Biologia 20 A Flashcards
(8 cards)
A questão aborda a determinação de paternidade com base no sistema sanguíneo ABO, antes dos exames de DNA. Uma mulher com sangue AB (genótipo IAIB) tem um filho com sangue B (genótipo IBIB ou IBi). A mulher só pode ter transmitido o alelo IB ao filho. O pai, obrigatoriamente, deve ter contribuído com um alelo IB ou i para formar o genótipo do filho. Assim, exclui-se a paternidade de um homem com genótipo IAIA (sangue A), pois ele só pode transmitir o alelo IA, que não está presente no filho. As alternativas são analisadas, e a única que exclui a paternidade é a letra C (homem IAIA).
A questão do ENEM 2014 trata da genética e do sistema ABO de grupos sanguíneos. O quadro apresenta os genótipos (IAIA ou IAi para A, IBIB ou IBi para B, IAIB para AB, ii para O) e as possibilidades de doação: O é doador universal (sem antígenos), AB é receptor universal (sem aglutininas). Um casal com genótipos IAi (mãe) e IBi (pai) tem filhos dos grupos A, B e O. Para determinar a probabilidade de nascer uma menina doadora universal (grupo O), calcula-se: chance de ser menina (1/2) e chance de ser O (1/4 no cruzamento IAi x IBi). Aplicando a regra da multiplicação, a probabilidade é 1/2 × 1/4 = 1/8 ou 12,5%, correspondendo à alternativa D.
A questão de 2016 (ENEM 2ª aplicação) aborda a suspeita de um jovem de não ser filho biológico de seus pais devido aos tipos sanguíneos: ele é O Rh negativo, a mãe é B Rh positivo e o pai é A Rh positivo. Para ser biologicamente filho desse casal, o jovem deve ter genótipo ii (O) e rr (Rh negativo). A mãe (genótipo IBIB ou IBi, Dd ou dd para Rh) e o pai (genótipo IAIA ou IAi, Dd ou dd para Rh) precisam ser heterozigotos tanto para o sistema ABO quanto para o fator Rh, permitindo a transmissão dos alelos i e r. Assim, a condição genotípica requerida é que ambos os pais sejam heterozigotos, correspondendo à alternativa A.
A questão aborda uma mulher com tipo sanguíneo O Rh negativo que deu à luz um filho O Rh positivo. Após o parto, os médicos aplicaram anticorpos anti-Rh para prevenir a eritroblastose fetal. Isso ocorre porque hemácias Rh positivas do bebê podem passar para a mãe Rh negativa, sensibilizando seu sistema imunológico a produzir anticorpos anti-Rh. Em uma próxima gestação Rh positiva, esses anticorpos maternos podem atravessar a placenta e destruir as hemácias fetais, causando eritroblastose fetal, uma condição grave. A solução de anticorpos anti-Rh destrói as hemácias fetais na circulação materna antes que ela seja sensibilizada, prevenindo a produção de anticorpos próprios e a formação de memória imunológica, assim evitando complicações em futuras gestações.
Resumo:
A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença recessiva ligada ao cromossomo X, causada por um alelo mutante. Gêmeas monozigóticas, geneticamente idênticas e heterozigóticas (X^D X^d), deveriam apresentar fenótipo normal, mas uma manifestou DMD enquanto a outra não. Isso ocorre devido à inativação aleatória de um dos cromossomos X nas mulheres (compensação de dose), formando cromatina sexual. Em uma gêmea, o X com o alelo normal (X^D) foi inativado, deixando o alelo mutante (X^d) ativo, resultando em DMD. Na outra, o X com o alelo mutante foi inativado, preservando o fenótipo normal. A alternativa correta é D: inativação aleatória de um dos cromossomos X após a divisão dos embriões.
Explicação da Diferença entre Dominância Completa e Incompleta:
- Dominância Completa: Ocorre quando um alelo dominante mascara completamente o efeito de um alelo recessivo no fenótipo. No caso de DMD, o alelo normal (X^D) é dominante sobre o alelo mutante (X^d) em heterozigotos, e o fenótipo recessivo (DMD) só se manifesta se ambos os alelos forem mutantes (homozigoto recessivo, X^d X^d), o que não ocorre em mulheres XX, exceto por inativação. Aqui, a manifestação da doença em uma gêmea não é devido a dominância incompleta, mas à inativação aleatória.
- Dominância Incompleta: Acontece quando os alelos de um gene em heterozigose produzem um fenótipo intermediário, sem que um alelo domine completamente o outro (ex.: flores rosa de plantas com alelos para vermelho e branco). No texto, isso não se aplica, pois o fenótipo (DMD ou normal) não é intermediário, mas sim binário, dependendo de qual cromossomo X é inativado.
Explicação da Recombinação Cromossômica:
A recombinação cromossômica é o processo em que segmentos de DNA são trocados entre cromossomos homólogos durante a meiose, geralmente na prófase I, promovendo variabilidade genética. No texto, essa possibilidade foi descartada, pois as gêmeas são monozigóticas, derivadas de um único zigoto, compartilhando o mesmo genótipo inicial. A recombinação não explica a diferença fenotípica, que resulta da inativação aleatória de um cromossomo X após a divisão celular, não de uma troca de material genético.
Com base nos experimentos de Mendel, foram estabelecidas as leis da uniformidade, segregação e distribuição independente, que preveem a segregação aleatória de genes em pares diferentes. No entanto, a distribuição independente nem sempre ocorre quando genes estão fisicamente próximos no mesmo cromossomo, configurando genes ligados. Esses genes tendem a ser herdados juntos, exceto em casos raros de crossing-over (recombinação). A alternativa correta é D: genes localizados próximos no mesmo cromossomo tendem a ser herdados juntos.
Explicação Adicional (contexto de 04:37 PM CEST, 02/07/2025):
O texto explica que, embora a lei da distribuição independente assuma que genes em cromossomos diferentes segregam aleatoriamente, genes ligados no mesmo cromossomo violam essa regra. A proximidade física aumenta a chance de herança conjunta, reduzindo a recombinação, exceto quando o crossing-over ocorre. Isso reflete o entendimento genético atual, superando a visão inicial de Mendel, e a alternativa D captura essa exceção de forma precisa.