Biologia 16 A Flashcards

(69 cards)

1
Q

O que é herança sexual?

A

Herança sexual refere-se a características genéticas determinadas por genes localizados nos cromossomos sexuais (X ou Y) ou influenciadas por eles. Diferentemente da herança autossômica, que envolve genes em cromossomos não sexuais, a herança sexual está relacionada a padrões como ligada ao sexo, restrita ao sexo ou influenciada pelo sexo.

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1
Q

Quais são os três padrões de herança sexual mencionados?

A

Os três padrões de herança sexual são:
- Ligada ao sexo: Genes localizados na região não homóloga do cromossomo X, como hemofilia e daltonismo.

  • Restrita ao sexo: Genes na região não homóloga do cromossomo Y, afetando apenas indivíduos masculinos (XY).
  • Influenciada pelo sexo: Genes autossômicos cuja expressão é afetada pelo sexo, como a calvície, que se manifesta de forma diferente em homens e mulheres.
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2
Q

O que significa uma característica ser ligada ao sexo?

A

Uma característica ligada ao sexo é determinada por um gene localizado na região não homóloga do cromossomo X, que não tem correspondência no cromossomo Y. Ou seja, na parte acima da metade do cromossomo X. Isso faz com que a característica, como daltonismo ou hemofilia, seja mais comum em homens (XY), que possuem apenas um X, do que em mulheres (XX), que precisam de dois alelos recessivos para expressá-la. Na região homóloga, se comporta como nas heranças autossômicas.

Ligado ao sexo pq está na parte sexual e não homóloga do X, que pode estar no homem ou até na mulher, pq homem tem parte X não homóloga e mulher tem dois X; seria restrito se fosse na parte não homóloga do y, pq só o homem tem y; se for na parte homóloga, se comporta como autossômica.

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3
Q

Por que a herança restrita ao sexo afeta apenas homens?

A

A herança restrita ao sexo ocorre devido a genes localizados na região não homóloga do cromossomo Y, que não tem correspondência no cromossomo X. Como apenas indivíduos masculinos (XY) possuem o cromossomo Y, essas características são exclusivas deles e não afetam mulheres (XX).

Restrita ao sexo: só os homens tem y, logo é restrito ao sexo masculino.

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4
Q

O que caracteriza a herança influenciada pelo sexo?

A

A herança influenciada pelo sexo envolve genes autossômicos (não localizados nos cromossomos X ou Y), mas cuja expressão é afetada pelo sexo do indivíduo. Por exemplo, na calvície, homens e mulheres podem ter o mesmo alelo, mas a manifestação é mais pronunciada em homens devido a fatores hormonais.

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5
Q

O que é daltonismo e como ele é herdado?

A

Daltonismo é uma condição genética que causa dificuldade em diferenciar certas cores, como verde e vermelho, devido a problemas nos cones da retina. É uma herança recessiva ligada ao sexo, localizada no cromossomo X. Homens (XY) com o alelo recessivo (XdY) são daltônicos, enquanto mulheres (XX) precisam de dois alelos recessivos (XdXd) para expressar a condição.

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6
Q

Como a hemofilia é caracterizada geneticamente?

A

A hemofilia é uma doença genética recessiva ligada ao sexo, causada por um gene no cromossomo X que impede a produção de fatores de coagulação sanguínea. Homens com o alelo recessivo (XhY) desenvolvem hemofilia, enquanto mulheres precisam ser homozigotas recessivas (XhXh) para manifestá-la. Mulheres heterozigotas (XHXh) são portadoras, mas não afetadas.

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7
Q

O que é a distrofia muscular de Duchenne e como ela é transmitida?

A

A distrofia muscular de Duchenne é uma doença genética recessiva ligada ao sexo, localizada no cromossomo X, que causa degeneração muscular progressiva. Homens (XY) com o alelo recessivo (XdY) são afetados, enquanto mulheres (XX) precisam de dois alelos recessivos (XdXd) para desenvolver a doença, o que é raro.

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8
Q

Como é representado geneticamente um homem daltônico?

A

Um homem daltônico é representado como XdY, onde Xd indica o cromossomo X com o alelo recessivo para daltonismo, e Y é o cromossomo sexual masculino. Como homens têm apenas um cromossomo X, o alelo recessivo é suficiente para expressar a condição.

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9
Q

Qual é a diferença entre uma mulher daltônica e uma mulher portadora do alelo do daltonismo?

A

Uma mulher daltônica é homozigota recessiva (XdXd) e manifesta a incapacidade de diferenciar cores. Uma mulher portadora do alelo do daltonismo é heterozigota (XDXd), carrega o alelo recessivo, mas não expressa a condição, pois o alelo dominante (XD) mascara o recessivo. Se tiver escrito portadora da doenção, tem o duplo recessivo para daltonismo.

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10
Q

Por que o termo “portador” é evitado ao descrever pessoas com deficiências?

A

O termo “portador” sugere que a pessoa carrega uma condição que pode ser descartada, o que é inadequado para deficiências permanentes, como cegueira ou surdez. Em vez disso, usa-se uma descrição direta, como “pessoa cega” ou “pessoa surda”, para reconhecer a condição como parte da identidade da pessoa, evitando conotações equivocadas.

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11
Q

Como os cromossomos X e Y influenciam a herança sexual em mamíferos?

A

Em mamíferos, a determinação sexual é feita pelos cromossomos X e Y: XX para fêmeas e XY para machos. Genes na região não homóloga do cromossomo X (sem correspondência no Y) causam heranças ligadas ao sexo, como daltonismo. Genes na região não homóloga do Y causam heranças restritas ao sexo masculino. Regiões homólogas entre X e Y comportam-se como heranças autossômicas.

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12
Q

O que é daltonismo e como ele é herdado?

A

O daltonismo é uma condição genética que afeta a percepção de cores, geralmente ligada ao cromossomo X. É uma herança recessiva, ou seja, o alelo para daltonismo (Xᵈ) precisa estar presente em ambos os cromossomos X em mulheres (XᵈXᵈ) ou no único cromossomo X em homens (XᵈY) para se manifestar. Homens são mais afetados porque possuem apenas um cromossomo X, enquanto mulheres precisam herdar o alelo recessivo de ambos os pais para serem daltônicas.

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13
Q

Por que o daltonismo não é passado de pai para filho?

A

O daltonismo não é passado de pai para filho porque o pai transmite o cromossomo Y para seus filhos homens, e o alelo para daltonismo está no cromossomo X. Assim, um pai daltônico (XᵈY) passa o cromossomo Y aos filhos, que não carrega o alelo do daltonismo, enquanto o cromossomo X com o alelo do daltonismo é passado para as filhas.

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14
Q

Qual é a probabilidade de um casal, onde a mãe é portadora do alelo do daltonismo (XᴰXᵈ) e o pai não é daltônico (XᴰY), ter uma filha daltônica?

A

A probabilidade de o casal ter uma filha daltônica é 0%. A mãe (XᴰXᵈ) pode passar um cromossomo Xᴰ (normal) ou Xᵈ (daltonismo), e o pai (XᴰY) sempre passa o cromossomo Xᴰ. As possíveis combinações para filhas são XᴰXᴰ (normal) ou XᴰXᵈ (portadora). Nenhuma filha será XᵈXᵈ, que é necessário para ser daltônica.

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15
Q

Qual é a probabilidade de o mesmo casal (mãe XᴰXᵈ e pai XᴰY) ter um filho menino daltônico?

A

A probabilidade de o casal ter um filho menino daltônico é 25%. A mãe (XᴰXᵈ) tem 50% de chance de passar o cromossomo Xᵈ, e o pai (XᴰY) sempre passa o cromossomo Y. As combinações possíveis são: XᴰY (menino normal, 50%) e XᵈY (menino daltônico, 50%). Como a pergunta considera a probabilidade de nascer um menino daltônico entre todos os filhos, divide-se a chance de ser menino (50%) pela chance de ser daltônico (50% de 50%), resultando em 25%.

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16
Q

Se uma mulher é filha de um pai daltônico, qual é seu genótipo em relação ao daltonismo?

A

Toda mulher filha de um pai daltônico é portadora do alelo do daltonismo, com genótipo XᴰXᵈ. O pai daltônico (XᵈY) sempre passa o cromossomo Xᵈ para suas filhas, enquanto a mãe passa um cromossomo Xᴰ (normal, assumindo que não é daltônica ou portadora). Assim, a filha terá XᴰXᵈ, sendo portadora, mas não daltônica.

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17
Q

O que é hipertricose auricular e como ela é herdada?

A

A hipertricose auricular é uma condição caracterizada pelo crescimento excessivo de pelos nas orelhas, restrita ao sexo masculino. Ela é uma herança ligada ao cromossomo Y, localizada na parte não homóloga desse cromossomo. Homens com hipertricose auricular (Yᴴ) transmitem o traço a todos os seus filhos homens, que herdam o cromossomo Y do pai. Mulheres não apresentam essa característica, pois não possuem cromossomo Y.

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18
Q

Como a hipertricose auricular pode desaparecer em uma família?

A

A hipertricose auricular pode desaparecer em uma família se, em uma geração, nascerem apenas filhas mulheres. Como a condição é transmitida pelo cromossomo Y, que só é passado de pai para filhos homens, a ausência de filhos homens interrompe a transmissão do traço. As filhas mulheres não carregam nem expressam a hipertricose auricular.

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19
Q

O que caracteriza a herança influenciada pelo sexo?

A

A herança influenciada pelo sexo é um tipo de herança em que os genes não estão localizados nos cromossomos sexuais (X ou Y), mas sua expressão é modulada pelo sexo do indivíduo. Isso significa que o mesmo genótipo pode se manifestar de forma diferente em homens e mulheres devido a fatores hormonais ou fisiológicos, sem relação direta com os cromossomos sexuais, como a presença de testosterona.

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20
Q

Qual é a diferença entre herança restrita ao sexo e herança influenciada pelo sexo?

A

A herança restrita ao sexo ocorre quando um traço genético está ligado a genes localizados nos cromossomos sexuais, como no cromossomo Y (ex.: hipertricose auricular, que só afeta homens). Já a herança influenciada pelo sexo envolve genes em cromossomos autossômicos, mas cuja expressão varia entre homens e mulheres devido a fatores como hormônios, não estando diretamente ligados aos cromossomos X ou Y.

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21
Q

Em um heredograma, como identificar se uma mulher é portadora do alelo do daltonismo?

A

Em um heredograma, uma mulher é identificada como portadora do alelo do daltonismo (XᴰXᵈ) se ela não é daltônica, mas tem um filho homem daltônico (XᵈY) ou um pai daltônico (XᵈY). Isso ocorre porque o filho daltônico recebeu o cromossomo Xᵈ da mãe, ou o pai daltônico passou o Xᵈ para a filha, indicando que ela carrega o alelo recessivo.

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22
Q

O que causa a calvície em homens e mulheres, de acordo com a genética?

A

A calvície é causada pelo alelo “cesão” (C) em ambos os sexos. Esse alelo é responsável pela manifestação da calvície, independentemente de ser em homens ou mulheres.

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23
Q

Como o alelo da calvície se comporta em homens?

A

Em homens, o alelo “cesão” (C) é dominante. Isso significa que homens com genótipo CC (homozigoto dominante) ou Cc (heterozigoto) serão calvos, enquanto homens com genótipo cc (homozigoto recessivo) não serão calvos.

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24
Como o alelo da calvície se comporta em mulheres?
Em mulheres, o alelo "cesão" (C) é recessivo devido à menor influência da testosterona. Assim, apenas mulheres com genótipo CC (homozigoto recessivo) serão calvas. Mulheres com genótipo Cc (heterozigoto) ou cc (homozigoto dominante para o alelo "cezinho") não serão calvas.
25
Por que a calvície em mulheres é menos comum e se manifesta de forma diferente?
A calvície em mulheres é menos comum porque o alelo "cesão" (C) é recessivo nelas, exigindo dois alelos C (genótipo CC) para se manifestar. Além disso, a calvície feminina geralmente se apresenta como uma redução geral na quantidade de cabelo, em vez de entradas pronunciadas ou áreas completamente calvas, como ocorre nos homens.
26
O que acontece com um homem que tem o genótipo Cc para calvície?
Um homem com genótipo Cc será calvo, pois, em homens, o alelo "cesão" (C) é dominante sobre o alelo "cezinho" (c).
27
O que acontece com uma mulher que tem o genótipo Cc para calvície?
Uma mulher com genótipo Cc não será calva, pois, em mulheres, o alelo "cesão" (C) é recessivo, e o alelo "cezinho" (c) é dominante, impedindo a manifestação da calvície.
28
Como a testosterona influencia a expressão da calvície em mulheres?
A testosterona, natural ou sintética (como em anabolizantes), pode tornar o alelo "cesão" (C) dominante em mulheres. Por exemplo, uma mulher heterozigota (Cc) que usa testosterona sintética pode começar a manifestar calvície, pois o alelo C, que era recessivo, passa a se comportar como dominante, similar ao que ocorre em homens.
29
Qual é a probabilidade de um casal heterozigoto (Cc x Cc) ter um filho homem calvo?
Para um filho homem, o alelo "cesão" (C) é dominante. Os genótipos possíveis do cruzamento Cc x Cc são: CC, Cc, Cc e cc. Três desses genótipos (CC, Cc, Cc) resultam em calvície em homens. Portanto, a probabilidade de um filho homem ser calvo é 3/4 (75%).
30
Qual é a probabilidade de um casal heterozigoto (Cc x Cc) ter uma filha calva?
Para uma filha, o alelo "cesão" (C) é recessivo, então apenas o genótipo CC resulta em calvície. No cruzamento Cc x Cc, os genótipos possíveis são: CC, Cc, Cc e cc. Apenas um desses genótipos (CC) causa calvície em mulheres. Portanto, a probabilidade de uma filha ser calva é 1/4 (25%).
31
Qual é a probabilidade de um casal heterozigoto (Cc x Cc) ter um filho homem calvo e uma filha calva?
A probabilidade de um filho homem ser calvo é 3/4 (75%), pois os genótipos CC, Cc e Cc resultam em calvície em homens. A probabilidade de uma filha ser calva é 1/4 (25%), pois apenas o genótipo CC causa calvície em mulheres. Como os eventos são independentes, a probabilidade de ambos ocorrerem é o produto das probabilidades: (3/4) x (1/4) = 3/16.
32
Por que algumas mulheres que usam anabolizantes desenvolvem calvície?
Mulheres que usam anabolizantes, que contêm testosterona sintética, podem desenvolver calvície se forem heterozigotas (Cc). Normalmente, o alelo "cesão" (C) é recessivo nelas, mas a testosterona sintética faz com que o alelo C se torne dominante, levando à manifestação da calvície.
33
Qual é o erro comum na interpretação da genética da calvície?
Um erro comum é pensar que o alelo "cezinho" (c) causa calvície em mulheres ou que a calvície não é causada pelo alelo "cesão" (C) em ambos os sexos. Na verdade, o alelo "cesão" (C) é sempre o causador da calvície, mas sua expressão é influenciada pelo sexo: dominante em homens e recessivo em mulheres.
34
Um homem com genótipo cc pode ser calvo?
Não, um homem com genótipo cc não será calvo, pois ele não possui o alelo "cesão" (C), que é o responsável por causar a calvície.
35
Uma mulher com genótipo CC será calva?
Sim, uma mulher com genótipo CC será calva, pois ela possui dois alelos "cesão" (C), que, mesmo sendo recessivos em mulheres, manifestam a calvície quando em homozigose.
36
Como a calvície se manifesta de forma diferente em homens e mulheres com genótipo CC?
Em homens com genótipo CC, a calvície geralmente se manifesta com entradas pronunciadas e áreas sem cabelo, como a "piscininha" na cabeça. Em mulheres com genótipo CC, a calvície se apresenta como uma diminuição geral da quantidade de cabelo, resultando em cabelos mais ralos, sem entradas tão marcadas.
37
O que caracteriza a herança do DNA mitocondrial e como ela afeta a transmissão de características genéticas?
A herança do DNA mitocondrial é uniparental materna, ou seja, transmitida exclusivamente pela mãe. Se a mãe possui uma mutação no DNA mitocondrial, toda a sua prole (filhos e filhas) será afetada, independentemente do sexo, pois o DNA mitocondrial não é herdado do pai. Como o DNA mitocondrial não possui cromossomos homólogos, ele não segue a herança biparental clássica. Essa característica é usada para rastrear linhagens maternas, mas a expressão de traços depende da interação com fatores ambientais, como condições celulares.
38
Como a herança de genes localizados no cromossomo Y influencia a transmissão de características em uma família?
A herança do cromossomo Y é holândrica, restrita ao sexo masculino. Genes localizados em regiões específicas do cromossomo Y são transmitidos de pai para filhos homens. Se o pai possui uma mutação no cromossomo Y, todos os seus filhos homens serão afetados, mas as filhas não, pois não herdam o cromossomo Y. Não há homologia com outro cromossomo, exceto em pequenas regiões pseudoautossômicas. Essa herança é útil para rastrear linhagens paternas, mas a expressão de características pode ser modulada por fatores ambientais.
39
Qual é o padrão de herança de genes localizados no cromossomo X e por que homens são mais afetados por certas condições genéticas?
A herança de genes no cromossomo X é ligada ao sexo. Homens (XY) possuem apenas uma cópia do cromossomo X, então uma mutação em um gene X-linked (como no daltonismo ou hemofilia) geralmente se manifesta. Mulheres (XX) têm duas cópias, podendo ser portadoras (heterozigotas) sem expressar a condição, dependendo da dominância do gene. Assim, homens são mais frequentemente afetados por condições recessivas ligadas ao X. A expressão da característica depende do número de cópias do gene mutado e de fatores ambientais.
40
Como a herança de genes autossômicos difere dos outros tipos de herança genética?
A herança autossômica envolve genes localizados em cromossomos não sexuais (autossomos), que existem em pares homólogos (um do pai, outro da mãe). Ela segue padrões mendelianos: dominante (uma cópia do alelo mutado causa a característica) ou recessivo (são necessárias duas cópias). Diferentemente da herança mitocondrial (materna), do cromossomo Y (masculina) ou do cromossomo X (ligada ao sexo), a herança autossômica afeta homens e mulheres igualmente e é o padrão mais comum para a maioria das características genéticas.
41
O que são características multifatoriais e como elas diferem da herança monogênica?
Características multifatoriais, como diabetes, hipertensão ou infarto, são influenciadas por múltiplos genes e fatores ambientais, como dieta, pH celular ou atividade física. Diferentemente da herança monogênica, que envolve um único gene com padrões claros (como na fibrose cística), as características multifatoriais não seguem regras mendelianas simples. Sua expressão resulta de interações complexas entre predisposições genéticas e condições ambientais, tornando a predição mais desafiadora.
42
Como a interação entre fatores genéticos e ambientais afeta a probabilidade de desenvolver doenças?
A interação entre fatores genéticos e ambientais determina a probabilidade de doenças. Por exemplo, mutações em genes de reparo de DNA aumentam o risco de câncer, mas a exposição a agentes mutagênicos (ambientais) pode amplificar esse risco. Da mesma forma, a pigmentação da pele é influenciada por genes, mas a exposição solar afeta sua expressão. Estudos com gêmeos monozigóticos mostram que, mesmo com o mesmo material genético, fatores ambientais, como dieta, podem levar a diferenças na expressão de características ou doenças.
43
Como os estudos de concordância em gêmeos monozigóticos ajudam a entender a contribuição genética e ambiental em características?
Estudos de concordância em gêmeos monozigóticos, que compartilham o mesmo material genético, comparam a presença de uma característica (como níveis de colesterol LDL) entre os gêmeos. Se ambos apresentam a característica, a influência genética é alta; se apenas um a apresenta, fatores ambientais, como dieta ou estilo de vida, são mais relevantes. Esses estudos ajudam a estimar quanto de uma característica é determinado por genes versus ambiente, revelando a complexidade da herança.
44
Como os heredogramas são usados para identificar padrões de herança genética?
Heredogramas são diagramas que mostram a presença de uma característica em uma família ao longo de gerações. Eles ajudam a identificar padrões de herança: mitocondrial (mãe afetada transmite para toda a prole), ligada ao cromossomo Y (pai afetado transmite para filhos homens), ligada ao cromossomo X (padrões específicos por sexo, com homens mais afetados) ou autossômica (padrões mendelianos, afetando ambos os sexos). Analisando quem é afetado, pode-se inferir a localização do gene e prever a transmissão.
45
Por que a herança monogênica é considerada uma simplificação didática na prática genética?
A herança monogênica, que envolve um único gene com padrões claros (como dominante ou recessivo), é uma simplificação didática porque, na prática, a maioria das características e doenças é multifatorial, envolvendo múltiplos genes e fatores ambientais. Por exemplo, enquanto a fibrose cística é monogênica, condições como diabetes ou câncer resultam de interações complexas entre vários genes e fatores como dieta ou exposição a toxinas, tornando a predição mais difícil.
46
Como a localização do gene impacta as aplicações práticas na análise genética?
A localização do gene determina sua aplicação na análise genética. O DNA mitocondrial é usado para rastrear linhagens maternas, pois é herdado exclusivamente da mãe. O cromossomo Y rastreia linhagens paternas, sendo transmitido de pai para filhos homens. Genes no cromossomo X são analisados para doenças ligadas ao sexo, como hemofilia, que afetam mais homens. Genes autossômicos são estudados para a maioria das características e doenças mendelianas. A predição, porém, é complicada por interações ambientais e mutações multigênicas.
47
Qual é a probabilidade de um casal, em que nenhum dos dois é daltônico, mas que já tem um filho daltônico, ter uma filha daltônica?
O daltonismo é uma condição ligada ao cromossomo X. No heredograma, o casal não é daltônico, mas tem um filho daltônico, indicando que a mãe é portadora do alelo para daltonismo (XᵈX). O pai é normal (Xʸ). Para determinar a probabilidade de terem uma filha daltônica (XᵈXᵈ), faz-se o cruzamento genético: a mãe (XᵈX) e o pai (Xʸ) podem gerar as seguintes combinações: XᵈX (menina normal, portadora), XX (menina normal), XᵈY (menino daltônico), XY (menino normal). Das filhas possíveis (XᵈX ou XX), nenhuma é daltônica, pois a filha daltônica (XᵈXᵈ) só seria possível se a mãe fosse XᵈXᵈ (daltônica), o que não é o caso. Portanto, a probabilidade de uma filha ser daltônica é 0%. Para um menino, a probabilidade de ser daltônico é 25% (1/4), considerando os genótipos XᵈY entre os possíveis. **Resposta à pergunta**: A probabilidade de o casal ter uma filha daltônica é 0%.
48
**Pergunta**: Como a influência da testosterona afeta a manifestação da calvície em homens e mulheres, considerando que o alelo para calvície (C) se comporta de forma diferente entre os sexos?
**Resumo**: A calvície é uma característica influenciada pelo sexo, não ligada aos cromossomos X ou Y, mas modulada pela testosterona. O alelo para calvície (C) é dominante em homens, enquanto em mulheres, devido à menor carga de testosterona, ele se comporta como recessivo, e o alelo normal (c) é dominante. Assim: - **Homens**: CC ou Cc resultam em calvície; cc não apresenta calvície. - **Mulheres**: CC resulta em calvície (menos intensa, com redução difusa de cabelos); Cc ou cc não apresentam calvície, pois C é recessivo. O uso de anabolizantes (testosterona sintética) em mulheres heterozigotas (Cc) pode alterar a expressão do alelo C, tornando-o dominante como nos homens, levando à manifestação de calvície. Isso ocorre porque a testosterona extra simula o ambiente hormonal masculino, ativando a expressão do alelo C. **Resposta à pergunta**: Em homens, o alelo para calvície (C) é dominante devido à testosterona, manifestando calvície em CC ou Cc. Em mulheres, C é recessivo, só causando calvície em CC, mas o uso de testosterona sintética em heterozigotas (Cc) pode torná-lo dominante, induzindo calvície.
49
Resumo: A calvície é influenciada pelo sexo, com o alelo C (calvície) sendo dominante em homens (CC ou Cc resultam em calvície) e recessivo em mulheres (apenas CC causa calvície). O casal é heterozigoto (Cc × Cc), e os genótipos dos filhos são: CC, Cc, Cc, cc (probabilidades: 1/4 CC, 1/2 Cc, 1/4 cc). Para um menino ser calvo, ele deve ser CC ou Cc, com probabilidade de 3/4 (1/4 CC + 1/2 Cc). Para uma menina ser calva, ela deve ser CC, com probabilidade de 1/4. Como os eventos são independentes (genótipos do menino e da menina), a probabilidade de ambos serem calvos é o produto das probabilidades: (3/4) × (1/4) = 3/16. Resposta à pergunta: A probabilidade de o casal ter um filho e uma filha, ambos calvos, é 3/16 (letra A).
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Introdução ao curso de genética: Existe um curso "Dominando a Genética" com 6 apostilas e mais de 120 exercícios práticos, ideal para aprender genética de forma interativa. Há um cupom de 15% de desconto por tempo limitado na descrição. O que é um heredograma? É uma árvore genealógica que representa graficamente características em indivíduos de uma família, podendo ser de humanos, animais ou plantas. Simbologia do heredograma: Quadrado: Machos. Círculo: Fêmeas. Linha horizontal entre quadrado e círculo: União (não necessariamente casamento, mas reprodução). Filhos (prole): Resultado de uma união. Dois traços na união: União consanguínea (ex.: primos, tio e sobrinha), aumentando a chance de características recessivas aparecerem na prole. Triângulo com traço conectando dois indivíduos: Gêmeos idênticos (univitelínicos, sempre do mesmo sexo). Gêmeos bivitelínicos: Podem ser de sexos diferentes ou iguais, sem traço de conexão. Símbolo cortado: Indivíduo falecido. Losango: Sexo desconhecido (ex.: feto sem sexo identificado ou informações parciais). Indivíduo pintado: Afetado por uma característica (não necessariamente doença, ex.: olhos azuis). Indivíduo não pintado: Não afetado. Consanguinidade: Aumenta a probabilidade de doenças recessivas "escondidas" se manifestarem, pois alelos recessivos de um ancestral comum podem se combinar na prole. Gerações e numeração: Cada linha horizontal representa uma geração (ex.: avós, pais, filhos). Gerações são numeradas em romanos (I, II, III) e indivíduos em arábicos (1, 2, 3). Exercício da UEFS: A questão aborda um heredograma com indivíduos afetados e não afetados, sob as leis mendelianas (foco na 1ª Lei de Mendel, sem heranças sexuais). Importante identificar padrões de herança simples para resolver. Dica final: Ao analisar um heredograma, observe a simbologia, gerações e padrão de herança (dominante ou recessiva) para aplicar as leis mendelianas corretamente. Regra para análise do heredograma: Identifique pais iguais (fenótipo igual) com um filho diferente. Atribua: "A" (alelo dominante) e "a" (alelo recessivo) aos pais iguais, conforme o fenótipo. "aa" (homozigoto recessivo) ou "AA" (homozigoto dominante) ao filho diferente, dependendo se ele expressa a característica recessiva (pintado) ou não (não pintado). Se os pais são iguais e não afetados (ex.: AA ou Aa) e o filho é afetado (aa), a característica é recessiva. Se os pais são iguais e afetados (aa) e o filho não é afetado (AA ou Aa), a característica é dominante. Herança Recessiva: Quando o filho "pintado" (afectado) é "aa", indica que a característica é recessiva, pois ambos os pais (Aa) transmitiram o alelo "a". Indivíduos não pintados (não afetados) podem ser AA ou Aa. Herança Dominante: Se os pais afetados (Aa ou AA) têm um filho não afetado (aa), a característica é dominante. Atribuição de genótipos: Indivíduos afetados (pintados) são "aa" (recessivo) ou "AA/Aa" (dominante). Para não afetados, analise os pais ou filhos: Ex.: Se um pai é "aa" e o filho não é afetado, o filho deve ser "Aa" (recebeu "a" do pai afetado e "A" da mãe). Alguns genótipos podem ficar indefinidos (ex.: AA ou Aa) se não há informações suficientes. Questões resolvidas: Letra A: Incorreta. Indivíduo 2.1 não é homozigoto (é Aa, heterozigoto). Letra B: Correta. Probabilidade de 3.2 ser heterozigoto (Aa) é ~67% (2/3, considerando cruzamento Aa x Aa, excluindo aa por não ser afetado). Letra C: Incorreta. A característica não é holândrica (ligada ao cromossomo Y), pois afeta mulheres também. Letra D: Incorreta. Indivíduo 3.8 não é garantidamente homozigoto dominante (pode ser Aa). Letra E: Incorreta. Indivíduo 4.1 possui o alelo recessivo ("a") devido ao pai "aa", sendo Aa. Dicas: Atribua genótipos a todos os indivíduos possíveis no heredograma. Use cruzamentos (quadrado de Punnett) para calcular probabilidades. Evite assumir probabilidades padrão (25%, 50%, 75%) sem análise. Conclusão: A característica analisada é recessiva, e a resposta correta da questão é a letra B (probabilidade de 3.2 ser heterozigoto é aproximadamente 67%). O texto reforça a importância de analisar heredogramas sistematicamente e recomenda o curso "Dominando a Genética" para aprofundamento.
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Em um cruzamento entre dois periquitos australianos duplos heterozigotos (BbYy x BbYy), qual é a proporção fenotípica esperada para as cores dos filhotes, e como isso se relaciona com a interação gênica simples?
O texto aborda a interação gênica simples, um caso especial da Segunda Lei de Mendel, onde dois ou mais genes condicionam uma única característica. Abaixo estão os pontos principais: Definição de Interação Gênica: Diferente da Segunda Lei de Mendel, onde cada gene condiciona uma característica independente (ex.: cor e textura de ervilhas), na interação gênica, dois ou mais genes interagem para determinar uma única característica. Exemplos: cor de periquitos australianos ou cristas de galinhas. Exemplo dos Periquitos Australianos: Dois genes (B e Y) determinam a cor do periquito, que pode ser azul, amarelo, verde ou branco: B_ (B dominante) sem Y_ (Y dominante) → Azul (ex.: BB ou Bb com yy). bb com Y_ → Amarelo (ex.: bb com YY ou Yy). B_ com Y_ → Verde (ex.: BB ou Bb com YY ou Yy). bb com yy → Branco (recessivo para ambos os genes, sem manifestação de cor). Cruzamento e Proporção Fenotípica: Exemplo: Cruzamento de duplo heterozigoto (BbYy x BbYy). Usa-se o quadrado de Punnett para determinar os genótipos dos gametas (ex.: BY, By, bY, by). Resultado fenotípico: 9 verdes (B_ Y_). 3 azuis (B_ yy). 3 amarelos (bb Y_). 1 branco (bb yy). Proporção fenotípica: 9:3:3:1, idêntica à Segunda Lei de Mendel para dois genes independentes. Aplicação e Importância: A proporção 9:3:3:1 é característica da interação gênica simples e aparece em vestibulares. Também aplicável a outros casos, como cristas de galinhas (rosa, ervilha, noz, simples). Dica Prática: Para calcular proporções, faça o quadrado de Punnett combinando os gametas de cada gene (B e Y) separadamente e analise os fenótipos resultantes.
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revisão
Imagine uma pessoa muito alta e uma pessoa muito baixa: qual será a estatura dos filhos? Claro que existem outros condicionantes, como fatores ambientais e outras variáveis, mas, a princípio, uma pessoa muito alta vai transmitir apenas alelos aditivos, enquanto uma pessoa muito baixa vai transmitir apenas alelos não aditivos. O filho que nascer terá, em geral, uma estatura média. Deu para entender, né? **Síntese: Herança Quantitativa e Estatura** A herança quantitativa determina a estatura por meio de múltiplos pares de alelos **aditivos** (aumentam a altura) e **não aditivos** (não contribuem). - Uma pessoa com **1,76 m** tem uma combinação de alelos aditivos e não aditivos. - Com **2 m**, tem **mais alelos aditivos**; com **2,10 m**, ainda mais. - **Máxima altura**: todos os alelos aditivos (ex.: AA BB CC). - **Mínima altura**: todos não aditivos (ex.: aa bb cc). - Vários genes interagem, e fatores ambientais (ex.: nutrição) também influenciam. - Resultado: variação contínua de alturas. **Resumo da Herança Quantitativa** A herança quantitativa, um caso especial da segunda lei de Mendel, ocorre sem alelos dominantes ou recessivos, com alelos **aditivos** (contribuem para a característica) ou **não aditivos** (não contribuem). Envolve múltiplos pares de alelos determinando características contínuas, como estatura ou cor da pele. Características Principais: - **Interação gênica**: Vários pares de alelos influenciam uma característica. - **Aditividade**: Alelos aditivos somam à característica (ex.: mais altura ou melanina). - **Fórmula de fenótipos**: Número de fenótipos = número de alelos interagindo + 1. - Ex.: 4 alelos → 5 fenótipos (cor da pele: branca, parda clara, média, escura, preta). - **Exemplos**: - **Estatura**: Mais alelos aditivos (ex.: AABBCC) → mais alto; mais não aditivos (aabbcc) → mais baixo. - **Cor da pele**: 4 alelos (AABB → preta; aabb → branca; AaBb → parda média). - **Triângulo de Pascal**: Prevê distribuição fenotípica em cruzamentos. - Ex.: AaBb x AaBb → 5 fenótipos (1:4:6:4:1, 16 indivíduos). - AaBbCc x AaBbCc → 7 fenótipos (1:6:15:20:15:6:1, 64 indivíduos). - **Influência ambiental**: Fatores como alimentação afetam o fenótipo. Exemplo do Exercício (Milho): - **Contexto**: Linhagens de milho (150 cm, sem alelos aditivos; 300 cm, todos aditivos) cruzadas. F1 autofecundada gera F2 com 7 fenótipos → **6 alelos aditivos**. - **Cálculos**: - Diferença de altura: 300 cm - 150 cm = 150 cm. - Cada alelo aditivo: 150 cm ÷ 6 = **25 cm**. - Fenótipos: 150, 175, 200, 225, 250, 275, 300 cm. - **Respostas**: - a) Genes efetivos: **3 pares** (6 alelos). - b) Contribuição por alelo: **25 cm**. - c) Altura da F1 (heterozigota, 3 alelos aditivos): **225 cm**. - d) Plantas com 250 cm em F2 (384 plantas): Proporção 15/64 (triângulo de Pascal) → **90 plantas**. Conclusão: A herança quantitativa explica variações contínuas, com cálculos baseados no triângulo de Pascal. O exercício de milho ilustra a aplicação prática em vestibulares, destacando a interação de alelos aditivos. Se precisar de mais esclarecimentos, é só avisar!
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Como a herança quantitativa explica a variação de fenótipos, como cor da pele e estatura, em humanos, e qual é a relação entre o número de alelos aditivos e o número de classes fenotípicas?
A herança quantitativa explica características como estatura e cor da pele, que variam continuamente devido à interação de múltiplos alelos aditivos. Por exemplo, na estatura, uma pessoa alta com alelos aditivos e uma pessoa baixa com alelos não aditivos podem gerar filhos com estatura média. Na cor da pele, a presença de alelos aditivos (letras maiúsculas) adiciona melanina, resultando em fenótipos como pele preta (4 alelos aditivos), parda escura (3), parda média (2), parda clara (1) ou branca (0), totalizando 5 classes fenotípicas. O número de fenótipos é dado pela fórmula: número de alelos interagindo + 1. Para cor dos olhos, com 8 alelos, há 9 fenótipos. O Triângulo de Pascal é usado para prever a distribuição fenotípica em cruzamentos de heterozigotos, como em questões de vestibulares, facilitando cálculos complexos de proporções genotípicas e fenotípicas.
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Na herança quantitativa da altura de plantas de milho, com variação de 150 cm a 300 cm e 7 fenótipos, quantos genes efetivos estão atuando, quantos centímetros cada alelo aditivo contribui, qual é a altura dos descendentes da geração F1, e quantas plantas da geração F2 (384 no total) têm altura de 250 cm?
A herança quantitativa da altura em milho varia de 150 cm (nenhum alelo aditivo, homozigoto recessivo) a 300 cm (todos alelos aditivos, homozigoto dominante), com 7 fenótipos, indicando 6 alelos interagindo (7 = 6 + 1). Cada alelo aditivo contribui com 25 cm (150 cm ÷ 6 = 25 cm por alelo). Na geração F1, cruzando homozigotos (150 cm e 300 cm), todos os descendentes são heterozigotos (AaBbCc), com 3 alelos aditivos, resultando em 225 cm (150 + 3 × 25). Na geração F2, com 384 plantas, o Triângulo de Pascal (6ª linha: 1, 6, 15, 20, 15, 6, 1) mostra a distribuição fenotípica. A classe de 250 cm (4 alelos aditivos) tem proporção 15/64. Assim, (15/64) × 384 = 90 plantas com 250 cm. Respostas: Genes efetivos: 3 genes (6 alelos, 2 por gene). Contribuição por alelo aditivo: 25 cm. Altura da F1: 225 cm. Plantas com 250 cm na F2: 90 plantas.
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Luciano Cuénot descobriu alelos letais ao estudar camundongos, observando que cruzamentos entre camundongos amarelos (Aᵃa) geravam uma proporção fenotípica de 2 amarelos (Aᵃa) para 1 cinza (aa), em vez de 3:1 prevista pela primeira lei de Mendel. Isso ocorre porque o genótipo homozigoto dominante (AᵃAᵃ) é letal, causando morte embrionária. Assim, dos genótipos possíveis (AᵃAᵃ, Aᵃa, aa), o AᵃAᵃ é eliminado, resultando em 2/3 amarelos e 1/3 cinzas entre os nascidos. Para 192 filhotes de um cruzamento Aᵃa × Aᵃa, a proporção de cinzas é 1/3, e como a probabilidade de ser fêmea é 1/2, o número de fêmeas cinzas é calculado como (192 × 1/3 × 1/2) = 32. Respostas: Proporção fenotípica: 2 amarelos : 1 cinza. Fêmeas cinzas esperadas: 32.
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No polialelismo dos coelhos, com quatro alelos (C > Cᶜʰ > Cʰ > c) determinando cores (selvagem/preto, chinchila, himalaia e albino), qual é o genótipo dos pais em um cruzamento entre um coelho selvagem (C_) e uma coelha himalaia (Cʰ_) que gerou filhotes selvagens, himalaios e albinos, e é possível determinar o genótipo exato de todos os filhotes?
O polialelismo ocorre quando um gene tem mais de dois alelos, como no caso das cores de coelhos, controladas por quatro alelos: C (selvagem/preto, dominante), Cᶜʰ (chinchila), Cʰ (himalaia) e c (albino, recessivo). No cruzamento de um coelho selvagem (C_) com uma coelha himalaia (CʰCʰ ou Cʰc), os filhotes foram selvagens (C_), himalaios (Cʰ_) e albinos (cc). Como o filhote albino (cc) requer um alelo c de cada pai, o pai selvagem deve ser Cc (C do selvagem, c do albino) e a mãe himalaia deve ser Cʰc (Cʰ do himalaia, c do albino). Os genótipos dos filhotes são: selvagem (CCʰ ou Cc), himalaio (CʰCʰ ou Cʰc) e albino (cc). O genótipo exato do filhote himalaio não pode ser determinado, pois pode ser CʰCʰ ou Cʰc, dependendo do alelo do pai (C ou c). Respostas: Genótipo dos pais: Pai selvagem (Cc), mãe himalaia (Cʰc). Genótipos dos filhotes: Selvagem (CCʰ ou Cc), himalaio (CʰCʰ ou Cʰc), albino (cc). O genótipo do himalaio não é exato, pois depende do alelo paterno.
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Na epistasia recessiva que determina a cor dos pelos em labradores (preto, marrom e dourado), como um gene epistático (E) controla a manifestação de outro gene hipostático (B), e qual é a proporção fenotípica esperada ao cruzar dois labradores duplo-heterozigotos (EeBb × EeBb)?
A epistasia recessiva em labradores envolve dois genes: E (epistático) e B (hipostático). O gene E determina se a pigmentação ocorre: EE ou Ee permitem a formação de pigmento (enzima E ativa), enquanto ee inibe, resultando em dourado (albino). O gene B define a cor: BB ou Bb produzem preto (enzima B adiciona mais melanina), e bb resulta em marrom, mas só se E permitir (EE ou Ee). Se ee, a cor é dourada, independentemente de B. No cruzamento de duplo-heterozigotos (EeBb × EeBb), calcula-se a proporção fenotípica separadamente: para preto (E_B_), a probabilidade é 3/4 (E_) × 3/4 (B_) = 9/16; para marrom (E_bb), 3/4 (E_) × 1/4 (bb) = 3/16; para dourado (ee), 1/4 (ee) × 1 (qualquer B) = 4/16. Assim, a proporção fenotípica é 9 preto : 3 marrom : 4 dourado. Isso explica por que casais dourados (ee) só geram dourados, casais marrons (E_bb) geram marrons e dourados, e casais pretos (E_B_) podem gerar todas as cores. Respostas: Mecanismo da epistasia: O gene E (epistático) permite (EE ou Ee) ou inibe (ee) a pigmentação. Se permitida, o gene B (hipostático) determina preto (BB ou Bb) ou marrom (bb). Se ee, o cão é dourado, independentemente de B. Proporção fenotípica: 9 preto : 3 marrom : 4 dourado.
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Qual a diferença entre dominância incompleta e codominância, e como se aplicam às flores maravilhas e à anemia falciforme, com proporções em cruzamentos de heterozigotos?
Na dominância incompleta, como nas flores maravilhas, o heterozigoto (R¹R²) exibe fenótipo intermediário (rosa) entre vermelho (R¹R¹) e branco (R²R²). Cruzando R¹R² × R¹R², a proporção é 1:2:1 (1 vermelha : 2 rosas : 1 branca). Na codominância, como na anemia falciforme, o heterozigoto (HbᴬHbˢ) expressa ambos os alelos (hemácias normais e falciformes), com HbᴬHbᴬ (normal) e HbˢHbˢ (anemia severa). Cruzando HbᴬHbˢ × HbᴬHbˢ, a proporção é 1:2:1 (1 normal : 2 traço falciforme : 1 anemia). Diferença: Dominância incompleta gera fenótipo intermediário; codominância expressa ambos os alelos plenamente. A resistência à malária em HbᴬHbˢ explica sua prevalência em regiões como Moçambique. Respostas: Dominância incompleta: Heterozigoto R¹R² = rosa; proporção 1:2:1. Codominância: Heterozigoto HbᴬHbˢ = traço falciforme; proporção 1:2:1. Diferença: Intermediário (dominância incompleta) vs. coexpressão (codominância).
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A cor da pele influencia a manifestação da anemia falciforme, e qual é a probabilidade de dois casais, ambos heterozigotos para anemia falciforme (HbᴬHbˢ × HbᴬHbˢ), terem cada um um filho com anemia falciforme (HbˢHbˢ)?
A cor da pele não influencia a anemia falciforme, pois a condição depende apenas do genótipo (informação genética). Pessoas com HbᴬHbᴬ têm hemácias normais, HbᴬHbˢ têm traço falciforme (codominância), e HbˢHbˢ têm anemia falciforme grave. Para um casal heterozigoto (HbᴬHbˢ × HbᴬHbˢ), a probabilidade de um filho com anemia falciforme (HbˢHbˢ) é 1/4 (25%), calculada pelo quadrado de Punnett. Para dois casais independentes terem cada um um filho com HbˢHbˢ, multiplica-se as probabilidades: 1/4 × 1/4 = 1/16 (6,25%). Respostas: Influência da cor da pele: Nenhuma, a anemia falciforme depende apenas do genótipo. Probabilidade: 1/16 (6,25%), alternativa B.
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O que é a técnica de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), quais são seus componentes e etapas, e como ela é aplicada em diferentes contextos biotecnológicos?
A PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) é uma técnica biotecnológica que amplifica DNA, produzindo múltiplas cópias a partir de uma amostra inicial. É essencial para transgênicos, testes de paternidade, detecção de microrganismos (como o SARS-CoV-2, via conversão de RNA em DNA por transcriptase reversa), e análise de amostras arqueológicas. Componentes: 1) DNA amostra; 2) primers (fragmentos de RNA que iniciam a replicação); 3) nucleotídeos (bases nitrogenadas); 4) DNA polimerase termoestável (resiste a altas temperaturas). Etapas (2-3 min/ciclo): 1) Desnaturação (94-98°C, 15-30s): separa a dupla hélice do DNA; 2) Anelamento (55-65°C, 15-30s): primers se ligam ao DNA; 3) Alongamento (72°C, 30-60s): polimerase sintetiza novo DNA. Cada ciclo dobra o DNA, gerando bilhões de cópias em ~1h (2³⁰ moléculas). É rápido, barato e amplamente usado em biotecnologia. Respostas: Definição: PCR amplifica DNA usando DNA polimerase termoestável em ciclos repetitivos. Componentes: DNA amostra, primers, nucleotídeos, DNA polimerase termoestável. Etapas: Desnaturação (94-98°C), anelamento (55-65°C), alongamento (72°C). Aplicações: Transgênicos, detecção de vírus, testes genéticos, análise de fósseis.
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Por que a molécula de DNA é submetida a alta temperatura na técnica de PCR, qual a importância da polimerase na amplificação de DNA, qual ácido nucleico compõe o coronavírus, e qual a função da enzima transcriptase reversa no exame RT-PCR para detecção do SARS-CoV-2?
A PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) amplifica fragmentos específicos de DNA em ciclos (2, 4, 8...), usados em exames como o RT-PCR, padrão ouro para detectar o SARS-CoV-2. Alta temperatura (94-98°C) na etapa de desnaturação separa a dupla hélice do DNA, permitindo a amplificação. A DNA polimerase termoestável sintetiza novas fitas de DNA na etapa de alongamento (72°C), essencial para produzir múltiplas cópias. O coronavírus (SARS-CoV-2) tem RNA como ácido nucleico. No RT-PCR, a transcriptase reversa converte o RNA viral em DNA complementar (cDNA), que é então amplificado pela PCR para detecção. Respostas: Alta temperatura no PCR: Separa a dupla hélice do DNA (desnaturação) para expor as fitas e permitir a ligação dos primers. Importância da polimerase: Sintetiza novas fitas de DNA a partir dos primers, amplificando o material genético. Ácido nucleico do coronavírus: RNA. Função da transcriptase reversa: Converte o RNA viral em cDNA, possibilitando sua amplificação por PCR no exame RT-PCR.
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Como funciona o teste de DNA por fingerprints para determinar paternidade, quais são as etapas principais, e qual é a confiabilidade desse método?
O teste de DNA por fingerprints compara padrões únicos de DNA para confirmar paternidade ou identificar indivíduos, com confiabilidade de ~99,99998% (erros são humanos, como laudos incorretos). Etapas: 1) Coleta de células (mãe, filho, supostos pais); 2) Extração de DNA com detergentes e álcool; 3) Clivagem do DNA por enzimas de restrição, gerando fragmentos de tamanhos variados; 4) Amplificação por PCR (se necessário, para pouco material); 5) Adição de corante; 6) Eletroforese, que separa fragmentos por tamanho (menores migram mais rápido ao polo positivo, formando “bandas”); 7) Comparação das bandas: 50% das bandas do filho devem corresponder à mãe e 50% ao pai. Na eletroforese, bandas do filho que não coincidem com a mãe devem coincidir com o pai biológico. O método é simples, amplamente usado no ENEM, e quase infalível, exceto por erros humanos. Respostas: Funcionamento: Compara padrões de bandas de DNA por eletroforese; bandas do filho devem corresponder parcialmente à mãe e ao pai. Etapas: Coleta, extração, clivagem, PCR (se necessário), corante, eletroforese, comparação. Confiabilidade: ~99,99998%, com erro mínimo por falha humana (ex.: laudo incorreto).
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Como construir um mapa genético com base nas frequências de recombinação entre os genes A, B, C e D localizados no mesmo cromossomo, dadas as frequências: A-B (17%), A-C (5%), A-D (35%), B-D (18%) e C-D (30%), e qual é a ordem e as distâncias entre esses genes?
O mapeamento cromossômico usa frequências de recombinação para determinar a ordem e distância entre genes no mesmo cromossomo, onde 1% de recombinação equivale a 1 unidade de recombinação (ou centimorgan). Para os genes A, B, C e D, a maior distância é A-D (35%). Coloca-se A e D nos extremos (A---35---D). A distância A-C é 5%, então C está a 5 unidades de A. Como C-D é 30%, C fica entre A e D (A--5--C--30--D), totalizando 35 unidades. A distância A-B é 17% e B-D é 18%, posicionando B entre C e D (A--5--C--12--B--18--D), pois 5 + 12 = 17 (A-B) e 12 + 18 = 30 (C-D). Mapa final: A--5--C--12--B--18--D. O método começa pela maior distância, posiciona genes próximos e ajusta os demais, verificando consistência. Respostas: Ordem dos genes: A, C, B, D. Distancias: A-C (5 unidades), C-B (12 unidades), B-D (18 unidades), A-D (35 unidades).
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Em um cruzamento de um indivíduo heterozigoto (A/a B/b C/c, em configuração cis) com um homozigoto recessivo (a/a b/b c/c), que gerou 1000 descendentes com 8 fenótipos, como determinar a ordem dos genes A, B e C e as distâncias entre eles com base nas frequências dos recombinantes?
No cruzamento de um indivíduo heterozigoto cis (A B C / a b c) com um homozigoto recessivo (a b c / a b c), os descendentes mostram 8 fenótipos. Os parentais (maior frequência, 330 e 350) são A B C e a b c, indicando ausência de crossing-over. Os recombinantes resultam de crossing-over: 180 indivíduos (90 + 90, 18%) indicam recombinação entre A e B, e 106 (54 + 52, 10,6%) entre B e C. Os com dupla recombinação (A b C e a B c) são ignorados para cálculo. A frequência de recombinação reflete a distância em unidades de recombinação (1% = 1 centimorgan). Assim, a distância A-B é 18 unidades, e B-C é 10,6 unidades. Mapa genético: A--18--B--10,6--C. Respostas: Ordem dos genes: A, B, C. Distancias: A-B (18 unidades), B-C (10,6 unidades).
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Com base em um cromossomo hipotético com cinco genes (Abil, Bino, Klang, Fong, Ebrac) e uma tabela de distâncias entre eles, quais afirmativas sobre mapeamento genético estão corretas: 1) O gene mais próximo do centrômero após Abil é Bino; 2) Fong e Ebrac estão no mesmo braço cromossômico; 3) A maior chance de permuta ocorre entre Klang e Bino; 4) Os genes 3 e 4 são Fong e Ebrac, respectivamente?
O mapeamento genético usa distâncias entre genes (em unidades de recombinação) para determinar sua ordem em um cromossomo. Dadas as distâncias: Abil-Bino (2,8), Bino-Klang (10), Bino-Fong (75), Bino-Ebrac (85), Klang-Fong (65), Klang-Ebrac (94,5), Fong-Ebrac (10), construímos o mapa. Começando com Abil (próximo ao centrômero), Bino está a 2,8 unidades. Klang está a 10 de Bino (Abil--2,8--Bino--10--Klang). Fong está a 65 de Klang e 75 de Bino, então Klang--65--Fong. Ebrac está a 10 de Fong (Klang--65--Fong--10--Ebrac), e a distância Bino-Ebrac (85) confirma (10 + 65 + 10 = 85). Mapa: Abil--2,8--Bino--10--Klang--65--Fong--10--Ebrac. Análise das afirmativas: 1) Correta, Bino é o mais próximo de Abil (2,8). 2) Correta, Fong e Ebrac estão no mesmo braço (após o centrômero). 3) Errada, a maior chance de permuta é entre Klang e Ebrac (94,5), não Klang e Bino (10). 4) Errada, os genes 3 e 4 são Klang e Fong (ordem do mapa), não Fong e Ebrac. Respostas: Mapa genético: Abil--2,8--Bino--10--Klang--65--Fong--10--Ebrac. Afirmativas corretas: 1 e 2. Explicação: A lógica é organizar os genes pela menor distância, ajustando com as demais, e verificar afirmativas com base no mapa. A maior distância indica maior chance de permuta.
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