2º Simulado Enem 2024 e Física 18 C Flashcards

(47 cards)

1
Q

Qual a diferença entre a literatura simbolista (A) e a realista (B) no texto de João Pacheco, que enfatiza objetividade e realidade?

A

A literatura simbolista foca na subjetividade, sentimentos e simbolismo, explorando o mundo interior. A literatura realista conforme o texto, prioriza a objetividade, observando cientificamente a realidade, a natureza e os conflitos sociais, rejeitando concepções subjetivas.

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2
Q
A

D

A tirinha de Caco Galhardo mostra um personagem refletindo sobre “questionamentos” da pandemia, mas o outro responde com uma preocupação trivial: “como usar máscara sem embaçar os óculos?!”. O humor surge do contraste (D) entre a expectativa de uma reflexão profunda e a banalidade da resposta, quebrando a expectativa inicial.

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3
Q

Qual a escola de cada um?

  • Maquiavel (Nicolau Maquiavel)
  • Antonio Vieira
  • Gregório de Matos
  • Cláudio Manuel da Costa
  • Tomás Antônio Gonzaga
  • Gonçalves Dias
  • Castro Alves
  • Álvares de Azevedo
  • Cruz e Sousa
  • Alphonsus de Guimaraens
  • Aluísio Azevedo
  • Machado de Assis
  • Augusto dos Anjos
  • Cecília Meireles
  • João Cabral de Melo Neto
  • Carlos Drummond de Andrade
  • Rubem Braga
  • Luis Fernando Veríssimo
A

Maquiavel (Nicolau Maquiavel): Filósofo renascentista italiano do século XVI, Nicolau Maquiavel é conhecido por seu realismo político em O Príncipe e Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio. Suas obras analisam o poder e a governança, priorizando estratégias práticas e influência duradoura no pensamento político.

Antonio Vieira: Padre jesuíta do século XVII, mestre do Barroco, Antonio Vieira destacou-se por sermões como Sermão da Sexagésima e Sermão de Santo Antônio aos Peixes. Sua retórica moralizante defendia a fé cristã e a justiça social, criticando desigualdades com eloquência.

Gregório de Matos: Poeta barroco do século XVII, conhecido como “Boca do Inferno”, Gregório de Matos criticou a sociedade colonial baiana em Poemas Satíricos e expressou devoção em Poemas Líricos. Sua obra combina sátira mordaz, lirismo e religiosidade.

Cláudio Manuel da Costa: Poeta árcade do século XVIII, ligado à Inconfidência Mineira, Cláudio Manuel da Costa escreveu Vila Rica e Obras Poéticas. Suas poesias pastoris refletem ideais de liberdade e estética neoclássica, com influência arcádica.

Tomás Antônio Gonzaga: Também árcade e inconfidente no século XVIII, Tomás Antônio Gonzaga é autor de Marília de Dirceu e Cartas Chilenas. Sua poesia lírica exalta o amor e a natureza, enquanto sua obra épica defende ideais de liberdade.

Gonçalves Dias: Poeta romântico da primeira geração no século XIX, Gonçalves Dias simboliza o indianismo e o nacionalismo em Canção do Exílio e I-Juca-Pirama. Suas obras celebram a pátria e a natureza brasileira com fervor patriótico.

Castro Alves: Romântico da terceira geração no século XIX, Castro Alves, o “poeta dos escravos”, denunciou a escravidão em O Navio Negreiro e Espumas Flutuantes. Sua poesia abolicionista combina dramatismo e engajamento social.

Álvares de Azevedo: Poeta romântico da segunda geração no século XIX, Álvares de Azevedo explorou melancolia, morte e amor idealizado em Lira dos Vinte Anos e Noite na Taverna. Sua obra confessional reflete a sensibilidade juvenil.

Cruz e Sousa: Principal nome do Simbolismo brasileiro no século XIX, Cruz e Sousa, o “Cisne Negro”, escreveu Broquéis e Faróis. Sua poesia simbolista, marcada por musicalidade e misticismo, aborda espiritualidade e questões raciais.

Alphonsus de Guimaraens: Poeta simbolista do século XIX, Alphonsus de Guimaraens produziu Setenário das Dores de Nossa Senhora e Dona Mística. Sua obra destaca-se pelo lirismo místico, amor etéreo e forte religiosidade.

Aluísio Azevedo: Líder do Naturalismo no Brasil no século XIX, Aluísio Azevedo expôs desigualdades sociais e determinismo em O Mulato e O Cortiço. Seus romances analisam o impacto do meio e das condições sociais com rigor científico.

Machado de Assis: Mestre do Realismo no século XIX, Machado de Assis escreveu Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas. Seu estilo irônico e analítico disseca a psicologia humana e a sociedade brasileira com genialidade.

Augusto dos Anjos: Poeta pré-modernista do início do século XX, Augusto dos Anjos misturou cientificismo e existencialismo em Eu e Outras Poesias e Poemas Esquecidos. Seus versos combativos abordam morte e decadência com intensidade.

Cecília Meireles: Poetisa modernista do século XX, Cecília Meireles criou Romanceiro da Inconfidência e Viagem. Sua poesia lírica, sensível e engajada, explora temas históricos e humanos com delicadeza e profundidade.

João Cabral de Melo Neto: Poeta modernista do século XX, João Cabral de Melo Neto é conhecido por Morte e Vida Severina e O Rio. Sua poesia objetiva e anti-lírica foca em questões sociais, especialmente a realidade nordestina.

Carlos Drummond de Andrade: Um dos maiores poetas modernistas do século XX, Carlos Drummond de Andrade escreveu A Rosa do Povo e Sentimento do Mundo. Sua obra, irônica e reflexiva, aborda política, sociedade e a condição humana.

Rubem Braga: Cronista moderno do século XX, Rubem Braga capturou o cotidiano com lirismo em Ai de Ti, Copacabana e A Borboleta Amarela. Considerado o maior cronista brasileiro, suas crônicas são sensíveis e poéticas.

Luis Fernando Veríssimo: Cronista contemporâneo, atuante entre os séculos XX e XXI, Luis Fernando Veríssimo escreveu O Analista de Bagé e Comédias da Vida Privada. Suas crônicas humorísticas oferecem crítica social com leveza e inteligência.

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4
Q

Carpe Diem e Fugere urbem.

A

os dois são do arcadismo; aproveitar o dia e fugir da cidade

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5
Q

Qual é a função da linguagem predominante em um texto que utiliza verbos no imperativo para convencer o leitor a comprar um produto?

A

Referencial: Informa de forma objetiva (ex.: notícias, livros didáticos).
Emotiva: Expressa sentimentos e opiniões do emissor (ex.: “Eu sinto…”).
Conativa (apelativa): Convence o receptor, comum em propagandas (ex.: “Compre agora!”).
Fática: Testa o canal de comunicação, mantendo contato (ex.: “Oi, tudo bem?”).
Poética: Foca na estética da mensagem, com recursos como rimas e metáforas (ex.: poesias).
Metalinguística: Usa o código para explicar o próprio código (ex.: poema sobre poesia).
Um texto pode ter mais de uma função, mas uma predomina, e o ENEM geralmente pergunta qual é a principal.
Resposta à pergunta criada: A função predominante é a conativa (apelativa), pois o uso de verbos no imperativo para convencer o leitor a comprar algo é típico dessa função, comum em propagandas.

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6
Q

Inefável

A

Significa algo que não pode ser expresso ou descrito em palavras, geralmente por ser muito intenso, sublime ou profundo. É usado para falar de experiências ou sentimentos que vão além da capacidade da linguagem, como uma emoção muito forte ou uma beleza indescritível.

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7
Q

Qual é o foco central do trecho de Mauss sobre o trabalho de Durkheim na consolidação da Sociologia como ciência?

A

Mauss destaca o esforço de Durkheim para estabelecer a Sociologia como uma disciplina científica autônoma, rompendo com abordagens subjetivas como moral, política, filosofia e literatura. Durkheim desenvolveu métodos próprios, como a análise comparativa e estatística, para estudar fatos sociais de forma objetiva, consolidando a Sociologia como ciência independente, sem adotar diretamente métodos das Ciências Naturais ou tratar sentimentos como verdades científicas. Sua análise da religião também se focava em estudá-la como fato social, não em uni-la ao pensamento sociológico.

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8
Q

Como Émile Durkheim compreende o processo de transição para a modernidade?

A

Émile Durkheim compreende o processo de transição para a modernidade observando a origem e as transformações nos diferentes tipos de solidariedade. Ele identifica a solidariedade mecânica, típica de sociedades tradicionais unidas por semelhanças e crenças comuns, e a solidariedade orgânica, característica das sociedades modernas, marcadas pela interdependência decorrente da divisão do trabalho.

Exemplo prático: Em uma vila rural do século XIX, os moradores compartilhavam a mesma religião e tradições, refletindo a solidariedade mecânica. Com a industrialização, trabalhadores em uma fábrica urbana dependiam uns dos outros (como operários e engenheiros), exemplificando a solidariedade orgânica, onde a especialização cria interdependência.

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9
Q

Augusto Comte buscava elementos causais não sociais, como fatores metafísicos ou sobrenaturais fora da observação dos fenômenos reais, para explicar o surgimento do mundo contemporâneo?

A

Não, Augusto Comte não buscava elementos causais não sociais, como fatores metafísicos ou sobrenaturais, nem explicações fora da observação dos fenômenos reais. Como criador do positivismo, ele enfatizava que o estudo da sociedade deveria se basear exclusivamente na observação empírica e em métodos científicos. Sua lei dos três estádios (teológico, metafísico e positivo) explica o desenvolvimento histórico por meio de causas sociais observáveis, rejeitando especulações não verificáveis. Portanto, a afirmação é incorreta.

Exemplo de elementos causais não sociais fora da observação: Se Comte adotasse uma abordagem não positivista, ele poderia atribuir o surgimento do mundo contemporâneo a causas como intervenção divina ou forças cósmicas intangíveis, como um “plano celestial” determinando o progresso humano, sem base em dados observáveis.

Exemplo prático positivista: Em vez disso, Comte analisaria a Revolução Industrial observando como a transição do estágio teológico (dominado por crenças religiosas) para o estágio positivo (baseado na ciência) incentivou avanços tecnológicos, como o desenvolvimento da máquina a vapor, impulsionado por descobertas científicas e mudanças sociais concretas, sem recorrer a causas metafísicas ou sobrenaturais.

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10
Q

Como Max Weber explica a transição para a modernidade por meio dos tipos de ação social?

A

Max Weber interpreta a transição para a modernidade através dos seus quatro tipos ideais de ação social: tradicional (guiada por costumes), afetiva (movida por emoções), racional orientada por valores (baseada em crenças ou ideais) e racional orientada por fins (focada em cálculos para alcançar objetivos). Ele destaca que, na modernidade, predomina a ação racional orientada por fins, marcada por escolhas conscientes e calculadas. Esse processo de racionalização impulsiona o surgimento do capitalismo, da burocracia e do avanço científico, moldando uma sociedade mais planejada e eficiente.

Exemplo prático: Um empresário do século XIX que planeja abrir uma fábrica têxtil, analisando custos, lucros e a melhor localização para maximizar resultados, ilustra a ação racional orientada por fins. Diferentemente de uma ação tradicional, como herdar o ofício familiar sem questionar, ele toma decisões baseadas em cálculos estratégicos e metas econômicas.

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11
Q

Na Sociologia, o fato social (Durkheim) e o tipo ideal (Weber) são fundamentais. O fato social caracteriza-se por coerção, exterioridade e generalidade, enquanto o tipo ideal é uma construção analítica. Explique a diferença entre esses conceitos, com exemplos, e esclareça como o tipo ideal, ao criar uma figura conceitual, ajuda a interpretar ações individuais, destacando sua importância sociológica.

A

O fato social, segundo Durkheim, são padrões de comportamento, pensamento ou sentimento externos ao indivíduo, coercitivos e gerais na sociedade. Por exemplo, a norma de usar cinto de segurança é imposta por lei e pressão social, como multas.

O tipo ideal, de Weber, é um modelo teórico que reúne traços essenciais de um fenômeno para interpretar a realidade, incluindo ações individuais. Ele cria uma figura conceitual, mas não julga se alguém “se encaixa” nela; serve para comparar e entender motivações. Por exemplo, o tipo ideal de “protestantismo capitalista” destaca trabalho árduo e poupança. Ao analisar um trabalhador que acumula economias, o sociólogo usa esse modelo para verificar se sua ação reflete valores religiosos ou outras motivações, como necessidade econômica, sem concluir sua individualidade.

O fato social é concreto, regulando comportamentos; o tipo ideal é abstrato, analisando significados. Durkheim foca na coerção coletiva; Weber, nas intenções individuais.

Na Sociologia, fatos sociais mostram como normas moldam a sociedade. Tipos ideais interpretam escolhas individuais, como comportamentos econômicos, comparando-as com modelos teóricos, enriquecendo a análise social.

Contagem de palavras: ~140 (mantendo ~70% das ~150 palavras da resposta anterior).

Exemplo Claro
Imagine o tipo ideal de “estudante modelo”, com características como dedicação, organização e busca por notas altas. Ao estudar um aluno que passa horas revisando conteúdos, o sociólogo usa esse tipo ideal para interpretar suas ações: será que ele estuda por ambição acadêmica, pressão familiar ou medo de reprovação? O tipo ideal não determina se o aluno “é” ou “não é” o estudante modelo, mas ajuda a entender por que ele age assim, comparando sua realidade com o modelo teórico.

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12
Q

Qual é o fundamento das transformações sociais na visão de Karl Marx?

A

Para Karl Marx, o fundamento das transformações sociais está na divisão do trabalho, desenvolvida com o intuito de garantir a ampliação da acumulação de capital. Ele vê o capitalismo como um sistema baseado na exploração da força de trabalho, onde a divisão do trabalho aumenta a produtividade, mas também a alienação, impulsionando mudanças como a industrialização e a urbanização.

Exemplo prático: Nas fábricas inglesas do século XIX, trabalhadores realizavam tarefas repetitivas (como operar uma máquina específica), aumentando a produção de tecidos para os capitalistas. Essa divisão do trabalho gerava lucro, mas alienava os operários, que não controlavam o produto final, como previa Marx.

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13
Q

Como Georg Simmel abordava a análise dos grupos humanos no contexto das transformações sociais?

A

Georg Simmel valorizava a análise qualitativa dos grupos humanos, considerando as interações sociais e os diversos sentimentos envolvidos no processo de organização social. Ele examinava os efeitos da modernidade, como a vida urbana, nas relações humanas, explorando conceitos como sociabilidade e a influência do dinheiro nas interações.

Exemplo prático: Em uma metrópole como Berlim no início do século XX, Simmel observaria a indiferença entre estranhos no transporte público, um sentimento típico da vida urbana. Essa interação fria, mediada pelo dinheiro (como pagar a passagem), reflete a mudança nas relações sociais em comparação com a proximidade de uma vila rural.

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14
Q

Quais características definem o fato social como objeto de estudo da Sociologia, segundo Durkheim?

A

Para Durkheim, o fato social é exterior (independente do indivíduo), coercitivo (impõe-se), geral (comum na sociedade) e objetivo (analisável cientificamente). A violência, como fato social, reflete essas características ao surgir de estruturas sociais e normas.

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15
Q

Qual é o objeto de estudo da sociologia segundo Émile Durkheim, e como ele propõe que esses objetos sejam analisados?

A

Émile Durkheim define os fatos sociais como o objeto central da sociologia, propondo que sejam analisados objetiva e empiricamente, como “coisas”, com base em sua realidade concreta. Ele critica abordagens normativas, que prescrevem como a sociedade deveria ser (ex.: propor que todas as sociedades devem adotar igualdade absoluta sem observar sua viabilidade prática), e idealistas, que se baseiam em ideias abstratas desconectadas da realidade (ex.: imaginar uma sociedade utópica sem conflitos, ignorando evidências de tensões sociais). Em As Regras do Método Sociológico, Durkheim defende uma abordagem científica, livre de preconceitos e juízos de valor, para estudar a sociedade como ela é, com base em dados observáveis, como taxas de criminalidade ou padrões de solidariedade social.

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16
Q

Qual é a essência do método de Karl Marx, segundo o materialismo histórico e dialético, e como a frase do Manifesto Comunista sobre a história das lutas de classe se relaciona com essa abordagem?

A

Karl Marx, por meio do materialismo histórico e dialético, busca compreender as transformações sociais a partir das contradições materiais, especialmente nas relações de produção e nas lutas de classe. A frase do Manifesto Comunista, “a história de todas as sociedades, até os dias de hoje, tem sido a história de lutas de classe”, sintetiza sua visão de que conflitos entre classes (ex.: senhores feudais x servos, burguesia x proletariado) impulsionam as mudanças históricas. Contudo, o método de Marx não se restringe a formular leis gerais e invariáveis, como sugere a citação inicial, mas analisa processos históricos concretos e mutáveis (ex.: a transição do feudalismo ao capitalismo). Sua abordagem dialética enfatiza a dinâmica das contradições, não regras fixas aplicáveis universalmente. Portanto, a interpretação de que Marx buscava apenas “leis invariáveis” é incorreta, pois simplifica a complexidade de seu método, que combina análise histórica específica com a identificação de padrões gerais, como as tensões entre classes sociais.

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17
Q

O que é o tipo ideal em Max Weber, e como ele é usado para estudar culturas?

A

Max Weber criou o conceito de tipo ideal para analisar fenômenos sociais de forma clara e focada. É como um modelo simplificado que destaca traços principais de algo, como a “burocracia” (organização com regras e hierarquia) ou o “capitalismo” (busca por lucro e eficiência). Ele não tenta capturar tudo sobre uma cultura, mas seleciona o que é mais importante para entender e comparar com a realidade. Por exemplo, ao estudar o capitalismo, Weber usou o tipo ideal para destacar como a ética protestante influenciou sua origem, sem descrever cada detalhe das sociedades. A ideia de que Weber queria entender culturas “em sua totalidade” está errada, pois seu método é analítico, evitando visões vagas ou senso comum.

Por exemplo, Weber usou o tipo ideal para estudar como a ética protestante influenciou o capitalismo, focando em traços específicos, não em tudo. Embora seja uma peça-chave para organizar e simplificar a análise, a sociologia de Weber também depende de outros conceitos, como a compreensão interpretativa (Verstehen) e a análise da racionalização. O tipo ideal é mais um instrumento preciso do que o núcleo que move toda a sua teoria.

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18
Q

Marx, Durkheim e Weber romperam com o princípio indutivo na construção da sociologia como ciência da sociedade?

A

A afirmação de que Marx, Durkheim e Weber romperam com o princípio indutivo — que parte de observações específicas para generalizações — não está correta. Durkheim usava indução, analisando dados concretos, como taxas de suicídio, para criar teorias gerais sobre fatos sociais (ex.: em O Suicídio). Marx combinava indução, ao estudar eventos históricos como a Revolução Industrial, com dedução no materialismo histórico para explicar lutas de classe. Weber também aplicava indução, interpretando ações sociais (ex.: a ética protestante no capitalismo) com base em evidências, junto com sua abordagem interpretativa (Verstehen). Os três integravam a indução em seus métodos, combinando-a com outras ferramentas, e não a rejeitaram. Assim, a sociologia como ciência foi construída com o uso do princípio indutivo, não com sua ruptura.

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19
Q

Marx, Durkheim e Weber consideram que a aparência da vida social reflete diretamente sua essência, ou seja, que o que observamos na superfície corresponde exatamente à realidade social em seus fundamentos?

A

A afirmação de que Marx, Durkheim e Weber viam a aparência da vida social como idêntica à sua essência é incorreta. Eles acreditavam que a superfície da sociedade esconde suas causas mais profundas, exigindo análise para revelá-las:

Marx: As aparências, como a ideia de igualdade no capitalismo, escondem a essência, que é a exploração. Por exemplo, o salário parece justo, mas o trabalhador produz mais valor do que recebe, beneficiando o patrão.
Durkheim: Ele distinguia o que as pessoas percebem (aparência) das forças sociais que realmente moldam a sociedade (essência). Por exemplo, alguém pode pensar que casar é só uma escolha pessoal (aparência), mas Durkheim mostrava que o casamento é influenciado por normas sociais e pressões coletivas, como expectativas familiares ou culturais, que são a essência por trás do comportamento.
Weber: Ele destacava que as ações têm motivos internos não visíveis. Por exemplo, uma pessoa pode trabalhar arduamente por crenças religiosas (como protestantes valorizando o esforço), mas só vendo o trabalho (aparência) não se entende a motivação real (essência).

20
Q
A

Alternativa A:
“Poder é o exercício da capacidade de influenciar a tomada de decisões e se organiza em um núcleo uniforme.”

  • Análise:
    Weber define poder como a probabilidade de um ator impor sua vontade, apesar da resistência, em uma relação social. Influenciar decisões é parte disso, mas a ideia de “núcleo uniforme” não corresponde à visão de Weber. O poder é relacional, variado (econômico, político) e não centralizado.
  • Conclusão: Incorreta, pois “núcleo uniforme” não reflete o conceito weberiano.

Alternativa B:
“Poder é a capacidade de autodeterminação de um agente na livre escolha de suas preferências e interesses.”

  • Análise:
    Weber não define poder como “autodeterminação” ou “livre escolha”. Poder é impor a vontade sobre outros, mesmo com resistência, em uma interação social. Autodeterminação remete a liberdade individual, não ao conceito relacional de poder.
  • Conclusão: Incorreta, pois não corresponde à definição de Weber.

Alternativa C:
“Estado é o núcleo organizador dos interesses comuns dos agentes pertencentes aos grupos dominantes.”

  • Análise:
    Weber define Estado como a comunidade que monopoliza a violência física legítima em um território. Não é apenas um organizador de interesses dos grupos dominantes, mas uma instituição que busca legitimidade e estabilidade para a comunidade.
  • Conclusão: Incorreta, pois simplifica a definição de Estado.

Alternativa D:
“Dominação é a probabilidade de que um mandante encontre obediência dos dominados.”

  • Análise:
    Weber define dominação como a probabilidade de um comando encontrar obediência em um grupo, geralmente por legitimidade (tradicional, carismática, racional-legal). A alternativa está próxima, mas omite o “comando específico”, tornando-se genérica.
  • Conclusão: Parcialmente correta, mas a mais alinhada.

Alternativa E:
“Dominação é a probabilidade de um mandante impor sua vontade a outro, mesmo com resistência dos dominados.”

  • Análise:
    Essa alternativa confunde dominação com poder. Dominação implica obediência estruturada, sustentada por legitimidade, não resistência ativa. “Impor a vontade com resistência” alinha-se mais ao poder bruto.
  • Conclusão: Incorreta, pois mistura conceitos.

Conclusão Final:
A Alternativa D é a mais correta, pois reflete a definição de dominação de Weber como a probabilidade de obediência a um comando. Apesar de genérica, é a que melhor se alinha. As demais contêm imprecisões sobre poder, Estado e dominação.

21
Q
A

Vou reformular a análise das alternativas de forma mais clara e concisa, mantendo o foco na sociologia de Max Weber e ajustando a associação da teoria positivista para Auguste Comte, como você apontou.

O texto destaca a abordagem de Max Weber (1864-1920), que priorizava a análise dos fenômenos sociais a partir das ações individuais e seus significados, propondo uma sociologia mais rigorosa e realista, baseada em conceitos e na pesquisa histórico-sociológica para entender os processos sociais modernos.

Análise das alternativas:

  • A) Teoria evolucionista social: Explica o desenvolvimento das sociedades como uma evolução de formas simples para complexas (ex.: Herbert Spencer). Weber não seguia essa linha, pois rejeitava visões lineares de progresso social.
  • B) Teoria do materialismo histórico: Desenvolvida por Karl Marx, foca na luta de classes e nas condições materiais como motor da história. Weber discordava, dando mais peso a ideias, valores e ações individuais.
  • C) Teoria interpretativa ou compreensiva: É a abordagem de Weber. Ele criou a sociologia compreensiva, que busca entender (verstehen) as ações sociais a partir das motivações e significados que os indivíduos atribuem a elas.
  • D) Teoria funcionalista: Associada a Émile Durkheim, analisa como as instituições sociais promovem estabilidade e coesão. Weber não adotava essa perspectiva, focando mais em ações individuais e processos históricos.
  • E) Teoria positivista: Ligada a Auguste Comte, busca explicar os fenômenos sociais por leis gerais, usando métodos das ciências naturais. Weber criticava o positivismo, preferindo uma abordagem interpretativa e histórica.

Resposta correta: C) da teoria interpretativa ou compreensiva. É a que melhor representa a sociologia de Weber, conforme o texto.

22
Q
A

A questão pede para identificar os principais autores articuladores da Sociologia em sua fase inicial de desenvolvimento. Vamos analisar cada alternativa e fornecer um breve contexto sobre os autores mencionados, focando no período inicial da Sociologia, que geralmente é associado ao século XIX.

Análise das alternativas:

A) Marx e Foucault

  • Karl Marx (1818-1883): Marx é um dos pensadores mais influentes da Sociologia, embora não seja um sociólogo no sentido estrito. Ele desenvolveu a teoria do materialismo histórico, analisando as sociedades por meio da luta de classes e das relações de produção. Suas ideias sobre capitalismo e desigualdade social foram fundamentais para o surgimento da Sociologia, especialmente na análise crítica das estruturas sociais.
  • Michel Foucault (1926-1984): Foucault é um filósofo e teórico do século XX, conhecido por suas análises sobre poder, conhecimento e instituições sociais (como prisões e hospitais). Ele pertence a uma fase muito posterior da Sociologia e não esteve envolvido em sua fundação no século XIX.

Conclusão: Essa alternativa está incorreta, pois Foucault não pertence à fase inicial da Sociologia.

B) Comte e Durkheim

  • Auguste Comte (1798-1857): Comte é considerado o “pai da Sociologia”. Ele cunhou o termo “Sociologia” e desenvolveu o positivismo, propondo que a sociedade deveria ser estudada com métodos científicos, como nas ciências naturais. Sua obra, como o “Curso de Filosofia Positiva”, foi fundamental para estabelecer a Sociologia como disciplina.
  • Émile Durkheim (1858-1917): Durkheim é um dos fundadores da Sociologia moderna. Ele consolidou a disciplina como ciência, com obras como “Da Divisão do Trabalho Social” e “O Suicídio”. Durkheim enfatizou os fatos sociais como objetos de estudo e defendeu a análise objetiva das sociedades, influenciado pelo positivismo de Comte.

Conclusão: Essa alternativa está correta, pois ambos os autores foram centrais na fundação e consolidação inicial da Sociologia no século XIX.

C) Aristóteles e Comte

  • Aristóteles (384-322 a.C.): Aristóteles, filósofo grego, contribuiu para diversas áreas do conhecimento, como política e ética. Ele analisou a sociedade em obras como “Política”, mas viveu séculos antes da Sociologia surgir como disciplina. Suas ideias influenciaram o pensamento ocidental, mas ele não é um articulador da Sociologia.
  • Auguste Comte: Como mencionado, Comte é um dos fundadores da Sociologia, essencial para sua fase inicial.

Conclusão: Essa alternativa está incorreta, pois Aristóteles não pertence ao período de fundação da Sociologia.

D) Descartes e Marx

  • René Descartes (1596-1650): Descartes foi um filósofo e matemático francês, conhecido pelo método cartesiano e pelo racionalismo (“Penso, logo existo”). Ele influenciou o pensamento científico, mas não trabalhou com Sociologia, que ainda não existia em sua época.
  • Karl Marx: Como já explicado, Marx foi fundamental para o desenvolvimento da Sociologia, com sua análise crítica das estruturas sociais e econômicas.

Conclusão: Essa alternativa está incorreta, pois Descartes não tem relação com a fundação da Sociologia.

E) Durkheim e Chartier

  • Émile Durkheim: Como já mencionado, Durkheim é um dos pilares da Sociologia inicial, com contribuições fundamentais para a consolidação da disciplina.
  • Roger Chartier (1945-): Chartier é um historiador francês contemporâneo, conhecido por seus estudos em história cultural e práticas de leitura. Ele pertence a uma fase muito posterior e não está ligado à fundação da Sociologia.

Conclusão: Essa alternativa está incorreta, pois Chartier não pertence à fase inicial da Sociologia.

Resposta correta: B) Comte e Durkheim

Ambos foram fundamentais na fase inicial da Sociologia: Comte ao criá-la como disciplina e Durkheim ao consolidá-la como ciência empírica no final do século XIX.

23
Q
A

A

A frase da questão é mal formulada: a primeira parte (“todo fato social analisado, definido e interpretado sociologicamente”) sugere que todo fato já foi estudado, o que é falso, e cria tautologia na alternativa C (Fato Social), pois implica que um fato social só é fato social se analisado, o que é redundante. A segunda parte (“todo fato que pode ser objeto da ciência”) fala de potencial de estudo, o que é mais correto. Dado isso, “fenômeno social” é o termo mais adequado, pois descreve os fatos que podem ser estudados pela Sociologia, sem tautologia ou a implicação errada de que todos já foram analisados. Para Durkheim, fato social é análise de estudo, não é fato social somente após ter sido estudado.

24
Q
A

Max Weber define ação social como uma conduta humana com sentido subjetivo, orientada para outros indivíduos ou para a sociedade. Ele a divide em quatro tipos: tradicional (baseada em costumes), afetiva (guiada por emoções), racional com relação a valores (orientada por crenças) e racional com relação a fins (focada em objetivos).

Para evitar confusão, comparemos com outros conceitos de Weber. Tipos ideais são modelos teóricos abstratos (ex.: burocracia) usados para analisar fenômenos sociais, servindo como padrões de comparação, e não como descrição da realidade. Formas de dominação descrevem o poder legítimo: tradicional (ex.: monarquia), carismática (ex.: líder revolucionário) e racional-legal (ex.: burocracia moderna). A dominação foca na obediência e no poder, enquanto a ação social se centra na motivação individual do comportamento.

Análise das alternativas:

  • A) A ordem social obriga o indivíduo a maneira como ele deve agir em sociedade.
    Essa ideia remete a Durkheim (fatos sociais coercitivos). Weber, porém, enfatiza a liberdade do indivíduo na ação social, guiada por motivações subjetivas, não por obrigação. A obediência não é o foco da ação social, que se baseia no sentido que o indivíduo dá à sua conduta. Errada.
  • B) A motivação do indivíduo não interfere em sua ação social.
    Contradiz Weber. A ação social é definida pela motivação e pelo sentido subjetivo (ex.: na ação racional com relação a fins, a motivação é alcançar um objetivo). Se a motivação não interferisse, o comportamento não seria uma ação social, segundo Weber. Errada.
  • C) Os valores sociais de um indivíduo não influenciam em sua ação social.
    Errado. Weber destaca que valores influenciam a ação social, como na ação racional com relação a valores (ex.: agir por princípios éticos). Negar essa influência vai contra a definição de ação social, que pode ser orientada por crenças e valores do indivíduo. Errada.
  • D) Ação social e relação social têm o mesmo sentido e significado.
    Weber diferencia os conceitos. Ação social é o comportamento individual com sentido (ex.: doar por caridade). Relação social é a interação mutuamente orientada (ex.: um contrato). Embora relacionados, não são o mesmo, pois a ação social foca na motivação individual, e a relação social, na interação. Errada.
  • E) Ação social é a conduta humana dotada de sentido, o indivíduo a produz, por meio de valores sociais e da sua motivação.
    Correto. Reflete a teoria de Weber: ação social é uma conduta com sentido subjetivo, produzida pelo indivíduo e orientada por motivações, que podem incluir valores (ex.: ação racional com relação a valores) ou outros fatores (ex.: ação racional com relação a fins).

Resposta correta: E) Ação social é a conduta humana dotada de sentido, o indivíduo a produz, por meio de valores sociais e da sua motivação.
Essa opção captura o conceito de ação social de Weber, distinguindo-o de outros conceitos como tipos ideais e formas de dominação, já apresentados na introdução.

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**Análise das alternativas:** - **A) Liderou a conquista do México aos astecas.** Hernán Cortés liderou a expedição que conquistou o Império Asteca entre 1519 e 1521, derrotando Montezuma II e fundando a Cidade do México sobre Tenochtitlán. O poema reflete essa vitória: "palmas do triunfo" remete à conquista, e "terras sem limites" ao vasto território mexicano. Um fator crucial foi sua relação com Malinche (ou Doña Marina), uma mulher nahua que se tornou sua intérprete e amante. Malinche, fluente em náhuatl e maia, e aprendendo espanhol, ajudou Cortés a formar alianças com povos como os tlaxcaltecas, inimigos dos astecas. Ela também forneceu informações estratégicas, como planos de emboscadas, o que foi essencial para o sucesso da conquista. Essa alternativa está correta. - **B) Liderou a conquista do Peru aos incas.** A conquista do Peru foi liderada por Francisco Pizarro, entre 1532 e 1533, não por Cortés. Errada. - **C) Fundou a colônia de La Española, onde foi criado o primeiro núcleo de povoamento na América, com o nome de Isabela.** La Española foi colonizada por Cristóvão Colombo, que fundou Isabela em 1494. Cortés não esteve envolvido. Errada. - **D) Foi o responsável pela descoberta da ilha de Trinidad.** Trinidad foi descoberta por Colombo em 1498. Cortés não participou disso. Errada. - **E) Foi o responsável pela exploração do Rio da Prata, conquistando os territórios do Paraguai, Uruguai e Argentina.** O Rio da Prata foi explorado por Pedro de Mendoza e Juan Díaz de Solís, não por Cortés, que atuou no México. Errada. **Resposta correta: A) Liderou a conquista do México aos astecas.** O poema de Lope de Vega reflete a vitória de Cortés sobre os astecas, facilitada por Malinche, cuja colaboração como intérprete e informante foi decisiva para a conquista.
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Qual cidade brasileira foi o principal ponto de desembarque de africanos escravizados durante o período do tráfico negreiro, considerando os fatores geográficos e históricos?
Geografia: O Rio de Janeiro se destacou como o principal ponto de desembarque devido à sua localização estratégica na região portuária, que facilitava o acesso e a distribuição de escravizados para o interior do Brasil, especialmente durante o auge do tráfico negreiro. História: O Rio de Janeiro, como capital do Brasil entre 1763 e 1960, foi o maior ponto de chegada de africanos escravizados nas Américas, recebendo cerca de 1 milhão de pessoas entre 1811 e 1831. Esse papel foi impulsionado pela mineração no século XVIII, que centralizou a economia na região, atraindo grande número de escravizados.
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Vamos analisar cada alternativa com base no contexto histórico do panfleto de 1798, distribuído em Salvador, que propõe uma revolução contra a monarquia e a favor de ideais de liberdade e igualdade. **A. Conjuração dos Alfaiates, movimento influenciado pela Revolução Francesa que apresentou nas suas propostas um projeto republicano e abolicionista.** A Conjuração dos Alfaiates, também conhecida como Revolta dos Alfaiates ou Conjuração Baiana, foi de fato um movimento ocorrido em 1798 em Salvador, Bahia. Foi fortemente influenciado pelos ideais da Revolução Francesa (1789), como liberdade, igualdade e fraternidade. O movimento era composto por pessoas de classes populares, incluindo alfaiates, soldados e escravizados, e defendia a abolição da escravatura e a instauração de uma república. Essa alternativa está **correta**, pois reflete os objetivos do movimento descrito no panfleto. **B. Confederação do Equador, movimento revolucionário que pretendia derrubar o imperador D. Pedro I e proclamar a República na região nordeste brasileira.** A Confederação do Equador ocorreu em 1824, após a Independência do Brasil (1822), na região Nordeste, especialmente em Pernambuco. Foi um movimento contra o autoritarismo de D. Pedro I e buscava estabelecer uma república na região, com ideais liberais e separatistas. No entanto, o panfleto de 1798 é anterior a esse evento e está ligado à Conjuração Baiana, não à Confederação do Equador. Além disso, a Confederação do Equador não tinha como foco principal a abolição da escravatura, diferentemente do que o panfleto sugere. Essa alternativa está **incorreta**. **C. Conjuração Baiana, movimento contrário à outorga da carta constitucional por D. Pedro I e defensor de um projeto republicano aos moldes dos EUA.** A Conjuração Baiana é outro nome para a Revolta dos Alfaiates de 1798, o que torna essa alternativa parcialmente correta ao identificar o movimento. No entanto, há um erro significativo: o panfleto é de 1798, durante o período colonial, quando o Brasil ainda era uma colônia de Portugal, e D. Pedro I só se tornaria imperador em 1822, após a Independência. A outorga da Constituição por D. Pedro I ocorreu em 1824, muito depois do panfleto. Além disso, embora a Conjuração Baiana defendesse um projeto republicano, não há evidências claras de que se inspirava diretamente no modelo dos EUA; a inspiração principal vinha da Revolução Francesa. Essa alternativa está **incorreta** devido aos anacronismos e à imprecisão sobre as influências. **D. Revolta do Malês, movimento liderado por escravos islamizados que planejavam tomar Salvador e escravizar os senhores brancos e os negros nascidos no Brasil.** A Revolta dos Malês aconteceu em 1835, em Salvador, e foi liderada por escravizados africanos islamizados (os "malês"). O movimento tinha como objetivo libertar os escravizados e estabelecer uma liderança islâmica na região, mas não há evidências de que planejassem escravizar os senhores brancos ou os negros nascidos no Brasil. Seu foco era a luta contra a opressão e a escravidão, e o panfleto de 1798 não se alinha com esse contexto, pois a Revolta dos Malês é posterior e tinha objetivos distintos, mais ligados à identidade religiosa e étnica dos africanos islamizados. Essa alternativa está **incorreta**. **E. Sabinada, movimento das camadas médias de Salvador que tinha como objetivo criar uma república provisória até a maioridade do imperador D. Pedro II.** A Sabinada ocorreu entre 1837 e 1838, também em Salvador, durante o Período Regencial (1831-1840), quando D. Pedro II ainda era menor de idade. O movimento, liderado por Francisco Sabino, buscava criar uma república temporária na Bahia até que D. Pedro II atingisse a maioridade, mas não tinha como foco principal a abolição da escravatura, como o panfleto de 1798 sugere. Além disso, a Sabinada é muito posterior ao Arizona (1831) e não se alinha com o contexto do panfleto de 1798. Essa alternativa está **incorreta**. Conclusão A alternativa **A** é a correta, pois o panfleto está diretamente ligado à Conjuração dos Alfaiates (ou Conjuração Baiana), que foi influenciada pela Revolução Francesa e defendia ideais republicanos e abolicionistas. As demais alternativas contêm erros históricos ou não correspondem ao contexto do panfleto de 1798.
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Na sociedade medieval, havia uma visão tradicional que dividia as pessoas em três figuras clássicas, conhecidas como ordens ou estamentos: os oratores (monges e clérigos, que rezavam), os bellatores (cavaleiros, que lutavam) e os laboratores (camponeses, que trabalhavam). Essa trilogia, mencionada no excerto de Pierre Monnet, era a base da organização social da Idade Média, e cada grupo tinha um papel bem definido. O mercador, no entanto, não se encaixava nessa estrutura tradicional. Ele era uma figura emergente, associada ao comércio e à economia de mercado, que começava a ganhar importância com o crescimento das cidades e das rotas comerciais. Por isso, o texto diz que a trilogia "a priori, não dava lugar à mercadoria", ou seja, o mercador era excluído dessa visão clássica, mas sua crescente relevância começava a questionar essa ordem estabelecida. A alternativa C está incorreta, porque, embora as grandes cidades eclesiásticas tivessem influência significativa, elas não governavam toda a sociedade medieval de forma centralizada. A sociedade era fragmentada, com múltiplos centros de poder (reis, senhores feudais, Igreja, cidades comerciais), e o termo "patriarcado" não reflete com precisão a organização da Igreja Católica no Ocidente medieval. Vamos analisar cada alternativa com base no contexto do excerto de Pierre Monnet, que discute a ascensão do "mercador medieval" e sua relevância em diferentes aspectos da sociedade medieval, considerando os cavaleiros, camponeses e monges como parte de uma trilogia típica da época. **A. Ordenada pelos princípios comunitários do cristianismo primitivo.** O cristianismo primitivo enfatizava a igualdade, a partilha de bens e a vida em comunidade, como descrito nos Atos dos Apóstolos. No entanto, a sociedade medieval era hierárquica e dividida em ordens (oratores, bellatores e laboratores), ou seja, clérigos (monges), cavaleiros e camponeses, que não seguiam necessariamente os princípios comunitários do cristianismo primitivo. O mercador, como figura emergente, desafiava essa estrutura ao introduzir uma nova dinâmica econômica e social, mas a sociedade medieval não era ordenada pelos princípios do cristianismo primitivo. Essa alternativa está **incorreta**. **B. Integrada pela unidade linguística das populações da Europa.** Na Idade Média, a Europa não possuía uma unidade linguística. Havia uma grande diversidade de línguas e dialetos, como o latim (usado pela Igreja e em documentos oficiais), o francês, o germânico, o eslavo, entre outros. O latim era a língua franca do clero e da intelectualidade, mas as populações locais falavam línguas vernáculas distintas. A figura do mercador, que viajava e negociava, não dependia de uma unidade linguística para se inserir na sociedade, e a sociedade medieval não era unificada linguisticamente. Essa alternativa está **incorreta**. **C. Governada pelo patriarcado das grandes cidades eclesiásticas.** As grandes cidades eclesiásticas, como Roma, Canterbury ou Santiago de Compostela, tinham influência significativa na Idade Média, especialmente por meio da Igreja, que exercia poder espiritual e, em alguns casos, político. No entanto, o termo "patriarcado" aqui é impreciso, pois remete mais a uma estrutura de poder masculino ou eclesiástica específica, como no caso da Igreja Ortodoxa, e não reflete a organização geral da sociedade medieval ocidental. Além disso, a sociedade medieval era governada por uma combinação de poderes feudais, monárquicos e eclesiásticos, e não exclusivamente pelas cidades eclesiásticas. O mercador, por sua vez, surgia mais em centros comerciais (como Bruges ou Veneza) do que em cidades estritamente eclesiásticas. Essa alternativa está **incorreta**. **D. Sustentada pela economia de baixa produção de excedentes.** A economia medieval era predominantemente agrária e feudal, baseada na produção de subsistência, com baixa geração de excedentes. Os camponeses produziam o suficiente para suas necessidades e para pagar tributos aos senhores feudais, enquanto os monges e cavaleiros dependiam dessa produção. Nesse contexto, o mercador representava uma mudança, pois sua atividade estava ligada ao comércio e à circulação de bens, o que começava a gerar excedentes e a estimular a economia de mercado. O excerto destaca que o mercador "pode nos levar a questionar" a trilogia tradicional, sugerindo que ele introduzia uma nova dinâmica econômica. Portanto, a sociedade medieval era, de fato, sustentada por uma economia de baixa produção de excedentes, e o mercador desafiava esse modelo. Essa alternativa está **correta**. **E. Protegida pela organização militar caracteristicamente popular.** A sociedade medieval não era protegida por uma organização militar "caracteristicamente popular". A defesa era responsabilidade dos cavaleiros e senhores feudais (bellatores), que formavam uma elite militar. A população em geral, como camponeses e mercadores, não tinha uma organização militar própria, embora pudesse ser convocada em tempos de guerra. A proteção era hierárquica e dependia do sistema feudal, não de uma estrutura militar popular. O mercador, por sua vez, muitas vezes precisava pagar por proteção ou organizar caravanas para se defender de ataques, mas isso não caracteriza uma organização militar popular. Essa alternativa está **incorreta**. Conclusão A alternativa **D** é a correta, pois a sociedade medieval era sustentada por uma economia agrária de baixa produção de excedentes, e o surgimento do mercador, como destacado no excerto, questionava essa estrutura ao introduzir novas dinâmicas econômicas. As demais alternativas contêm imprecisões ou não refletem o contexto histórico da Idade Média.
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Contexto histórico Durante a União Ibérica (1580-1640), Portugal e Espanha estiveram sob o mesmo monarca, o que tornou o Tratado de Tordesilhas (1494) – que dividia as terras do Novo Mundo entre os dois países – menos relevante, já que as coroas estavam unidas. Nesse período, os portugueses expandiram seus territórios no interior do Brasil, através de atividades como as bandeiras, a mineração e a pecuária, ultrapassando os limites de Tordesilhas. Após a Restauração da independência portuguesa em 1640, foi necessário renegociar as fronteiras coloniais, já que os limites reais não correspondiam mais ao tratado original. Análise das alternativas **A. O desrespeito aos limites estabelecidos no Tratado de Tordesilhas restringiu-se à região da América do Sul.** O Tratado de Tordesilhas (1494) definia uma linha imaginária a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras "descobertas e por descobrir" entre Portugal (a leste) e Espanha (a oeste). Durante a União Ibérica, os portugueses avançaram para o interior do Brasil, especialmente na América do Sul, ocupando áreas que, pelo Tratado de Tordesilhas, pertenceriam à Espanha. No entanto, o desrespeito aos limites de Tordesilhas não se restringiu à América do Sul; também houve disputas em outras regiões, como na Ásia (ex.: Molucas) e na África, onde Portugal e Espanha competiam por influência. Essa alternativa está **incorreta**, pois o desrespeito não se limitou à América do Sul. **B. O Tratado de Madri foi cumprido integralmente por ambas as partes, até sua revogação.** O Tratado de Madri (1750) foi um marco na definição das fronteiras coloniais, baseando-se no princípio do *uti possidetis* (posse de fato), que reconhecia as terras ocupadas por cada país até então, anulando o Tratado de Tordesilhas. Ele estabeleceu limites que deram ao Brasil uma extensão próxima à atual (exceto o Acre, que seria incorporado mais tarde). No entanto, o Tratado de Madri não foi cumprido integralmente. Houve resistências, como a dos povos indígenas dos Sete Povos das Missões, que não aceitaram a entrega de suas terras aos portugueses, levando à Guerra Guaranítica (1753-1756). Além disso, o tratado foi anulado pelo Tratado de El Pardo (1761), o que mostra que não foi cumprido até sua revogação. Essa alternativa está **incorreta**. **C. O Tratado de Santo Ildefonso (1777) levou à Guerra Guaranítica, violenta luta armada envolvendo portugueses, espanhóis e indígenas.** O Tratado de Santo Ildefonso (1777) foi assinado após a anulação do Tratado de Madri pelo Tratado de El Pardo (1761). Ele redefiniu as fronteiras, mas não foi a causa direta da Guerra Guaranítica. A Guerra Guaranítica (1753-1756) ocorreu antes, como consequência do Tratado de Madri (1750), que determinou a entrega dos Sete Povos das Missões aos portugueses, o que gerou resistência dos indígenas guaranis, apoiados por jesuítas, contra portugueses e espanhóis. O Tratado de Santo Ildefonso veio depois e buscou resolver disputas remanescentes, mas não desencadeou a Guerra Guaranítica. Essa alternativa está **incorreta**. **D. As fronteiras constantes no Tratado de Badajoz (1801) confirmavam aquelas que, basicamente, tinham sido definidas pelo Tratado de Madri (1750).** O Tratado de Badajoz (1801) foi assinado no contexto das guerras napoleônicas e reafirmou, de modo geral, as fronteiras estabelecidas pelo Tratado de Madri (1750), que haviam sido anuladas pelo Tratado de El Pardo (1761). O Tratado de Madri baseava-se no *uti possidetis*, reconhecendo as terras ocupadas de fato por Portugal e Espanha, e o Tratado de Badajoz, ao confirmar essas fronteiras, consolidou os limites que deram ao Brasil uma configuração próxima à atual. Essa alternativa está **correta**, pois reflete a continuidade das fronteiras definidas em 1750. **E. Os Sete Povos das Missões, hoje solo gaúcho, foram fundados pelos portugueses, em consequência da fundação da Colônia de Sacramento, hoje solo uruguaio, pelos espanhóis.** Os Sete Povos das Missões, localizados na região que hoje é parte majoritariamente do Rio Grande do Sul, foram fundados por jesuítas espanhóis, não pelos portugueses. As missões eram reduções organizadas pelos jesuítas para catequizar os indígenas guaranis, e foram estabelecidas no século XVII, sob controle espanhol. A Colônia de Sacramento, fundada pelos portugueses em 1680 (hoje no Uruguai), foi uma tentativa de expansão portuguesa na região do Prata, mas não teve relação direta com a fundação dos Sete Povos. Na verdade, a Colônia de Sacramento gerou disputas entre Portugal e Espanha, e sua posse foi trocada várias vezes, sendo um dos pontos tratados nos acordos posteriores, como o Tratado de Madri. A alternativa inverte os papéis: os Sete Povos foram fundados pelos espanhóis, e a Colônia de Sacramento, pelos portugueses. Essa alternativa está **incorreta**. Conclusão A alternativa **D** é a correta, pois o Tratado de Badajoz (1801) de fato confirmou as fronteiras que haviam sido definidas pelo Tratado de Madri (1750), consolidando os limites territoriais entre as colônias portuguesas e espanholas. As demais alternativas contêm erros históricos ou cronológicos.
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B O texto deixa claro que, para sustentar a estrutura criada pelos Monarcas a partir da consolidação do Absolutismo, apenas o provento deles era insuficiente. A necessidade da criação de impostos mostra o imperativo de constituição de uma base econômica para sustentar a organização estatal.
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Contexto histórico A descoberta de ouro no Brasil ocorreu no final do século XVII e início do século XVIII, especialmente em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Isso marcou o chamado "ciclo do ouro", que transformou a economia colonial, atraiu populações e gerou novas dinâmicas sociais e administrativas. A Coroa portuguesa buscou controlar a produção e a arrecadação de tributos, o que levou à criação de estruturas específicas e à redefinição de territórios. Análise das alternativas **A. A mineração no Brasil só foi realmente efetivada após a confirmação da posse portuguesa sobre os territórios potencialmente viáveis para a exploração mineral (Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás), reconhecidos e legitimados pelos Tratado de Madri e de Petrópolis.** O Tratado de Madri (1750) redefiniu as fronteiras coloniais entre Portugal e Espanha, reconhecendo a expansão portuguesa em territórios como Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, com base no princípio do *uti possidetis*. No entanto, a mineração no Brasil começou bem antes, no final do século XVII, com a descoberta de ouro em Minas Gerais (1690s). O Tratado de Petrópolis (1903), que definiu a fronteira com a Bolívia e incorporou o Acre, é muito posterior e não tem relação com a mineração do século XVIII. Portanto, a mineração não dependeu da confirmação desses tratados para ser efetivada; ela já estava em pleno funcionamento antes do Tratado de Madri. Essa alternativa está **incorreta**. **B. Para o desenvolvimento da exploração aurífera em Cuiabá, capitania de Mato Grosso, foi criada uma estrutura de escoamento da produção que utilizava uma rota flúvio-terrestre denominada monções e que, posteriormente, deu origem a algumas localidades no sul da antiga capitania de Mato Grosso.** A exploração aurífera em Cuiabá, iniciada no início do século XVIII (1719), dependia de uma rota de escoamento para transportar o ouro e suprir a região. As monções eram expedições flúvio-terrestres que partiam de São Paulo e Porto Feliz, navegando por rios como o Tietê, Paraná e Cuiabá, para chegar a Mato Grosso. Essas expedições não apenas escoavam o ouro, mas também levavam suprimentos e colonos, contribuindo para o povoamento de áreas ao longo do caminho, especialmente no sul da antiga capitania de Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul). Essa alternativa está **correta**, pois descreve com precisão o papel das monções e seus desdobramentos. **C. A produção aurífera nas Minas Gerais foi resultado do processo de investigação no interior do continente promovido por exploradores do Rio de Janeiro ligados à corte. Após instalada a rede mineradora em Ouro Preto e em Mariana, a produção era escoada pela estrada real Ouro Preto-Petrópolis.** A descoberta do ouro em Minas Gerais no final do século XVII foi resultado de expedições de bandeirantes paulistas, não de exploradores do Rio de Janeiro ligados à corte. Ouro Preto e Mariana tornaram-se centros da mineração, e a produção era escoada por caminhos como a Estrada Real, mas a rota principal era o "Caminho Velho" (Ouro Preto-Paraty) ou o "Caminho Novo" (Ouro Preto-Rio de Janeiro), criados para levar o ouro ao porto e, de lá, a Portugal. Não havia uma estrada real Ouro Preto-Petrópolis; Petrópolis, fundada no século XIX, é posterior à mineração do século XVIII. Essa alternativa está **incorreta**. **D. A descoberta do ouro em Minas Gerais provocou uma série de contravenções relacionadas à tributação do metal precioso, buscando um caminho alternativo que ligava Minas Gerais até a província Cisplatina, contribuindo, posteriormente, para a independência dessa região da dominação portuguesa.** A descoberta do ouro em Minas Gerais levou a contravenções, como o contrabando, devido aos altos impostos cobrados pela Coroa (o "quinto", ou 20% da produção). Um caminho alternativo, o "Caminho do Viamão", ligava Minas Gerais ao Sul, passando por São Paulo até o Rio Grande do Sul, e servia para escoar ouro de forma ilegal, evitando os impostos. A província Cisplatina (atual Uruguai) foi anexada por Portugal em 1817, mas se tornou independente em 1828, após a Guerra Cisplatina, formando o Uruguai. No entanto, o contrabando de ouro no século XVIII não teve relação direta com a independência da Cisplatina, que ocorreu muito depois e por outros motivos (conflitos entre Brasil, Argentina e aspirações locais). Essa alternativa está **incorreta**. **E. A exploração do ouro no interior do continente, no início do século XVIII, fez com que a capitania do Rio de Janeiro, visando a controlar a arrecadação de tributos provenientes da mineração, incorporasse os territórios de São Paulo, de Minas Gerais e de Mato Grosso à sua jurisdição até a década de 1860, quando esses territórios se tornaram independentes novamente.** No início do século XVIII, o Rio de Janeiro ganhou importância por ser o porto de escoamento do ouro de Minas Gerais, e a Coroa transferiu a capital da colônia de Salvador para o Rio em 1763. No entanto, a capitania do Rio de Janeiro não incorporou São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso à sua jurisdição. Minas Gerais foi criada como capitania independente em 1720, separada de São Paulo, para melhor controlar a mineração. Mato Grosso também se tornou uma capitania autônoma em 1748. Não há registro de uma unificação administrativa sob o Rio de Janeiro até a década de 1860, nem de uma "independência" desses territórios nesse período (a independência do Brasil ocorreu em 1822). Essa alternativa está **incorreta**. --- Conclusão A alternativa **B** é a correta, pois as monções foram, de fato, uma estrutura flúvio-terrestre usada para escoar a produção aurífera de Cuiabá, contribuindo para o povoamento de áreas no sul da antiga capitania de Mato Grosso. As demais alternativas contêm erros históricos ou cronológicos.
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A imagem é uma fotografia aérea oblíqua baixa (próxima a superfície). As fotografias aéreas podem ser feitas por câmeras acopladas em aviões em altitudes variáveis. Podem ser coloridas ou preto e branco com variações de cinza. Podem sofrer a interferência de nuvens. Costumam ser utilizadas para a análise do uso e ocupação do solo, planejamento urbano, plane jamento agropecuário e pesquisas ambientais. Muitas são usadas para a produção de mapas em escala grande, próximas à realidade local. Gabarito: B
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Projeções cartográficas são ferramentas para transpor a superfície tridimensional do globo terrestre (3D) para um mapa bidimensional (2D). Problema matemático: é impossível transpor uma superfície esférica para uma plana sem distorções, que são erros ou deformações no mapa. Tipos de Projeções Projeção Cilíndrica Mais utilizada, comum em mapas-múndi. Funciona como se o globo fosse envolto por um cilindro imaginário, com a superfície terrestre projetada nas bordas do cilindro. Regiões próximas à linha do equador (baixas latitudes) têm menos distorções; regiões de altas latitudes (afastadas do equador) são mais distorcidas. Exemplos: Projeção de Mercator: cilíndrica e conforme, mantém formas e ângulos proporcionais (ideal para navegação), mas distorce áreas. Projeção de Peters (Gall-Peters): cilíndrica e equivalente, mantém áreas proporcionais à realidade, mas distorce formas e ângulos. Projeção Cônica O globo é envolto por um cone imaginário. Menos distorções na região onde o cone encosta no globo (médias latitudes). Ideal para representar regiões como Estados Unidos, Europa e norte da Ásia. Projeção Plana (Azimutal) Uma superfície plana é colocada sobre o globo, com contato em um único ponto. Menos distorções no ponto de contato; distorções aumentam com a distância desse ponto. Usada para mapear os polos (Polo Norte ou Polo Sul), com melhor representação das regiões polares, que são áreas de alta latitude (próximas aos 90° de latitude norte ou sul). Alta latitude refere-se a regiões próximas aos polos, onde as condições climáticas são extremas e as distorções em outras projeções (como a cilíndrica) são significativas, tornando a projeção azimutal ideal para essas áreas. Bandeira da ONU: A bandeira da Organização das Nações Unidas utiliza a projeção azimutal equidistante, centrada no Polo Norte, para representar o mapa-múndi, simbolizando a unidade global. Essa escolha destaca a eficácia da projeção azimutal em representar áreas de alta latitude com mínima distorção no ponto central.
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Revisão.
Aristóteles desenvolveu a teoria da substância, segundo a qual um ser é composto por matéria (o substrato físico) e forma (a essência que o define). Diferentemente do que foi sugerido, ele não separa matéria e forma, mas as integra, argumentando que a forma se manifesta na matéria. Além disso, o trecho menciona uma “forma” eterna e imutável, o que se alinha mais à teoria das Ideias de Platão do que à perspectiva aristotélica, que vê a forma como imanente aos seres materiais. Assim, essa interpretação é incorreta, pois distorce o pensamento de Aristóteles e não reflete o trecho. A frase “o homem é a medida de todas as coisas” é de Protágoras, um sofista, e não de Sócrates. Este, por meio da maiêutica, buscava verdades universais através do diálogo e da reflexão, questionando opiniões para alcançar conceitos objetivos. O trecho, ao enfatizar uma “forma” eterna e imutável, não corresponde ao método socrático, que é dinâmico e pouco metafísico. Portanto, essa interpretação é equivocada, pois não representa o pensamento de Sócrates nem o conteúdo do trecho. Na filosofia de Platão, a doxa refere-se ao conhecimento sensorial, inferior e associado ao mundo sensível, onde tudo é mutável. A verdade, por sua vez, pertence ao mundo inteligível, acessado pela razão, e não pelos sentidos. Conhecer as Ideias (como a “forma do cavalo” mencionada no trecho) exige transcender a doxa, e não valorizá-la. Assim, a interpretação apresentada é incorreta, pois contraria a epistemologia platônica, que rejeita o conhecimento sensorial como via para a verdade. Na teoria das Ideias de Platão, há uma distinção entre dois mundos: o sensível, composto por objetos materiais, mutáveis e perecíveis (como um cavalo individual que envelhece), e o inteligível, lar das Ideias perfeitas, eternas e imutáveis (como a “forma do cavalo” do trecho). O trecho reflete essa dicotomia ao contrastar o cavalo individual (mutável) com a “forma do cavalo” (eterna). Portanto, essa interpretação é correta, pois está alinhada ao pensamento platônico e ao conteúdo do trecho.
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Contexto resumido Antes de Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), a Grécia vivia o **período clássico** (500-323 a.C.), com o auge das pólis (Atenas, Esparta), marcado por filosofia (Platão, Aristóteles) e conflitos como a Guerra do Peloponeso, que as enfraqueceu. Filipe II da Macedônia unificou a Grécia (338 a.C.). Alexandre expandiu o império, promovendo a **helenização**, e após sua morte (323 a.C.), o **período helenístico** (323-31 a.C.) começou, com fragmentação política. Epicuro (341-270 a.C.) desenvolveu sua filosofia nesse período, focando na **ataraxia** (tranquilidade) e na retirada da vida pública, como no texto: "obtemos uma segurança ainda mais completa vivendo tranquilamente longe da multidão". Análise enriquecida das alternativas - **A. Caracteriza o pensamento do período helenístico grego.** Correto. O período helenístico, iniciado após a morte de Alexandre, foi marcado por instabilidade política e cultural devido à divisão do império entre os Diádocos (ex.: Ptolomeus no Egito, Selêucidas na Síria). Filosofias como a de Epicuro e o estoicismo (fundado por Zenão de Cítio) surgiram como respostas práticas a esse contexto, focando na ética individual e no bem-viver, em vez da participação política das pólis clássicas. Epicuro, com sua ênfase na autossuficiência e na busca por prazeres simples para alcançar a tranquilidade, reflete esse espírito helenístico. A helenização promovida por Alexandre também facilitou a disseminação de ideias filosóficas, como as de Epicuro, em um mundo mais cosmopolita. - **B. Caracteriza a filosofia das escolas pré-socráticas gregas.** Incorreto. Os pré-socráticos, como Tales de Mileto, Anaximandro e Heráclito (séculos VI-V a.C.), viveram no período arcaico e início do clássico, muito antes de Alexandre e do helenismo. Eles se concentravam em questões cosmológicas e metafísicas, como a origem do universo (o *arché*), e não em ética prática. Por exemplo, Tales propôs que a água era o elemento primordial, enquanto Heráclito via o mundo em constante mudança ("tudo flui"). A filosofia de Epicuro, centrada na vida ética e na ataraxia, é típica do helenismo, não do foco abstrato dos pré-socráticos. - **C. Refere-se ao período da patrística, do encontro entre gregos e cristãos.** Incorreto. O período patrístico (séculos II-VIII d.C.) ocorreu séculos após Epicuro, durante a ascensão do cristianismo no Império Romano. Nesse período, pensadores como Agostinho de Hipona e Clemente de Alexandria buscaram integrar a filosofia grega (como o platonismo) com a teologia cristã. A ética de Epicuro, que prioriza o prazer terreno e a ausência de dor, contrasta fortemente com a patrística, que enfatizava a salvação espiritual e a vida após a morte. Além disso, o helenismo de Epicuro é anterior ao cristianismo, tornando essa alternativa anacrônica. - **D. Refere-se ao período do auge da participação política na pólis grega.** Incorreto. O auge da pólis grega, durante o período clássico (séculos V-IV a.C.), foi marcado pela democracia ateniense e pela cidadania ativa, como na Atenas de Péricles (século V a.C.). Filósofos como Sócrates e Platão, nesse contexto, debatiam a justiça e a política (ex.: *A República* de Platão). Epicuro, no entanto, viveu após a unificação da Grécia por Filipe II e as conquistas de Alexandre, quando as pólis perderam autonomia. Sua filosofia rejeita a vida pública, propondo a retirada para um "jardim" (sua escola) em busca de tranquilidade, o oposto do ideal clássico de participação cívica. - **E. Refere-se ao período anterior à cidade-estado ou arcaico grego.** Incorreto. O período arcaico (1200-600 a.C.) foi anterior à formação das pólis, caracterizado por comunidades agrárias e a emergência de poetas como Homero (*Ilíada*, *Odisseia*) e Hesíodo (*Teogonia*). Não havia ainda uma filosofia sistemática, e a Grécia não estava unificada. Epicuro, vivendo no período helenístico, está séculos à frente desse contexto. Além disso, sua filosofia ética, focada na vida individual, não se alinha com as preocupações míticas e sociais do período arcaico. Resposta final **A. Caracteriza o pensamento do período helenístico grego.** Epicuro, inserido no contexto helenístico pós-Alexandre, reflete a mudança de foco da filosofia para a ética prática e a busca pela tranquilidade, em um mundo fragmentado e cosmopolita.
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Como calcular a intensidade do vetor campo magnético no centro de uma espira circular percorrida por uma corrente elétrica, e qual é a relação entre a intensidade da corrente e o campo magnético gerado?
Uma espira circular percorrida por uma corrente elétrica no sentido horário gera um campo magnético em seu centro, cujo sentido pode ser determinado pela regra da mão direita. A intensidade do vetor campo magnético no centro da espira é diretamente proporcional à intensidade da corrente elétrica e depende da permeabilidade magnética do meio. A fórmula para o campo magnético no centro de uma espira circular difere da usada para um fio longo e reto, sendo específica para esse caso. Afastar-se do centro da espira reduz a intensidade do campo magnético.
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Qual a relação entre o campo magnético no centro de duas espiras com a mesma corrente, mas com raios diferentes, sendo o raio de uma duas vezes maior?
Duas espiras têm a mesma corrente, mas a segunda tem um raio duas vezes maior. O campo magnético no centro de uma espira depende do tamanho do raio: quanto maior o raio, menor o campo. Como o raio da segunda espira é o dobro, o campo magnético no seu centro é metade do campo da primeira espira.
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Br: campo magnético
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Como calcular o campo magnético no centro de uma bobina chata com várias espiras circulares de mesmo raio e corrente, e qual o impacto do número de espiras?
Uma bobina chata tem várias espiras circulares no mesmo plano, com mesma corrente e raio. Cada espira gera um campo magnético no centro, e os campos se somam. O campo total é o campo de uma espira (proporcional à corrente e inversamente proporcional ao raio) multiplicado pelo número de espiras. Não confundir com solenóide.
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Como é criado o campo magnético dentro de um solenóide percorrido por uma corrente elétrica, e quais são suas principais características?
Um solenóide é um fio condutor enrolado em forma de espiras ao redor de um núcleo cilíndrico, formando uma bobina. Quando uma corrente elétrica passa pelo fio, ela gera um campo magnético dentro do solenóide. As linhas de indução magnética no interior são praticamente paralelas e equidistantes, indicando que o campo magnético é uniforme (para vestibulares, considera-se uniforme). O sentido do campo é determinado pela regra da mão direita: com os dedos apontando na direção da corrente, o polegar indica o sentido das linhas de indução. As linhas saem de um polo (equivalente ao polo norte de um ímã) e entram no outro (polo sul), fazendo o solenóide funcionar como um ímã artificial (eletroímã). Fora do solenóide, as linhas de indução se comportam como as de um ímã, saindo de um polo e chegando ao outro. Resposta Final: O campo magnético no solenóide é uniforme, com linhas paralelas e equidistantes, cujo sentido é dado pela regra da mão direita. O solenóide age como um ímã artificial, com polos norte e sul definidos pelo sentido da corrente.
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Como determinar o sentido do campo magnético dentro de um solenóide com base no sentido da corrente elétrica?
Um solenóide é um fio enrolado em espiras ao redor de um cilindro. Quando uma corrente elétrica flui, ela define o sentido do campo magnético. A corrente convencional vai do maior para o menor potencial. No solenóide, se a corrente sobe na parte de trás e desce na frente, o sentido do campo magnético é encontrado pela regra da mão direita: dedos no sentido da corrente, polegar aponta o sentido das linhas de indução. As linhas saem de um polo (equivalente ao polo norte) e entram no outro (polo sul), como em um ímã. Resposta Final: O sentido do campo magnético no solenóide é determinado pela regra da mão direita, com linhas de indução saindo do polo norte (onde a corrente parece "descer") e entrando no polo sul.
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Como determinar os polos magnéticos de dois solenoides percorridos por correntes elétricas e prever se haverá atração ou repulsão entre eles?
Dois solenoides, cada um com um fio enrolado em forma de cilindro, são percorridos por correntes elétricas, transformando-os em eletroímãs. A corrente flui do maior para o menor potencial elétrico, subindo na parte de trás e descendo na frente em ambos os solenoides. Usando a regra da mão direita (dedos no sentido da corrente, polegar aponta o sentido do campo magnético), as linhas de indução magnética saem do polo norte e entram no polo sul de cada solenóide. Se ambos os solenoides têm a corrente no mesmo sentido, os polos magnéticos serão orientados de forma que polos iguais (norte com norte ou sul com sul) fiquem próximos, causando repulsão, como ocorre entre ímãs com polos semelhantes. Resposta Final: Os solenoides, com correntes no mesmo sentido, terão polos magnéticos alinhados de forma que polos iguais se enfrentem, resultando em repulsão entre eles.
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Como determinar o sentido do campo magnético em pontos próximos a um solenóide percorrido por uma corrente elétrica, usando a regra da mão direita e uma bússola?
Um solenóide é percorrido por uma corrente elétrica que sobe na parte frontal. Pela regra da mão direita (dedos no sentido da corrente, polegar aponta o sentido do campo magnético), as linhas de indução magnética dentro do solenóide têm um sentido específico, saindo do polo norte e entrando no polo sul. Fora do solenóide, as linhas de indução seguem um caminho curvo, saindo do norte, contornando o solenóide e retornando ao sul. Se uma bússola for colocada em pontos próximos, sua agulha (que aponta na direção do campo magnético) se alinhará tangencialmente às linhas de indução. Assim, o vetor campo magnético em cada ponto segue o sentido das linhas, que pode ser visualizado pelo alinhamento da bússola. Resposta Final: O sentido do campo magnético é dado pela regra da mão direita, com linhas de indução saindo do polo norte e entrando no polo sul. Uma bússola em pontos próximos se alinha tangencialmente às linhas, indicando a direção do vetor campo magnético.
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Como a intensidade da corrente elétrica afeta o campo magnético dentro de dois solenoides com o mesmo número de espiras, mesmo comprimento, mesmo material e mesma permeabilidade magnética, mas com correntes diferentes, sendo uma corrente I e a outra 2I?
Dois solenoides têm o mesmo comprimento, mesmo número de espiras (quatro espiras cada), mesmo material e mesma permeabilidade magnética. A única diferença é a corrente: um tem corrente I, e o outro, 2I. O campo magnético dentro de um solenóide é gerado pela corrente elétrica e é diretamente proporcional à sua intensidade. Como a corrente no segundo solenóide é duas vezes maior, o campo magnético no seu interior também será duas vezes maior, enquanto os outros fatores (comprimento, número de espiras e material) permanecem constantes e não afetam a proporção. Resposta Final: O campo magnético no solenóide com corrente 2I é duas vezes maior que o do solenóide com corrente I, ou seja, se o campo no primeiro é B, no segundo é 2B.
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Como o número de espiras afeta o campo magnético dentro de dois solenoides com a mesma corrente, mesmo material e mesmo comprimento, mas com números diferentes de espiras, sendo um com 6 espiras e outro com 12 espiras?
Dois solenoides têm a mesma corrente, mesmo material e mesmo comprimento, mas diferem no número de espiras: um tem 6 espiras, e o outro, 12 espiras. O campo magnético dentro de um solenóide é diretamente proporcional ao número de espiras, pois cada espira contribui para o campo total. Como o segundo solenóide tem o dobro de espiras (12 em vez de 6), o campo magnético no seu interior será duas vezes mais intenso, enquanto a corrente, o comprimento e o material permanecem iguais. Resposta Final: O campo magnético no solenóide com 12 espiras é duas vezes mais intenso que o do solenóide com 6 espiras, ou seja, se o campo no primeiro é B, no segundo é 2B.
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Como o comprimento do solenóide afeta a intensidade do campo magnético em dois solenoides com o mesmo número de espiras, mesma corrente e mesmo material, mas com comprimentos diferentes, sendo o comprimento de um duas vezes maior que o do outro?
Dois solenoides têm a mesma corrente, mesmo número de espiras e mesmo material, mas o comprimento do segundo solenóide é duas vezes maior que o do primeiro. O campo magnético dentro de um solenóide é diretamente proporcional ao número de espiras e à corrente, mas inversamente proporcional ao comprimento, pois um maior comprimento distribui as espiras por uma distância maior, reduzindo a densidade de espiras por unidade de comprimento. Como o segundo solenóide tem o dobro do comprimento, a densidade de espiras é menor, resultando em um campo magnético com metade da intensidade do primeiro solenóide. Resposta Final: O campo magnético no solenóide com o dobro do comprimento é duas vezes menos intenso, ou seja, se o campo no primeiro é B, no segundo é B/2.
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Como o material do núcleo afeta a intensidade do campo magnético no interior de dois solenoides com o mesmo número de espiras, mesma corrente e mesmo comprimento, mas com núcleos diferentes, sendo um de alumínio (paramagnético) e outro de ferro (ferromagnético)?
Dois solenoides têm o mesmo número de espiras, mesma corrente e mesmo comprimento, mas diferem no material do núcleo: um tem alumínio (paramagnético, com permeabilidade magnética próxima à do vácuo) e o outro tem ferro (ferromagnético, com permeabilidade magnética muito maior). O campo magnético no interior de um solenóide depende da corrente, do número de espiras, do comprimento e da permeabilidade magnética do material do núcleo. A permeabilidade do ferro é significativamente maior que a do alumínio, o que amplifica o campo magnético no solenóide com núcleo de ferro, tornando-o muito mais intenso em comparação com o de alumínio. Resposta Final: O campo magnético no solenóide com núcleo de ferro (2) é muito mais intenso que no solenóide com núcleo de alumínio (1) devido à maior permeabilidade magnética do ferro.