulos inflamatórios profundos e flutuantes com fístula Abscessos múltiplos, intercomunicantes Cicatrizes hipertróficas e queloides Evolui com drenagem do pus por vários orifícios simultâneos, cicatriz cerebriforme e alopecia
52
Tratamento da foliculite secundária
S. aureus → atb sistêmico Isotretinoína Terapia biológica
53
Manifestações da furunculose
Furúnculo → 1 unidade infectada Antraz - +1 furúnculo no mesmo local Nódulo eritematoso, doloroso e quente → evolui com flutuação, ruptura e eliminação do carnicão (tecido necrosado central)
54
Diagnóstico diferencial de furunculose
Hidradenite supurativa Carbúnculo/antraz → doença infecciosa por bactéria Bacillus anthracis, pústulas confluídas com ulceração profunda de fundo enegrecido Miíase furunculoide
55
Tratamento a furunculose
Compressas quentes Sabonete antisséptico Espremedura moderada (contraindicada drenagem cirúrgica) ATB tópico (mupirocina → evitar disseminação) ATB sistêmico → se lesões múltiplas/celulite circunjacente/febre → cefalosporina, amox+clav
56
Tricomicose axilar
Infecção assintomática por Corynebacterium tenuis Pelos com concreções sólidas, com hiperidrose e bromidrose Diagnóstico com exame direto e tratar cortando pelos e imidazólicos tópicos
57
Eritrasma
Infecção por Corynebacterium minutissimum Manchas acastanhadas, descamativas, delimitadas Diagnóstico com luz de Wood, tratar com queratolíticos e clindamicina/eritromicina/imidazólicos
58
Erisipeloide
infecção por Erysipelothrix insidiosa (bacilo GRAM +) Febre baixa, mal estar, linfangite, linfadenopatia Celulite com rubor e regressão após 2 semanas Difícil diagnóstico, tratamento com penicilina
59
Infecções por Pseudomonas
Pus esverdeado, espesso e fétido Ulcerações, abscessos, celulite, paroníquia, unhas azuladas, ectima gangrenoso Tratar com creme de sulfadiazina de prata, ciprofloxacina sistêmica
60
Rinoscleroma
Infecção crônica por Klebsiella rhinoscleromatis Início em fossas nasais → invade faringe, laringe, traqueia, lábio superior Nódulos e nodosidades duros, avermelhados Tratar com estreptomicina, cefalosporina
61
Queratólise plantar sulcada
Infecção de camada córnea por Streptomyces e Corynebacterium Erosões superficiais circulares e crateriformes em região plantar Diagnóstico com GRAM e cultura Tratar com eritromicina tópica, tetraciclina e clindamicina
62
Borreliose
Doença de Lyme → espiroquetas do gênero Borrelia transmitidas pela picada do carrapato Ixodes Acometimento sistêmico em 3 estágios (pele, SNC, respiratório, cardiovascular, ocular e musculoesquelético) Lesão em íris
63
Diagnóstico e tratamento da borreliose
Sorologia IgG e IgM para espiroqueta PCR Cultura pouco sensível Tratamento → doxiciclina, penicilina/cefalosorina em gestantes e crianças Reação tipo Jarisch-Herxheimer → febre, cefaleia, dores, aumento das lesões → continuar terapia