Resumão 4 Flashcards

(70 cards)

1
Q

Qual a natureza do CONAMA e quais algumas de suas principais competências segundo a Lei 6.938/81?

A

O CONAMA é um órgão consultivo e deliberativo do SISNAMA. Suas competências incluem: estabelecer normas para licenciamento de atividades poluidoras

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2
Q

Quais são os três tipos de responsabilidade que podem surgir de uma conduta lesiva ao meio ambiente, conforme a Constituição Federal?

A

Sanções penais, sanções administrativas e a obrigação de reparar os danos causados (responsabilidade civil).

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3
Q

Como a Lei 6.938/81 define a responsabilidade civil por dano ambiental e qual teoria do risco é predominantemente aceita?

A

A responsabilidade civil por dano ambiental é objetiva, ou seja, independe da existência de culpa do poluidor. Predomina a teoria do risco integral, que não admite excludentes de responsabilidade como caso fortuito ou força maior.

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4
Q

De acordo com o art. 97 do CTN, quais atos relativos a tributos dependem, como regra, de lei ordinária?

A

A instituição ou extinção de tributos

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5
Q

Qual a diferença fundamental entre a “mudança da base de cálculo que torne o tributo mais oneroso” e a “mera atualização da base de cálculo” em termos de exigência legal, conforme o CTN e a Súmula 116 do STJ (conforme interpretada no texto fornecido)?

A

A mudança da base de cálculo que torna o tributo mais oneroso equivale a uma majoração e exige lei ordinária. A mera atualização monetária da base de cálculo, dentro dos índices oficiais, não configura majoração e pode ser feita por ato do Poder Executivo (ex: decreto). Conforme a interpretação dada no texto à Súmula 116 do STJ, é proibido atualizar a base de cálculo por decreto em percentual acima da inflação, pois isso equivaleria a uma majoração, exigindo lei ordinária.

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6
Q

Em que situações a cláusula de um contrato de locação que transfere a responsabilidade pelo pagamento de tributos do imóvel ao locatário é válida perante o Fisco e em que situação ela é considerada nula, mesmo entre as partes?

A

Convenções particulares não são oponíveis ao Fisco para alterar o sujeito passivo da obrigação tributária (art. 123 CTN). Para IPTU/ITR, o proprietário paga ao Fisco e pode cobrar regressivamente do locatário. No caso da Contribuição de Melhoria, a cláusula que transfere a responsabilidade ao locatário é nula (art. 8º, §3º do Decreto-Lei 195/67), não podendo o locador cobrar regressivamente.

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7
Q

Quais são os legitimados universais para propor ações de controle concentrado de constitucionalidade e o que os diferencia dos legitimados especiais?

A

Legitimados universais (não precisam demonstrar pertinência temática): Presidente da República, Mesa do Senado, Mesa da Câmara, Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB e Partido Político com representação no Congresso Nacional. [cite: 1080, 1082] Legitimados especiais (precisam demonstrar pertinência temática): Governador de Estado/DF, Mesa de Assembleia Legislativa/Câmara Legislativa do DF, Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

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8
Q

As decisões do STF em controle concentrado de constitucionalidade vinculam quais órgãos e quais não são vinculados?

A

Vinculam a Administração Direta e Indireta e os demais órgãos do Poder Judiciário. Não vinculam o próprio STF (que pode mudar seu entendimento) nem a função legislativa típica do Poder Legislativo e do Executivo (quando edita Medida Provisória).

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9
Q

Qual a diferença fundamental entre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) quanto ao tipo de lei que podem questionar?

A

A ADI questiona lei ou ato normativo federal ou estadual que sejam posteriores à Constituição (parâmetro). A ADPF é subsidiária e residual, cabendo, por exemplo, contra leis anteriores ao parâmetro (federais, estaduais ou municipais) ou contra lei municipal que viole diretamente a Constituição Federal (independente de ser anterior ou posterior).

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10
Q

O que estabelece a cláusula de reserva de plenário (art. 97 da CF e Súmula Vinculante 10) no controle difuso de constitucionalidade realizado por tribunais?

A

Os tribunais só podem declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial. Um órgão fracionário (turma, câmara, seção) não pode declarar inconstitucionalidade, nem afastar a incidência da norma, a menos que o Pleno/Órgão Especial do próprio tribunal ou o STF já o tenham feito.

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11
Q

Qual a principal função do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) no âmbito do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente)?

A

O CONAMA atua como órgão consultivo e deliberativo, com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais, além de deliberar sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado.

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12
Q

Onde estão previstas as competências do CONAMA?

A

As competências do CONAMA estão previstas principalmente no artigo 8º da Lei nº 6.938/81.

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13
Q

Cite exemplos de Resoluções do CONAMA que são consideradas relevantes para provas e concursos.

A

Exemplos incluem a Resolução nº 237/97 (licenciamento ambiental), a Resolução nº 001/86 (EIA/RIMA) e a Resolução nº 009/87 (audiências públicas no licenciamento).

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14
Q

Qual a competência do CONAMA em relação ao licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras?

A

Compete ao CONAMA estabelecer normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA.

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15
Q

O CONAMA pode determinar a realização de estudos sobre alternativas e consequências ambientais de projetos públicos ou privados?

A

Sim, compete ao CONAMA determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados.

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16
Q

O CONAMA tem a prerrogativa de requisitar informações de outros órgãos para a apreciação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)?

A

Sim, o CONAMA pode requisitar aos órgãos federais, estaduais e municipais informações para a apreciação do Estudo de Impacto Ambiental e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) em casos de obras de significativa degradação ambiental.

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17
Q

Qual o papel do CONAMA na conversão de penalidades pecuniárias (multas) em obrigações de interesse ambiental?

A

Compete ao CONAMA homologar acordos que visam transformar penalidades pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental.

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18
Q

O CONAMA pode determinar a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público como sanção por infrações ambientais?

A

Sim, é competência do CONAMA determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito.

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19
Q

O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental é considerado um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)?

A

Sim, o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental é um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, previsto no artigo 9º da Lei 6.938/81.

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20
Q

O que é o zoneamento ambiental e qual sua importância como instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente?

A

Zoneamento ambiental é a divisão de uma área em zonas ou setores com diferentes diretrizes de uso e ocupação, visando a proteção ambiental e o desenvolvimento sustentável. É um instrumento da PNMA para ordenar o território e compatibilizar atividades com a capacidade de suporte do meio.

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21
Q

Onde se encontra a previsão da tríplice responsabilidade ambiental (civil, penal e administrativa) na Constituição Federal?

A

A tríplice responsabilidade está prevista no artigo 225, §3º da Constituição Federal.

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22
Q

Quais são os elementos necessários para configurar a responsabilidade civil objetiva por dano ambiental?

A

São necessários três elementos: a conduta (ação ou omissão), o dano ambiental e o nexo de causalidade entre a conduta e o dano. Não se exige dolo ou culpa.

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23
Q

O que significa a teoria do risco integral no contexto da responsabilidade civil ambiental?

A

Significa que o poluidor é obrigado a reparar o dano independentemente de culpa e não são admitidas excludentes de responsabilidade, como caso fortuito, força maior ou culpa exclusiva de terceiro ou da vítima.

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24
Q

A licitude da atividade desenvolvida ou a existência de licença ambiental afastam a responsabilidade civil por um dano ambiental causado?

A

Não, a licitude da atividade ou a existência de licença ambiental são irrelevantes para a configuração da responsabilidade civil objetiva por dano ambiental. Havendo dano e nexo causal com a atividade, surge o dever de indenizar.

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25
Como a Lei nº 9.605/98 define infração administrativa ambiental?
O artigo 70 da Lei nº 9.605/98 define infração administrativa ambiental como toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
26
Quem tem competência para lavrar auto de infração ambiental?
Servidores de órgãos ambientais integrantes do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente), como técnicos do IBAMA, das secretarias estaduais e municipais de meio ambiente, que possuem atribuição para fiscalização.
27
Qual o dever da autoridade ambiental competente ao tomar conhecimento de uma infração ambiental?
A autoridade competente que tiver conhecimento da infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de corresponsabilidade.
28
Cite exemplos de sanções administrativas que podem ser aplicadas por infrações ambientais, conforme a Lei nº 9.605/98.
Advertência, multa simples, multa diária, apreensão de animais e produtos, destruição ou inutilização de produtos, embargo de obra ou atividade, e demolição de obra.
29
Qual o principal tema tratado pelo Decreto nº 6.514/2008?
O Decreto nº 6.514/2008 dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações.
30
Qual o prazo prescricional para a ação da Administração Pública apurar a prática de infrações contra o meio ambiente, conforme o Decreto nº 6.514/08?
Prescreve em cinco anos a ação da Administração Pública objetivando apurar a prática de infrações contra o meio ambiente, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
31
Qual a regra geral para a criação (instituição) e extinção de tributos, conforme o artigo 97, inciso I, do Código Tributário Nacional (CTN)?
Como regra, os tributos são instituídos e extintos por meio de lei ordinária.
32
A majoração (aumento) e a redução de tributos dependem de qual instrumento normativo, como regra geral, segundo o CTN?
A majoração e a redução de tributos, como regra, dependem da edição de lei ordinária, conforme o artigo 97, inciso II, do CTN.
33
Quando a mudança da base de cálculo de um tributo equivale a uma majoração, exigindo, por conseguinte, lei ordinária, de acordo com o CTN?
A mudança da base de cálculo de um tributo que o torne mais oneroso (mais caro) equivale a uma majoração e, portanto, deve ser feita por meio de lei ordinária, conforme o artigo 97, §1º, do CTN.
34
A mera atualização monetária da base de cálculo de um tributo, realizada dentro dos índices oficiais de correção, exige lei ordinária?
Não, a mera atualização da base de cálculo, que apenas corrige a perda do valor aquisitivo da moeda dentro do índice oficial, não é considerada majoração e pode ser feita por ato do Poder Executivo (ex: decreto), conforme o artigo 97, §2º, do CTN.
35
O que estabelece o artigo 156, §1º, inciso III, da Constituição Federal, incluído pela reforma tributária, sobre a atualização da base de cálculo do IPTU?
Ele permite que a base de cálculo do IPTU seja atualizada anualmente pelo Poder Executivo, conforme critérios estabelecidos em lei municipal.
36
A definição do fato gerador da obrigação tributária principal exige qual espécie normativa, de acordo com o artigo 97, inciso III, do CTN?
A definição do fato gerador da obrigação tributária principal deve ser feita por meio de lei (ordinária, como regra).
37
A fixação das alíquotas e das bases de cálculo dos tributos depende de qual instrumento normativo, como regra, segundo o artigo 97, inciso IV, do CTN?
A fixação (criação) das alíquotas e das respectivas bases de cálculo dos tributos deve ser feita, como regra, por meio de lei ordinária.
38
Qual a diferença, em termos de espécie normativa exigida, entre "fixar" alíquotas e bases de cálculo de tributos e "estabelecer normas gerais" sobre esses elementos?
Fixar (criar) alíquotas e bases de cálculo, como regra, exige lei ordinária (art. 97, IV, CTN). "Estabelecer normas gerais" (conceituar, explicar, regulamentar) sobre esses e outros elementos tributários exige lei complementar (art. 146, III, CF).
39
As causas de suspensão, exclusão e extinção do crédito tributário, bem como a dispensa ou redução de penalidades, dependem de qual tipo de lei, conforme o artigo 97, inciso VI, do CTN?
Como regra, dependem de lei ordinária.
40
Cite duas causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário e duas causas de exclusão do crédito tributário, conforme os mnemônicos "PASSE Mo De Re" e "AI, AI, AI, AI" apresentados.
Suspensão: Parcelamento e Moratória. Exclusão: Anistia e Isenção.
41
Qual a diferença fundamental entre o princípio da legalidade comum (art. 5º, II, CF), aplicável aos particulares, e o princípio da legalidade administrativa/tributária (art. 37, caput, e art. 150, I, CF), aplicável ao Fisco?
Na legalidade comum, o particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe. Na legalidade administrativa/tributária, o Fisco só pode fazer o que a lei expressamente determina ou autoriza.
42
Diante de uma omissão legislativa (ausência de lei sobre determinado tema), como se caracteriza a atuação do particular (legalidade comum) e a do Fisco (legalidade administrativa/tributária)?
O particular pode agir, pois se não há lei vedando, a conduta é permitida. O Fisco não pode agir, pois se não há lei autorizando expressamente, ele não tem competência para a prática do ato.
43
As convenções particulares (contratos) podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito passivo da obrigação tributária, conforme o artigo 123 do CTN?
Não, salvo disposição de lei em contrário, as convenções particulares relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos não podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito passivo.
44
Em um contrato de locação, se o locatário assume a responsabilidade pelo pagamento do IPTU mas não o paga, de quem o Fisco cobrará o tributo? O locador poderá cobrar regressivamente do locatário?
O Fisco cobrará do proprietário (locador), que é o contribuinte legal. O locador poderá cobrar regressivamente do locatário na esfera cível, pois o contrato é válido entre as partes, apesar de não ser oponível ao Fisco.
45
No caso da Contribuição de Melhoria, se um contrato de locação atribui ao locatário a responsabilidade pelo seu pagamento e este não o efetua, de quem o Fisco cobrará? O locador poderá buscar o ressarcimento junto ao locatário?
O Fisco cobrará do proprietário do imóvel (locador). O locador não poderá cobrar regressivamente do locatário, pois o artigo 8º, §3º, do Decreto-Lei nº 195/67 considera nula a cláusula contratual que atribui ao locatário o pagamento da contribuição de melhoria.
46
O que estabelece o artigo 8º, §3º, do Decreto-Lei nº 195/67 em relação à cláusula de contrato de locação que atribui ao locatário a responsabilidade pelo pagamento da Contribuição de Melhoria?
Estabelece que é nula de pleno direito a cláusula do contrato de locação que atribua ao locatário o pagamento, no todo ou em parte, da Contribuição de Melhoria lançada sobre o imóvel.
47
Conforme a Súmula 614 do STJ, o locatário possui legitimidade para figurar no polo ativo de uma ação de repetição de indébito tributário referente ao IPTU do imóvel locado?
Não, o locatário não possui legitimidade ativa para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e taxas referentes ao imóvel alugado, nem para repetir indébito desses tributos.
48
Qual o fundamento para que o locatário não tenha legitimidade para discutir judicialmente o IPTU ou pedir sua restituição, mesmo que tenha efetuado o pagamento?
O fundamento é que o locatário não é o contribuinte legal do IPTU
49
Explique a diferença entre alíquota "ad valorem" e alíquota "específica" no contexto tributário.
Alíquota "ad valorem" é um percentual que incide sobre o valor da base de cálculo (ex: 2% sobre o valor do imóvel para IPTU). Alíquota "específica" é um valor fixo por unidade de medida do bem ou serviço (ex: R$ X por litro de combustível na CIDE).
50
O que se entende por "base de cálculo" de um tributo e dê exemplos?
Base de cálculo é a grandeza econômica sobre a qual se aplica a alíquota para calcular o valor do tributo. Pode ser o valor do bem (ex: valor venal do imóvel no IPTU), o valor da operação (ex: valor de uma operação de crédito no IOF) ou o valor do serviço (ex: preço do serviço no ISS).
51
Quais são os legitimados especiais que precisam demonstrar pertinência temática para propor ações de controle concentrado de constitucionalidade (ADI, ADC, ADO, ADPF)?
Governador de Estado ou do Distrito Federal
52
O Governador de um Estado-membro pode propor Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra lei ou ato normativo de outro Estado-membro? Se sim, sob qual condição?
Sim, o Governador pode impugnar normas de outras entidades da federação, desde que demonstre pertinência temática, ou seja, que a norma questionada afeta de alguma forma os interesses do Estado que governa.
53
Quais dos legitimados para o controle concentrado de constitucionalidade necessitam obrigatoriamente de advogado para a propositura das ações perante o STF?
Partido político com representação no Congresso Nacional e Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
54
Para que um partido político seja legitimado a propor ações de controle concentrado, o que significa a exigência de "representação no Congresso Nacional"?
Significa que o partido político precisa ter ao menos um representante (deputado ou senador) em uma das Casas do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados ou Senado Federal), não sendo necessária representação em ambas.
55
Se a Administração Pública (direta ou indireta) ou os demais órgãos do Poder Judiciário descumprirem uma decisão definitiva de mérito proferida pelo STF em sede de controle concentrado, qual é a medida constitucional cabível?
Caberá Reclamação Constitucional perante o STF.
56
O que é a modulação dos efeitos temporais de uma decisão de inconstitucionalidade proferida pelo STF e qual o quórum necessário para sua aplicação?
É a possibilidade de o STF restringir os efeitos da declaração de inconstitucionalidade ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de um momento futuro (efeitos prospectivos ou "ex nunc"), alterando a regra geral do efeito retroativo ("ex tunc"). Para isso, é necessário o voto de dois terços dos membros do STF.
57
Quais são as razões que podem levar o STF a modular os efeitos temporais de uma decisão em controle de constitucionalidade?
Razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social.
58
Qual o quórum exigido pelo STF para a concessão de medida cautelar (liminar) em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) ou Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)?
É necessária a maioria absoluta dos membros do STF.
59
Contra que tipo de omissão legislativa é cabível a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO)?
É cabível contra a omissão na regulamentação de uma norma constitucional de eficácia limitada, ou seja, uma norma que depende de lei para produzir todos os seus efeitos.
60
É possível propor Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) em face de lei ou ato normativo estadual perante o STF?
Não, a ADC somente é cabível em face de lei ou ato normativo federal.
61
O que caracteriza a inconstitucionalidade formal orgânica no processo legislativo?
Ocorre quando um ente federativo legisla sobre matéria de competência de outro ente. Ex: Estado legislando sobre direito penal, que é competência privativa da União.
62
O que caracteriza a inconstitucionalidade formal subjetiva, também conhecida como vício de iniciativa?
Ocorre quando a proposta de lei não é iniciada pela autoridade ou órgão competente para tal. Ex: Deputado propondo lei de aumento de remuneração de servidores públicos federais, cuja iniciativa é privativa do Presidente da República.
63
A sanção de um projeto de lei pelo Presidente da República tem o poder de convalidar (corrigir) um vício de iniciativa existente na sua propositura?
Não, a sanção presidencial não convalida o vício de iniciativa.
64
O que caracteriza a inconstitucionalidade formal objetiva?
Refere-se a vícios nas demais fases do processo legislativo que não sejam a competência do ente (orgânica) ou a iniciativa (subjetiva), como por exemplo, o desrespeito ao quórum de aprovação de uma lei complementar ou de uma emenda à Constituição.
65
O que se entende por inconstitucionalidade material, também chamada de nomoestática?
Ocorre quando o conteúdo da lei ou ato normativo contraria diretamente dispositivos ou princípios da Constituição Federal.
66
Qualquer juiz ou tribunal no Brasil pode realizar o controle difuso de constitucionalidade?
Sim, o controle difuso (ou concreto) pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal, em um caso concreto submetido à sua apreciação.
67
No controle difuso de constitucionalidade, qual o efeito da decisão de inconstitucionalidade proferida por um juiz de primeira instância? E se a decisão for do STF em sede de recurso extraordinário?
A decisão de um juiz de primeira instância tem efeito "inter partes" (só vale para as partes do processo). Se a questão chegar ao STF por meio de recurso extraordinário e este declarar a inconstitucionalidade, a decisão terá efeito "erga omnes" (para todos).
68
Conforme o artigo 52, inciso X, da Constituição Federal, qual é o papel do Senado Federal após o STF declarar, em definitivo, a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo em sede de controle difuso?
O Senado Federal deve suspender a execução, no todo ou em parte, da lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, dando publicidade à decisão.
69
Quais são os três grandes grupos de legitimados para propor ações de controle concentrado de constitucionalidade perante o STF, conforme o art. 103 da CF?
São "três pessoas" (Presidente da República, Procurador-Geral da República, Governador de Estado/DF), "três mesas" (Mesa do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados, Mesa de Assembleia Legislativa/Câmara Legislativa do DF) e "três entidades" (Conselho Federal da OAB, partido político com representação no Congresso Nacional, confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional).
70
A Súmula Vinculante nº 10 do STF, que trata da cláusula de reserva de plenário, aplica-se a qual modalidade de controle de constitucionalidade e o que ela basicamente estabelece?
Aplica-se ao controle difuso realizado por tribunais. Ela estabelece que viola a cláusula de reserva de plenário (art. 97 da CF) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, afaste sua incidência no todo ou em parte, a menos que já haja pronunciamento do plenário do próprio tribunal ou do STF sobre a questão.